SEMEANDO CONHECIMENTO

SEMEANDO CONHECIMENTO... PARA COLHER AMOR, PAZ, ALEGRIA!


APRENDER PARA FAZER MELHOR ! E NÓS PRECISAMOS FAZER UM MUNDO MELHOR. SABEM PORQUE? PORQUE VOLTAREMOS PRA CÁ...

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"MAS, TENDO SIDO SEMEADO, CRESCE." Jesus. (Marcos, 4:32.)


UM REMÉDIO DOADO PELOS ESPÍRITOS

Este título vai fazer os incrédulos sorrirem; que importa! ri-se de muitas outras coisas, o que não impede dessas coisas serem reconhecidas por verdades.

Os bons Espíritos se interessam pelos sofrimentos da Humanidade; não é, pois, de se admirar que procurem aliviá-los, e, em muitas ocasiões, provaram que o podem, quando são bastante elevados para terem os conhecimentos necessários, porque eles vêem o que os olhos do corpo não podem ver; prevêem o que o homem não pode prever.

O remédio que está aqui em questão foi dado nas circunstâncias seguintes, à senhorita Hermance Dufaux (Médium que escreveu a história de Jeanne D'Arc.), que nos remeteu a fórmula com autorização de publicá-la para o bem daqueles que poderiam dela ter necessidade.

Um de seus parentes, morto há bastante tempo, havia trazido da América a receita de um ungüento, ou melhor, de uma pomada de uma maravilhosa eficácia para toda espécie de chaga ou ferida.

Com sua morte, essa receita foi perdida; ele não a havia comunicado.

A senhorita Dufaux estava afetada de um mal nas pernas, muito grave e muito antigo, e que havia resistido a todos os tratamentos; cansada de ter inutilmente empregado tantos remédios, pediu um dia ao seu Espírito protetor se não havia para ela cura possível.

"Sim, respondeu ele, serve-te da pomada de teu tio.

- Mas sabeis que a receita foi perdida.

- Eu vou te dar," disse o Espírito; depois lhe ditou o que segue:

Açafrão................................... 20 centigramas
Cominho................................. 4 gramas
Cera amarela........................... 31 a 32 gramas
Óleo de amêndoas doces........... uma colher

Fundir a cera e colocar em seguida o óleo de amêndoas doces; acrescentar o cominho e o açafrão fechados num pequeno saquinho de pano fino, ferver, num fogo brando, durante dez minutos.

Para uso, estende-se essa pomada sobre um pedaço de tela e a aplica sobre a parte doente, renovando-a todos os dias, mas antes da aplicação do ungüento, é preciso lavar cuidadosamente a ferida com água de altéia, ou outra loção suavizante.

A senhorita Dufaux, tendo seguido essa prescrição, sua perna foi cicatrizada em pouco tempo, a pele se reformou, e desde então está muito bem e nenhum acidente sobreveio.

Sua lavadeira foi curada felizmente de um mal análogo.

Um operário feriu-se com um fragmento de foice que entrou profundamente na ferida, e havia produzido inchação e supuração.

Falava-se de fazer a amputação.

Pelo emprego dessa pomada o inchaço desapareceu, a supuração terminou e o pedaço de ferro saiu da ferida.

Em oito dias esse homem estava de pé e pôde retomar o seu trabalho.

Aplicada sobre os furúnculos, os abscessos, panarícios ela faz chegar em pouco tempo e cicatriza logo.

Age atraindo os princípios mórbidos para fora da ferida saneando-a, e provocando-lhe, se for o caso, a saída de corpos estranhos, tais como as lascas de osso, de madeira, etc.

Parece que ela é igualmente muito eficaz para os dartros e, em geral, para todas as afecções da pele.

Sua composição, como se vê, é muito simples, fácil, e em todos os casos muito inofensiva; pode-se, pois, sempre tentar sem medo.

ALLAN KARDEC – REVISTA ESPIRITA – NOVEMBRO DE 1862

ESTADO MENTAL - CARGA DE VIDAS PASSADAS

 “E vos renova no espírito do vosso sentido..."PAULO.(Efésios,4:23.).

A carga de condições menos felizes que trazemos de vidas passadas pode, comumente,  acarretar-nos difíceis provações e privações, de caráter negativo, quando de nossa permanência na terra.

Provavelmente, não teremos a equipe familiar tão unida como desejaríamos e nem contamos ainda com ideais de elevação, em todos os seres queridos, segundo as nossas aspirações.

A atividade profissional, com muita frequência, não é aquela que mais se nos harmoniza com o modo de ser, porquanto, em muitos lances da experiência, somos forçados à execução de tarefas menos agradáveis, para a regeneração de nossos impulsos inferiores.

A situação social, bastas vezes, não é a que sonhamos, de vez que múltiplas circunstâncias nos impelem a realizar cursos de paciência e de humildade no anonimato educativo.

Obstáculos de ordem econômica, em muitos casos, se erigem como sendo cárceres de contratempos incessantes, nos quais devemos praticar o respeito aos bens da vida, aprendendo a usá-los sem abuso e sem desperdício.

Às vezes, não possuímos, no mundo, nem mesmo o corpo físico que nos corresponda à estrutura psicológica, a fim de que saibamos trabalhar, com vistas aos nossos próprios interesses para a Vida Superior.

Indiscutivelmente, nem sempre conseguimos eleger as ocorrências que nos favoreçam os melhores desejos, mas podemos, em qualquer posição, escolher o estado mental justo para aceitá-las com a possibilidade de convertê-las, em trilhas de acesso ao infinito Bem;

e, depois de aceitá-las, construtivamente, verificamos que a Bondade de Deus nos concede a bênção do trabalho, na qual ser-nos-á possível ajudar-nos para que o Céu nos ajude, abreviando qualquer período de prova, renovando o campo íntimo, sublimando a existência e acendendo a luz inapagável do espírito, em nosso próprio destino, para a edificação do futuro melhor.

Francisco Cândido Xavier - Livro Ceifa de Luz - Emmanuel

PADECIMENTOS HUMANOS - SERVIR COM JESUS

Imaginemos larga região de trevas em que se arrojaram irmãos nossos imprevidentes e sofredores.

Nessa estranha paisagem repontam espinheiros agressivos e furnas inquietantes, nos quais companheiros nossos jazem agoniados, a esmorecerem de desalento e de fome.

