SEMEANDO CONHECIMENTO

SEMEANDO CONHECIMENTO... PARA COLHER AMOR, PAZ, ALEGRIA!


APRENDER PARA FAZER MELHOR ! E NÓS PRECISAMOS FAZER UM MUNDO MELHOR. SABEM PORQUE? PORQUE VOLTAREMOS PRA CÁ...

COMPARTILHAR: ESTE É O OBJETIVO. CONHEÇA, ENTENDA, E VIVA MELHOR!

"MAS, TENDO SIDO SEMEADO, CRESCE." Jesus. (Marcos, 4:32.)


PRECE : ROGANDO PAZ

ROGANDO PAZ

Senhor Jesus!

Tu disseste: “a minha paz vos dou ...”

Entretanto, Senhor,

Muitos de nós andamos distraídos;

Atribulados, às vezes, por bagatelas;

Aflitos sem razão;

Sequiosos de aquisições desnecessárias;

Irritadiços por dificuldades passageiras;

Dobrados ao peso de cargas formadas por desilusões e discórdias que nós mesmos inventamos;

Ocupados em dissenções infelizes;

Hipnotizados por tristeza e azedume que nos inclinam à separatividade e ao pessimismo...

Entendemos, sim, Jesus, que nos disseste:

- “A minha paz vos dou...”

Diante, porém, de nossas inibições e obstáculos, nós te rogamos, por acréscimo de misericórdia:

- Senhor, concedeste-nos a paz, no entanto, ensina-nos a recebé-la.


Espírito: EMMANUEL - Médium: Francisco Cândido Xavier

PRECE DE CÁRITAS

DEUS, NOSSO PAI,QUE SOIS TODO PODER E BONDADE,
DAÍ A FORÇA ÀQULES QUE PASSAM PELA PROVAÇÃO,DAÍ A LUZ AQUELES QUE PROCURAM A VERDADE,
PONDE NO CORAÇÃO DOS HOMENS A COMPAIXÃO E A CARIDADE.
DEUS,DAÍ AO CULPADO O ARREPENDIMENTO,AO ESPÍRITO A VERDADE, A CRIANÇA O GUIA, AO ORFÃO O PAI
SENHOR, QUE A VOSSA BONDADE SE ESTENDA SOBRE TUDO QUE CRIASTE, PIEDADE SENHOR PARA AQUELES QUE NÃO VOS CONHECEM,ESPERANÇA PARA AQUELES QUE SOFREM
QUE A VOSSA BONDADE PERMITA AOS ESPÍRITOS CONSOLADORES DERRAMAREM POR TODA A PARTE, A PAZ, A ESPERANÇA E A FÉ,
DEUS, UM RAIO UMA FAÍSCA DO VOSSO AMOR PODE ABRASAR A TERRA
DEIXAI-NOS BEBER NAS FONTES DESTA BONDADE FECUNDA E INFINITA,
E TODAS AS LÁGRIMAS SECARÃO TODAS AS DORES SE ACALMARÃO,
UM SÓ PENSAMENTO, UM SÓ CORAÇÃO SUBIRÁ ATÉ VÓS, NUM GRITO DE RECONHECIMENTO E DE AMOR.
COMO MOISÉS SOBRE AS MONTANHAS NÓS VOS ESPERAMOS DE BRAÇOS ABERTOS,
OH! PODER , OH! BONDADE , OH! BELEZA E PERFEIÇÃO,NÓS QUEREMOS DE ALGUMA SORTE ALCANÇAR A VOSSA MISERICORDIA.

SENHOR DAÍ-NOS A FORÇA DE AJUDAR O PROGRESSO A FIM DE SUBIRMOS ATÉ VÓS, DAÍ-NOS A CARIDADE PURA DAÍ-NOS A FÉ E A RAZÃO, DAÍ-NOS A SIMPLICIDADE DE FARÁ DAS NOSSAS ALMAS UM ESPELHO ONDE DEVE SE REFLETIR A VOSSA SANTA IMAGEM.

TEXTO EXPLICATIVO - ORAÇÃO DOMINICAL

Os Espíritos recomendaram que, encabeçando esta coletânea, puséssemos a Oração dominical, não somente como prece, mas também como símbolo.

De todas as preces, é a que eles colocam em primeiro lugar, seja porque procede do próprio Jesus, seja porque pode suprir a todas, conforme os pensamentos que se lhe conjuguem; é o mais perfeito modelo de concisão, verdadeira obra-prima de sublimidade na simplicidade.
Com efeito, sob a mais singela forma, ela resume todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo.
Encerra uma profissão de fé, um ato de adoração e de submissão; o pedido das coisas necessárias à vida e o princípio da caridade.
Quem a diga, em intenção de alguém, pede para este o que pediria para si.
Contudo, em virtude mesmo da sua brevidade, o sentido profundo que encerram as poucas palavras de que ela se compõe escapa à maioria das pessoas.
Daí vem o dizerem-na, geralmente, sem que os pensamentos se detenham sobre as aplicações de cada uma de suas partes.
Dizem-na como uma fórmula cuja eficácia se ache condicionada ao número de vezes que seja repetida.
Ora, quase sempre esse é um dos números cabalísticos: três, sete ou nove, tomados à antiga crença supersticiosa na virtude dos números e de uso nas operações da magia.
Para preencher o que de vago a concisão desta prece deixa na mente, a cada uma de suas proposições aditamos, aconselhado pelos Espíritos e com a assistência deles, um comentário que lhes desenvolve o sentido e mostra as aplicações.
Conforme, pois, as circunstâncias e o tempo de que disponha, poderá, aquele que ore, dizer a Oração dominical, ou na sua forma simples, ou na desenvolvida.


I – Preces gerais - ORAÇÃO DOMINICAL - 2. Prefácio. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – ALLAN KARDEC

PAI NOSSO - ORAÇÃO DOMINICAL

I. Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome!
Cremos em ti, Senhor, porque tudo revela o teu poder e a tua bondade.
A harmonia do Universo dá testemunho de uma sabedoria, de uma prudência e de uma previdência que ultrapassam todas as faculdades humanas.
Em todas as obras da Criação, desde o raminho de erva minúscula e o pequenino inseto, até os astros que se movem no Espaço, o nome se acha inscrito de um ser soberanamente grande e sábio. Por toda parte se nos depara a prova de paternal solicitude. Cego, portanto, é aquele que te não reconhece nas tuas obras, orgulhoso aquele que te não glorifica e ingrato aquele que te não rende graças.

