SEMEANDO CONHECIMENTO

SEMEANDO CONHECIMENTO... PARA COLHER AMOR, PAZ, ALEGRIA!


APRENDER PARA FAZER MELHOR ! E NÓS PRECISAMOS FAZER UM MUNDO MELHOR. SABEM PORQUE? PORQUE VOLTAREMOS PRA CÁ...

COMPARTILHAR: ESTE É O OBJETIVO. CONHEÇA, ENTENDA, E VIVA MELHOR!

"MAS, TENDO SIDO SEMEADO, CRESCE." Jesus. (Marcos, 4:32.)


A MORTE É O RETRATO DA VIDA QUE TIVEMOS

Depois da morte do corpo:

A frase amiga que houvermos proferido no estímulo ao bem será um trecho harmonioso do cântico de nossa felicidade.

A opinião caridosa que formulamos acerca dos outros converter-se-à em recurso de benignidade da Justiça Divina, no exame de nossos erros.

O pensamento de fraternidade e compreensão com que nos recordamos do próximo transformar-se-á em fator de nosso equilíbrio.

O gesto de auxílio aos irmãos de nosso caminho oferecer-nos-à farta colheita de alegria.

Mas, igualmente, além do túmulo:

A maledicência que partiu de nossa boca será espinheiro a provocar-nos dilacerações de ordem mental.

A nossa indiferença para com as amarguras do próximo nos aparecerá por geada desoladora.

A nossa preguiça surgirá por gerador de inércia.

A nossa possível crueldade exibirá, na tela de nossas consciências, a constante repetição dos quadros deploráveis de nossos delitos e de nossas vítimas, compelindo-nos à demora em escuras paisagens purgatoriais.

A morte é o retrato da vida.

A verdade revelará na chapa do teu próprio destino as imagens que estiveres criando, sustentando e movimentando no campo da existência.

Se desejas alegria e tranqüilidade, além das fronteiras de cinza do sepulcro, semeia, enquanto é tempo, a luz e a sabedoria que pretendes recolher, nas sendas da ascensão espiritual.

Hoje - plantação, segundo a nossa vontade.

Amanhã - seara, conforme a Lei.

Se agora cultivamos a treva, decerto encontraremos, depois, a resposta respectiva.

Se, porém, semearmos o amor e a simpatia onde nos encontrarmos, indiscutivelmente, mais tarde, penetraremos a luz e a beleza da imortalidade vitoriosa.

EMMANUEL - Livro Plantão de Paz - Chico Xavier

ELES ESTÃO VIVOS E TE VÊEM E TE ESCUTAM

Ainda quando não reconheças, de pronto, semelhante verdade, eles te vêem e te escutam!

Quanto possível, seguem-te os passos compartilhando-te problemas e aflições !

Compadece-te dos que te precederam na Grande Renovação !

Aqueles que viste partir de mãos desfalecentes nas tuas, doando-te os derradeiros pensamentos terrestres, através dos olhos fitos nos teus, não estão mortos.

Entraram em novas dimensões de existência, mas prosseguem de coração vinculado ao teu coração.

Assinalam-te o afeto e agradecem-te a lembrança, no entanto, quase sempre se escoram em tua fé, buscando em ti a força precisa para a restauração espiritual que demandam.

Muitos deles, ainda inadaptados à vida diferente que são compelidos a facear, pedem serenidade em tua coragem e apoio em teu amor...

Outros, muitos, jazem mergulhados na bruma da saudade, detidos na sede de reencontro, ante as requisições continuadas dos teus pensamentos de angústia.

Outros muitos seguem-te ainda...

Aqueles que se despediram de ti, depois de longa existência, abençoando-te a vida;

os que amaste, indicando-lhes o caminho para as esferas superiores;

os que levantaste para a luz da esperança e aqueles outros que socorreste um dia, com o ósculo da amizade e da beneficência...

Todos te agradecem, estendendo-te os braços no sentido de te auxiliar a transpor as estradas que ainda te cabem percorrer.

Auxilia aos entes queridos na Espiritualidade, a fim de que te possam auxiliar!

Se lhes recorda a presença e o carinho, preenche o vazio que te impuseram à alma, abraçando o trabalho que terão deixado por fazer.

Sê a voz que lhes reconforte os seres amados ainda na Terra, a força que lhes execute o serviço de paz e amor que não terminaram, a luz para aqueles que lhes lastimam a ausência em recantos de sombra, ou o amparo em favor daqueles que desejariam continuar te sustentando no mundo !

Compadece-te dos entes queridos que te antecederam na Grande Libertação!

Chora, porque a dor é fonte de energias renovadoras por dentro do coração, mas chora trabalhando e servindo, auxiliando e amando sempre!

E deixa que os corações amados, hoje no Mais Além, te enxuguem as lágrimas, inspirando-te ação e renovação, porque, no futuro, tê-los-ás a todos positivamente contigo nas alegrias do Novo Despertar.

EMMANUEL - Livro: Caminhos de Volta - Psicografia: Francisco C. Xavier

DOMÍNIO ESPIRITUAL EXEMPLO DE JESUS

“Não estou  só, porque o Pai está comigo.” – Jesus. (João, 16:32)

Nos transes aflitivos a criatura demonstra sempre onde se localizam as forças exteriores que lhe subjugam a alma.

Nas grandes horas de testemunho, no sofrimento ou na morte, os avarentos clamam pelas posses efêmeras,

os arbitrários exigem a obediência de que se julgam credores,

os super sentimentalistas reclamam o objeto de suas afeições.

Jesus, todavia, no campo supremo das últimas horas terrestres, mostra-se absoluto senhor de si mesmo, ensinando-nos a sublime identificação com os propósitos do Pai, como o mais avançado recurso de domínio próprio.

Ligado naturalmente às mais diversas forças, no dia do Calvário não se prendeu a nenhuma delas.

Atendia ao governo humano lealmente, mas Pilatos não o atemoriza.

