SEMEANDO CONHECIMENTO

SEMEANDO CONHECIMENTO... PARA COLHER AMOR, PAZ, ALEGRIA!


APRENDER PARA FAZER MELHOR ! E NÓS PRECISAMOS FAZER UM MUNDO MELHOR. SABEM PORQUE? PORQUE VOLTAREMOS PRA CÁ...

COMPARTILHAR: ESTE É O OBJETIVO. CONHEÇA, ENTENDA, E VIVA MELHOR!

"MAS, TENDO SIDO SEMEADO, CRESCE." Jesus. (Marcos, 4:32.)


A GÊNESE PLANETÁRIA

O MELHOR TEXTO QUE JÁ LI SOBRE A GÊNESE PLANETÁRIA...


Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.

Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos.

A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida da matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.

Sim, Ele havia vencido todos os pavores das energias desencadeadas; com as suas legiões de trabalhadores divinos, lançou o escopro da sua misericórdia sobre o bloco de matéria informe, que a Sabedoria do Pai deslocara do SOL para as suas mãos augustas e compassivas.

Operou a escultura geológica do orbe terreno, trabalhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o seu coração haveria de expandir-se em amor, claridade e justiça.

Com os seus exércitos de trabalhadores devotados, estatuiu os regulamentos dos fenômenos físicos da Terra, organizando-lhes o equilíbrio futuro na base dos corpos simples de matéria, cuja unidade substancial os espectroscópios terrenos puderam identificar por toda parte no universo galáxico.

Organizou o cenário da vida, criando, sob as vistas de Deus, o indispensável à existência dos seres do porvir.

Definiu todas as linhas de progresso da humanidade futura, engendrando a harmonia de todas as forças físicas que presidem ao ciclo das atividades planetárias.

A ciência do mundo não lhe viu as mãos augustas e sábias na intimidade das energias que vitalizam o organismo do Globo.

Substituíram-lhe a providência com a palavra NATUREZA, em todos os seus estudos e análises da existência, mas o seu amor foi o Verbo da criação do princípio, como é e será a coroa gloriosa dos seres terrestres na imortalidade sem fim. 

E quando serenaram os elementos do mundo nascente, quando a luz do Sol beijava, em silêncio, a beleza melancólica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas Alturas os intérpretes divinos do seu pensamento.

Viu-se, então, descer sobre a Terra, das amplidões dos espaços ilimitados, uma nuvem de forças cósmicas, que envolveu o imenso laboratório planetário em repouso.

Daí a algum tempo, na crosta solidificada do planeta, como no fundo dos oceanos, podia-se observar a existência de um elemento viscoso que cobria toda a Terra.

Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada.

Com essa massa gelatinosa, nascia no orbe o protoplasma e, com ele, lançara Jesus à superfície do mundo o germe sagrado dos primeiros homens.

Sob a orientação misericordiosa e sábia do Cristo, laboravam na Terra numerosas assembléias de operários espirituais.

Como a engenharia moderna, que constrói um edifício prevendo os menores requisitos de sua finalidade, os artistas da espiritualidade edificavam o mundo das células iniciando, nos dias primevos, a construção das formas organizadas e inteligentes dos séculos porvindouros.

O ideal da beleza foi a sua preocupação dos primeiros momentos, no que se referia às edificações celulares das origens.

É por isso que, em todos os tempos, a beleza, junto à ordem, constituiu um dos traços indeléveis de toda a criação.

As formas de todos os reinos da natureza terrestre foram estudadas e previstas.

Os fluidos da vida foram manipulados de modo a se adaptarem às condições físicas do planeta, encenando-se as construções celulares segundo as possibilidades do ambiente terrestre, tudo obedecendo a um plano preestabelecido pela misericordiosa sabedoria do Cristo, consideradas as leis do princípio e do desenvolvimento geral.

Dizíamos que uma camada de matéria gelatinosa envolvera o orbe terreno em seus mais íntimos contornos.

Essa matéria, amorfa e viscosa, era o celeiro sagrado das sementes da vida.

O protoplasma foi o embrião de todas as organizações do globo terrestre, e, se essa matéria, sem forma definida, cobria a crosta solidificada do planeta, em breve a condensação da massa dava origem ao surgimento do núcleo, iniciando-se as primeiras manifestações dos seres vivos.

Os reinos vegetal e animal parecem confundidos nas profundidades oceânicas.

Não existem formas definidas nem expressão individual nessas sociedades de infusórios; mas, desses conjuntos singulares, formam-se ensaios de vida que já apresentam caracteres e rudimentos dos organismos superiores.

Milhares de anos foram precisos aos operários de Jesus, nos serviços da elaboração paciente das formas.

Emmanuel -  A CAMINHO DA LUZ - CAP I E II-  Francisco Cândido Xavier

NECESSIDADE DA INFÂNCIA

O Espírito que anima o corpo de uma criança é tão desenvolvido quanto o de um adulto?

– Pode até ser mais, se progrediu mais. São apenas órgãos imperfeitos que o impedem de se manifestar. Ele age em razão do instrumento, com que pode se manifestar.

Numa criança de tenra idade, o Espírito, exceto pelo obstáculo que a imperfeição dos órgãos opõe à sua livre manifestação, pensa como uma criança ou como um adulto?

– Quando é criança, é natural que os órgãos da inteligência, não estando desenvolvidos, não possam lhe dar toda a intuição de um adulto; ele tem, de fato, a inteligência bastante limitada, enquanto a idade faz amadurecer sua razão.

A perturbação que acompanha a encarnação não cessa subitamente no momento do nascimento; ela somente se dissipa gradualmente, com o desenvolvimento dos órgãos.

Uma observação em apoio dessa resposta é que os sonhos da criança não têm o caráter dos de um adulto; seu objeto é quase sempre infantil, o que é um indício da natureza das preocupações do Espírito.
  

O Espírito encarnado sofre, durante a infância, com as limitações da imperfeição de seus órgãos?

– Não. Esse estado é uma necessidade, está na natureza e de acordo com os planos da Providência: é um tempo de repouso para o Espírito.