II. Venha o teu reino!
Senhor, deste aos homens leis plenas de sabedoria e que lhes dariam a felicidade, se eles as cumprissem. Com essas leis, fariam reinar entre si a paz e a justiça e mutuamente se auxiliariam, em vez de se maltratarem, como o fazem. O forte sustentaria o fraco, em vez de o esmagar. Evitados seriam os males, que se geram dos excessos e dos abusos. Todas as misérias deste mundo provêm da violação de tuas leis, porquanto nenhuma infração delas deixa de ocasionar fatais consequências.
Deste ao bruto o instinto, que lhe traça o limite do necessário, e ele maquinalmente se conforma; ao homem, no entanto, além desse instinto, deste a inteligência e a razão; também lhe deste a liberdade de cumprir ou infringir aquelas das tuas leis que pessoalmente lhe concernem, isto é, a liberdade de escolher entre o bem e o mal, a fim de que tenha o mérito e a responsabilidade das suas ações.
Ninguém pode pretextar ignorância das tuas leis, pois, com paternal previdência, quiseste que elas se gravassem na consciência de cada um, sem distinção de cultos, nem de nações. Se as violam, é porque as desprezam.
Dia virá em que, segundo a tua promessa, todos as praticarão. Desaparecido terá, então, a incredulidade. Todos te reconhecerão por soberano Senhor de todas as coisas, e o reinado das tuas leis será o teu reino na Terra.
Digna-te, Senhor, de apressar-lhe o advento, outorgando aos homens a luz necessária, que os conduza ao caminho da verdade.

III. Faça-se a tua vontade, assim na Terra como no Céu.
Se a submissão é um dever do filho para com o pai, do inferior para com o seu superior, quão maior não deve ser a da criatura para com o seu Criador! Fazer a tua vontade, Senhor, é observar as tuas leis e submeter-se, sem queixumes, aos teus decretos. O homem a ela se submeterá, quando compreender que és a fonte de toda a sabedoria e que sem ti ele nada pode.
Fará, então, a tua vontade na Terra, como os eleitos a fazem no Céu.

IV. Dá-nos o pão de cada dia.
Dá-nos o alimento indispensável à sustentação das forças do corpo; mas dá-nos também o alimento espiritual para o desenvolvimento do nosso Espírito.
O bruto encontra a sua pastagem; o homem, porém, deve o sustento à sua própria atividade e aos recursos da sua inteligência, porque o criaste livre.
Tu lhe hás dito: “Tirarás da terra o alimento com o suor da tua fronte.”
Desse modo, fizeste do trabalho, para ele, uma obrigação, a fim de que exercitasse a inteligência na procura dos meios de prover às suas necessidades e ao seu bem-estar, uns mediante o labor manual, outros pelo labor intelectual. Sem o trabalho, ele se conservaria estacionário e não poderia aspirar à felicidade dos Espíritos superiores.
Ajudas o homem de boa vontade que em ti confia, pelo que concerne ao necessário; não, porém, àquele que se compraz na ociosidade e desejara tudo obter sem esforço, nem àquele que busca o supérfluo.
Quantos e quantos sucumbem por culpa própria, pela sua incúria, pela sua imprevidência, ou pela sua ambição e por não terem querido contentar-se com o que lhes havias concedido! Esses são os artífices do seu infortúnio e carecem do direito de queixar-se, pois que são punidos naquilo em que pecaram. No entanto, nem a esses mesmos abandonas, porque és infinitamente misericordioso. As mãos lhes estendes para socorrê-los, desde que, como o filho pródigo, se voltem sinceramente para ti.
Antes de nos queixarmos da sorte, inquiramos de nós mesmos se ela não é obra nossa. A cada desgraça que nos chegue, cuidemos de saber se não teria estado em nossas mãos evitá-la. Consideremos também que Deus nos outorgou a inteligência para nos tirar do lameiro, e que de nós depende o modo de a utilizarmos.
Pois que à lei do trabalho se acha submetido o homem na Terra, dá-nos coragem e forças para obedecer a essa lei. Dá-nos também a prudência, a previdência e a moderação, a fim de não perdermos o respectivo fruto.
Dá-nos, pois, Senhor, o pão de cada dia, isto é, os meios de adquirirmos, pelo trabalho, as coisas necessárias à vida, porquanto ninguém tem o direito de reclamar o supérfluo.
Se trabalhar nos é impossível, à tua divina Providência nos confiamos.
Se está nos teus desígnios experimentar-nos pelas mais duras provações, malgrado os nossos esforços, aceitamo-las como justa expiação das faltas que tenhamos cometido nesta existência, ou noutra anterior, porquanto és justo. Sabemos que não há penas imerecidas e que jamais castigas sem causa.
Preserva-nos, ó meu Deus, de invejar os que possuem o que não temos, nem mesmo os que dispõem do supérfluo, ao passo que a nós nos falta o necessário. Perdoa-lhes, se esquecem a lei de caridade e de amor do próximo, que lhes ensinaste.
Afasta, igualmente, do nosso espírito a ideia de negar a tua justiça, ao notarmos a prosperidade do mau e a desgraça que cai por vezes sobre o homem de bem. Já sabemos, graças às novas luzes que te aprouve conceder-nos, que a tua justiça se cumpre sempre e a ninguém excetua; que a prosperidade material do mau é efêmera, como a sua existência corpórea, e que experimentará terríveis reveses, ao passo que eterno será o júbilo daquele que sofre resignado.

V. Perdoa as nossas dívidas, como perdoamos aos que nos devem.
Perdoa as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos ofenderam.
Cada uma das nossas infrações às tuas leis, Senhor, é uma ofensa que te fazemos e uma dívida que contraímos e que cedo ou tarde teremos de saldar. Rogamos-te que no-las perdoes pela tua infinita misericórdia, sob a promessa, que te fazemos, de empregarmos os maiores esforços para não contrair outras.
Tu nos impuseste por lei expressa a caridade; mas a caridade não consiste apenas em assistirmos aos nossos semelhantes em suas necessidades; também consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. Com que direito reclamaríamos a tua indulgência, se dela não usássemos para com aqueles que nos hão dado motivo de queixa?
Concede-nos, ó meu Deus, forças para apagar de nossa alma todo ressentimento, todo ódio e todo rancor. Faze que a morte não nos surpreenda guardando nós no coração desejos de vingança. Se te aprouver tirar-nos hoje mesmo deste mundo, faze que nos possamos apresentar, diante de ti, puros de toda animosidade, a exemplo do Cristo, cujos últimos pensamentos foram em prol dos seus algozes.
Constituem parte das nossas provas terrenas as perseguições que os maus nos infligem. Devemos, então, recebê-las sem nos queixarmos, como todas as outras provas, e não maldizer dos que, por suas maldades, nos rasgam o caminho da felicidade eterna, visto que nos disseste, por intermédio de Jesus: “Bem  aventurados os que sofrem pela justiça!” Bendigamos, portanto, a mão que nos fere e humilha, uma vez que as mortificações do corpo nos fortificam a alma e que seremos exalçados por efeito da nossa humildade.
Bendito seja teu nome, Senhor, por nos teres ensinado que nossa sorte não está irrevogavelmente fixada depois da morte; que encontraremos, em outras existências, os meios de resgatar e de reparar nossas culpas passadas, de cumprir em nova vida o que não podemos fazer nesta, para nosso progresso.
Assim se explicam, afinal, todas as anomalias aparentes da vida. É a luz que se projeta sobre o nosso passado e o nosso futuro, sinal evidente da tua justiça soberana e da tua infinita bondade.