Respeitava a lei de Moisés; entretanto, Caifás não o impressiona.

Amava enternecidamente os discípulos; contudo, as razões afetivas não lhe dominam o coração.

Cultivava com admirável devotamento o seu  trabalho de instruir e socorrer, curar e consolar; no entanto, a possibilidade de permanecer não lhe seduz o espírito.

O ato de Judas não lhe arranca maldições.

A  ingratidão dos beneficiados não lhe provoca desespero.

O pranto das mulheres de Jerusalém não lhe inibia o ânimo firme

O sarcasmo da multidão não lhe quebra o silêncio.

A cruz não lhe altera a serenidade.

Suspensa no madeiro, roga desculpas para a ignorância do povo.

Sua lição de domínio espiritual é profunda e imperecível.

Revela a necessidade de sermos  “nós mesmos”, nos transes mais escabrosos da vida, de consciência tranqüila elevada à Divina Justiça e de coração fiel dirigido pela Divina Vontade.

EMMANUEL - Do livro "Caminho, Verdade e Vida", Francisco Cândido Xavier

DOMICÍLIOS ESPIRITUAIS - ESCOLHA DE CADA UM

Há muitas moradas na casa de Nosso Pai – assevera-nos o Senhor nas bênçãos da Boa Nova.

Entretanto, viverás naquela que houveres erguido em ti mesmo, segundo o ensinamento do próprio Mestre que manda conferir a cada um, de acordo com as próprias obras.

Observa como te situas no campo do mundo, compreendendo que o sentimento é a força a impelir-te para os círculos superiores ou para as esferas inferiores, onde tecerás o próprio ninho.

Não te valhas da palavra para menosprezar as tarefas dos irmãos de experiência, nem para reprovar as aflições que vergastam a Terra.

Não te aproveites  do conhecimento para condenar ou para destruir e nem procures nas mãos do Cristo o martelo com que derribes, desapiedado, os domicílios alheios.

Não exibas a virtude, nos gestos exteriores, porque a lâmina da incompreensão pode ferir-te quando suponhas talar as flores de imaginária vitória,

e nem desejes a frente avançada no trabalho da elevação, com o desprestígio e a derrocada dos outros, porque, é possível o teu apressado recuo para retificar decisões.

Lembremo-nos de que não há céu para quem não edificou o paraíso em si próprio e aprendamos, sobretudo, a sentir com o amor a fim de que o amor em nós se faça luz para a extinção das trevas.

Aqueles que abusam dos recursos divinos que o Senhor lhes empresta estagiam nos desvãos do desequilíbrio, detendo-se por fim, nos redutos da enfermidade.

Os desertores da luz jazem domiciliados nas sombras e os habitantes das sombras demoram-se em lamentável cegueira de espírito.

As almas cristalizadas na crueldade estacionam nas enxovias do orgulho e do egoísmo e os devotos do egoísmo e do orgulho acabam despertando nos espinheirais do desengano.

Observa teu campo íntimo e acautela-te, porque, sem dúvida, há inúmeras moradas no Universo Infinito, mas viverás na condição de senhor ou de escravo,  no templo do bem ou no cárcere do mal que tiveres escolhido para a própria residência nos caminhos da vida.

Emmanuel - Livro Viajor - Psicografia Chico Xavier

RETIFICAR PARA ACENDER A LUZ


Corrige amando para que a chama de teu auxílio não se apague ao golpe rijo do desespero.

Não prescindirás da bondade e da tolerância na retificação dos elementos mais simples.

O próprio ato de remendar a peça de roupa humilde,recuperada para servi-te, reclama desvelo justo.

Lembra-te de que o cirurgião recorre à anestesia para atender ao órgão doente e recorda que o artista trabalhando a pedra obscura, não a golpeia sem amor, a fim de que o buril, manejado com sabedoria e ternura, dela arranque a obra-prima que lhe expressará o sonho de perfeição e beleza.

Se realmente amas aquele que a sombra afeia e desfigura, não cobri-lo-ás de impropérios e maldições, porquanto, condenar quem já é de si mesmo desorientado e infeliz é o mesmo que precipitar o viajante inseguro no abismo das trevas ou acelerar a agonia do enfermo, arrojando-o ao visco da morte.

Não basta sentir o veneno do mal e perceber-lhe a influência.

É imprescindível descobrir o antídoto do bem para administrá-lo, sem alarme, na hora certa.

Diante dos corações que reconheces transviados em pedregoso caminho, estende em silêncio os braços amigos para que a fraternidade exalte o ministério da salvação, sem os remoques da crueldade que apenas conseguem piorar as moléstias do espírito, assim como a imprudência do enfermeiro alarga a ferida que as suas mãos se propunham a curar.

Guarda a certeza de que à frente do nevoeiro não vale gritar para que a sombra de extinga.

É necessário o socorro da paciência com a firme disposição de acender nova luz.

Livro – INTERVALOS – Francisco Cândido Xavier – Emmanuel

RESGATE E RENOVAÇÃO - AJUSTAMENTO COM A VIDA

A reencarnação não seria caminhada redentora se já houvesses atendido a todas as exigências do aprimoramento espiritual.

Enquanto na escola, somos chamados ao exercício das lições.

Ante a Lei do Renascimento, surpreenderás no mundo dificuldades e lutas, espinhos e tentações.

Reencontrarás afetos que a união de milênios tornou inesquecíveis, mas igualmente rentearão contigo velhos adversários, não mais armados pelos instrumentos do ódio aberto, e sim trajados noutra roupagem física, devidamente acolhidos à tua convivência dificultando-lhe os passos, através da aversão oculta.

Saberás o que seja tranqüilidade por fora e angústia por dentro.

Desfrutarás a amenidade do clima social que te envolve com os mais elevados testemunhos de apreço e respirarás, muitas vezes, no ambiente convulsionado de provações entre as paredes fechadas do reduto doméstico.

Entenderás, porém, que somos trazidos a viver, uns à frente dos outros, para aprender a amar-nos reciprocamente como filhos de Deus.