Nada além da sombra, que lhes impede a tranqüilidade e cerceia a visão...

Mentalizemos alguém que possui humilde lanterna, capaz de fazer luz, a descer do próprio conforto para ajudar...

Aqui levanta os caídos, além soergue os que chafurdam em desespero...

Agora, mitiga a sede dos que perderam toda a esperança, depois improvisa remédio e pão, assistência e alegria aos que gemem, angustiados, sob as garras da prova...

Semelhante paisagem, meus filhos, é, sem dúvida, o retrato dos padecimentos humanos e esse alguém providencial, com bastante amor para esquecer-se e alumiar os que choram ensandecidos pela névoa da ignorância ou da enfermidade, da expiação e da dor, será sempre aquele coração que use dinheiro e consolo, possibilidade e cultura no auxilio ao próximo tombado em necessidade.

Lembremo-nos disso e consoante as nossas obrigações, diante da caridade com o Cristo, acendamos a nossa lanterna, qualquer que seja o tamanho e façamos luz.

Bezerra de Menezes -Livro Calendário Espírita -Chico Xavier

CANÇÃO PARA JESUS

(simplesmente maravilhoso...)

Desejava, Jesus,
Ter um grande armazém
De bondade constante
Maior do que os maiores que conheço
Para entregar sem preço
Às criaturas de qualquer idade
As encomendas de felicidade
Sem perguntar a quem.

Eu desejava ter um braço mágico
Que afagasse os doentes
Sem qualquer distinção
E um lar onde coubesse
Todas as criancinhas
Para que não sentissem solidão.

Desejava, Senhor,
Todo um parque de amor
Com flores que cantassem,
Embalando os pequeninos
Que se encontram no leito
Sem poderem sair,
E uma loja de esperança
Para todas as mães.

Eu queria ter comigo
Uma estrela em cuja luz
Nunca pudesse ver
Os defeitos do próximo
E dispor de uma fonte cristalina
De água suave e doce
que pudesse apagar
Toda palavra que não fosse
Vida e felicidade.

Eu queria plantar
Um jardim de união
Junto de cada moradia
Para que as criaturas se inspirassem
No perfume da paz e da alegria.
Eu queria, Jesus,
Ter os teus olhos
Retratados nos meus
A fim de achar nos outros,
Nos outros que me cercam,
Filhos de Deus
E meus irmãos que devo compreender e respeitar.

Desejava, Senhor, que a benção do Natal
Estivesse entre nós, dia por dia,
E queria ter sido
Uma gota de orvalho
Na noite em que nasceste
A refletir,
Na pequenez de minha condição,
A luz que vinha da canção
Entoada nos Céus:
-"Glória a Deus nas Alturas,
Paz na Terra,
Boa Vontade em tudo,
Agora e para sempre!..."

MEIMEI - Francisco Cândido Xavier
Livro: Os dois Maiores Amores

CÂNTICOS DE LOUVOR (DOS PASSAROS)

Quando a vida começava no mundo, os pássaros sofriam bastante.

Pousavam nas árvores e sabiam voar, mas como haviam de criar os filhotinhos? Isso era muito difícil.

Obrigados a deixar os ovos no chão, viam-se, quase sempre, perseguidos e humilhados.

A chuva resfriava-os e os grandes animais, pisando neles, quebram-nos sem compaixão.

E as cobras? Essas rastejavam no solo, procurando-os para devora-los, na presença dos próprios pais, aterrados e trêmulos.

Conta-se que, por isso, as aves se reuniram e rogaram ao pai Celestial que lhes desse o socorro necessário.

Deus ouviu-as e enviou-lhes um anjo que passou a orienta-las na construção do ninho.

Os pássaros não dispunham de mãos; entretanto, o mensageiro inspirou-os a usar os biquinhos e, mostrando-lhes os braços amigos das árvores, ensinou-os a transportar pequeninas migalhas das florestas, ajudando-os a tecer os ninhos no alto.

Os filhotinhos começaram a nascer sem aborrecimentos,e, quando as tempestades apareceram, houve segurança geral.

Reconhecendo que o pai Celeste havia respondido às suas orações, as aves combinaram entre si cantar todos os dias, em louvor do Santo Nome de Deus.

`Por essa razão, há passarinhos que se fazem ouvir pela manhã, outros durante o dia e outros, ainda, no transcurso da noite.

Quando encontramos uma ave cantando, lembremo-nos, pois, de que do seu coraçãozinho, coberto de penas, está saindo o eterno agradecimento que deus está ouvindo nos céus.

(“Pai Nosso” – Meimei – psicografia de Chico Xavier)

CONFLITOS - DUELOS MENTAIS

Antigamente, o duelo surgia por hábito deplorável, desfigurando o caráter e enodoando a cultura.

Empenhavam-se antagonista, com a presença de testemunhas, em golpes violentos, legalizando o homicídio em nome da honra.

O progresso aboliu semelhante nódoa de nossa face, todavia, o conflito continua em outras modalidades, a dentro de nossa vida.

Não mais a característica fulminante, dos apetrechos de matar ou ferir, mas o golpe em câmara lenta que o ódio e a incompreensão, a ignorância e a crueldade arremessam por onde passam, gerando perturbações e enfermidade.

Por toda parte, vemos o duelo mental torturando e aniquilando criaturas, mantido por nossas atitudes delituosas de uns para com os outros, quando não se  exprime, sem forma perceptível aos sentidos comuns, à feição da troca de dardos invisíveis, penetrando corações, arrojando-os, muitas vezes, aos tormentos do hospício ou à vala da morte.

Fujamos de toda idéia que signifique discórdia e maledicência, ciúme e desespero, maldade e intolerância, porquanto, as imagens desse teor, a fluirem constantes de nossa fonte mental, possuem vitalidade própria, corporificando-se com a persistência de nossas irreflexões repetidas e atingindo o objetivo de nossas projeções, a operarem desajuste e flagelação regressando a nós mêsmos, em lamentável retorno, trazendo-nos de volta, a aflição e o infortúnio que tivermos causado.

O amor é Lei Universal, mas a Justiça nos segue, serena e inexorável, para que todos nós tenhamos no caminho o justo pagamento de nossas próprias obras.