VI. Não nos deixes entregues à tentação, mas livra-nos do mal.
Dá-nos, Senhor, a força de resistir às sugestões dos Espíritos maus, que tentem desviar-nos da senda do bem, inspirando-nos maus pensamentos.
Somos Espíritos imperfeitos, encarnados na Terra para expiar nossas faltas e melhorar-nos. Em nós mesmos está a causa primária do mal e os maus Espíritos mais não fazem do que aproveitar os nossos pendores viciosos, em que nos entretêm para nos tentarem.
Cada imperfeição é uma porta aberta à influência deles, ao passo que são impotentes e renunciam a toda tentativa contra os seres perfeitos.
É inútil tudo o que possamos fazer para afastá-los, se não lhes opusermos decidida e inabalável vontade de permanecer no bem e absoluta renunciação ao mal. Contra nós mesmos, pois, é que precisamos dirigir os nossos esforços e, se o fizermos, os maus Espíritos naturalmente se afastarão, porquanto o mal é que os atrai, ao passo que o bem os repele.
Senhor, ampara-nos em nossa fraqueza; inspira-nos, pelos nossos anjos guardiães e pelos bons Espíritos, a vontade de nos corrigirmos de todas as imperfeições a fim de obstarmos aos Espíritos maus o acesso à nossa alma.
O mal não é obra tua, Senhor, porquanto o manancial de todo o bem nada de mau pode gerar. Somos nós mesmos que criamos o mal, infringindo as tuas leis e fazendo mau uso da liberdade que nos outorgaste.
Quando os homens as cumprirmos, o mal desaparecerá da Terra, como já desapareceu de mundos mais adiantados que o nosso.
24 Nota de Allan Kardec: Algumas traduções dizem: Não nos induzas à tentação (et ne nos inducas intentationem). Essa expressão daria a entender que a tentação promana de Deus; que Ele, voluntariamente, impele os homens ao mal, ideia blasfematória que igualaria Deus a satanás e que, portanto, não poderia estar na mente de Jesus. É, aliás, conforme à doutrina vulgar sobre o papel dos demônios.
O mal não constitui para ninguém uma necessidade fatal e só parece irresistível aos que nele se comprazem. Desde que temos vontade para o fazer, também podemos ter a de praticar o bem, pelo que, ó meu Deus, pedimos a tua assistência e a dos Espíritos bons, a fim de resistirmos à tentação.

VII. Assim seja.
Praza-te, Senhor, que os nossos desejos se efetivem, mas curvamo-nos perante a tua sabedoria infinita. Que em todas as coisas que nos escapam à compreensão se faça a tua santa vontade e não a nossa, pois somente queres o nosso bem e melhor do que nós sabes o que nos convém.
Dirigimos-te esta prece, ó Deus, por nós mesmos e também por todas as almas sofredoras, encarnadas e desencarnadas, pelos nossos amigos e inimigos, por todos os que solicitem a nossa assistência e, em particular, por N...
Para todos suplicamos a tua misericórdia e a tua bênção.

Nota – Aqui, podem formular-se os agradecimentos que se queiram dirigir a

Deus e o que se deseje pedir para si mesmo ou para outrem. 



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - ALLAN KARDEC

TEXTO EXPLICATIVO : COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS

COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS

Os Espíritos hão dito sempre: “A forma nada vale, o pensamento é tudo.  

Ore, pois, cada um segundo suas convicções e da maneira que mais o toque.

Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração.”

Os Espíritos jamais prescreveram qualquer fórmula absoluta de preces.

Quando dão alguma, é apenas para fixar as ideias e, sobretudo, para chamar a atenção sobre certos princípios da Doutrina Espírita.

Fazem-no também com o fim de auxiliar os que sentem embaraço para externar suas ideias, pois alguns há que não acreditariam ter orado realmente, desde que não formulassem seus pensamentos.

....

O objetivo da prece consiste em elevar nossa alma a Deus; a diversidade das fórmulas nenhuma diferença deve criar entre os que nele creem, nem, ainda menos, entre os adeptos do Espiritismo, porquanto Deus as aceita todas quando sinceras.

....

O Espiritismo reconhece como boas as preces de todos os cultos, quando ditas de coração, e não de lábios somente.

Nenhuma impõe, nem reprova nenhuma.

Deus, segundo ele, é sumamente grande para repelir a voz que lhe suplica ou lhe entoa louvores, porque o faz de um modo, e não de outro.

Quem quer que lance anátema às preces que não estejam no seu formulário provará que desconhece a grandeza de Deus.

Crer que Deus se atenha a uma fórmula é emprestar-lhe a pequenez e as paixões da Humanidade.

Condição essencial à prece, segundo Paulo, é que seja inteligível, a fim de que nos possa falar ao espírito.

Para isso, não basta seja dita numa língua que aquele que ora compreenda.

Há preces em língua vulgar que não dizem ao pensamento muito mais do que se fossem proferidas em língua estrangeira, e que, por isso mesmo, não chegam ao coração.

As raras ideias que elas contêm ficam, as mais das vezes, abafadas pela superabundância das palavras e pelo misticismo da linguagem.

A qualidade principal da prece é ser clara, simples e concisa, sem fraseologia inútil, nem luxo de epítetos, que são meros adornos de lentejoulas.

Cada palavra deve ter alcance próprio, despertar uma ideia, pôr em vibração uma fibra da alma. Numa palavra: deve fazer refletir.

Somente sob essa condição pode a prece alcançar o seu objetivo; de outro modo, não passa de ruído.

Entretanto, notai com que ar distraído e com que volubilidade elas são ditas na maioria dos casos.

Veem-se lábios a mover-se; mas, pela expressão da fisionomia, pelo som mesmo da voz, verifica-se que ali apenas há um ato maquinal, puramente exterior, ao qual se conserva indiferente a alma.



COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – ITEM 1 - ALLAN KARDEC - 

TEXTO EXPLICATIVO : FELICIDADE QUE A PRECE PROPORCIONA

FELICIDADE QUE A PRECE PROPORCIONA

23. Vinde, vós que desejais crer. Os Espíritos celestes acorrem a vos anunciar grandes coisas. Deus, meus filhos, abre os seus tesouros, para vos outorgar todos os benefícios. Homens incrédulos!

Se soubésseis quão grande bem faz a fé ao coração e como induz a alma ao arrependimento e à prece! A prece! ah!... como são tocantes as palavras que saem da boca daquele que ora! A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões.

Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus.

No recolhimento e na solidão, estais com Deus.

Para vós, já não há mistérios; eles se vos desvendam.

Apóstolos do pensamento, é para vós a vida.

Vossa alma se desprende da matéria e rola por esses mundos infinitos e etéreos, que os pobres humanos desconhecem.