Perceberás, pouco a pouco, segundo os princípios de causa e efeito, que as mãos que te apedrejam são aquelas mesmas que ensinastes a ferir o próximo, em outras eras, quando o clarão da verdade não te havia iluminado o discernimento;

e reconhecerás nos lábios que te envenenam com apontamentos caluniosos aqueles mesmos que adestraste na injustiça, entre as sendas do passado, a fim de te auxiliares no louvor à condenação.

Ergues-te hoje sobre a estima dos corações com os quais te harmonizaste pelo dever nobremente cumprido, entretanto, sofres o retorno das crueldades que te caracterizavam em outras épocas por intermédio das ciladas e injúrias que te espezinham o coração.

Considera, porém, o apelo do amor a que somos convocados dia por dia e dissolve na fonte viva da compaixão o fel da revolta e a nuvem do mal.

Aceita no educandário da reencarnação a trilha de acesso ao teu próprio ajustamento com a vida, amando, entendendo a servindo sempre.

Se alguém te compreende, ama e abençoa.

Se alguém te injuria, abençoa e ama ainda.

Seja qual seja o problema, nunca lhe conferirás solução justa se não te dispuseres a amar e abençoar.

Onde estiveres, ama e abençoa sem restrições ante a consciência tranqüila e conquistarás sem delongas o domínio do bem que vence todo mal.

Do livro "Mãos Unidas",  de Chico Xavier - Espírito Emmanuel

ENFERMOS DA ALMA - SOCORRO PARA O ESPÍRITO

Não são os que gozam saúde que precisam de médico- Jesus.(Mateus.9:12.)

Aqui e ali encontramos inúmeros doentes que se candidatam ao auxílio da ciência médica, mas em toda parte, igualmente, existem aqueles outros, portadores de moléstias da alma, para os quais há que se fazer o socorro do espírito.

E nem sempre semelhantes necessitados são os viciados e os malfeitores, que se definem de imediato por enfermos de ordem moral, quando aparecem.

Vemos outros muitos para os quais é preciso descobrir o remédio justo e, às vezes, difícil, de vez que se intoxicaram no próprio excesso das atitudes respeitáveis em que desfiguraram os sentimentos, tais como sejam:

os extremistas da corrigenda,
tão apaixonados pelos processos punitivos que se perturbam na dureza de coração pela ausência de misericórdia;

os extremistas da gentileza,
tão interessados em agradar que descambam, um dia, para as deficiências da invigilância;

os extremistas da superioridade,
tão agarrados à idéia de altura pessoal que adquirem a cegueira do orgulho;                                                             .

os extremistas da independência,
tão ciosos da própria emancipação que fogem ao dever, caindo nos desequilíbrios da licenciosidade;

os extremistas da poupança,
tão receosos de perder alguns centavos que acabam transformando o dinheiro, instrumento do bem e do progresso, na paralisia da avareza em que se lhes arrasa a alegria de viver.

Há doentes do corpo e doentes da alma. .

É forçoso não esquecer isso, porque todos eles são credores de entendimento e bondade, amparo e restauração.

Diante de quem quer que seja, em posição menos digna perante as leis de harmonia que governam a Vida e o Universo, recordemos as palavras do Cristo:-Não são os que gozam saúde que precisam de médico...

EMMANUEL -  Francisco Cândido Xavier. Do livro “Bênção de Paz"

APOIO ESPIRITUAL - A DÁDIVA DO ENCORAJAMENTO

Compartilhamos, em nome da beneficência, de recursos vários, como sejam - a moeda e o agasalho, o teto e a mesa.

Uma dádiva, porém, existe de que todos necessitamos no câmbio da fraternidade: a dádiva do encorajamento.

Admitamos, de modo geral, que os únicos irmãos baldos de força são aqueles que tropeçam nas veredas da extrema penúria física;

no entanto, em matéria de abatimento moral, surpreendemos, em cada lance da estrada, legiões de companheiros em cujos corações a esperança bruxuleia qual chama prestes a extinguir-se, ao sopro da adversidade.

Um possui créditos valiosos nos círculos da finança, mas carrega o peso de escabrosas desilusões;

exorna-se aquele com títulos de cultura e competência, todavia traz o espírito curvado sob constrangimentos e desgostos de toda espécie, como se arrastasse fardos ocultos;

outro dispõe de autoridade e influência, na orientação de vasta comunidade, e tem o peito semi-sufocado de aflição à face das dores desconhecidas que lhe gravam as horas;

outro, ainda, exibe-se por modelo de higidez nas vitrinas da saúde corpórea e transporta consigo um poço de lágrimas represadas, em vista das provações que lhe oneram a vida.

Detém-te em semelhantes realidades e não recuses o donativo da coragem para toda criatura irmã do caminho.

Se alguém errou, fala-lhe das lições novas que o tempo nos traz a todos;

se caiu, estende-lhe os braços com a fé renovadora que nos repõe nas trilhas de elevação;

se entrou em desespero, dá-lhe a bênção da paz;

se tombou em tristeza, oferece-lhe a mensagem do bom ânimo...

Ninguém há que prescinda de apoio espiritual.

Agora, muitos de nós precisamos da coragem de aprender, de servir, de compreender, de esperar...

E, provavelmente, mais tarde, em trechos mais difíceis da viagem humana, todos necessitaremos da coragem de sofrer e abençoar, suportar e viver.

Do livro Alma e Coração, de Francisco Cândido Xavier, Emmanuel

DOENÇAS DA ALMA - MEDICAÇÃO COMPULSÓRIA

Na forja moral da luta em que temperas o caráter e purificas o sentimento, é possível acredites estejas sempre no trato de pessoas normais, simplesmente porque se mostrem com a ficha de sanidade física.

Entretanto, é preciso lembrar que as moléstias do espírito também se contam.

O companheiro que te fala, aparentemente tranqüilo, talvez guarde no peito a lâmina esbraseada de terrível desilusão.