EMMANUEL - Livro Viajor - Psicografia Chico Xavier

HÁBITO: REFLEXOS MENTAIS ACUMULADOS


O hábito é uma esteira de reflexos mentais acumulados, operando constante indução a rotina.

 Herdeiros de milênios, gastos na recapitulação de muitas experiências análogas entre si, vivemos, até agora, quase que à  maneira de embarcações ao gosto da correnteza, no  rio de hábitos aos quais nos ajustamos sem resistência.

 Com naturais exceções, todos adquirimos o costume de consumir os pensamentos alheios pela reflexão automática e em razão disto, exageramos as nossas necessidades, apartamo-nos da simplicidade com que nos seria fácil erguer uma vida melhor, e formamos  em torno delas todo um sistema defensivo à base de crueldade, com o qual ferimos o próximo, dilacerando consequentemente a nós mesmos.

  Estruturamos, assim, complicado mecanismo de cautela e desconfiança, para além da justa preservação, retendo, apaixonadamente, o instinto da posse e, com o instinto da posse, criamos os reflexos do egoísmo e do orgulho, da vaidade e do medo, com que  tentamos inutilmente fugir às Leis Divinas, caminhando, na maioria das circunstâncias,  como operários distraídos e infiéis que desertassem da máquina preciosa em que devem servir gloriosamente, para cair, sufocados ou inquietos, nas engrenagens que lhes são próprias .

 Nesse círculo vicioso, vive a criatura humana, de modo geral, sob o domínio da ignorância acalentada, procurando enganar-se depois do berço, para desenganar-se depois do túmulo, aprisionada no binômio ilusão-desilusão, com que depende longos  séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar.

 Não será lícito, porém, de modo algum, desprezar a rotina construtiva.

 É por ela que o ser se levanta no seio do espaço e do tempo, conquistando os recursos que lhe enobrecem a vida.

 A evolução, contudo, impões a instituição de novos costumes, afim de que nos desvencilhemos das fórmulas inferiores, em marcha para ciclos mais altos de existência.

 É por esse motivo que vemos no cristo – divino marco da renovação humana  – todo um programa de transformações viscerais do espírito.

 Sem violência de qualquer natureza, altera os padrões da moda moral em que a Terra vivia há numerosos milênios.

 Contra o uso da condenação metódica, oferece a prática do perdão.

 Á tradição de raça opões o fundamento da fraternidade legítima.

 No abandono à tristeza e ao desânimo, nas horas difíceis, traz a noção das bem-aventuranças eternas para os conflitos que sabem esperar e para os justos que sabem sofrer.

 Toda a passagem do Senhor, entre os homens, desde a Manjedoura, que estabelece o hábito da simplicidade, até a cruz afrontosa que cria a hábito da serenidade e da paciência, com certeza da ressurreição para a vida eterna, o apostolado de Jesus é resplendente conjunto de reflexos do caminho celestial para a redenção do caminho  humano.

 Até agora, no mundo, a nossa justiça cheira a vingança e o nosso amor sabe a egoísmo, pelo reflexo condicionado de nossas atitudes irrefletidas nos mil6enios que nos  precedem o “hoje”.

 Não podemos desconhecer, todavia, que somente adotando a bondade e o entendimento, com a obrigação de educar-nos e com o dever de servir, como hábitos, colaborando para s segurança e felicidade de todos, ainda mesmo à custa de nosso sacrifício, é que refletimos em nós a verdadeira felicidade por estarmos nutrindo o verdadeiro bem.

Livro: Pensamento e Vida  - Francisco Cândido Xavier - EMMANUEL

ASSOCIAÇÃO - A SOMA DE MUITOS

Se o homem pudesse contemplar com os próprios olhos as correntes de pensamento, reconheceria, de pronto, que todos vivemos em regime de comunhão, segundo os princípios da afinidade.

A associação mora em todas as coisas, preside a todos os acontecimentos e comanda a existência de todos os seres.

Demócrito,  o sábio grego que viveu na Terra muito antes do Cristo, assevera que  “os átomos, invisíveis ao olhar humano, agrupam-se à feição dos pombos, à cata de comida, formando assim os corpos que conhecemos.”

Começamos agora a penetrar a essência do microcosmo e, de alguma sorte, podemos simbolizar, por enquanto, no átomo entregue à nossa perquirição, um sistema solar em miniatura, no qual o núcleo desempenha a função de centro vital e os elétrons a de planetas em movimento gravitativo.

No plano da Vida Maior, vemos os sóis carregando os mundos na imensidade, em virtude da interação eletromagnética das forças universais.

Assim também na vida comum, a alma entra em ressonância com as correntes mentais em que respiram as lamas que se lhe assemelham.

Assimilamos os pensamento daqueles que pensam como pensamos.

É que sentindo, mentalizando, falando ou agindo, sintonizamo-nos com as emoções e idéias de todas as pessoas, encarnadas ou desencarnadas, da nossa faixa de simpatia.

Estamos invariavelmente atraindo ou repelindo recursos mentais que se agregam aos nossos, fortificando-nos para o bem ou para o mal, segundo a direção que escolhemos.

Em qualquer providência e em qualquer opinião, somos sempre a soma de muitos.

Expressamos milhares de criaturas e milhares de criaturas nos expressam.

O desejo é a alavanca de nosso sentimento, gerando a energia que consumimos, segundo a nossa vontade.

Quando nos detemos nos defeitos e faltas dos outros, o espelho de nossa mente reflete-os, de imediato, como que absorvendo as imagens deprimentes de que se constituem, pondo-se nossa imaginação a digerir essa espécie de alimento, que mais tarde se incorpora aos tecidos sutis de nossa alma.

Com o decurso do tempo nossa alma não raro passa a exprimir, pelo seu veículo de manifestação, o que assimilara, fazendo-o, seja pelo corpo carnal, entre os homens, seja pelo corpo espiritual de que nos servimos, depois da morte.

É por esta razão que geralmente os censores do procedimento alheio acabam praticando as mesmas ações que condenam no próximo, porquanto, interessados em descer às minúcias do mal, absorvem-lhe inconscientemente as emanações, surpreendendo-se, um dia, dominados pelas forças que o representam.

Toda a brecha de sombra em nossa personalidade retrata a sombra maior.