Avançai, avançai pelas veredas da prece e ouvireis as vozes dos anjos.

Que harmonia!

Já não são o ruído confuso e os sons estrídulos da Terra; são as liras dos arcanjos; são as vozes brandas e suaves dos serafins, mais delicadas do que as brisas matinais, quando brincam na folhagem dos vossos bosques.

Por entre que delícias não caminhareis! A vossa linguagem não poderá exprimir essa ventura, tão rápida entra ela por todos os vossos poros, tão vivo e refrigerante é o manancial em que, orando, se bebe.

Dulçorosas vozes, inebriantes perfumes, que a alma ouve e aspira, quando se
lança a essas esferas desconhecidas e habitadas pela prece! Sem mescla de desejos carnais, são divinas todas as aspirações.

Também vós, orai como o Cristo, levando a sua cruz ao Gólgota, ao Calvário. Carregai a vossa cruz e sentireis as doces emoções que lhe perpassavam na alma, se bem que vergado ao peso de um madeiro infamante.
Ele ia morrer, mas para viver a vida celestial na morada de seu Pai. – Santo Agostinho. (Paris, 1861.)


Pedi E Obtereis –Item 23 –O Evangelho Segundo O Espiritismo –Allan Kardec

TEXTO EXPLICATIVO : MANEIRA DE ORAR

MANEIRA DE ORAR

22. O dever primordial de toda criatura humana, o primeiro ato que deve assinalar a sua volta à vida ativa de cada dia, é a prece.
Quase todos vós orais, mas quão poucos são os que sabem orar!
Que importam ao Senhor as frases que maquinalmente articulais umas às outras, fazendo disso um hábito, um dever que cumpris e que vos pesa como qualquer dever?
A prece do cristão, do espírita, seja qual for o culto, deve ele dizê-la logo que o Espírito haja retomado o jugo da carne; deve elevar-se aos pés da majestade divina com humildade, com profundeza, num ímpeto de reconhecimento por todos os benefícios recebidos até aquele dia; pela noite transcorrida e durante a qual lhe foi permitido, ainda que sem consciência disso, ir ter com os seus amigos, com os seus guias, para haurir, no contato com eles, mais força e perseverança.
Deve ela subir humilde aos pés do Senhor, para lhe recomendar a vossa fraqueza, para lhe suplicar amparo, indulgência e misericórdia.
Deve ser profunda, porquanto é a vossa alma que tem de elevar-se para o Criador, de transfigurar-se, como Jesus no Tabor, a fim de lá chegar nívea e radiosa de esperança e de amor.
A vossa prece deve conter o pedido das graças de que necessitais, mas de que necessitais em realidade.
Inútil, portanto, pedir ao Senhor que vos abrevie as provas, que vos dê alegrias e riquezas.
Rogai-lhe que vos conceda os bens mais preciosos da paciência, da resignação e da fé.
Não digais, como o fazem muitos: “Não vale a pena orar, porquanto Deus não me atende.”
Que é o que, na maioria dos casos, pedis a Deus?
Já vos tendes lembrado de pedir-lhe a vossa melhoria moral?
Oh! não; bem poucas vezes o tendes feito.
O que preferentemente vos lembrais de pedir é o bom êxito para os vossos empreendimentos terrenos e haveis com frequência exclamado: “Deus não se ocupa conosco; se se ocupasse, não se verificariam tantas injustiças.”
Insensatos! Ingratos! Se descêsseis ao fundo da vossa consciência, quase sempre depararíeis, em vós mesmos, com o ponto de partida dos males de que vos queixais.
Pedi, pois, antes de tudo, que vos possais melhorar e vereis que torrente de graças e de consolações se derramará sobre vós.
Deveis orar incessantemente, sem que, para isso, se faça mister vos recolhais ao vosso oratório, ou vos lanceis de joelhos nas praças públicas.
A prece do dia é o cumprimento dos vossos deveres, sem exceção de nenhum, qualquer que seja a natureza deles.
Não é ato de amor a Deus assistirdes os vossos irmãos numa necessidade, moral ou física?
Não é ato de reconhecimento o elevardes a Ele o vosso pensamento, quando uma felicidade vos advém, quando evitais um acidente, quando mesmo uma simples contrariedade apenas vos roça a alma, desde que vos não esqueçais de exclamar: Sede bendito, meu Pai?! Não é ato de contrição o vos humilhardes diante do supremo Juiz, quando sentis que falistes, ainda que somente por um pensamento fugaz, para lhe dizerdes: Perdoai-me, meu Deus, pois pequei (por orgulho, por egoísmo, ou por falta de caridade); dai-me
forças para não falir de novo e coragem para a reparação da minha falta?!
Isso independe das preces regulares da manhã, da noite e dos dias consagrados.
Como o vedes, a prece pode ser de todos os instantes, sem nenhuma interrupção acarretar aos vossos trabalhos. Dita assim, ela, ao contrário, os santifica.
Tende como certo que um só desses pensamentos, se partir do coração, é mais ouvido pelo vosso Pai celestial do que as longas orações ditas por hábito, muitas vezes sem causa determinante e às quais apenas maquinalmente vos chama a hora convencional.


Pedi E Obtereis –Item 22 –O Evangelho Segundo O Espiritismo –Allan Kardec

TEXTO EXPLICATIVO : AÇÃO DA PRECE. TRANSMISSÃO DO PENSAMENTO

AÇÃO DA PRECE. TRANSMISSÃO DO PENSAMENTO

9. A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige.
Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou uma glorificação.
Podemos orar por nós mesmos ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos.
As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades; as que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus.
Quando alguém ora a outros seres que não a Deus, fá-lo recorrendo a intermediários, a intercessores, porquanto nada sucede sem a vontade de Deus.

10. O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento.
Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o Espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera.
Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito.
Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no Espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som.
A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade.
É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre encarnados.
Essa explicação vai, sobretudo, com vistas aos que não compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim materializar a prece, mas tornar-lhe inteligíveis os efeitos, mostrando que pode exercer ação direta e efetiva.
Nem por isso deixa essa ação de estar subordinada à vontade de Deus, Juiz supremo em todas as coisas, único apto a torná-la eficaz.

11. Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs.
Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e
a volver ao caminho reto, se deste se afastou.
Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas.
Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em consequência de excessos a que se entregou, e arrasta, até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: terá ele o direito de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de resistir às tentações.