A irmã que te recebe, sorrindo, provavelmente carrega o coração ensopado de lágrimas.

Surpreendeste amigos de olhos calmos e frases doces, dando-te a impressão de controle perfeito, que soubeste, mais tarde, estarem caminhando na direção da loucura.

Enxergaste outros, promovendo festas e estadeando poder, a escorregarem, logo após, no engodo da delinqüência.

É que as enfermidades do espírito atormentavam as forças da criatura, em processos de corrosão inacessíveis à diagnose terrestre.

Aqui, o egoísmo sombreia a visão; ali, o ódio empeçonha o cérebro; acolá, o desespero materializa fantasmas; adiante, o ciúme converte a palavra em látego de morte...

Não observes o semelhante pelo caleidoscópio das aparências.

É necessário reconhecer que todos nós, espíritos encarnados e desencarnados em serviço na Terra, ante o volume dos débitos que contraímos nas existências passadas, somos doentes em laboriosa restauração.

O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios reincidentes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.

Deixa, assim, que a compaixão retifique em ti próprio os velhos males que toleras nos outros.

Se alguém te fere ou desgosta, debita-lhe o gesto menos feliz à conta da moléstia obscura de que ainda se faz portador.

Se cada pessoa ofendida pudesse ouvir a voz inarticulada do Céu, no instante em que se vê golpeada, escutaria, de pronto, o apelo da Misericórdia Divina: “Compadece-te”.

Todos somos enfermos pedindo alta.

Compadeçamo-nos uns dos outros, a fim de que saibamos auxiliar.

E mesmo que te vejas na obrigação de corrigir alguém — pelas reações dolorosas das doenças da alma que ainda trazemos —,

compadece-te mil vezes antes de examinar uma só.

EMMANUEL - Do livro Justiça Divina Francisco Cândido Xavier.
 

A ALMA TAMBÉM PRECISA DE CUIDADOS

Casas de saúde espalham-se em todas as direções com o objetivo de sanar as moléstias do corpo e não faltam enfermos que lhe ocupem as dependências.

Entretanto, as doenças da alma, não menos complexas, escapam aos exames habituais de laboratório e, por isso, ficam em nós, requisitando a medicação, aplicável apenas por nós mesmos.

Estimamos a imunização na patologia do corpo.

Será ela menos importante nos achaques do espírito?

Surpreendemos determinada verruga e recorremos, de imediato, à cirurgia plástica, frustrando calamidades orgânicas de extensão imprevisível.

Reconhecendo uma tendência menos feliz em nós próprios, é preciso ponderar igualmente que o capricho de hoje, não extirpado, será hábito vicioso amanhã e talvez criminalidade em futuro breve.

Esmeramo-nos por livrar-nos do stress capaz de esgotar-nos as forças.

Tratemos também de nossa feição temperamental para que a impulsividade não nos induza à ira fulminatória.

Tonificamos o coração, corrigindo a pressão arterial ou ampliando os recursos das coronárias a fim de melhorar o padrão de longevidade.

Apuremos, de igual modo, o sentimento para que as emoções desregradas não nos precipitem nos desvãos passionais em que se aniquilam tantas vidas preciosas.

Requintamo-nos, como é justo, em assistência dentária na proteção indispensável.

Empenhemo-nos, de semelhante maneira, na triagem do verbo, para que a nossa palavra não se faça chibata de sombra.

Defendemos o aparelho ocular contra a catarata e o glaucoma.

Purifiquemos igualmente o modo de ver.

Preservamos o engenho auditivo contra a surdez.

No mesmo passo, eduquemos o ouvido para que aprendamos a escutar ajudando.

A Doutrina Espírita é instituto de redenção do ser para a vida triunfante.

A morte não existe.

Somos criaturas eternas.

Se o corpo, em verdade, não prescinde de remédio,

a alma também.


ANDRÉ LUIZ - Do livro Entre Irmãos de Outras Terras Francisco C. Xavier e Waldo Vieira.

LESÕES AFETIVAS - O RESGATE JUSTO

Um tipo de auxílio raramente lembrado: o respeito que devemos uns aos outros na vida particular.

Caro é o preço que pagamos pelas lesões afetivas que provocamos nos outros.

Nas ocorrências da Terra de hoje, quando se escreve e se fala tanto, em torno de amor livre e de sexo liberado, muitos poucos são os companheiros encarnados que meditam nas conseqüências amargas dos votos não cumpridos.

Se habitas um corpo masculino, conforme as tarefas que foram assinaladas, se encontraste essa ou aquela irmã que se te afinou como o modo de ser, não lhe desarticules os sentimentos, a pretexto de amá-la, se não estás em condição de cumprir com à própria palavra, no que tange a promessas de amor.

E se moras presentemente num corpo feminino, para o desempenho de atividades determinadas, se surpreendestes esse ou aquele irmão que se harmonizou com as tuas preferências, não lhe perturbes a sensibilidade sob a desculpa de desejar-lhe a proteção, caso não estejas na posição de quem desfruta a possibilidade de honorificar os próprios compromissos.

Não comeces um romance de carinho a dois, quando não possas e nem queiras manter-lhe a continuidade.

O amor, sem dúvida, é lei da vida, mas não será lícito esquecer os suicídios e homicídios, os abortos e crimes na sombra, as retaliações e as injúrias que dilapidam ou arrasam a existência das vítimas, espoliados do afeto que lhes nutria as forças, cujas lágrimas e aflições clamam, perante a Divina Justiça,

porque ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro e nem sabe a qualidade das reações que virão daqueles que enlouquecem, na dor da afeição incompreendida, quando isso acontece por nossa causa.

Certamente que muito desses delitos não estão catalogados nos estatutos da sociedade humana; entretanto, não passam despercebidos nas Leis de Deus que nos exigem, quando na condição de responsáveis, o resgate justo.

Tangendo este assunto, lembramo-nos automaticamente de Jesus, perante a multidão e a mulher sofredora, quando afirmou peremptório: "aquele que estiver isento de culpa, atire a primeira pedra".