Qual o pequenino foco infeccioso   que, abandonado a si mesmo, pode converter-se dentro de algumas horas no bolo pestífero de imensas proporções, a maledicência pode precipitar-nos no vício, tanto quanto a cólera sistemática nos arrasta, muitas vezes, aos labirintos da loucura ou às trevas do crime.

Pensando, conversando ou trabalhando, a força de nossas idéias, palavras e atos alcança, de momento, um potencial tantas vezes maior quantas sejam as pessoas encarnadas ou não que concordem conosco, potencial esse que tende a aumentar indefinidamente, impondo-nos, de retorno, as conseqüências de nossas próprias iniciativas.

Estejamos, assim, procurando incessantemente o bem, ajudando, aprendendo, servindo, desculpando e amando, porque, nessa atitude, refletiremos os cultivadores da luz, resolvendo, com segurança, o nosso problema de companhia.

 Livro: Pensamento e Vida -Francisco Cândido Xavier - EMMANUEL

A PAZ ESTÁ NO CAMPO ÍNTIMO DE CADA UM

Ninguém nega que em torno de nós, agitam-se multidões rogando paz, ignorando como saírem do tumulto.

Impossível, igualmente, desconhecer que não está em nossas mãos arrebatá-las de vez ao torvelinho de inquietações que criaram para si mesmas.

Entretanto, ser-nos-á possível estabelecer o reino da paz em nós mesmos, irradiando tranqüilidade e otimismo onde estivermos.

Comecemos pelas bases da compreensão.

Se nos ajustarmos às leis de equilíbrio que nos governam, reconheceremos que os desacertos do mundo são justificáveis.

Aqueles mesmos que se nos fazem companheiros no cotidiano, são portadores dos pequenos desajustes que apresentam a soma das grandes crises que afetam a comunidade nos dias atuais.

Esse, possui recursos materiais para a garantia do trabalho, mas sofre a sede de lucros excessivos e imediatos.

Outro, dispõe de competência para servir, no entanto, embora seja razoavelmente remunerado, reclama sempre novas e mais elevadas compensações.

Aquele, evidencia notável saúde física, mas entende que o tempo dever ser dissipado em distrações vazias.

Aquele outro, carrega indisposições que nada faz por superar e, sobretudo, exagera sintomas, em prejuízo de si próprio.

Outros ainda se ressentem, ante a incompreensão alheia, e trazem o coração conservado no vinagre do melindre ou da rebeldia.

Todos, porém, são detentores de altas virtudes potenciais.

Abstém-te de fixar as deficiências do companheiro e procura destacar as qualidades nobres, nas quais se caracterizam de alguma forma.

Examina o bem, louva o bem e estende o bem, tanto quanto puderes.

A paz pode passar a residir hoje mesmo em nosso campo íntimo.

Basta lhe ofereçamos o refúgio da compreensão e isso depende unicamente de nós.

Tanto quanto puderes, burila-te no relacionamento com os outros e aperfeiçoa tudo aquilo que já conheces

EMMANUEL - Livro Paz - Psicografia - Francisco Cândido Xavier

EM BUSCA DA PAZ



SE PROCURAS A PAZ ...

Olvida as ilusões e as mágoas que porventura te assaltem a mente, para que te fixes na certeza de que a vida encerra os germens da renovação incessante, em si própria, facultando-nos a conquista da verdadeira felicidade.

Olvida o lado menos feliz dos companheiros de trabalho e de ideal, a fim de que lhes enxergues tão-somente as qualidades enobrecidas e as possibilidades de elevação.

Olvida as injúrias recebidas, entesourando as bênçãos que te rodeiam.

Olvida o azedume e a incompreensão dos adversários e esmera-te a conservar os amigos e irmãos que te apóiam as tarefas do dia-a-dia.

Olvida os assuntos que provoquem a mentalização dos erros e tragédias da Humanidade e rende culto permanente aos feitos edificantes e heróicos em que os homens hajam exaltado a sua natureza divina.

Olvida os fracassos que já te assediaram a existência e escora-te nas esperanças e realizações com que te diriges para o futuro.

Olvida as reminiscências amargas e mantém na memória os acontecimentos felizes que se te erigiram na estrada, alguma vez, por motivos de euforia e plenitude espiritual.

Olvida as dificuldades que te entravem a marcha e consagra-te ao serviço que já possas criar ou fazer na seara do amor ao próximo.

Se procuras a paz, olvida todo mal e dedica-te ao bem, porquanto somente o bem te descerrará caminho para as bênçãos da Luz.

"Passos da Vida”, de Francisco Cândido Xavier – Emmanuel

PARA GARANTIR A SAÚDE E O EQUILÍBRIO


Para garantir saúde e equilíbrio, prometa a você mesmo:

1- Colocar-se sob os desígnios de Deus, cada dia, através da oração, e sustentar a consciência tranqüila, preservando-se contra idéias de culpa.

2- Dar o melhor de si mesmo no que esteja fazendo.

3- Manter coração e mente, atitude e palavra, atos e modos na inspiração constante do bem.

4- Servir desinteressadamente aos semelhantes, quanto esteja ao alcance de suas forças.

5- Regozijar-se com a felicidade do próximo.

6- Esquecer conversações e opiniões de caráter negativo que haja lido ou escutado.

7- Acrescentar pelo menos um pouco mais de alegria e esperança em toda pessoa com quem estiver em contato.

8- Admirar as qualidades nobres daqueles com quem conviva, estimulando-os a desenvolvê-las.

9- Olvidar motivos de queixa, sejam quais forem.

10- Viver trabalhando e estudando, agindo e construindo, no próprio burilamento e na própria corrigenda, de tal modo que não se veja capaz de encontrar as falhas prováveis e os erros possíveis dos outros.



André luiz - De “Passos da Vida”, de Francisco Cândido Xavier – 

LUZ NO LAR - EVANGELHO NO LAR

Organizemos o nosso agrupamento doméstico do Evangelho. 

O Lar é o coração do organismo social.

Em casa, começa nossa missão no mundo.

Entre as paredes do templo familiar, preparamo-nos para a vida com todos.

Seremos, lá fora, no grande campo da experiência pública, o prosseguimento daquilo que já somos na intimidade de nós mesmos.

Fujamos à frustração espiritual e busquemos no relicário doméstico o sublime cultivo dos nossos ideais com Jesus. 