12. Se em duas partes se dividirem os males da vida, uma constituída dos que o homem não pode evitar e a outra das tribulações de que ele se constituiu a causa primária, pela sua incúria ou por seus excessos, ver-se-á que a segunda, em quantidade, excede de muito à primeira.
Faz-se, portanto, evidente que o homem é o autor da maior parte das suas aflições, às quais se pouparia, se sempre obrasse com sabedoria e prudência.
Não menos certo é que todas essas misérias resultam das nossas infrações às Leis de Deus e que, se as observássemos pontualmente, seríamos inteiramente ditosos.
Se não ultrapassássemos o limite do necessário, na satisfação das nossas necessidades, não apanharíamos as enfermidades que resultam dos excessos, nem experimentaríamos as vicissitudes que as doenças acarretam.
Se puséssemos freio à nossa ambição, não teríamos de temer a ruína; se não quiséssemos subir mais alto do que podemos, não teríamos de recear a queda; se fôssemos humildes, não sofreríamos as decepções do orgulho abatido; se praticássemos a lei de caridade, não seríamos maldizentes, nem invejosos, nem ciosos, e evitaríamos as disputas e dissensões; se mal a ninguém fizéssemos, não houvéramos de temer as vinganças etc.
Admitamos que o homem nada possa com relação aos outros males;
que toda prece lhe seja inútil para livrar-se deles; já não seria muito o ter a
possibilidade de ficar isento de todos os que decorrem da sua maneira de
proceder?
Ora, aqui, facilmente se concebe a ação da prece, visto ter por efeito atrair a salutar inspiração dos Espíritos bons, granjear deles força para resistir aos maus pensamentos, cuja realização nos pode ser funesta.
Nesse caso, o que eles fazem não é afastar de nós o mal, porém, sim, desviar-nos do mau pensamento que nos pode causar dano; eles em nada obstam ao cumprimento dos decretos de Deus, nem suspendem o curso das Leis da Natureza; apenas evitam que as infrinjamos, dirigindo o nosso livre-arbítrio.
Agem, contudo, à nossa revelia, de maneira imperceptível, para nos não subjugar
a vontade.
O homem se acha então na posição de um que solicita bons conselhos e os põe em prática, mas conservando a liberdade de segui-los ou não.
Quer Deus que seja assim, para que aquele tenha a responsabilidade dos seus atos e o mérito da escolha entre o bem e o mal.
É isso o que o homem pode estar sempre certo de receber, se o pedir com fervor, sendo, pois, a isso que se podem, sobretudo, aplicar estas palavras: “Pedi e obtereis.”
Mesmo com sua eficácia reduzida a essas proporções, já não traria a prece resultados imensos?
Ao Espiritismo fora reservado provar-nos a sua ação, com o nos revelar as relações existentes entre o mundo corpóreo e o mundo espiritual.
Os efeitos da prece, porém, não se limitam aos que vimos de apontar.
Recomendam-na todos os Espíritos.
Renunciar alguém à prece é negar a bondade de Deus; é recusar, para si, a sua assistência e, para com os outros, abrir mão do bem que lhes pode fazer.

13. Acedendo ao pedido que se lhe faz, Deus muitas vezes objetiva recompensar a intenção, o devotamento e a fé daquele que ora.

Daí decorre que a prece do homem de bem tem mais merecimento aos olhos de Deus e sempre mais eficácia, porquanto o homem vicioso e mau não pode orar com o fervor e a confiança que somente nascem do sentimento da verdadeira piedade.
Do coração do egoísta, do daquele que apenas de lábios ora, unicamente saem palavras, nunca os ímpetos de caridade que dão à prece todo o seu poder.
Tão claramente isso se compreende que, por um movimento instintivo, quem se quer recomendar às preces de outrem fá-lo de preferência às daqueles cujo proceder, sente-se, há de ser mais agradável a Deus, pois que são mais prontamente ouvidos.

14. Por exercer a prece uma como ação magnética, poder-se-ia supor que o seu efeito depende da força fluídica. Assim, entretanto, não o é.
Exercendo sobre os homens essa ação, os Espíritos, sendo preciso, suprem
a insuficiência daquele que ora, ou agindo diretamente em seu nome, ou dando-lhe momentaneamente uma força excepcional, quando o julgam digno dessa graça, ou que ela lhe pode ser proveitosa.
O homem que não se considere suficientemente bom para exercer salutar influência não deve por isso abster-se de orar a bem de outrem, com a ideia de que não é digno de ser escutado.
A consciência da sua inferioridade constitui uma prova de humildade, grata sempre a Deus, que leva em conta a intenção caridosa que o anima.
Seu fervor e sua confiança são um primeiro passo para a sua conversão ao bem, conversão que os Espíritos bons se sentem ditosos em incentivar.

Repelida só o é a prece do orgulhoso que deposita fé no seu poder e nos seus merecimentos e acredita ser-lhe possível sobrepor-se à vontade do Eterno.

15. Está no pensamento o poder da prece, que por nada depende nem das palavras, nem do lugar, nem do momento em que seja feita.
Pode-se, portanto, orar em toda parte e a qualquer hora, a sós ou em
comum.
A influência do lugar ou do tempo só se faz sentir nas circunstâncias que favoreçam o recolhimento. A prece em comum tem ação mais poderosa, quando todos os que oram se associam de coração a um mesmo pensamento e colimam o mesmo objetivo, porquanto é como se muitos clamassem juntos e em uníssono.
Mas que importa seja grande o número de pessoas reunidas para orar, se cada uma atua isoladamente e por conta própria?!
Cem pessoas juntas podem orar como egoístas, enquanto duas ou três, ligadas por uma mesma aspiração, oram quais verdadeiros irmãos em Deus, e mais força terá a prece que lhe dirijam do que a das cem outras.


Pedi E Obtereis –Item 9 A 15 –O Evangelho Segundo O Espiritismo –Allan Kardec

TEXTO EXPLICATIVO : EFICÁCIA DA PRECE

EFICÁCIA DA PRECE

SEJA O QUE FOR QUE PEÇAIS NA PRECE, CREDE QUE O OBTEREIS E CONCEDIDO VOS SERÁ O QUE PEDIRDES. (MARCOS, 11:24.)

6. Há quem conteste a eficácia da prece, com fundamento no princípio de que, conhecendo Deus as nossas necessidades, inútil se torna expor-lhas. E acrescentam os que assim pensam que, achando-se tudo no Universo encadeado por leis eternas, não podem as nossas súplicas mudar os decretos de Deus.

Sem dúvida alguma há leis naturais e imutáveis que não podem ser ab-rogadas ao capricho de cada um; mas daí a crer-se que todas as circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade, vai grande distância.

Se assim fosse, nada mais seria o homem do que instrumento passivo, sem
livre-arbítrio e sem iniciativa.

Nessa hipótese, só lhe caberia curvar a cabeça ao jugo dos acontecimentos, sem cogitar de evitá-los; não devera ter procurado desviar o raio.

Deus não lhe outorgou a razão e a inteligência, para que ele as deixasse sem serventia; a vontade, para não querer; a atividade, para ficar inativo.

Sendo livre o homem de agir num sentido ou noutro, seus atos lhe acarretam, e aos demais, consequências subordinadas ao que ele faz ou não.

Há, pois, devidos à sua iniciativa, sucessos que forçosamente escapam à fatalidade e que não quebram a harmonia das leis universais, do mesmo modo que o avanço ou o atraso do ponteiro de um relógio não anula a lei do movimento sobre a qual se funda o mecanismo.