Todos nós, os espíritos vinculados à evolução da Terra, estamos altamente compromissados em matéria de amor e sexo,

e, em matéria de amor e sexo irresponsáveis, não podemos estranhar os estudos respeitáveis nesse sentido, porque, um dia, todos seremos chamados a examinar semelhantes realidades, especialmente as que se relacionem conosco, que podem efetivamente ser muito amargas, mas que devem ser ditas.

Livro Momentos de Ouro - Francisco Cândido Xavier - Emmanuel

NA TRILHA DO RESGATE

Em muitas situações, o cárcere de limitação em que nos debatemos não é senão aquele da ignorância, de que nos cabe sair pelas atividades do estudo ou pelas aulas compulsórias da experiência.

E note-se que educação é impraticável sem disciplina.

Noutros casos, achamo-nos magneticamente acorrentados a celas de prova, cumprindo austeras sentenças, lavradas ou solicitadas por nós mesmos, antes da reencarnação, perante as incriminações do foro íntimo, das quais tão só a paciência sem lindes nos pode liberar.

Habitualmente, na Terra, porém, somos simultaneamente o aluno matriculado no instituto da evolução e o devedor em compromissos no tribunal.

Lutamos pela aquisição de conhecimento, carregando, um contrapeso, o fardo das dividas que nos compete ressarcir.

Tolera, com serenidade o carnicão dos males que, porventura, te assolem a vida.

É por ele que esgotas os resíduos de sombra em que o passado te embaraçou e é ainda através dele que as Leis Divinas te observam o grau de aproveitamento na escola em que te situas.

Muitas vezes, semelhante setor de lições do estagio terrestre é a casa superlotada de sofrimento, a moléstia irreversível, o ostracismo social, a condição de penúria ou o processo obsessivo em que se te acrisolam os pensamentos, e, noutros lances da existência, é o parente difícil que destoa da família correta, o desastre que suprime a alegria do lar sorridente e prospero, os conflitos do sentimento entranhados na alma ou o adeus de um ente amado que a provação distancia.

Se trazes, em meio do aprendizado que o mundo nos oferece, uma conjuntura assim, qual ponto nevrálgico nas ramificações do destino, ama, suporta, desculpa, serve e auxilia constantemente.

Problemas que resolvemos por nós representam quotas de esforço pacifico, pelas quais adquirimos os benefícios do educandário em que nos aprimoramos para o futuro; entretanto, os problemas que nos pesam nos ombros, todos os dias, e que só o tempo consegue solucionar, constituem o preço de nossa libertação.

Emmanuel - Livro: Caridade – Psicografia: Francisco C. Xavier

INICIAÇÃO MEDIÚNICA - ESTUDO E TRABALHO


Assinalas contigo o fenômeno mediúnico e ante as emoções diferentes que te invadem o mundo íntimo, experimentas a perturbação e a dor...

Em vista disso, rogas orientação e socorro.

Não olvides, porém, que o problema reside em ti mesmo e que não te reajustarás sem a própria cooperação.

O médico poderá ser competente e caritativo, entretanto, não dispõe de recursos para salvar o enfermo que não deseja curar-se.

Se pretendes equilíbrio e segurança, antes de tudo, através da oração, solicite à Divina Providência te auxilie a policiar a própria mente, sustentando o bem a teu próprio favor.

Em seguida, trabalha na extensão desse mesmo bem, quanto estiver ao teu alcance, porque todos os processos de obsessão, quase sempre nascidos da força mediúnica inconsciente, crescem na medida de tuas horas inúteis.

Assim sendo, ainda mesmo com sacrifício cumpre teus deveres no lar ou no círculo de trabalho em que o Senhor te situou a existência, empregando o cérebro e o coração naquilo que possas realizar de melhor.

E, além das obrigações naturais que te enriquecem a luta, refugia-te no estudo nobre e na caridade incansável. Alavancas seguras de tua libertação.

O livro edificante opera o saneamento da alma, descerrando-te os mais elevados caminhos da Terra e o serviço prestado desinteressadamente ao próximo ampara-te com os valores da simpatia, angariando-te as bênçãos de Céu.

O doente a quem ajudas será remédio em tuas feridas e o desesperado a quem reconfortas será consolo em teu coração.

Não reclames do Cristo o milagre de teu reajuste. Pede ao Mestre Divino te conceda serviço e entendimento, para que restaures a ti próprio, enfileirando-te entre os servidores leais da luz.

Não te queixes dos adversários e perseguidores desencarnados.

Eles são nossos próprios companheiros, afetos do nosso “ontem”, que deixamos à retaguarda, em muitas circunstâncias, envenenados por nossas próprias ações destrutivas.

Se aguardamos proteção e carinho dos benfeitores que se erguem na Altura, acima de nós como fugir ao concurso aos nossos irmãos menos felizes, que sofrem, dementados, entre a delinqüência e a miséria, para que se retirem do tenebroso vale das sombras, ao qual, muitas vezes, se arrojam com o impensado impulso de nossas mãos?

Oferece-lhes, assim, o teu exemplo vivo na paciência e na abnegação, na fé e na caridade, na tolerância e no dever dignamente cumprido, para que leiam em tua vida a cartilha da própria transformação.

Não basta, pois, desenvolver a mediunidade que trazes, latente.

É indispensável te aprimores, através do trabalho e da prece, com bases na fraternidade e no estudo, para que te faças operário do Cristo com que o Cristo possa contar.

Não percas tempo, entre o anestésico do desânimo e o fel da lamentação.

Devotemo-nos ao bem de todos, aprendendo e auxiliando, amando e servindo sempre.

Ser “médium” significa ser “medianeiro”.

Não vale, desse modo, apenas guardar o título.

É imprescindível a nossa expansão no discernimento e no mérito, na compreensão e na bondade, com utilidade para os outros e aperfeiçoamento de nós mesmos, que nos habilitem a ser devotados artífices do amor e fiéis mensageiros da luz.