Qual é, para o Espírito, a utilidade de passar pela infância?

– O Espírito, encarnando para se aperfeiçoar, é mais acessível, durante esse tempo, às impressões que recebe e que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir aqueles que estão encarregados de sua educação.

Por que a primeira manifestação de uma criança é de choro?

– Para excitar o interesse da mãe e provocar os cuidados que lhe são necessários.

Não compreendeis que, se houvesse apenas manifestações de alegria, quando ainda não sabe falar, pouco se preocupariam com suas necessidades?

Admirai em tudo a sabedoria da Providência.

De onde vem a mudança que se opera no caráter em uma determinada idade e particularmente ao sair da adolescência? É o Espírito que se modifica?

– É o Espírito que retoma sua natureza e se mostra como era.
Vós não conheceis o segredo que escondem as crianças em sua inocência, não sabeis o que são, o que foram, o que serão e, entretanto, as amais, lhes quereis bem, como se fossem uma parte de vós mesmos, a tal ponto que o amor de uma mãe por seus filhos é considerado o maior amor que um ser possa ter por outro.

De onde vem essa doce afeição, essa terna benevolência que até mesmo estranhos sentem por uma criança?

Vós sabeis? Não; é isso que vou explicar.

As crianças são os seres que Deus envia em novas existências e, para não lhes impor uma severidade muito grande, lhes dá todo o toque de inocência.

Mesmo para uma criança de natureza má suas faltas são cobertas com a não-consciência de seus atos.

Essa inocência não é uma superioridade real sobre o que eram antes; não, é a imagem do que deveriam ser e se não o são é somente sobre elas que recai a pena.

Mas, não é apenas por elas que Deus lhes dá esse aspecto, é também e principalmente por seus pais, cujo amor é necessário para sua fraqueza.

Esse amor seria notoriamente enfraquecido frente a um caráter impertinente e rude, ao passo que, ao acreditar que seus filhos são bons e dóceis, lhes dão toda a afeição e os rodeiam com os mais atenciosos cuidados.

Mas quando os filhos não têm mais necessidade dessa proteção, dessa assistência que lhes foi dada durante quinze ou vinte anos, seu caráter real e individual reaparece em toda sua nudez: conservam-se bons, se eram fundamentalmente bons; mas sempre sobressaem as características que estavam ocultas na primeira infância.

Vedes que os caminhos de Deus são sempre os melhores e, quando se tem o coração puro, a explicação é fácil de ser concebida.

De fato, imaginai que o Espírito das crianças pode vir de um mundo em que adquiriu hábitos totalmente diferentes; como gostaríeis que vivesse entre vós esse novo ser que vem com paixões completamente diferentes das vossas, com inclinações, gostos inteiramente opostos aos vossos?

Como deveria se incorporar e alinhar-se entre vós de outra forma senão por aquela que Deus quis, ou seja, pelo crivo da infância?

Aí se confundem todos os pensamentos, os caracteres e as variedades de seres gerados por essa multidão de mundos nos quais crescem as criaturas.

E vós mesmos, ao desencarnar, vos encontrareis numa espécie de infância entre novos irmãos; e nessa nova existência não terrestre ignorareis os hábitos, os costumes, as relações desse mundo novo para vós; manejareis com dificuldade uma língua que não estais habituados a falar, língua mais viva do que é hoje o vosso pensamento.

A infância tem ainda outra utilidade: os Espíritos apenas entram na vida corporal para se aperfeiçoar e melhorar; a fraqueza da idade infantil os torna flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devem fazê-los progredir.

É então que podem reformar seu caráter e reprimir suas más tendências; este é o dever que Deus confiou a seus pais, missão sagrada pela qual terão de responder.

Por isso a infância não é somente útil, necessária, indispensável, mas é ainda a conseqüência natural das Leis que Deus estabeleceu e que regem o universo.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC - QUESTÕES  379/385

DEFICIENTES DA MANIFESTAÇÃO MENTAL

A opinião de que os deficientes mentais teriam uma alma inferior tem fundamento?

– Não. Eles têm uma alma humana, muitas vezes mais inteligente do que pensais, que sofre da insuficiência dos meios que tem para se manifestar, assim como o mudo sofre por não poder falar.


Qual o objetivo da Providência ao criar seres infelizes como os loucos e os deficientes mentais?

– São Espíritos em punição que habitam corpos deficientes. Esses Espíritos sofrem com o constrangimento que experimentam e com a dificuldade que têm de se manifestarem por meio de órgãos não desenvolvidos ou desarranjados.


É exato dizer que os órgãos não têm influência sobre as faculdades?

– Nunca dissemos que os órgãos não têm influência.

Têm uma influência muito grande sobre a manifestação das faculdades; porém, não as produzem; eis a diferença.

Um bom músico com um instrumento ruim não fará boa música, mas isso não o impedirá de ser um bom músico.

É preciso distinguir o estado normal do estado patológico.

No estado normal, a moral suplanta o obstáculo que a matéria lhe opõe.

Mas há casos em que a matéria oferece tanta resistência que as manifestações são limitadas ou deturpadas, como na deficiência mental e na loucura.

São casos patológicos e, nesse estado, não desfrutando a alma de toda a sua liberdade, a própria lei humana a livra da responsabilidade de seus atos.


Qual pode ser o mérito da existência para seres que, como os loucos e os deficientes mentais, não podendo fazer o bem nem o mal, não podem progredir?

– É uma expiação obrigatória pelo abuso que fizeram de certas faculdades; é um tempo de prisão.


O corpo de um deficiente mental pode, assim, abrigar um Espírito que teria animado um homem de gênio em uma existência precedente?

– Sim. A genialidade torna-se às vezes um flagelo quando dela se abusa.

A superioridade moral nem sempre está em razão da superioridade intelectual, e os maiores gênios podem ter muito para expiar.

Daí resulta freqüentemente para eles uma existência inferior à que tiveram e causa de sofrimentos.

As dificuldades que o Espírito experimenta em suas manifestações são para ele como correntes que impedem os movimentos de um homem vigoroso.