O Evangelho foi iniciado na Manjedoura e demorou-se na casa humilde e operosa de Nazaré, antes de espraiar-se pelo mundo.

Sustentemos em casa a chama de nossa esperança, estudando a Revelação Divina, praticando a fraternidade e crescendo em amor e sabedoria, porque, segundo a promessa do Evangelho Redentor, "onde estiverem dois ou três corações em Seu Nome", aí estará Jesus, amparando-nos para a ascensão à Luz Celestial, hoje, amanhã e sempre.

Scheilla-Do Livro "Luz no Lar''. Psicografia Chico Xavier - Edição FEB

EVANGELIZAR NO SANTUÁRIO DO LAR

Ao término do século XX, o século chamado das luzes, estamos convocando os obreiros de boa vontade para a tarefa divina de evangelizar.

Evangelho é sol nas almas, é luz no caminho dos homens, é elo abençoado para união perfeita.

Evangelizemos nossos lares, meus filhos, doando à nossa família a bênção de hospedarmos o Cristo de Deus em nossas casas.

A oração em conjunto torna o lar um santuário de amor onde os espíritos mais nobres procuram auxiliar mais e mais, dobrando os talentos de luz que ali são depositados.

Evangelizemos nossas crianças, espíritos forasteiros do infinito em busca de novas experiências, à procura da evolução espiritual.

Sabemos que a Terra é um formoso Educandário e o Mestre Divino, de sua cátedra de Amor, exemplifica pela assistência constante, o programa a ser tratado.

Evangelizemos nossos companheiros de trabalho, pelo exemplo na conduta nobre, pelo perdão constante.

Evangelizemo-nos, guardando nossas mentes e nossos corações na bênção dos ensinos sublimes.

Estamos na Terra mas alistamo-nos nas fileiras do Cristianismo para erguemos bem alto a bandeira de luz do Mestre Divino: “Amai-vos uns aos outros como vos tenho amado”.

Evangelizemos.

Os tempos são chegados, os corações aflitos pedem amparo, os desesperados suplicam luz.

Há um grito que ressoa pelo infinito!

Pai, socorre-nos!

Filhos, somente através do Evangelho vivido à luz da Doutrina Espírita, encontrará o homem a paz, a serenidade e o caminho do amor nobre.

Conclamamos os corações de boa vontade:

Evangelizem;

Evangelizemos.

Acendamos a luz dos ensinos divinos para que a Terra se torne um sol radioso no infinito, conduzindo uma Família humana integrada nos princípios da vida em hosanas ao seu Criador.

Filhos, peçamos ao Pai inspiração e prossigamos para o alto porquanto somente Cristo com o Seu saber e o Seu coração de luz poderá iluminar nossos caminhos.

Bezerra

(Mensagem psicografada pela médium Maria Cecília Paiva na
Federação Espírita Pernambucana, em reunião pública do dia 18 de julho de 1979).

O EVANGELHO NO LAR

Trabalhemos pela implantação do Evangelho no lar, quanto estiver ao alcance de nossas possibilidades.

A seara depende da sementeira.

Se a gleba sofre o descuido de quem lavra e prepara, se o arado jaz inerte e se o cultivador teme o serviço, a colheita será sempre desengano e necessidade, acentuando o desânimo e a inquietação.

É importante nos unamos todos no lançamento dos princípios cristãos no santuário doméstico.

Trazer as claridades da Boa Nova ao templo da família é aprimorar todos os valores que a experiência terrestre nos pode oferecer.

Não bastará entronizar as relíquias materiais que se reportem ao Divino Mestre, entre os adornos da edificação de pedra e cal, onde as almas se reúnem sob os laços da comunidade ou da atração afetiva. É necessário plasmar o ensinamento de Jesus na própria vida, adaptando-se-lhe o sentimento à beleza excelsa.

Evangelho no Lar é Cristo falando ao coração. Sustentando semelhante luz nas igrejas vivas do lar, teremos a existência transformada na direção do Infinito Bem.

O Céu, naturalmente, não nos reclama a sublimação de um dia para outro nem exige de nós, de imediato, as atitudes espetaculares dos heróis.

O trabalho da evangelização é gradativo, paciente e perseverante. Quem recebe na inteligência a gota de luz da Revelação Cristã, cada dia ou cada semana transforma-se no entendimento e na ação, de maneira imperceptível.

Apaga-se nas almas felicitadas por essa bênção o fogo das paixões, e delas desaparecem os pruridos da irritação inútil que lhe situa o pensamento nos escuros resvaladouros do tempo perdido.


Enquanto isso ocorre, as criaturas despertam para a edificação espiritual com o serviço por norma constante de fé e caridade, nas devoluções a que se afeiçoam, de vez que compreendem, por fim, no Senhor, não apenas o amigo Sublime que ampara e eleva, mas também o orientador que corrige e educa para a felicidade real e para o bem verdadeiro.

Auxiliemos a plantação do cristianismo no santuário familiar, à luz da Doutrina Espírita, se desejamos efetivamente a  sociedade aperfeiçoada no amanhã.

Em verdade, no campo vasto do mundo as estradas se bifurcam, mas é no lar que começam os fios dos destinos e nós sabemos que o homem na essência é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor a si mesmo.

Apoiar semelhante realização, estendendo-se nos círculos das nossas amizades, oferecendo-lhe o nosso concurso ativo, na obra de regeneração dos espíritos na época atormentada que atravessamos, é obrigação que nos reaproximará do Mentor Divino, que começou o seu apostolado na Terra, não somente entre os doutores de Jerusalém, mas também nos júbilos caseiros da festa de Caná, quando, simbolicamente, transformou a água em vinho na consagração da paz familiar.

Que a providência Divina nos fortaleça para prosseguirmos na tarefa de reconstrução do lar sobre os alicerces do Cristo, nosso Mestre e Senhor, dentro da qual cumpre-nos colaborar com as nossas melhores forças.

 BEZERRA DE MENEZES -  Livro Temas da Vida - Psicografia Chico Xavier

JESUS NO LAR - EVANGELHO NO LAR

O lar é o santuário em que a bondade de Deus te situa. Dentro dele, nos fios da consangüinidade, recebes o teu primeiro mandato de serviço cristão.

É aí que te avistas com o adversário de ontem, convertido em parente próximo, e que retomas o contato de afeições queridas que o tempo não apagou...