EMMANUEL  Livro Temas da Vida - Psicografia Chico Xavier

A FAMÍLIA É O CENTRO DE NOSSOS REFLEXOS


A família consangüínea, entre os homens, pode ser apreciada como o centro essencial de nossos reflexos.

Reflexos agradáveis ou desagradáveis que o pretérito nos devolve.

Certo, não incluímos aqui os Espíritos pioneiros da evolução que, trazidos ao ambiente comum, superam-no, de imediato, criando o clima mental que lhes é peculiar, atendendo à renovação de que se fazem intérpretes.

Comentamos a nossa posição no campo vulgar da luta.

Cada criatura está provisoriamente ajustada ao raio de ação que é capaz de desenvolver ou, mais claramente, cada um de nós apenas, pouco a pouco, ultrapassará o horizonte a que já estenda os reflexos que lhe digam respeito.

O homem primitivo não se afasta, de improviso, da própria taba, mas aí renasce múltiplas vezes, e o homem relativamente civilizado demora-se longo tempo no plano racial em que se assimila as experiências de que carece, até que a soma de suas aquisições o recomende a diferentes realizações.

É assim que na esfera do grupo consangüíneo o Espírito reencarnado segue ao encontro dos laços que entreteceu para si próprio, na linha mental em que se lhe caracterizam as tendências.

A chamada hereditariedade psicológica é, por isso, de algum modo, a natural aglutinação dos espíritos que se afinam nas mesmas atividades e inclinações.

Um grande artista ou um herói preeminente podem nascer em esfera estranha aos sentimentos nos quais se avultam.

É a manifestação do gênio pacientemente elaborado no bojo dos milênios, impondo os reflexos da sua individualidade em gigantesco trabalho criativo.

Todavia, na senda habitual, o templo doméstico reúne aqueles que se retratam uns nos outros.

Uma família de músicos terá mais facilidade para recolher companheiros da arte divina em sua descendência, porque, muita vez, os espíritos que assumem a posição de filhos na reencarnação, junto deles, são os mesmos amigos que lhes incentivam a formação musical, desde o reino do espírito, refletindo-se reciprocamente na continuidade da ação em que se empenham através de séculos numerosos.

É ainda assim que escultores e poetas, políticos e médicos, comerciante e agricultores quase sempre se dão as mãos, no culto dos melhores valores afetivos, continuando-se, mutuamente, nos genes familiares, preservando para si mesmos, mediante o trabalho em comum e segundo a lei do renascimento, o patrimônio evolutivo em que se exprimem no espaço e mo tempo.

Também é aí, de conformidade com o mesmo princípio de sintonia, que vemos dipsômanos e cleptomaníacos, tanto quanto delinqüentes e enfermos de ordem moral, nascendo daqueles que lhes comungam espiritualmente as deficiências e as provas, porquanto muitas inteligências transviadas se ajustam ao campo genético daqueles que lhes atraem a companhia, por força dos sentimentos menos dignos ou das ações deploráveis com que se oneram perante a Lei.

A tara familiar, por esse motivo, é a resultante da conjunção de débitos, situando-nos no plano genético enfermiço que merecemos, à face dos nossos compromissos com o mundo e com a vida.

Dessa forma, somos impelidos a padecer o retorno dos nossos reflexos tóxicos através de pessoas de nossa parentela, que a nós os devolvem, por aflitivos processos de sofrimento. 

Temos assim, no grupo doméstico, os laços de elevação e alegria que já conseguimos tecer, por intermédio do amor louvavelmente vivido, mas também as algemas de constrangimento e aversão, nas quais recolhemos, de volta, os clichês inquietantes que nós mesmos plasmamos na memória do destino e que necessitamos desfazer, à custa de trabalho e sacrifício, paciência e humildade,
recursos novos com que faremos nova produção de reflexos espirituais, suscetíveis de anular os efeitos de nossa conduta anterior, conturbada e infeliz.

Livro: Pensamento e Vida -Francisco Cândido Xavier - espírito EMMANUEL

MAGNETISMO PESSOAL - CARISMA


“E toda a multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele uma virtude que os curava a todos.” – Lucas, 6:19.

Na atualidade, observamos toda uma plêiade de espiritualistas eminentes, espalhando conceitos relativos ao magnetismo pessoal, com tamanha estranheza, qual se estivéssemos perante verdadeira novidade do século 19.

Tal serviço de investigação e divulgação dos poderes ocultos do homem representa valioso concurso na obra educativa do presente e do futuro, no entanto, é preciso lembrar que a edificação não é nova.

Jesus, em sua passagem pelo Planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração.

Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura.

D’Ele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes.

Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.

Se pretendes, pois, um caminho mais fácil para a eclosão plena de tuas potencialidades psíquicas, é razoável aproveites a experiência que os orientadores terrestres te oferecem, nesse sentido, mas não te esqueças dos exemplos e das vivas demonstrações de Jesus.

Se intentas atrair, é imprescindível saber amar.

Se desejas influência legítima na Terra, santifica-te pela influência do Céu.

Emmanuel- Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier

DELINQÜÊNCIA E PROVAS DE REAJUSTE

Examinando de frente os erros e deficiências que ainda nos caracterizam a tela social no caminho humano, o delinqüente confesso é, quase sempre, o fruto envenenado que inadvertidamente ajudamos a surgir e amadurecer, na plantação de nossos próprios desajustes.

Antes de sentenciá-lo a penas de efeitos imprevisíveis, deixa que a compaixão te inspire o juízo inseguro, para que te não falte a bênção da piedade no dia em que a sombra te venha bater à porta.

Lembra-te de que, diante da Lei, a criminalidade não é apenas aquela que comparece à barra dos tribunais que o mundo improvisa...

Recorda, quantas vezes, aniquilamos a esperança do companheiro com a palavra insensata, em quantas ocasiões teremos eliminado a lavoura promissora da fé no espírito dos semelhantes com a lâmina do mau exemplo e rememora as múltiplas estradas em que a alegria dos outros terá desaparecido ao contacto dos raios destruidores de nossa intemperança mental.

