Tenho reparado as pessoas
reclamando de suas posições no mundo; profissionalmente,esquecemos que nossas
habilidades podem e devem ser usadas contribuindo para melhorar o mundo e a
vida de todos; o que não acontece.
Todos nós ainda nos preocupamos
mais em ganhar dinheiro do que melhorar as condições de vida de todos nós. Isso
acontece em todos os setores.
Para ajustar isto, acredito que
precisamos parar e tomar consciência, aí nos prepararemos melhor e faremos o
que temos que fazer.
Esta estória pode dar uma idéia
do que estou tentando dizer: para fazer a diferença no mundo precisamos estar
comprometidos com o melhor:
O REMADOR E O CONSELHEIRO DO REI
Era uma vez dois primos que
foram criados juntos.
Aprenderam a rastejar e a
engatinhar juntos, tudo o mais que os meninos fazem juntos.
Eram amigos leais e devotados.
Porem, com o tempo, foram se distanciando, como acontece ate mesmo com bons
amigos, ao saírem pela vida.
Um deles dedicou-se aos livros;
descobriu um certo prazer em aprender e estudou muito, acabando por triunfar
nos exames.
O outro primo resolveu que os
livros não eram lá tão boa companhia.
Faltou muito às aulas, para
continuar a nadar e a jogar bola; ignorou os deveres e acabou fracassando nos
exames.
Como só acontece nesse mundo, a
sorte sorriu ao primeiro, que se tornou conselheiro do próprio rei.
O segundo primo acabou
arranjando serviço de remador do navio real.
Um dia, o rei e todos os
conselheiros reais embarcaram para uma viagem rio acima.
Sentados sob um dossel, na proa
do barco, onde a brisa era mais agradável, discutiam negócios de estado
enquanto o barco seguia.
O remador, vendo o primo bem a
vontade com a realeza, ficou muito abalado. Olhe só aquele preguiçoso,
espichado na sombra, enquanto eu fico aqui moendo os ossos ao sol - disse para
si mesmo, continuando a remar.
- Por que ele tem o direito de
se sentar lá, e eu não?
Afinal, nos dois não somos
criaturas de Deus?
Quanto mais pensava, mais
furioso ficava.
– Olhe só esses palermas inúteis
- começou a resmungar para um companheiro remador. Intitulam-se conselheiros,
mas só ficam à toa, jogando conversa fora.
Por que é que nós temos que suar
tanto para puxar as carcaças deles contra a corrente? Isso não é nada justo!
Eles deviam estar aqui, remando também.
Não somos todos criaturas de
Deus?
Aquela noite ancoraram para
pernoitar.
Todos comeram e dormiram logo.
O remador acordou no meio da
noite, com uma mão muito firme sacudindo-lhe os ombros. Era o próprio rei.
- Há um barulho esquisito vindo
daquela direção - disse, apontando para a terra. - Não consigo dormir,
imaginando o que seja. Por favor, vá e descubra.
O remador pulou fora do barco e
subiu correndo para o alto de um morro. Voltou poucos minutos depois.
- Não é nada, Majestade - disse.
- Uma gata acabou de dar a luz a uma ninhada de gatinhos barulhentos.
- Ah, sim. - disse o rei. - que
tipo de gatinhos?
O remador não tinha olhado para
os filhotes. Correu de novo morro acima e voltou.
- Siameses - disse.
- E quantos são os gatinhos? -
perguntou o rei.
Isso o remador também não tinha
reparado. Voltou lá.
- Seis gatinhos. - reportou.
- Quantos machos e quantas
fêmeas? - perguntou o rei.
O remador correu para lá mais
uma vez.
- Três machos e três fêmeas -
gemeu, já quase sem folego.
- Está bem - disse o rei. -
Venha comigo.
Foram pé ante pé ate a proa do
barco, e o rei acordou o primo do remador.
- Há um barulho esquisito em
cima daquele morro - disse-lhe. - Vá lá e descubra o que é.
O conselheiro desapareceu na
escuridão e voltou pouco depois.
- É uma ninhada de gatinhos
recém-nascidos, Majestade - disse.
- Que tipo de gatos? - perguntou
o rei.
- Siameses - respondeu o
conselheiro.
- Quantos?
- Seis.
- Quantos machos e quantas
fêmeas?
- Três machos e três fêmeas. A
mãe deu a luz dentro de um barril revirado, logo depois de chegarmos. Os gatos
pertencem ao prefeito do vilarejo. Ele espera não ter incomodado Vossa
Majestade, e convida-o a escolher um deles, caso a corte precise de algum
animalzinho real de estimação.
O rei olhou para o remador.
- Eu ouvi seus resmungos, hoje
cedo - disse ele. Sim, todos somos criaturas de Deus. Mas todas as criaturas de
Deus têm o seu trabalho a executar.
Precisei mandá-lo quatro vezes a
praia, para obter as respostas.
Meu conselheiro foi uma vez só.
E é por isso que ele é meu
conselheiro, e você o remador do barco.
desconheço o autor
Nenhum comentário:
Postar um comentário