SEMEANDO CONHECIMENTO

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"MAS, TENDO SIDO SEMEADO, CRESCE." Jesus. (Marcos, 4:32.)


MINHAS PESQUISAS SOBRE PASSES

ESTUDO SOBRE OS PASSES

AÇÃO DOS FLUIDOS
A ação fisiológica de indivíduo a indivíduo, com ou sem contato, é um fato incontestável. Esta ação não pode se exercer, evidentemente, senão por um agente intermediário, do qual o nosso corpo é o reservatório, os nossos olhos e os nossos dedos os principais órgãos de emissão e de direção. Esse agente invisível, necessariamente, é um fluido. Qual é sua natureza, sua essência? Quais são suas propriedades íntimas? É um fluido especial ou bem uma modificação da eletricidade ou de algum outro fluido conhecido? É o que se designava há pouco sob o nome de fluido nervoso? Não é antes o que designamos hoje sob o nome de fluido cósmico, quando está esparramado na atmosfera, e de fluido perispiritual quando é individualizado?

REF .12. Introdução ao estudo da fotografia e da telegrafia do pensamento - Obras Póstumas


INFLUÊNCIA FLUÍDICA
A superioridade e a inferioridade relativas, evidentemente, dependem do organismo; mas estar-se-ia em erro crendo-se que elas estão em razão da força ou da fraqueza física. A experiência prova que os homens mais robustos, algumas vezes, sofrem as influências fluídicas mais facilmente do que os outros de uma constituição muito mais delicada, ao passo que se encontra, freqüentemente, nestes últimos, uma força que a sua frágil aparência não poderia fazer supor. Essa diversidade no modo de ação pode se explicar de várias maneiras. A força fluídica aplicada à ação recíproca dos homens uns sobre os outros, quer dizer, no magnetismo, pode depender:
1º) da soma de fluido que cada um possui;
2º) da natureza intrínseca do fluido de cada um, abstração feita da quantidade;
3º) do grau de energia da força impulsora, talvez mesmo dessas três causas reunidas.
Na primeira hipótese, aquele que tem mais fluido dá-lo-ia àquele que o tem menos, mais do que dele receberia; haveria, nesse caso, analogia perfeita com a permuta de calor que fazem entre eles, dois corpos que se colocam em equilíbrio de temperatura. Qualquer que seja a causa dessa diferença, podemos nos dar conta do efeito que ela produz, supondo três pessoas das quais nos representaremos a força por três números: 10, 5 e 1. O 10 agirá sobre o 5 e sobre o 1, mas, mais energicamente sobre o 1 do que sobre o 5; o 5 agirá sobre o 1, mas será impotente sobre o 10; enfim, o 1 não agirá nem sobre um, nem sobre o outro. Tal seria a razão pela qual certas pessoas são sensíveis à ação de tal magnetizador e insensíveis à ação de tal outro.
REF.:Obras Póstumas - Introdução ao estudo da fotografia e da telegrafia do pensamento