Não olvides o furto impensado que em muitas circunstâncias impomos a quem trabalha na fraternidade e na paz, subtraindo-lhe o tempo;

relaciona o roubo da tranqüilidade e do pão que infligimos a todos os que nos sofrem a pressão do egoísmo;

e não te esqueças da lama invisível que, em tantas ocasiões, arremessamos, inconscientes e irresponsáveis, ao nome alheio, quando aderimos sem perceber ao propósito escuso de quantos navegam na corrente lodosa de que se derramam injúria e maledicência.

Diante do irmão que a penitenciária corrige ou que o cárcere acolhe, meditemos na Misericórdia Divina que nos impediu a delinqüência direta, sempre viva em potencial nas nossas emoções enfermiças e, em testemunho de gratidão e de entendimento, sejamos para o amigo na prova do reajuste, o cirineu que ajuda e compreende, para que sejamos, em verdade, com a lição de Jesus.

 (Francisco Cândido Xavier, por Emmanuel. Do livro Escrínio de Luz)

PREVENÇÃO: CENSURA ANTECIPADA

Não permitas que a prevenção negativa te obscureça o pensamento.

A imaginação intoxicada por idéias infelizes é capaz de gerar enfermidades que, por vezes, raiam na loucura ou na delinqüência.

Habitua-te a refletir com elevação nas razões alheias, tanto quanto agradeces, aos que te rodeiam, a compreensão com que acolhem as tuas, nessa ou naquela circunstância, a fim de que a paz permaneça contigo.

Não mentalizes o mal, quando determinadas atitudes dos outros se te afigurem diferentes.

O amigo que se te afastou da convivência terá problemas graves que ainda não conheces;

a irmã que, de momento, não te considerou a palavra, decerto estaria fixando a atenção em assuntos outros que lhe prenderam os ouvidos em provisória surdez;

o chefe ou o subalterno que te receberam em serviço com o sobrecenho carregado serão talvez portadores de crises orgânicas ainda imanifestas;

e o colega que te tratou com aspereza provavelmente se mostra aturdido por desastres ou provações em família que lhe inibem, por agora, o prazer da cordialidade.

Resguarda a tranqüilidade própria, a fim de que não a percas.

Vigilância é higiene do espírito.

Prevenção negativa, no entanto, é censura antecipada.

Não adquiras pensamentos destrutivos na feira da desconfiança.

Imuniza-te contra o desequilíbrio, mas não te armes contra ninguém.

Conserva o coração no clima da paz e da alegria e reconhecerás que é possível viver tranqüilamente, desde que deixemos aos outros a iniciativa de assumirem as próprias experiências e igualmente viver.

Livro: “Urgência” – Psicografia Francisco Cândido Xavier – Espírito Emmanuel

DESAJUSTE: PERTURBAÇÃO OU OBSESSÃO

Compartilhamos, em nome da beneficência, de recursos vários, como sejam - a moeda e o agas.

Na experiência terrestre, surge sempre um instante em que indagamos de nós mesmos em que ponto nos achamos, quanto ao desajuste espiritual; e, se não estamos afundados em plena desarmonia, muitas vezes identificamo-nos em perturbação evidente.

Isso porque, observado o princípio de que ninguém existe absolutamente impassível, temos a vida sentimental permanentemente ameaçada por desafios exteriores, em forma de episódios ou informes desagradáveis que se nos erigem por medida de equilíbrio e resistência, na luta moral que somos chamados a travar, na área de nossas atividades, em favor do próprio burilamanto.

Se à frente desse ou daquele sucesso menos feliz, costumamos esquecer sistematicamente, paciência e conformação, entendimento e serenidade, então é preciso estabelecer o intervalo para reflexão, nos mecanismos da mente, a fim de que venhamos a fazes em nós mesmos as retificações necessárias.

Em tais lances do cotidiano, quase sempre somos impelidos a pensar em obsessão, supondo-nos vítimas de entidades vampirizantes.

O problema, porém, não se limita à influenciação espiritual dos adversários que se nos encrava na onda psíquica, mas, principalmente, diz respeito à nós mesmos.

Em muitas situações e circustâncias das existências passadas, caímos em fundos precipícios de ódio e vingança, desespero e criminalidade, operando em largas faixas de tempo contra nós próprios, comprometendo-nos o destino; daí nasce o imperativo das experiências regenerativas e amargas que se nos fazem indispensáveis, qual ocorre ao aluno que se atrasou na escola, necessitado de novo exame, nas provas da repetência.

À  vista  de  semelhantes  considerações,   toda  vez  que  o  sentimento  se  nos desgoverne,  procuremos  assumir  com  segurança  o  leme  do  barco  de  nossos pensamentos, na maré de provações da existência, na paz da meditação e no silêncio da prece.

Através do auto-controle, vigiaremos a porta de nossas manifestações, barrando gestos e palavras desaconselháveis, e, com o auxílio da oração, faremos luz para entender o que há conosco, de maneira a impedir a própria queda em alienação e tumulto.

Atendamos constantemente a esse trabalho de auto-imunização mental, porque, junto ao imenso número de companheiros perturbados e obsidiados que enxameiam a Terra de hoje, em toda a parte, encontramos milhares de criaturas irmãs que estão quase às portas da obsessão.

 Do livro "Alma e Coração", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito de Emmanuel

A REVOLTA CONTRA NÓS MESMOS

Enquanto nos demoramos encarnados no plano terrestre, um tipo de impaciência existe, sutil, capaz de arrastar-nos aos piores distúrbios emotivos: a revolta contra nós mesmos.

Acolhemos receios infundados, em torno de opiniões que formulem de nós, seja por deformidades físicas, frustrações orgânicas, conflitos psicológicos ou empeços sociais de que sejamos portadores, e adotamos o medo por norma de ação, no exagerado apreço a nós mesmos, e dessa inquietação sistemática comumente se deriva um desgosto contínuo contra as forças vivas que nos entretecem o veículo de manifestação.