O mundo é a grande ribalta dos teus ideais e convicções, mas o lar é o espelho para os testemunhos de tua fé.

Não olvides a necessidade de Cristo no cenáculo de amor em que te refugias.

Escolhes alguns minutos por semana e reúne-te com os laços domésticos que te possam acompanhar no cultivo da lição de Jesus.

Quanto seja possível, na mesma noite e no mesmo horário, faze teu círculo íntimo de meditação e de estudo.

Depois da prece com que nos cabe agradecer ao Senhor o pão da alma , abre as páginas do Evangelho e lê, em voz alta, algum dos seus trechos de verdade e consolo para o que receberás a inspiração dos Amigos Espirituais que te assistem.

Não é necessário a leitura por mais de dez minutos.

Em seguida, na intimidade da palavra livre e sincera, todos os companheiros devem expor suas dúvidas, seus temores e dificuldades sentimentais.

Através da conversação edificante, emissários da Esfera Superior distribuirão idéias e forças, em nome do Cristo, para que horizontes novos iluminem o espírito de cada um.

Aprenderás que semelhante prática vale por visita de nossos corações ao Eterno Benfeitor, que nos tomará o esforço por trilho de acesso à Sua Divina Luz, transformando-nos o culto da Boa Nova em fonte de bênçãos, dissolvendo em nosso campo de trabalho todas as sombras da discórdia e da ignorância, do desequilíbrio e da irritação.

Dizes-te amigo de Cristo, afirmas-te seguidor de Cristo e clamas, com razão, que Cristo é o caminho redentor da Terra, mas não te esqueças de erigir-lhe assento constante a mesa do próprio lar, para que a luz do Evangelho se te faça vida e alegria no coração.

Espírito: Emmanuel  Psicografia: Francisco Cândido Xavier Livro: Família

ASSUNTOS DO CORAÇÃO: CASAIS


Todos nos destinamos ao Amor Eterno e no entanto, para alcançar o objetivo supremo, cada qual de nós possui um caminho próprio.

Para a maioria das criaturas, o encontro do amor ideal assemelha-se, de algum modo, à procura do ouro nas minas ou de diamante nas catas.

É indispensável peneirar o cascalho ou mergulhar as mãos no barro do mundo, a fim de encontrá-lo.

Sempre que amamos profundamente a alguém, transformamos esse alguém no espelho de nossos próprios sonhos...

Passamos a ver-nos na pessoa que se nos transforma em objeto da afeição.

Se essa criatura efetivamente nos reflete a alma, o carinho mútuo cresce cada vez mais, assegurando-nos o clima de encorajamento e alegria para a viagem nem sempre fácil da evolução.

Nessa hipótese, teremos obtido apoio seguro para a subida do acrisolamento moral...

Em caso contrário, a pessoa a que particularmente nos devotamos acaba devolvendo-nos os próprios reflexos, à maneira de um banco que nos restituisse ou estragasse os investimentos por desistência ou incapacidade de zelar por nossos interesses, então, surgem para nós aquelas posições espirituais que nomeamos por mágoa, desencanto, indiferença, desilusão...

André Luiz - Do livro E a Vida Continua. Psicografia Francisco Cândido Xavier.




Sim, a reencarnação é também recapitulação.

Muitos casais no mundo se constituem de espíritos que se reencontram para a consecução de afazeres determinados.

A princípio, os sentimentos se lhes justapõem, no setor da afinidade, como as crenças de duas rodas que se completam para fazer funcionar o engenho do matrimônio.

Depois, percebem que é imperioso burilar outras peças dessa máquina viva, a fim de que ela produza as bênçãos esperadas.

Isso exige compreensão, respeito mútuo, trabalho constante, espírito de sacrifício.

Se uma das partes ou ambas as partes se confiam a desentendimento, a obra encetada ou reencetada vem a cair...

Então, aquele dos cônjuges que lesou o ajuste, ou ambos, conforme as raízes da desunião, devem esperar pela obtenção de novas oportunidades no tempo para a reconstrução do amor que dilapidaram.

André Luiz - Do livro E a Vida Continua. Psicografia Francisco Cândido Xavier.


DESAJUSTES CONJUGAIS - PORQUE DEPOIS DO CASAMENTO"AS COISAS MUDAM" ?

"Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita. " Do item 16 do Cap.X, de "o evangelho segundo o espiritismo".

É comum observar-se que o casamento promissor repentinamente adoece. Desvelam-se empeços dos cônjuges no ramerrão do cotidiano. 

Conflitos, moléstias, desníveis, falhas de formação e temperamento.

Em certos lances da experiência, é a mulher que se consorciou acreditando encontrar no esposo o retrato psicológico do pai, a quem se vinculou desde o berço; em outros, é o homem a exigir da companheira a continuidade da genitora, a quem se jungiu desde a vida fetal.

Ocorre, porém, que o matrimonio é uma quebra de amarras através da qual o navio da existência larga o cais dos laços afetivos em que, por muito tempo, jazia ancorado.

Na viagem, que se inicia a dois, parceiro e parceira se revelarão, um à frente do outro, tais quais são e como se encontram na realidade, evidenciando, em toda a extensão, os defeitos e as virtudes que, porventura, carreguem.

Desajustes e inadaptações costumam repontar, ameaçando a estabilidade da embarcação doméstica, atirada ao navegar nas águas da experiência.

É razoável se convoque o auxílio de técnicos capazes de sanar as lesões no barco em perigo, como sejam médicos e psicólogos, amigos e conselheiros, cuja contribuição se revestirá sempre de inapreciável valor; entretanto, ao desenrolar de obstáculos e provas, o conhecimento da reencarnação exerce encargo de importância por trazer aos interessados novo campo de observações e reflexões, impelindo-os à tolerância, sem a qual a rearmonização acena sempre mais longe.

Homem e mulher, usando a chave de semelhante entendimento, passam mecanicamente a reconhecer que é preciso desvincular e renovar sentimentos, mas em bases de compreensão e serenidade, amor e paz.

Urge perceber que o "nós" da comunhão afetiva não opera a fusão dos dois seres que o constituem.

Cada parceiro, no ajuste, continua sendo um mundo por si.

E nem sempre os característicos de um se afinam com o outro.

Daí a conveniência do mútuo aceite, com a obrigação da melhoria do casal.

Para isso, não bastarão providências de superfície.