QUALIDADE DOS FLUIDOS
Tem conseqüências de importância capital e direta para os encarnados a ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais. Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar-lhes as propriedades, é evidente que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar, modificando-se pela pureza ou impureza dos sentimentos.
Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável. Os fluidos que envolvem os Espíritos maus, ou que estes projetam são, portanto, viciados, ao passo que os que recebem a influência dos bons Espíritos são tão puros quanto o comporta o grau da perfeição moral destes.
Fora impossível fazer-se uma enumeração ou classificação dos bons e dos maus fluidos, ou especificar-lhes as respectivas qualidades, por ser tão grande quanto a dos pensamentos a diversidade deles. Os fluidos não possuem qualidades sui generis, mas as que adquirem no meio onde se elaboram; modificam-se pelos eflúvios desse meio, como o ar pelas exalações, a água pelos sais das camadas que atravessa. Conforme as circunstâncias, suas qualidades são, como as da água e do ar, temporárias ou permanentes, o que os torna muito especialmente apropriados à produção de tais ou tais efeitos.
Também carecem de denominações particulares. Como os odores, eles são designados pelas suas propriedades, seus efeitos e tipos originais.
Sob o ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimentos de ódio, de inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de violência, de hipocrisia, de bondade, de benevolência, de amor, de caridade, de doçura, etc.
Sob o aspecto físico, são excitantes, calmantes, penetrantes, adstringentes, irritantes, dulcificantes, soporíficos, narcóticos, tóxicos, reparadores, expulsivos; tornam-se força de transmissão, de propulsão, etc.
O quadro dos fluidos seria, pois, o de todas as paixões, das virtudes e dos vícios da Humanidade e das propriedades da matéria, correspondentes aos efeitos que eles produzem.
Sendo apenas Espíritos encarnados, os homens têm uma parcela da vida espiritual, visto que vivem dessa vida tanto quanto da vida corporal; primeiramente, durante o sono e, muitas vezes, no estado de vigília. O Espírito, encarnado, conserva, com as qualidades que lhe são próprias, o seu perispírito que, como se sabe, não fica circunscrito pelo corpo, mas irradia ao seu derredor e o envolve como que de uma atmosfera fluídica.
Pela sua união íntima com o corpo, o perispírito desempenha preponderante papel no organismo. Pela sua expansão, põe o Espírito encarnado em relação mais direta com os Espíritos livres e também com os Espíritos encarnados.
REF.: A Gênese - CAPÍTULO XIV -  Os fluidos itens 16, 17, 18

AÇÃO DOS FLUIDOS
O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes. 
Desde que estes se modificam pela projeção dos pensamentos do Espírito, seu invólucro perispirítico, que é parte constituinte do seu ser e que recebe de modo direto e permanente a impressão de seus pensamentos, há de, ainda mais, guardar a de suas qualidades boas ou más.
Os fluidos viciados pelos eflúvios dos maus Espíritos podem depurar-se pelo afastamento destes, cujos perispíritos, porém, serão sempre os mesmos, enquanto o Espírito não se modificar por si próprio.
Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto, por sua expansão e sua irradiação, o perispírito com eles se confunde.
Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contacto molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades.
Os meios onde superabundam os maus Espíritos são, pois, impregnados de maus fluidos que o encarnado absorve pelos poros perispiríticos, como absorve pelos poros do corpo os miasmas pestilenciais.
Assim se explicam os efeitos que se produzem nos lugares de reunião. Uma assembléia é um foco de irradiação de pensamentos diversos. É como uma orquestra, um coro de pensamentos, onde cada um emite uma nota. Resulta daí uma multiplicidade de correntes e de eflúvios fluídicos cuja impressão cada um recebe pelo sentido espiritual, como num coro musical cada um recebe a impressão dos sons pelo sentido da audição.
Mas, do mesmo modo que há radiações sonoras, harmoniosas ou dissonantes, também há pensamentos harmônicos ou discordantes. Se o conjunto é harmonioso, agradável é a impressão; penosa, se aquele é discordante. Ora, para isso, não se faz mister que o pensamento se exteriorize por palavras; quer ele se externe, quer não, a irradiação existe sempre.
Tal a causa da satisfação que se experimenta numa reunião simpática, animada de pensamentos bons e benévolos. Envolve-a uma como salubre atmosfera moral, onde se respira à vontade; sai-se reconfortado dali, porque impregnado de salutares eflúvios fluídicos. Basta, porém, que se lhe misturem alguns pensamentos maus, para produzirem o efeito de uma corrente de ar gelado num meio tépido, ou o de uma nota desafinada num concerto. Desse modo também se explica a ansiedade, o indefinível mal-estar que se experimenta numa reunião antipática, onde malévolos pensamentos provocam correntes de fluido nauseabundo.
O pensamento, portanto, produz uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral, fato este que só o Espiritismo podia tornar compreensível. O homem o sente instintivamente, visto que procura as reuniões homogêneas e simpáticas, onde sabe que pode haurir novas forças morais, podendo-se dizer que, em tais reuniões, ele recupera as perdas fluídicas que sofre todos os dias pela irradiação do pensamento, como recupera, por meio dos alimentos, as perdas do corpo material. É que, com efeito, o pensamento é uma emissão que ocasiona perda real de fluidos espirituais e, conseguintemente, de fluidos materiais, de maneira tal que o homem precisa retemperar-se com os eflúvios que recebe do exterior.
Quando se diz que um médico opera a cura de um doente, por meio de boas palavras, enuncia-se uma verdade absoluta, pois que um pensamento bondoso traz consigo fluidos reparadores que atuam sobre o físico, tanto quanto sobre o moral.
REF.: A Gênese - CAPÍTULO XIV -  Os fluidos itens 18, 19 20