Possível é, portanto, que Deus aceda a certos pedidos, sem perturbar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, subordinada sempre essa
anuência à sua vontade.

7. Desta máxima: “Concedido vos será o que quer que pedirdes pela prece”, fora ilógico deduzir que basta pedir para obter e fora injusto acusar a Providência se não acede a toda súplica que se lhe faça, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para nosso bem.

É como procede um pai criterioso que recusa ao filho o que seja contrário aos seus interesses.
Em geral, o homem apenas vê o presente; ora, se o sofrimento é de utilidade
para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa que o doente sofra as dores de uma operação que lhe trará a cura.

O que Deus lhe concederá sempre, se ele o pedir com confiança, é a coragem, a paciência, a resignação. Também lhe concederá os meios de se tirar por si mesmo das dificuldades, mediante ideias que fará lhe sugiram os bons Espíritos, deixando-lhe dessa forma o mérito da ação.
Ele assiste os que ajudam a si mesmos, de conformidade com esta máxima: “Ajuda-te, que o Céu te ajudará”; não assiste, porém, os que tudo esperam de um socorro estranho, sem fazer uso das faculdades que possui.

Entretanto, as mais das vezes, o que o homem quer é ser socorrido por milagre, sem despender o mínimo esforço.

8. Tomemos um exemplo. Um homem se acha perdido no deserto.

A sede o martiriza horrivelmente. Desfalecido, cai por terra. Pede a Deus
que o assista, e espera.
Nenhum anjo lhe virá dar de beber. Contudo, um
bom Espírito lhe sugere a ideia de levantar-se e tomar um dos caminhos que tem diante de si. Por um movimento maquinal, reunindo todas as forças que lhe restam, ele se ergue, caminha e descobre ao longe um regato.

Ao divisá-lo, ganha coragem.

Se tem fé, exclamará: “Obrigado, meu Deus, pela ideia que me inspiraste e pela força que me deste.” Se lhe falta a fé, exclamará: “Que boa ideia tive! Que sorte a minha de tomar o caminho da direita, em vez do da esquerda; o acaso, às vezes, nos serve admiravelmente!

Quanto me felicito pela minha coragem e por não me ter deixado abater!”

Mas dirão, por que o bom Espírito não lhe disse claramente: “Segue este caminho, que encontrarás o de que necessitas”? Por que não se lhe mostrou para o guiar e sustentar no seu desfalecimento?

Dessa maneira tê-lo-ia convencido da intervenção da Providência.

Primeiramente, para lhe ensinar que cada um deve ajudar a si mesmo e fazer uso das suas forças.

Depois, pela incerteza, Deus põe à prova a confiança que nele deposita a criatura e a submissão desta à sua vontade.

Aquele homem estava na situação de uma criança que cai e que, dando com alguém, se põe a gritar e fica à espera de que a venham levantar; se não vê pessoa alguma, faz esforços e se ergue sozinha.

Se o anjo que acompanhou Tobias lhe houvera dito: “Sou enviado por Deus para te guiar na tua viagem e te preservar de todo perigo”, nenhum mérito teria tido Tobias.

Fiando-se no seu companheiro, nem sequer de pensar teria precisado. Essa a razão por que o anjo só se deu a conhecer ao regressarem.


Pedi E Obtereis –Item 5, 6, 7, 8 –O Evangelho Segundo O Espiritismo –Allan Kardec

TEXTO EXPLICATIVO : QUALIDADES DA PRECE


Jesus definiu claramente as qualidades da prece.

Quando orardes, diz Ele, não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto.

Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas.

Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade.

Orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu.

Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau.


Pedi E Obtereis – Item 4 – O Evangelho Segundo O Espiritismo – Allan Kardec

PRECE À MÃE SANTÍSSIMA

PRECE À MÃE SANTÍSSIMA

Mãe Santíssima!...

Enquanto as mães do mundo são reverenciadas, deixa te recordemos a pureza incomparável e o exemplo sublime...

Soberana, que recebeste na palha singela o Redentor da Humanidade, sem te rebelares contra as mães felizes, que afagavam Espíritos criminosos em palácios de ouro, ensina-nos a entesourar as bênçãos da humildade.

Lâmpada de ternura, que apagaste o próprio brilho para que a luz do Cristo fulgurasse entre os homens, ajuda-nos a buscar na construção do bem para os outros o apoio de nossa própria felicidade.

Benfeitora, que te desvelaste, incessantemente, pelo Mensageiro da Eterna Sabedoria, sofrendo-lhe as dores e compartilhando-lhe as dificuldades, sem qualquer pretensão de furtá-lo aos propósitos de Deus, auxilia-nos a extirpar do sentimento as raízes do egoísmo e da crueldade com que tantas vezes tentamos reter na inconformação e no desespero os corações que mais amamos.

Senhora, que viste na cruz da morte o Filho Divino, acompanhando-lhe a agonia com as lágrimas silenciosas de tua dor, sem qualquer sinal de reclamação contra os poderes do Céu e sem qualquer expressão de revolta contra as criaturas da

Terra, conduze-nos para a fé que redime e para a renúncia que eleva.

Missionária, salva-nos do erro.

Anjo, estende sobre nós as níveas asas!...

Estrela, clareia-nos a estrada com teu lume...

Mãe querida, agasalha-nos a existência em teu manto constelado de amor!...

E que todas nós, mulheres desencarnadas e encarnadas em serviço na Terra, possamos repetir, diante de Deus, cada dia, a tua oração de suprema fidelidade:
“Senhor, eis aqui tua serva, cumpra-se em mim segundo a tua palavra.”


Espírito: Anália Franco - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: “Vozes do Grande Além” 

PRECE POR ENTENDIMENTO

PRECE POR ENTENDIMENTO

Senhor Jesus!

Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que somente assim as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.


Espírito: EMMANUEL - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: “Paciência” 

PRECE DIANTE DA MANJEDOURA

PRECE DIANTE DA MANJEDOURA

Senhor.

Diante da Manjedoura em que nos descerras o coração, ensina-nos a abrir os braços para receber-Te.

Não nos relegues ao labirinto de nossas ilusões, nem nos abandones ao luxo de nossos problemas.

Vimos ao Teu encontro, cansados de nossa própria fatuidade.

Sol da Vida, não nos confies às trevas da morte.

Fortalece-nos o bom ânimo.

Reaviva-nos a fé.

Induze-nos à confiança e à boa vontade.

Tu que renunciaste ao Céu em favor da Terra, ajuda-nos a descer, com o Supremo Bem, para sermos mais úteis!...

Tu que deixaste a companhia dos anjos sábios e generosos, por amor aos homens ignorantes e infelizes, auxilia-nos a estender com os irmãos mais necessitados que nós mesmos o tesouro de luz que nos trazes!...

Defende-nos contra os vermes da vaidade.

Ampara-nos contra as serpes do orgulho.