E tanto espancamos mentalmente esses recursos que acabamos neuróticos, fatigados, enfermos ou obsessos, escorregando mecanicamente para a calha da desencarnação prematura.

Tudo por falta de paciência com as nossas provações ou com os nossos defeitos.

Decerto, ninguém nasce no corpo físico para louvar as deficiências que carrega ou ampliá-las, mas é preciso aceitar-nos como somos e fazer o melhor de nós.

Desinibição construtiva. Compreensão do aprendizado que se tem pela frente.

Acolher o instrumento físico de que o Alto Comando da Vida nos considera necessitados, tanto para resgatar culpas do pretérito na esfera individual, quanto para a consecução de empresas endereçadas ao benefício coletivo, e realizar todo o bem que pudermos.

O corpo carnal de que dispões ou a paisagem doméstico-social em que te situas, representam em si o utensílio certo e o lugar justo, indispensáveis à provação regeneradora ou à missão específica a que te deves afeiçoar.

Por isso mesmo, o ponto nevrálgico da existência é o teste difícil que te exercita a resistência moral, temperando-te o caráter, no rumo do serviço maior do futuro.

Nossas perturbações emocionais quase sempre decorrem da nossa relutância em aceitar alguns dos aspectos menos agradáveis, conquanto passageiros da nossa vida.

Saibamos, pois, rentear com eles honestamente, corajosamente.

Nada de subterfúgios.

Temos um corpo defeituoso ou estamos em posição vulnerável à crítica?

Seja assim.

Contrariamente a isso, porém, reflitamos que ninguém está órfão da Bondade de Deus e, confiando-nos a Deus, procuremos concretizar tudo de bom ou de belo, no círculo de trabalho que se nos atribui.

Por outro lado, vale observar que reconhecer a existência do erro ou do desajuste em nós é sinal de melhoria e progresso.

Os espíritos embutidos na inércia não enxergam as próprias necessidades morais.

Acomodam-se à suposta satisfação dos sentidos em que se lhes anestesia a consciência, até que a dor os desperte, a fim de que retomem o esforço que lhes compete na jornada de evolução e aprimoramento.

Agradeçamos, desse modo, a luz espiritual de que já dispomos para analisar a nossa personalidade e, abraçando as tarefas de equilíbrio ou reequilíbrio que nos compete efetuar no próprio espírito, enfrentemos os nossos obstáculos com paciência e serenidade, na certeza de que podemos solucionar todos os problemas na oficina do serviço com a bênção de Deus.

EMMANUEL - Do livro “Alma e Coração”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

COMO ATUA O MECANISMO DA JUSTIÇA NA ESPIRITUALIDADE ?


-Como atua o mecanismo da Justiça no Plano Espiritual?

-No Mundo Espiritual, decerto, a autoridade da justiça funciona com maior segurança, embora saibamos que o mecanismo da regeneração vige, antes de tudo, na consciência do próprio indivíduo.

Ainda assim, existem aqui, como é natural, santuários e tribunais, em que magistrados dignos e imparciais examinam as responsabilidades humanas, sopesando-lhes os méritos e deméritos.

A organização do júri, em numerosos casos, é aqui observada, necessariamente, porém, constituída de espíritos integrados no conhecimento do Direito, com dilatadas noções de culpa e resgate, erro e corrigenda, psicologia humana e ciências sociais, a fim de que as sentenças ou informações proferidas se atenham a precisa harmonia, perante a Divina Providência, consubstanciada no amor que ilumina e na sabedoria que sustenta.

Há delinqüentes tanto no Plano Terrestre quanto no Plano Espiritual, e, em razão disso, não apenas os homens recentemente desencarnados são entregues a julgamento específico, sempre que necessário, mas também as entidades desencarnadas que, no cumprimento de determinadas tarefas, se deixam, muitas vezes, arrastar por paixões e caprichos inconfessáveis.

È importante anotar que quanto mais inferior é o grau evolutivo dos culpados, mais sumário é o julgamento pelas autoridades cabíveis, e, quanto mais avançados os valores culturais e morais dos indivíduos, mais complexo é o exame dos processos de criminalidade em que se emaranham, não só pela influência com que atuaram nos destinos alheios, como porque o Espírito, quando ajustado à consciência dos próprios erros, ansioso de reabilitar-se perante a vida e diante daqueles que ama, suplica por si mesmo a sentença regenerativa que reconhece indispensável à própria restauração.

ANDRÉ LUIZ - Do livro Apostilas da vida - Francisco Cândido Xavier.

O JUÍZO E AS SENTENÇAS NO DIA À DIA

Não é necessário que a morte abra as portas de tribunais supremos para que o homem seja julgado em definitivo.

A vida faz a análise todos os dias e a luta é o grande movimento seletivo, através do qual observamos diversas sentenças a se evidenciarem nos variados setores da atividade humana.

A moléstia julga os excessos.

A exaustão corrige o abuso.

A dúvida retifica a leviandade.

A aflição reajusta os desvios.

O tédio pune a licença.

O remorso castiga as culpas.

A sombra domina os que fogem à luz.

O isolamento fere o orgulho.

A desilusão golpeia o egoísmo.

As chagas selecionam as células do corpo.

Cada sofrimento humano é aresto do Juízo Divino em função na vida contingente da Terra.

Cada criatura padece determinadas sanções em seu campo de experiência.

Compreendendo a justiça imanente do Senhor em todas as circunstâncias e em todas as cousas, atendamos a sementeira do bem aqui e agora, na certeza de que, segundo a palavra do Mestre,

cada espírito receberá os bens e os males do Patrimônio Infinito da Vida, de conformidade com as próprias obras.


EMMANUEL - Psicografia em Reunião Pública. Data –1951–Centro Espírita Luiz Gonzaga, Pedro Leopoldo, MG –F.C.XAVIER

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