Pode-se dizer que deficientes mentais são aleijados do cérebro, assim como o coxo das pernas e o cego dos olhos.



O deficiente mental, no estado de Espírito, tem consciência de seu estado mental?

– Sim, muito freqüentemente; ele compreende que as correntes que impedem seu vôo são uma prova e uma expiação.

ALLAN KARDEC - O LIVRO DOS ESPÍRITOS - QUESTÕES 371/ 374

AS APTIDÕES E AS FACULDADES MENTAIS


Assim sendo, a diversidade das aptidões no homem provém unicamente do estado do Espírito?

– Unicamente não é o termo mais exato; as qualidades do Espírito, que podem ser mais ou menos avançadas são o princípio; mas é preciso ter em conta a influência da matéria, que limita mais ou menos o exercício dessas faculdades.

O Espírito, ao encarnar, traz certas predisposições, admitindo-se para cada uma um órgão correspondente no cérebro; o desenvolvimento desses órgãos será um efeito e não uma causa.

Se as faculdades tivessem seu princípio nos órgãos, o homem seria uma máquina sem livre-arbítrio e sem responsabilidade por seus atos.

Seria preciso admitir que os maiores gênios, os sábios, poetas, artistas, são gênios apenas porque o acaso lhes deu órgãos especiais, e que sem esses órgãos não seriam gênios.

Assim, o maior imbecil poderia ser um Newton, um Virgílio ou um Rafael, se tivesse possuído certos órgãos.

Essa suposição é mais absurda ainda quando aplicada às qualidades morais.

Assim, conforme esse sistema, um São Vicente de Paulo, dotado por natureza desse ou daquele órgão, poderia ter sido um criminoso, e faltaria ao maior criminoso apenas um órgão para ser um São Vicente de Paulo.

Admiti, ao contrário, que os órgãos especiais, se é que existem, são uma conseqüência, que se desenvolvem pelo exercício da faculdade, assim como os músculos, pelo movimento, e não tereis nada de irracional.

Façamos uma comparação simples, mas verdadeira: por meio de certos sinais fisionômicos, reconheceis o homem dado à bebida; são esses sinais que o tornam ébrio, ou é a embriaguez que faz surgirem esses sinais?

Pode-se dizer que os órgãos recebem a marca das faculdades. 

O LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC - QUESTÃO  370

O AUTO CONTROLE E O NOSSO TEMPERAMENTO

Somos cuidadosos, salvaguardando o clima doméstico.

Dispositivos de alarme, faxinas, inseticidas, engenhos de proteção e limpeza.

No entanto, raros de nós se acautelam contra o inimigo que se nos instala no próprio ser, sob os nomes de canseira, nervosismo, angústia ou preocupação.

Asseguramos a tranqüilidade dos que nos cercam, multiplicando recursos de segurança e higiene, no plano exterior, e, simultaneamente, acumulamos nuvens de pensamentos obsessivos que terminam suscitando pesadelos dentro de casa.

Muitas vezes, desapontados de nós para conosco, à face dos estragos estabelecidos por nossa invigilância, recorremos a tranqüilizantes diversos, tentando situar a impulsividade que nos é própria no quadro das moléstias nervosas, no pressuposto de inocentar-nos.

Sem dúvidas não podemos subestimar o poder da mente sobre o campo físico em que se apóia.

Se acalentarmos a irritação sistemática, é natural que os choques do espírito atrabiliário alcancem corpo sensível, descerrando brechas à enfermidade.

Nesse caso, é preciso rogar por socorro ao remédio.

Ainda assim, é imperioso nos decidamos ao difícil entendimento do autodomínio.

No que concerne a temperamento, é possível receber as melhores instruções e receitas de calma; entretanto, em última análise, a providência decisiva pertence a nós mesmos.

Ninguém consegue penetrar nos redutos de nossa alma, a fim de guarnecê-la com barricadas e trancas.

Queiramos ou não, somos senhores de nosso reino mental.

Por muito nos achemos hoje encarcerados, do ponto de vista de superfície, nas conseqüências do passado, pelas ações infelizes em nossa estrada de ontem, somos livres, na esfera íntima, para controlar e educar o nosso modo de ser.

Não nos esqueçamos de que fomos colocados, no campo da vida, com o objetivo supremo de nosso rendimento máximo para o bem comum.

Saibamos enfrentar os nossos problemas como sejam e como venham, opondo-lhes as faculdades de trabalho e de estudo que somos portadores.

Nem explosão pelas tempestades magnéticas da cólera e nem fuga pela tangente do desculpismo.

Conter-nos.
Governar-nos.

Aqui e além, estamos chamados a conviver com os outros, mas viveremos em nós estruturando os próprios destinos, na pauta de nossa vontade, porque a vida, em nome de Deus, criou em cada um de nós um mundo por si.

 Livro Encontro Marcado - EMMANUEL -  Francisco Cândido Xavier

CHICO XAVIER - FRATERNIDADE REAL

Chico Xavier, tem algum fato em sua experiência mediúnica que o tenha obrigado a pensar mais seriamente na fraternidade humana?

R – Todas as mensagens que temos recebido durante o tempo de nossas singelas atividades na seara mediúnica, nos impelem a compreendermos a necessidade de esforço para que cheguemos à fraternidade, sentida, mas respeitando o tempo dos telespectadores, e pedimos sua permissão, lembraremos aqui um fato, de muita significação, que ocorreu em minha vida.

Creio, não deveria levantar qualquer lance autobiográfico, mas é preciso que recorra a um deles para explicar a lição que recebi.

Em 1939, desencarnou-se um de meus irmãos, José Cândido Xavier, deixando sob nossa responsabilidade, a viúva com dois filhinhos.

A viúva de meu irmão era uma moça extraordinária, humilde e bondosa.

Em 1941, ela foi acometida de grave distúrbio mental.

O assunto é longo e vou resumir para que não venhamos a tomar muito tempo.

Depois de alguns meses em que a viúva de meu irmão – que sempre consideramos nossa irmã muito do coração – estava conosco em casa, doente, o caso agravou-se requerendo internação numa casa de saúde mental, o que foi providenciado em Belo Horizonte, com o auxílio de médicos amigos, da cidade de meu nascimento – Pedro Leopoldo – perto da capital de Minas Gerais.