Há que internar o raciocínio em considerações mais profundas para que as raízes do desequilíbrio sejam erradicadas da mente.

Aceitação, o problema.

Forçoso admitir o companheiro ou a companheira como são ou como se aboletam na embarcação doméstica.

E, feito isso, inicie-se a obra da edificação ou da reedificação recíprocas.

Obvio que conclusões e atitudes não se impõem no campo mental; entretanto, não se arrependerá quem se disponha a estudar os princípios da reencarnação e da responsabilidade individual no próprio caminho.

Obtém-se da vida o que se lhe dá, colhe-se o material de plantio.

Habitualmente, o homem recebe a mulher, como a deixou e no ponto em que a deixou no passado próximo, isto é, nas estâncias do tempo que se foi para o continuísmo da obra de resgate ou de elevação no tempo de agora, sucedendo o mesmo referentemente à mulher.

O parceiro desorientado, enfermo ou infiel, é aquele homem que a parceira, em existências anteriores, conduziu à perturbação, à doença ou à deslealdade, através de atitudes que o segregaram em deploráveis estados compulsivos; e a parceira, nessas condições, consubstancia necessidades e provas da mesma espécie.

Tão-somente na base da indulgência e do perdão recíprocos, mais facilmente estruturáveis no conhecimento da reencarnação, com as imbricações que se lhe mostram conseqüentes na equipe da família, conseguirão o companheiro e a companheira do lar o triunfo esperado, nas lides e compromissos que abraçam, descerrando a si mesmos a porta da paz e a luz da libertação.

Emmanuel - Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Vida e Sexo

UNIÃO INFELIZ - OPORTUNIDADE DE CONSTRUIR A VERDADEIRA LIBERTAÇÃO

Dolorosa, sem dúvida, a união considerada menos feliz.

E, claro, que não existe obrigatoriedade para que alguém suporte, a contragosto, a truculência ou o peso de alguém, ponderando-se que todo espírito é livre no pensamento para definir-se, quanto às próprias resoluções.

Que haja, porém, equilíbrio suficiente nos casais jungidos pelo compromisso afetivo, para que não percam a oportunidade de construir a verdadeira libertação.

Indiscutivelmente, os débitos que abraçamos são anotados na Contabilidade da Vida; todavia, antes que a vida os registre por fora, grava em nós mesmos, em toda extensão, o montante e os característicos de nossas faltas.

A pedra que atiramos no próximo talvez não volte sobre nós em forma de pedra, mas permanece conosco na figura de sofrimento.

E, enquanto não se remove a causa da angústia, os efeitos dela perduram sempre, tanto quanto não se extingue a moléstia, em definitivo, se não a eliminamos na origem do mal.

Nas ligações terrenas, encontramos as grandes alegrias; no entanto, é também dentro delas que somos habitualmente defrontados pelas mais duras provações. Isso porque, embora não percebamos de imediato, recebemos, quase sempre, no companheiro ou na companheira da vida íntima, os reflexos de nós próprios.

È natural que todas as conjugações afetivas no mundo se nos figurem como sendo encantados jardins, enaltecidos de beleza e perfume, lembrando livros de educação, cujo prefácio nos enleva com a exaltação dos objetivos por atingir.

A existência física, entretanto, é processo específico de evolução, nas áreas do tempo, e assim como o aluno nenhuma vantagem obterá da escola se não passa dos ornamentos exteriores do educandário em que se matricula, o espírito encarnado nenhum proveito recolheria do casamento, caso pretendesse imobilizar-se no êxtase do noivado.

Os princípios cármicos desenovelam-se com as horas.

Provas, tentações, crises salvadoras ou situações expiatórias surgem na ocasião exata, na ordem em que se nos recapitulam oportunidades e experiências, qual ocorre à semente que, devidamente plantada, oferece o fruto em tempo certo.

O matrimônio pode ser precedido de doçura e esperança, mas isso não impede de que os dias subsequentes, em sua marcha incessante, tragam aos cônjuges os resultados das próprias criações que deixaram para trás.

 A mudança espera todas as criaturas nos caminhos do Universo, a fim de que a renovação nos aprimore.

A jovem suave que hoje nos fascina, para a ligação afetiva, em muitos casos será talvez amanhã a mulher transformada, capaz de impor-nos dificuldades enormes para a consecução da felicidade; no entanto, essa mesma jovem suave foi, no passado - em existências já transcorridas, a vítima de nós mesmos, quando lhe infligimos os golpes de nossa própria deslealdade ou inconseqüência , convertendo-a na mulher temperamental ou infiel que nos cabe agora revelar e retificar.

O rapaz distinto que atrai presentemente a companheira, para os laços da comunhão mais profunda, bastas vezes será provavelmente depois o homem cruel e desorientado, suscetível de constrangê-la a carregar todo um calvário de aflições, incompatíveis com os anseios de ventura que lhe palpitam na alma.

Esse mesmo rapaz distinto, porém, foi no pretérito - em existências que já se foram - a vítima dela própria, quando, desregrada ou caprichosa, lhe desfigurou o caráter, metamorfoseando-o no homem vicioso ou fingido que lhe compete tolerar e reeducar.

Toda vez que amamos alguém e nos entregamos a esse alguém, no ajuste sexual, ansiando por não nos desligarmos desse alguém, para depois - somente depois - surpreender nesse alguém defeitos e nódoas que antes não víamos, estamos à frente de criatura anteriormente dilapidada por nós, a ferir-nos justamente nos pontos em que a prejudicamos, no passado, não só a cobrar-nos o pagamento de contas certas, mas, sobretudo, a esmolar-nos compreensão e assistência, tolerância e misericórdia, para que se refaça ante as leis do destino.

A união suposta infeliz deixa de ser, portanto, um cárcere de lágrimas para ser um educandário bendito, onde o espírito equilibrado e afetuoso, longe de abraçar a deserção, aceita, sempre que possível, o companheiro ou a companheira que mereceu ou de que necessita, a fim de quitar-se com os princípios de causa e efeito, liberando-se das sombras de ontem para elevar-se, em silenciosa vitória sobre si mesmo, para os domínios da luz.

Emmanuel - Francisco Cândido Xavier - Livro : Vida e Sexo – Cap. 9

CASAR-SE É TAREFA PARA TODOS OS DIAS

Não basta casar-se. Imperioso saber para quê.