Conduze-nos ao caminho do trabalho e da humildade.

E, reconhecidos à frente do Teu Berço de Luminosa Esperança, nós te rogamos, sobretudo, os dons da simplicidade e da paz, para que sejamos contigo fiéis a Deus, hoje e sempre.

Assim seja.


Espírito: EMMANUEL - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Antologia Mediúnica do Natal - 

A CÓLERA É NEGATIVA

CÓLERA

A cólera apresenta dez negativas complexas que induzem a melhor das criaturas à pior das frustrações:

1. Não resolve. Agrava

2. Não resgata. Complica

3. Não ilumina. Escurece

4. Não reúne. Separa

5. Não ajuda. Prejudica

6. Não equilibra. Desajusta

7. Não reconforta. Envenena

8. Não favorece. Dificulta

9. Não abençoa. Maldiz

10. Não edifica. Destrói

Evite a cólera como quem foge ao contato destruidor de alta tensão.

Mas se você amanhece de mau humor, antes que o flagelo se instale de todo na sua cabeça e na sua voz, comece o dia rogando à Divina Bondade o socorro providencial de uma laringite.



Espírito: ANDRÉ LUIZ - Médium: Francisco Cândido Xavier Livro: "O Espírito da Verdade"

ANTES DA CRÍTICA

CRÍTICA

Se você está na hora de criticar alguém, pense um pouco, antes de iniciar.

Se o parente está em erro, lembre-se de que você vive junto dele para ajudar.

Se o irmão revela procedimento lamentável, recorde que há moléstias ocultas que podem atingir você mesmo.

Se um companheiro faliu, é chegado o momento de substituí-lo em trabalho, até que volte.

Se o amigo está desorientado, medite nas tramas da obsessão.

Se o homem da atividade pública parece fora do eixo, o desequilíbrio é problema dele.

Se há desastres morais nos vizinhos, isso é motivo para auxílio fraterno, porquanto esses mesmos desastres provavelmente chegarão até nós.


Se o próximo caiu em falta, não é preciso que alguém lhe agrave as dores de consciência.

Se uma pessoa entrou em desespero, no colapso das próprias energias, o azedume não adianta.

Ainda que você esteja diante daqueles que se mostram plenamente mergulhados na loucura ou na delinqüência, fale no bem e fuja da crítica destrutiva, porque a sua reprovação não fará o serviço dos médicos e dos juizes indicados para socorre-los, e, mesmo que a sua opinião seja austera e condenatória, nisso ou naquilo, você não pode olvidar que a opinião de Deus, Pai de nós todos, pode ser diferente.



Espírito: ANDRÉ LUIZ - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Espírito da Verdade"

ORAÇÃO NOSSA

ORAÇÃO NOSSA

Senhor, ensina-nos:

a orar sem esquecer o trabalho;

a dar sem olhar a quem;

a servir sem perguntar até quando;

a sofrer sem magoar seja a quem for;

a progredir sem perder a simplicidade;

a semear o bem sem pensar nos resultados;

a desculpar sem condições;

a marchar para a frente sem contar os obstáculos;

a ver sem malícia;

a escutar sem corromper os assuntos;

a falar sem ferir;

a compreender o próximo sem exigir entendimento;

a respeitar os semelhantes sem reclamar consideração;

a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever, sem cobrar taxas de reconhecimento;

Senhor fortalece em nós a paciência para com as dificuldades dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros para com as nossas dificuldades;

Ajuda-nos, sobretudo, a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente, aquela de cumprir-Te os desígnios onde a como queiras, hoje, agora e sempre.


Espírito: EMMANUEL - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: “A Luz da Oração” 

PRECE DO PÃO

PRECE DO PÃO

Senhor !

Entre aqueles que te pedem proteção, estou eu também, servo humilde a quem mandaste extinguir o flagelo da fome.

Partilhando o movimento daqueles que te servem, fiz hoje igualmente o meu giro. Vi-me frequentemente detido, em lares faustosos, cooperando nas alegrias da mesa farta, mas vi pobres mulheres que me estendiam, debalde, as mãos !...
Vi crianças esquálidas que me olhavam ansiosas, como se estivessem fitando um tesouro perdido.

Encontrei homens tristes, transpirando suor, que me contemplavam agoniados, rogando em silêncio para que lhes socorresse os filhinhos largados ao extremo infortúnio...

Escutei doentes que não precisavam tanto de remédio, mas de mim, para que pudessem atender ao estômago torturado !

Vi a penúria cansada de pranto e reparei, em muitos corações desvalidos, mudo desespero por minha causa.

Entretanto, Senhor, quase sempre estou encarcerado por aquelas mesmas criaturas que te dizem honrar.

Falam em teu nome, confortadas e distraídas na moldura do supérfluo, esquecendo que caminhaste no mundo, sem reter uma pedra em que repousar a cabeça.

Elogiam-te a bondade e exaltam-te a glória, sem perceberem junto delas, seus próprios irmãos fatigados e desnutridos.

E, muitas vezes, depois de formosas dissertações em torno de teus ensinos, aprisionam-me em gavetas e armários, quando não me trancam sob a tela colorida de vitrines custosas ou no recinto escuro dos armazéns.

Ensina-lhes, Senhor, nas lições da caridade, a dividir-me por amor, para que eu não seja motivo à delinquência.

E, se possível, multiplica-me, por misericórdia, outra vez, a fim de que eu possa aliviar todos os famintos da Terra, porque um dia, Senhor, quando ensinavas o homem a orar, incluíste-me entre as necessidades mais justas da vida, suplicando também a Deus:

“O pão nosso de cada dia dai-nos hoje.”


Espírito: MEIMEI - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: " O Espírito da Verdade" 

ORAÇÃO DIANTE DA PALAVRA

ORAÇÃO DIANTE DA PALAVRA

Senhor!

Deste-me a palavra por semente de luz.

Auxilia-me a cultivá-la.

Não me permitas envolvê-la na sombra que projeto.

Ensina-me a falar para que se faça o melhor.

Ajuda-me a lembrar o que deve ser dito e a lavar da memória tudo aquilo que a tua bondade espera se lance no esquecimento.

Onde a irritação me procure, induze-me ao silêncio, e, onde lavre o incêndio da incompreensão ou do ódio, dá que eu pronuncie a frase calmante que possa apagar o fogo da ira.

Em qualquer conversação, inspira-me o conceito certo que se ajuste à edificação do bem, no momento exato, e faze-me vigilante para que o mal não me use, em louvor da perturbação.

Não me deixes emudecer, diante da verdade, mas conserva-me em tua prudência, a fim de que eu saiba dosar a verdade, em amor, para que a compaixão e a esperança não esmoreçam junto de mim.

Traze-me o coração ao raciocínio, sincero sem aspereza, brando sem preguiça, fraterno sem exigência e deixa, Senhor, que a minha palavra te obedeça a vontade, hoje e sempre.