Acompanhei minha cunhada, a quem sempre dispensei muita consideração e carinho e, ao interná-la na casa de saúde mental, observei o estado de muitos enfermos que ali estavam, naturalmente, abrigados, com muita segurança, proteção e assistência.

Voltei para casa com o coração muito abatido. Era noite.

O segundo filho de minha cunhada, com meu irmão, era uma criança paralítica. A criança chorava e eu me enterneci muito ao ver o pequenino sem a presença materna. Sentei-me e comecei a orar.

As lágrimas vieram-me aos olhos, ao lembrar meu irmão desencarnado muito moço ainda, a viúva tão cedo também, numa prova tão difícil!

Na incapacidade de dar a ela a assistência precisa, senti que minha dor era muito grande!

Achegou-se, então, a mim, o Espírito de nosso amigo Emmanuel. Perguntou-me porque chorava.

Contei-lhe que, naquela hora eu me enternecia muito por ver minha cunhada numa casa de saúde mental em condições assim precárias.

– Não! disse ele – você está chorando por seu orgulho ferido; você, aqui, tem sido instrumento para cura de alguns casos de obsessão, para a melhoria de muitos desequilibrados.

Quando aprouve ao Senhor, que a provação viesse debaixo de seu teto, você está com o coração amargurado, ferido, porque foi obrigado a recorrer à assistência médica o que, aliás, é muito natural.

Uma casa de saúde mental, um sanatório, um hospício, é uma casa de Deus. Você não deve ficar assim.

Disse-lhe, então, que concordava e pedi-lhe como espírito benfeitor, que trouxesse a minha cunhada de volta ao lar, pois a criança, o seu segundo filho era paralítico e aquele choro atestava a falta que o pequenino sentia dela.

Ela voltaria – afirmou-me. Mas aquele “Ela voltaria” poderia ser depois de muito tempo – o que de fato aconteceu só depois de dois anos.

– Eu queria que ela voltasse depressa – disse a ele impaciente.

– Imaginemos a Terra – respondeu-me – como sendo o Palácio da Justiça, e ela como sendo uma pessoa incursa em determinada sentença da justiça.

Eu sou seu advogado e você é serventuário no Palácio da Justiça.

Nós estamos aqui para rasgar ou cumprir o processo?

– Para cumprir – respondi.

Continuei, porém, chorando por observar o assunto ser mais grave do que pensava.

– Por que você continua chorando? – disse ele.

Querendo me agastar, muito indevidamente, porque a minha atitude era desrespeitosa, diante de um amigo espiritual tão grande e tão generoso, disse-lhe:

– Estou chorando porque, afinal de contas, o senhor precisa saber que ela é minha irmã!

– Eu me admiro muito – respondeu-me – porque, antes dela, você tinha lá dentro naquela casa, trezentas irmãs e nunca vi você ir lá chorar por nenhuma.

A dor Xavier não é maior que a dor Almeida, do que a dor Pires, do que a dor Soares, a dor de toda a família que tem um doente.

Se você quer mesmo seguir a doutrina que professa, ao invés de chorar por sua cunhada, tome o seu lugar ao lado da criança que está doente, precisando de calor humano.

Substitua nossa irmã, exercendo, assim, a fraternidade.

– Foi uma lição que não posso esquecer!

Livro “Entrevistas”. Emmanuel / Francisco Cândido Xavier.

A CIVILIZAÇÃO APERFEIÇOADA

Com que sinais se pode reconhecer uma civilização completa?

Vós a reconhecereis pelo desenvolvimento moral.

Acreditais estar bem avançados, pelas grandes descobertas e invenções maravilhosas, e estais melhor alojados e vestidos do que os selvagens.

Mas apenas tereis verdadeiramente o direito de vos dizer civilizados quando tiverdes banido da sociedade os vícios que a desonram e viverdes como irmãos praticando a caridade cristã.

Até lá, sois somente povos esclarecidos, que percorreram apenas a primeira fase da civilização.

A civilização tem seus graus como todas as coisas.

Uma civilização incompleta é um estado de transição que origina males específicos, próprios dela, desconhecidos do homem no seu estado primitivo; mas isso não constitui senão um progresso natural, necessário, que já traz em si mesmo o remédio para o mal que provoca.

À medida que a civilização se aperfeiçoa, faz cessar alguns males que gerou, e esses males desaparecerão completamente com o progresso moral.

De dois povos chegados ao topo da escala social, o único que pode se dizer civilizado, na verdadeira acepção da palavra, é aquele em que não se encontra egoísmo, cobiça e orgulho;

em que os hábitos são mais intelectuais e morais do que materiais;

em que a inteligência pode se desenvolver com mais liberdade;

em que há mais bondade, boa fé, benevolência e generosidade recíprocas;

em que os preconceitos de casta e de nascimento são menos enraizados, porque são incompatíveis com o verdadeiro amor ao próximo;

em que as leis não consagram nenhum privilégio e são as mesmas para o último como para o primeiro;

em que a justiça é exercida com imparcialidade;

em que o fraco encontra sempre apoio  do forte;

em que a vida do homem, suas crenças e opiniões são respeitadas;

em que há menos infelizes

e, enfim, em que todo homem de boa vontade esteja sempre seguro de não lhe faltar o necessário. 
O LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC - QUESTÃO 793

A CRUELDADE NÃO VEM DA AUSÊNCIA DO SENSO MORAL?

A crueldade não vem da ausência do senso moral?

– Diremos melhor, que o senso moral não está desenvolvido, mas não que esteja ausente, porque ele existe, como princípio, em todos os homens; é esse senso moral que os faz mais tarde serem bons e humanos.

 Ele existe, portanto, no selvagem, mas está como o princípio do perfume está no germe da flor antes de desabrochar.

Todas as faculdades existem no homem em condição rudimentar ou latente.

Elas se desenvolvem conforme as circunstâncias lhes são mais ou menos favoráveis.

O desenvolvimento excessivo de uma faz cessar ou neutraliza o das outras.