Dirás provavelmente que a resposta é óbvia, que as criaturas abraçam o matrimônio por amor.

O amor, porém, reclama cultivo.

E a felicidade na comunhão afetiva não é prato feito e sim construção do dia-a-dia. 

As leis humanas casam as pessoas para que as pessoas se unam segundo as Leis Divinas.

Se desposaste alguém que te constituía o mais belo dos sonhos e se encontras nesse alguém o fracasso do ideal que acalentaste, é chegado o tempo de trabalhares mais intensivamente na edificação dos planos que ideaste de início.

Ergueste o lar por amor e tão-só pelo amor conseguirás conservá-lo.

Não será exigindo tiranicamente isso ou aquilo de quem te compartilha o teto e a existência que te desincumbirás dos compromissos a que te empenhaste.

Unicamente doando a ti mesmo em apoio da esposa ou do esposo é que assegurarás a estabilidade da união em que investiste os melhores sentimentos.

Se sabes que a tolerância e a bondade resolvem os problemas em pauta, a ti cabe o primeiro passo a fim de patenteá-las na vivência comum, garantindo a harmonia doméstica.

Inegavelmente não se te nega o direito de adiar realizações ou dilatar o prazo destinado ao resgate de certos débitos, de vez que ninguém pode aceitar a criminalidade em nome do amor.

Entretanto, nos dias difíceis do lar recorda que o divórcio é justo, mas na condição de medida articulada em última instância.

E nem te esqueças de que casar-se é tarefa para todos os dias, porquanto somente da comunhão espiritual gradativa e profunda é que surgirá a integração dos cônjuges na vida permutada, de coração para coração, na qual o casamento se lança sempre para Mais Alto, em plenitude de amor eterno.

Emmanuel - Francisco Cândido Xavier  Livro : Na Era do Espírito - Cap. 11

O MATRIMÔNIO - UM DOS LAÇOS MAIS SANTOS


“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição e aos adúlteros, Deus os julgará.” – Hebreus: -13 – 4

Ninguém naturalmente será compelido a compromissos obrigatórios, diante das leis que nos regem a evolução, mas quando alguém se fixe num acordo sagrado, perante a vida, deve estar preparado a mantê-lo, até a renovação de suas experiências, no quadro dos Desígnios de Deus.

Entre os compromissos da Terra, permanece o do matrimônio como um dos laços mais santos.

Essa venerável instituição é a raiz de todas as nobres organizações que dignificam o planeta.

Nos dias que passam, certa situação de desequilíbrio ameaça o caminho de numerosos cônjuges, nas estradas do mundo. Porque muitos homens hão desdenhado os seus títulos de paternidade, muitas mulheres vão desprezando os seus valores benditos de mães.

Os lares são também os lugares santos que vão padecendo transformações.

Entretanto, a solução essencial dos problemas humanos deve proceder do “leito sem mácula”, pilar da organização sociológica que desejais para os vossos dias.

Numerosas criaturas acusam o matrimônio e alegam que não encontraram em sua instituição a ventura que lhes é devida. 

Todavia, se não colheram a felicidade é que necessitavam do trabalho obtido e toda oportunidade de trabalho é caminho para os júbilos do porvir.

Lares infelizes significam cônjuges inconscientes de seus deveres, com as exceções justas.

Tarde ou cedo, os homens e as mulheres, desviados das obrigações divinas, voltarão à simplicidade inicial para tornarem a aprender no livro da abnegação e do respeito a Deus, porque a existência não é um feriado para indisciplinas, mas um dia de trabalho santo em que o espírito deve entrar na posse de sua herança eterna, entre as bênçãos de luz e paz da alegria de viver.

Emmanuel - De “Levantar e seguir”, de Francisco Cândido Xavier

CHICO XAVIER - REUNIÕES DE UM MÉDIUM SÓ

 
Em meados de 1932, o "Centro Espírita Luiz Gonzaga" estava reduzido a um quadro de cinco pessoas, José Hermínio Perácio, D. Carmen Pena Perácio, José Xavier, D. Geni Pena Xavier e o Chico.

Os doentes e obsidiados surgiram sempre, mas, logo depois das primeiras melhoras, desapareciam como por encanto.

Perácio e senhora, contudo, precisavam transferir-se para Belo Horizonte por impositivos da vida familiar.

O grupo ficou limitado a três companheiros.

D. Geni, porém, a esposa de José Xavier, adoeceu e a casa passou a contar apenas com os dois irmãos.

José, no entanto, era seleiro e, naquela ocasião, foi procurado por um credor que lhe vendia couros, credor esse que insistia em receber-lhe os serviços noturnos, numa oficina de arreios, em forma de pagamento.

Por isso, apesar de sua boa vontade, necessitava interromper a freqüência ao grupo, pelo menos, por alguns meses.

Vendo-se sozinho, o Médium também quis ausentar-se.

Mas, na primeira noite, em que se achou a sós no centro, sem saber como agir, Emmanuel apareceu-lhe e disse:

- Você não pode afastar-se. Prossigamos em serviço.

- Continuar como? Não temos freqüentadores...

- E nós? - disse o espírito amigo. 

- Nós também precisamos ouvir o Evangelho para reduzir nossos erros. E, além de nós, temos aqui numerosos desencarnados que precisam de esclarecimento e consolo. Abra a reunião na hora regulamentar, estudemos juntos a lição do Senhor, e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho.

Foi assim que, por muitos meses, de 1932 a 1934, o Chico abria o pequeno salão do Centro e fazia a prece de abertura, às oito da noite em ponto.

Em seguida, abria o "Evangelho Segundo o Espiritismo", ao acaso e lia essa ou aquela instrução, comentando-a em voz alta.

Por essa ocasião, a vidência nele alcançou maior lucidez.

Via e ouvia dezenas de almas desencarnadas e sofredoras que iam até o grupo, à procura de paz e refazimento.

Escutava-lhes as perguntas e dava-lhes respostas sob a inspiração direta de Emmanuel.

Para os outros, no entanto, orava, conversava e gesticulava sozinho...

E essas reuniões de um Médium a sós com os desencarnados, no Centro, de portas iluminadas e abertas, se repetiam todas as noites de segundas e sextas.

Ramiro Gama (Lindos casos de Chico Xavier)

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