Espírito: MEIMEI - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Caminho Espírita" 

ORAÇÃO DO APRENDIZ

ORAÇÃO DO APRENDIZ

Senhor !

Em tudo quanto eu te peça, conquanto agradeça a infinita bondade com que me atendes.

Não consideres o que eu te rogue, mas aquilo de que eu mais necessite.

E quando me concederes aquilo de que eu mais precise, ensina-me a usar a tua concessão, não só em meu proveito, mas em benefício dos outros, a fim de que eu seja feliz com a tua dádiva, sem prejudicar a ninguém.


Espírito: ANDRÉ LUIZ - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: "Aulas da Vida" 

ORAÇÃO NO TRABALHO

ORAÇÃO NO TRABALHO

Senhor!

Ensina-nos a trabalhar mais, produzindo mais, e a produzir mais, a fim de conquistarmos recursos maiores, para distribuir o auxílio sempre mais amplo de Tua Misericórdia.

E ensina-nos, Senhor, a descansar menos, pedindo menos, e a pedir menos, a fim de pesarmos menos em nossos semelhantes, para exigir menos, de modo a nos sentirmos menos fracos para servir em Tua Bondade.

Senhor!

Tanto quanto nos seja possível receber, concede-nos mais trabalho para sermos mais úteis e que sejamos sempre menos nós, diante de Ti, a fim de que estejas mais em nós, hoje e sempre.

Assim seja.


Espírito: BEZERRA DE MENEZES - Médium: Francisco Cândido Xavier Livro: “Marca do Caminho” 

PRECE ANTE OS OUTROS

ANTE OS OUTROS

Senhor! ...

Ensina-nos a compreender a importância dos outros.

Em verdade, recolhemos de alguns as dificuldades e os problemas, no entanto, de inúmeros outros obtemos as alegrias e as bênçãos que nos enobrecem a vida.

Entre alguns outros, surpreendemos os adversários gratuitos que, por vezes, buscam entravar-nos os passos; faze-nos entender, porém, que entre muitos outros, encontramos os amigos e os benfeitores, os companheiros de ideal e trabalho, os que colaboram conosco, em nossas realizações, e os que nos aliviam nas tribulações do caminho.

De alguns, temos a censura, mas de outros, procedem os estímulos ao desempenho das tarefas que nos confiaste.

Alguns nos inclinam ao pessimismo, entretanto, outros muitos nos estendem cooperação e esperança, encorajamento e carinho.

Das mãos de alguns, recebemos obstáculos que nos alarmam por momentos, no entanto, de muitos outros recebemos consolo e incentivo, apreço e aprovação para muito tempo nas trilhas do cotidiano.

Quando a nuvem da provação nos alcance, induze-nos a buscar, com humildade, o socorro dos corações que se nos fazem doadores da paz e da segurança de que todos necessitamos para viver, segundo os teus desígnios.

Senhor, haja o que houver da parte de alguns para que se nos enfraqueçam as energias na estrada do próprio aperfeiçoamento, auxilia-nos a procurar o concurso dos outros com a aceitação de nossa pequenez, para que não nos faltem as oportunidades de serviço e aprimoramento, aprendizado e renovação, hoje e sempre.

Assim seja.


Espírito: MEIMEI - Médium: Francisco Cândido Xavier - Livro: “Deus Aguarda” 

NO CLIMA DA ORAÇÃO



A oração nem sempre nos retira do sofrimento, mas sempre nos reveste de forças para suportá-lo.

Não nos afasta os problemas do cotidiano, entretanto, nos clareia o raciocínio, a fim de resolve-los com segurança.

Não nos modifica as pessoas difíceis dos quadros de convivência, no entanto, nos ilumina os sentimentos, de modo a aceitá-las como são.

Nem sempre nos cura as enfermidades, contudo, em qualquer ocasião, nos fortalece para o tratamento preciso.

Não nos imuniza contra a tentação, mas nos multiplica as energias para que lhe evitemos a intromissão, sempre a desdobrar-se, através de influências obsessivas.

Não nos livra da injúria e da perseguição, entretanto, se quisermos, ei-la que nos sugere o silêncio, dentro do qual deixaremos de ser instrumentos para a extensão do mal.

Não nos isenta da incompreensão alheia, porém, nos inclina à tolerância para que a sombra do desequilíbrio não nos atinja o coração.

Nem sempre nos evitará os obstáculos e as provações do caminho que nos experimentem por fora, mas sempre nos garantirá a tranqüilidade, por dentro de nós, induzindo-nos a reconhecer que, em todos os acontecimentos da vida, Deus nos faz sempre o melhor.


Espírito: MEIMEI - Médium: Francisco Cândido Xavier Livro: “Tende Bom Ânimo” 

ALGO POR ELES NO REERGUIMENTO DO BEM


ALGO POR ELES
Meimei

Compadece-te de todos aqueles que não podem ou não sabem esperar.

Estão eles em toda parte.

Quase sempre são vítimas da inquietação e do medo.

Observa quantos já transpuseram as linhas da própria segurança.

São casais que não se toleram nas primeiras rusgas do matrimônio e desfazem a união em que se compromissaram, abraçando riscos pelos quais, em muitas cisrcunstâncias, cedo se encaminham para sofrimento maior; 

são mães que rejeitam os filhos que carregam no seio, entregando-se à prática do aborto, recusando a presença de criaturas que se lhes fariam instrumentos de redenção e reconforto no futuro, caindo, às vezes, em largas faixas de doença ou desequilíbrio; 

são homens que repelem os problemas inerentes às tarefas que lhes dizem respeito, escapando para situações duvidosas, sob a alegação de que procuram distração e repouso, quando apenas estão dilapidando a estabilidade das obras que, mais tarde, lhes propiciariam refazimento e descanso; 

são amigos doentes ou desesperados que se rebelam contra os supostos desgostos da vida e se inclinam para o suicídio, destruindo os recursos e oportunidades que transportariam para a conquista da vitória e da paz em si mesmos; 

são jovens, famintos de liberdade e prazer que, impedidos naturalmente do acesso a satisfações imediatas, se engolfam no abuso dos alucinógenos, estragando as faculdades com que o tempo os auxiliaria na construção da felicidade porvindoura.

Façamos algo por eles, os nossos irmãos que ignoram ou que não querem aceitar os benefícios da serenidade e da esperança.

Pronuncia algumas frases de otimismo e encorajamento; 

escreve algum bilhete que os reanime para a bênção de viver e servir; 

estende simpatia em algum gesto espontâneo de gentileza; 

repete consideração e concurso amigo nos diálogos que colaborem na sustentação da paz e da solidariedade.

Não te declares sem possibilidade de contribuir, nem digas que tens todas as tuas horas repletas de encargos e serviços dos quais não te podes distanciar.

Faze algo, no erguimento do bem.

Nas realizações da fraternidade, quem ama faz o tempo.

Textos do Livro Deus Aguarda - Psicografia Chico Xavier

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