A superexcitação dos instintos materiais sufoca, por assim dizer, o senso moral, como o desenvolvimento do senso moral enfraquece, pouco a pouco, as faculdades puramente selvagens.


Como se explica existirem, no seio da civilização mais avançada, seres algumas vezes tão cruéis quanto os selvagens?

Exatamente como numa árvore carregada de bons frutos há os que ainda não amadureceram, não atingiram o pleno desenvolvimento.

São, se o quiserdes, selvagens que têm da civilização apenas o hábito, lobos extraviados no meio de ovelhas.

Espíritos de ordem inferior e muito atrasados podem encarnar em meio a homens avançados na esperança de avançarem; mas, sendo a prova muito pesada, a natureza primitiva os domina.



A sociedade dos homens de bem estará um dia livre dos malfeitores?

A humanidade progride; esses homens dominados pelo instinto do mal que se acham deslocados entre as pessoas de bem desaparecerão pouco a pouco, como o mau grão é separado do bom depois de selecionado.

Então renascerão sob um outro corpo e, como terão mais experiência, compreenderão melhor o bem e o mal.

Tendes um exemplo disso nas plantas e nos animais que o homem conseguiu aperfeiçoar e nos quais desenvolveu qualidades novas.

Pois bem! É somente depois de muitas gerações que o aperfeiçoamento se torna completo.

É a imagem das diferentes existências do homem.

ALAN KARDEC, O LIVRO DOS ESPÍRITOS - QUESTÕES  754,755,756

O NECESSÁRIO E O SUPÉRFLUO


Como o homem pode conhecer o limite do necessário?

Aquele que é sensato o conhece pela intuição; muitos o conhecem pela experiência e à sua própria custa.


A natureza não traçou o limite de nossas necessidades em nossa estrutura orgânica?

Sim, mas o homem é insaciável.

A natureza traçou o limite às suas necessidades no seu próprio organismo, mas os vícios lhe alteraram a constituição e criaram necessidades que não são reais.


O que pensar dos que monopolizam os bens da terra para obter o supérfluo em prejuízo dos que precisam do necessário?

Eles desconhecem a lei de Deus e terão que responder pelas privações que impuseram aos outros.

O limite entre o necessário e o supérfluo não tem nada de absoluto, de indiscutível.

A civilização criou necessidades que o selvagem desconhece, e os Espíritos que ditaram esses ensinamentos não pretendem que o homem civilizado viva como o selvagem.

Tudo é relativo e cabe à razão distinguir cada coisa.

A civilização desenvolve o senso ético e ao mesmo tempo o sentimento de caridade, que leva os homens ao apoio mútuo.

Os que vivem à custa das necessidades dos outros exploram os benefícios da civilização em seu proveito; têm da civilização apenas o verniz, como há pessoas que têm da religião apenas a máscara. 

ALLAN KARDEC - O LIVRO DOS ESPÍRITOS - QUESTÕES 715,716,717

OS MEIOS DE CONSERVAÇÃO

Os meios de subsistência, muitas vezes, faltam a alguns, mesmo em meio à abundância que os cerca; por quê?

É pelo egoísmo dos homens em geral e também, freqüentemente, por negligência deles mesmos.

Buscai e achareis; essas palavras não querem dizer que basta olhar a terra para encontrar o que se deseja, mas que é preciso procurar com ardor e perseverança e não com fraqueza, sem se deixar desencorajar pelos obstáculos que, muitas vezes, são apenas meios de colocar à prova a vossa constância, paciência e firmeza.

Se a civilização multiplica as necessidades, também multiplica as fontes de trabalho e os meios de vida; mas é preciso admitir que sob esse aspecto resta ainda muito a fazer.

Quando a civilização terminar sua obra, ninguém poderá queixar-se de que lhe falta o necessário, senão por sua própria culpa.

A infelicidade, para muitos, decorre de enveredarem por um caminho que não é o que a natureza traçou; é então que falta inteligência para terem êxito.

Há lugar ao sol para todos, mas com a condição de cada um ter o seu, e não o dos outros.

A natureza não pode ser responsável pelos vícios de organização social nem pelas conseqüências da ambição e do amor-próprio.

Entretanto, seria preciso ser cego para não reconhecer o progresso que se realizou sob esse aspecto entre os povos mais avançados.

Graças aos louváveis esforços que a filantropia e a ciência juntas não param de fazer para o melhoramento da condição material dos homens, e apesar do contínuo aumento das populações, a insuficiência da produção está atenuada em grande parte, pelo menos.

Os anos mais calamitosos hoje nada têm de comparável aos de antigamente.

A higiene pública, esse elemento tão essencial para o bem-estar e a saúde, desconhecida de nossos pais, é agora objeto de cuidados especiais; o infortúnio e o sofrimento encontram lugares de refúgio.

Em toda parte a ciência contribui para aumentar o bem-estar.

Pode-se dizer que já alcançou a perfeição? Certamente que não.

Mas o que já se fez dá a medida do que se pode fazer com perseverança, se o homem é bastante sábio para procurar sua felicidade nas coisas positivas e sérias e não nas utopias que o fazem recuar em vez de progredir. 

ALLAN KARDEC - O LIVRO DOS ESPÍRITOS - QUESTÃO  707

SEMEANDO E COLHENDO


SEMEADURA

Sua generosidade chamará a bondade alheia em seu socorro.

Sua simplicidade solucionará problemas para muita gente.

Sua complexidade provocará muita dissimulação no próximo.

Sua indiferença fará manifesta frieza nos outros.

Seu desejo sincero de paz garantirá tranqüilidade no caminho.

Seu propósito de guerrear dará frutos de inquietação.

Sua franqueza contundente receberá frases rudes.

Sua distinção edificará maneiras corretas naqueles que o seguem.

Sua espiritualidade superior incentivará sublimes construções espirituais.

Diariamente, semeamos e colhemos.

A vida é também um solo que recebe e produz eternamente.


