Aquele que talvez consideres por inimigo unicamente
porque te não pode satisfazer as reclamações será provavelmente uma criatura
pressionada por exigências que nunca te abordaram as áreas de ação.
O companheiro que se te afigure viciado, em vista dos
lábios infelizes a que se afeiçoa, até que se projetasse na sombra, terá
sofrido tribulações para a travessia doa quais é possível não disponhas ainda
nem mesmo da metade das forças.
O irmão que alijou a carga de compromisso que lhe
competia, em meio da estrada na qual jornadeias, haverá agüentado, no mais
íntimo da própria alma, provas e conflitos, que provavelmente até agora não
conseguiste imaginar.
O amigo que se te fez menos estimável, à face do
desespero a que se entregou, até que isso acontecesse, terá suportado empeços e
sacrifícios, que não pudeste perceber, até hoje em momento algum.
A irmã que desistiu que desistiu das obrigações a que se
entrosava, até o instante de semelhante deliberação, haverá tolerado angústias das
quais é possível jamais tenhas sofrido a mais ligeira mostra do coração.
Abstenhamo-nos de julgar. Nosso ponto de vista, ante os
problemas dos outros, na maioria das vezes, pode ser apenas impertinência,
descaridade, leviandade, contrição.
Deixa que o amor te enriqueça e te ilumine o espírito de
justiça.
Diante daqueles que te pareçam caídos, silencias quando
não possas auxiliar. Recorda que todos eles são igualmente nossos irmãos. E já
que não sabemos até quando e até onde conseguiremos assegurar a própria
resistência, à frente das tentações, saibamos entregar as dificuldades alheias
a Bondade de deus, cuja misericórdia cuidará delas, tanto quanto cuida e
cuidará também das nossas.
ABENÇOEMOS SEMPRE –
Emmanuel - Do livro Paz e renovação. Francisco Cândido Xavier.