ANDRÉ LUIZ - Do livro: Agenda Cristã - Francisco Cândido Xavier

AFLITOS NO REINO DOMÉSTICO


Se te encontras entre aqueles companheiros aflitos do reino doméstico, sob agitação quase constante, na expectativa de receber mais dilatadamente o carinho e a assistência dos entes queridos,

considera que na atualidade do mundo físico, não é muito fácil manter essa modalidade de cobertura afetuosa por parte daqueles que te usufruem a convivência.

Neste último quartel de século, observemos, por itens, algumas das inovações que dificultam a doação de tempo, entre familiares e amigos íntimos, tais quais sejam:

a requisição cada vez mais intensa da mulher para o serviço profissional, fora de casa;

as desvinculações  gradativas ou violentas no campo da vida familiar;

os percalços do trânsito;

a intensificação do estudo por necessidade de todas as classes, que aspiram a atingir mais alto nível de cultura para a demanda compreensível nas provas de habilitação;

os problemas de moradia;

o fascínio da televisão sobre a mente infanto juvenil;

as preocupações com o movimento que se convencionou chamar por mercado de consumo.

Todos esses fatores influenciam a vida nos modernos tempos de evolução.

Não te acredites sob a desconsideração das pessoas queridas.

Quase todas elas estão sujeitas ao mecanismo de circunstâncias de que não podem fugir.

Quanto possível, asserena-te e aprende a solucionar as próprias necessidades pessoais, sem o concurso de outros.

Isso não quer dizer que se vive, no mundo de hoje, no regime egoístico do “cada qual para si.”

Acontece que o progresso avança, e mais imperiosa se faz a obrigação de atenuar, tanto quanto possível, esse ou aquele peso sobre os corações queridos.

E se alguém, provavelmente, vier a indagar que tem semelhantes acontecimentos com os amigos desencarnados, responderemos que a precipitação e o ressentimento, o azedume e o pessimismo, são agentes altamente corrosivos em nossas tarefas e esquemas de auxílio e equilíbrio, na Vida Espiritual, em favor dos próprios homens, nossos irmãos.

Quando todos nós nos dispusermos a cumprir as próprias obrigações, sem o conformismo da inércia e sem a rebeldia da insatisfação destrutiva, estaremos todos em harmonia com as leis da Vida e do Universo transformando o tempo em alegria e transfigurando a Terra em céu na plenitude dos Céus.

Emmanuel - Livro Paz - Psicografado por Francisco Cândido Xavier

COM O QUE MAIS SOFREMOS NO MUNDO ?

O que mais sofremos no mundo


Não é a dificuldade.
É o desânimo em superá-la.

Não é a provação.
É o desespero diante do sofrimento.

Não é a doença.
É o pavor de recebê-la.

Não é o parente infeliz.
É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.

Não é o fracasso.
É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.

Não é a ingratidão.
É a incapacidade de amar sem egoísmo.


Não é a própria pequenez.
É a revolta contra a superioridade dos outros.

Não é a injúria.
É o orgulho ferido.

Não é a tentação.
É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.

Não é a velhice do corpo.
É a paixão pelas aparências.

Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema,
o pior problema é a carga de aflições que criamos,desenvolvemos e sustentamos contra nós.

Albino Teixeira - Francisco Cândido Xavier - Livro: "Passos da Vida"

MORRE-SE ANTES DA HORA?


Indagado sobre as mortes repentinas e inesperadas, Chico explica:

-Os Espíritos se esmeram para que tenhamos na Terra o máximo de vida no corpo.

Nos casos de doenças prolongadas, há uma preparação do nosso espírito para uma Vida Maior.

As mortes súbitas são provações e, às vezes, ocorrências inevitáveis no mapa do trabalho trazido pelo espírito ao reencarnar.

Obra Novo Mundo– Entrevistas com Chico Xavier assistido Por Emmanuel.

A VISITAÇÃO A DOENTES


A visita ao doente pede tato e compreensão.

Abster-se de dar a mão ao enfermo quando a pessoa for admitida à presença dele, com exceção dos casos em que seja ele quem tome a iniciativa.

Se o visitante não é chamado espontaneamente para ver o doente, não insistirá nisso, aceitando tacitamente os motivos imanifestos que lhe obstam semelhante contato.

Toda conversa ao pé de um doente, exige controle e seleção.

Evitar narrações ao redor de moléstias, sintomas, padecimentos alheios e acontecimentos desagradáveis.

Um cartão fraterno ou algumas flores, substituindo a presença, na hipótese de visitação repetida, em tratamentos prolongados, constituem mananciais de vibrações construtivas.

Conquanto a oração seja bênção providencial, em todas as ocasiões, o tipo de assistência médica, em favor desse ou daquele enfermo, solicita apreço e acatamento.

Nunca usar voz muito alta em hospital ou em quarto de enfermo.

Por mais grave o estado orgânico de um doente, não se lhe impor vaticínios acerca da morte, porquanto ninguém, na Terra, possui recursos para medir a resistência de alguém, e, para cada agonizante que desencarna, funciona a Misericórdia de Deus, na Vida Maior, através de Espíritos Benevolentes e Sábios que dosam a verdade em amor, em benefício dos irmãos que se transferem de plano.

Toda visita a um doente - quando seja simplesmente visita -, deve ser curta.

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Sinal Verde - André Luiz.

ATENÇÃO E CARINHO PERANTE OS DOENTES


Criar em torno dos doentes uma atmosfera de positiva confiança, através de preces, vibrações e palavras de carinho, fortaleza e bom ânimo.

O trabalho de recuperação do corpo fundamenta-se na reabilitação do Espírito.

Mesmo quando sejam ligados estreitamente ao coração, não se deixar abater à face dos enfermos, mas sim apresentar-lhes elevação de sentimento e fé, fugindo a exclamações de pena ou tristeza.

O desespero é fogo invisível.

Discorrer sempre que necessário sobre o papel relevante da dor em nosso caminho, sem quaisquer lamentações infelizes.

A resignação nasce da confiança.

Em nenhuma circunstância, garantir a cura ou marcar o prazo para o restabelecimento completo dos doentes, em particular dos obsidiados, sob pena de cair em leviandade.

Antes de tudo vige a Vontade Sábia do Pai Excelso.

Dar atenção e carinho aos corações angustiados e sofredores, sem falar ou agir de modo a humilhá-los em suas posições e convicções, buscando atender-lhes às necessidades físicas e morais dentro dos recursos ao nosso alcance.

A melhoria eficaz das almas deita raízes na solidariedade perfeita.

Procurar com alegria, ao serviço da própria regeneração, o convívio prolongado com parentes ou companheiros atacados pela invalidez, pelo desequilíbrio ou pelas enfermidades pertinazes.

O antídoto do mal é a perseverança no bem.

“Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim mesmo o fizestes.” — Jesus. (MATEUS, 25:40.)

Ditado Pelo Espírito - André Luiz - Psicografia Waldo Vieira

PALAVRAS AOS ENFERMOS - SUSTENTAR A CALMA E A FÉ

Toda enfermidade do corpo é processo educativo para a alma.

Receber, porém, a visitação benéfica entre manifestações de revolta é o mesmo que recusar as vantagens da lição, rasgando o livro que no-la transmite.

A dor física, pacientemente suportada, é golpe de buril divino realizando o aperfeiçoamento espiritual.

Tenho encontrado companheiros a irradiarem sublime luz do peito, como se guardassem lâmpadas acesas dentro do tórax. Em maior parte, são irmãos que aceitaram, com serenidade, as dores longas que a Providencia lhes destinou, a beneficio deles mesmos.

Em compensação, tenho sido defrontado por grande numero de ex-tuberculosos e ex-leprosos, em lamentável posição de desequilíbrio, afundados muitos deles em charcos de treva, porque a moléstia lhes constitui tão somente motivo à insubmissão.

O doente desesperado é sempre digno de piedade, porque não existe sofrimento sem finalidade de purificação e elevação.

A enfermidade ligeira é aviso.

A queda violenta das forças é advertência.

A doença prolongada é sempre renovação de caminho para o bem.

A moléstia incurável no corpo é reajustamento da alma eterna.

Todos os padecimentos da carne se convertem, com o tempo, em claridades interiores, quando o enfermo sabe manter a paciência, aceitando o trabalho regenerativo por bênção da Infinita Bondade.

Quem sustenta a calma e a fé nos dias de aflição, encontrará a paz com brevidade e segurança, porque a dor, em todas as ocasiões, é a serva bendita de Deus que nos procura, em nome d´Ele, a fim de levar, dentro de nós, o serviço da perfeição que ainda não sabemos realizar.

Livro  "Através do Tempo"Francisco Cândido Xavier – NEIO LUCIO

ESTAS DOENTE ? QUERES A CURA REAL ?

"E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará."  (Thiago, 5:15)

Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real. 

Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente. 

O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.

 A mente é fonte criadora. 
         
A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas. 
         
De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso? 
         
De outras vezes, pedes socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade. 
         
Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo?

A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviço de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de conseqüências imprevisíveis.
 
O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói. 
         
E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças? 

Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens? 

Por mais doente, meu amigo, acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a Grande Mudança. 

Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos a própria consciência. 

Foge à brutalidade. 

Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal pela prática do amor fraterno. 

Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação. 

Não manches teu caminho. 

Serve sempre. 

Trabalha na extensão do bem. 

Guarda lealdade ao ideal superior que te ilumina o coração e permanece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará. 

Livro Fonte Viva - Espírito Emmanuel - Francisco C. Xavier

A MEDICINA HUMANA DO FUTURO

Toda a medicina honesta é serviço de amor, atividade de socorro justo; mas, o trabalho de cura é peculiar a cada espírito.

A medicina humana será muito diferente no futuro, quando a Ciência puder compreender a extensão e complexidade dos fatores mentais no campo das moléstias do corpo físico.

Muito raramente não se encontram perturbações diretamente relacionadas com o psiquismo.

As preocupações excessivas com os sintomas patológicos aumentam as enfermidades; as grandes emoções podem curar o corpo ou aniquilá-lo.

Se isso pode acontecer na esfera da atividade vulgar, imagine o campo enorme de observações que nos oferece o plano espiritual, para onde se transferem todos os dias, milhares de almas desencarnadas, em lamentáveis condições de desequilíbrio da mente.

O médico do porvir conhecerá semelhantes verdades e não circunscreverá a ação profissional ao simples fornecimento de indicações técnicas, dirigindo-se, muito mais, no trabalho curativo, às providências espirituais, nas quais o amor cristão represente o maior papel.

 André Luiz - Do livro Cura -  Francisco Cândido Xavier

ÚNICO MODELO PARA A SAÚDE PERFEITA

Filhos, lutai contra os pensamentos infelizes que vos criam hábitos perniciosos.

A viciação mental escraviza o espírito nas ações em que encontra comparsas, visíveis e invisíveis, para que se consumam.

Todo habito é adquirido.

Não acrediteis na força determinante da hereditariedade, com ser capaz de transferir para o corpo o que é responsabilidade da alma.

Não vos acostumeis ao mal, para que o mal não se acostume a vos utilizar como instrumentos de sua propagação no mundo.

O espírito vive na órbita de seus próprios pensamentos e respira na atmosfera de seus anseios mais íntimos.

Que a vossa vida oculta seja como a vida que viveis para que os homens vos vejam.

Não acalenteis idéias enfermiças, porquanto toda idéia ardentemente acalentada tende a concretizar-se.

A dificuldade de se viver com retidão está no fato de não se procurar preencher os espaços vazios da alma com objetivos enobrecedores.

Quem se habitua à escuridão da caverna sente-se enceguecido com a luz que brilha lá fora...

Que a disciplina espiritual, oriunda do cumprimento do dever, vos possibilite a subjugação do corpo.

Os prazeres efêmeros a que aspirais, quando passam, deixam seqüelas de longa duração nos mecanismos da alma.

Quantas vezes o remorso, agindo do inconsciente, aniquila o veiculo que possibilitou ao espírito os terríveis equívocos cometidos?

Enfermidades de etiologia obscura, tumorações malignas, súbitas alterações cardiovasculares, disfunções de certos órgãos vitais ou queda da resistência imunológica, oportunizando o aparecimento de graves infecções, podem ser desencadeadas por um processo de autofagia moral, em que o ser pretende libertar-se da vestimenta física em que se corrompe, esquecido de que a causa de todos os seus males e aflições reside em sua própria essência.

Filhos, fora do corpo, o espírito prossegue vivendo de acordo com as suas inclinações e tendências.

A morte em si não transforma ninguém.

Se desejais mudança substancial adotai Jesus como o Único Modelo de vossas vidas!

BEZERRA DE MENEZES - Livro: A Coragem da Fé

DOENÇA E CURA - A VONTADE DO ENFERMO

Filhos, toda doença tem a sua origem nas imperfeições do espírito, que reflete sobre as células que lhe constituem o corpo material os desajustes da consciência.

A doença, quando se exterioriza, se revela e pede tratamento.

Infelizmente, no entanto, o homem tem oferecido aos seus males físicos, que são, em essência, males espirituais, remédios que agem perifericamente, ou seja, que não atuam no âmago da questão.

Os distúrbios psicológicos do ser, fruto do seu estado de desarmonia com a Lei, provocando-lhe sensações de sofrimento orgânico, tornam evidentes as necessidades que se lhe radicam n'alma.

O que é subjetivo faz-se concreto para que se lhe corrijam as distorções.

Embora realizasse e realize curas no corpo perecível, sujeito às incessantes transformações da matéria, Jesus se corporificou no mundo para empreender a cura das almas, que não se efetivará sem o concurso dos enfermos que a desejem.

A falta de perdão, o ódio, a revolta, a descrença, o ressentimento e toda a variada gama de sentimentos corrompidos engendram causas profundas nas dores que a Medicina estuda e cataloga, sem, no entanto, dar-lhes combate eficaz.

Filhos, a harmonização do vosso mundo íntimo vitaliza as células em desgaste e suprime as conseqüências mais drásticas do carma, a se expressarem tantas vezes nas patologias que vos limitam a ação.

Pautai-vos por uma conduta cristã e, embora mais tarde não vos eviteis de facear a morte, convivereis com a dor sem as agravantes do desespero.

A longevidade que o homem pretende no corpo material será uma conquista do espírito e não meramente da Ciência, no campo das prevenções.

Elevai o vosso padrão mental e educai os vossos sentimentos, atraindo para vós as forças positivas da Criação como quem sabe escolher para si o ar que respira.

Não olvideis que, basicamente, toda cura depende da movimentação da vontade do próprio enfermo, sem cujo concurso determinante ela não ocorrerá.

BEZERRA DE MENEZES - Livro: A Coragem da Fé

VÍNCULOS AFETIVOS E OS DESAFETOS

Filhos, através dos vossos vínculos afetivos é que tendes, no mundo, a oportunidade de vos aproximar dos vossos desafetos do passado, que renascem no corpo, em obediência aos compromissos assumidos convosco.

Os elos da consangüinidade vos possibilitam experiências em comum, nas quais vos tornais em instrumentos de aprendizado mútuo.

A convivência no corpo vos enseja o desenvolvimento da paciência e do perdão, da compreensão e da renúncia, virtudes que, paulatinamente, vos ensinam o amor incondicional por todas as criaturas: amarguras, os traumas, as lágrimas que verteis pelo amor não correspondido, as aflições do sentimento de posse...

Se não se habitua a renunciar, a ceder de si mesmo, a se sacrificar pelo próximo, a despojar-se de ambições, enfim, a não esperar que a Vida gire à sua volta, o homem sofre -inevitavelmente, sofre.

Filhos, amai sem cogitar de serdes amados.

Sobretudo, esforçai-vos por amar aqueles que nunca foram verdadeiramente amados.

BEZERRA DE MENEZES - Livro: A Coragem da Fé

COMO ALGUÉM SE TORNA INSTRUMENTO DA OBSESSÃO

Filhos, não vos esqueçais de que, sem vigilância, vós mesmos podereis vos transformar em instrumentos de perturbação espiritual uns para os outros.

Os espíritos obsessores, interessados em minar-vos a resistência moral, além de assediar-vos diretamente, assediam-vos indiretamente através daqueles que não supõem estar lhes servindo de intermediários para vos subtrair a paz.

A obsessão, quase sempre, é construída sobre o medo e sobre a falta de confiança que a sua vítima demonstra com referência à bondade de Deus, que não relega ninguém ao abandono.

Os vossos adversários invisíveis se esmeram na técnica de vos induzir ao desequilíbrio, chegando, inclusive, a vos suscitar idéias renitentes de doenças que vos atemorizam e vos implantando na mente pensamentos nocivos que passais a acalentar diuturnamente.

Inspirando pessoas que convivem convosco, algumas mais íntimas, outras não, colocam-lhes palavras-chaves nos lábios -, palavras que se lhes transformam em pontos de sintonia mental, para a perseguição sem trégua com que os vossos desafetos do pretérito pretendem vos levar à loucura ou a atitudes de extremo desespero.

Quando vos observeis padecendo o assédio sem pausa de idéias que repercutam negativamente no vosso organismo físico, constrangendo-vos à insônia e à inapetência, à irritabilidade e à apatia, considerai a hipótese de obsessão por causa determinante do, processo que se instala.

 Procurai no trabalho o vosso refúgio e não cedais espaço mental para as sugestões infelizes que tendem a vos ocupar o espaço íntimo.

Filhos, orai com redobrado fervor e não vos afasteis da serenidade, mas esforçai-vos para não perderdes o autodomínio.

Atentai para as palavras de ânimo e de coragem que, por outro lado, ouvirdes da boca daqueles que o Senhor inspira a fim de vos fortalecer na caminhada.

Não ignoreis os instrumentos do Bem que, no corpo e fora dele, permanecem lutando convosco para que alcanceis definitiva vitória sobre os vossos próprios desajustes.

 
BEZERRA DE MENEZES - livro:A Coragem da Fé

PESQUISA POR PALAVRA NO BLOG

TEXTOS PUBLICADOS