MODIFICANDO A QUALIDADE DOS FLUIDOS
Dir-se-á que se podem evitar os homens sabidamente mal-intencionados. É fora de dúvida; mas, como fugiremos à influência dos maus Espíritos que pululam em torno de nós e por toda parte se insinuam, sem serem vistos?
O meio é muito simples, porque depende da vontade do homem, que traz consigo o necessário preservativo. Os fluidos se combinam pela semelhança de suas naturezas; os dessemelhantes se repelem; há incompatibilidade entre os bons e os maus fluidos, como entre o óleo e a água.
Que se faz quando está viciado o ar? Procede-se ao seu saneamento, cuida-se de depurá-lo, destruindo o foco dos miasmas, expelindo os eflúvios malsãos, por meio de mais fortes correntes de ar salubre. A invasão, pois, dos maus fluidos, cumpre se oponham os fluidos bons e, como cada um tem no seu próprio perispírito uma fonte fluídica permanente, todos trazem consigo o remédio aplicável. Trata-se apenas de purificar essa fonte e de lhe dar qualidades tais, que se constitua para as más influências um repulsor, em vez de ser uma força atrativa. O perispírito, portanto, é uma couraça a que se deve dar a melhor têmpera possível. Ora, como as suas qualidades guardam relação com as da alma, importa se trabalhe por melhorá-la, pois que são as imperfeições da alma que atraem os Espíritos maus.
As moscas são atraídas pelos focos de corrupção; destruídos esses focos, elas desaparecerão. Os maus Espíritos, igualmente, vão para onde o mal os atrai; eliminado o mal, eles se afastarão. Os Espíritos realmente bons, encarnados ou desencarnados, nada tem que temer da influência dos maus.
REF.: A Gênese - CAPÍTULO XIV -  Os fluidos item 21

AÇÃO MAGNÉTICA
Como se há visto, o fluido universal é o elemento primitivo do corpo carnal e do perispírito, os quais são simples transformações dele. Pela identidade da sua natureza, esse fluido, condensado no perispírito, pode fornecer princípios reparadores ao corpo; o Espírito, encarnado ou desencarnado, é o agente propulsor que infiltra num corpo deteriorado uma parte da substância do seu envoltório fluídico.
A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; mas, depende também da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou Espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são quais substâncias medicamentosas alteradas.
São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes, de acordo com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado, como no magnetismo ordinário; doutras vezes é rápida, como uma corrente elétrica.
Há pessoas dotadas de tal poder, que operam curas instantâneas nalguns doentes, por meio apenas da imposição das mãos, ou, até, exclusivamente por ato da vontade Entre os dois pólos extremos dessa faculdade, há infinitos matizes. Todas as curas desse gênero são variedades do magnetismo e só diferem pela intensidade e pela rapidez da ação. O princípio é sempre o mesmo: o fluido, a desempenhar o papel de agente terapêutico e cujo efeito se acha subordinado à sua qualidade e a circunstâncias especiais.
A ação magnética pode produzir-se de muitas maneiras:
1º) pelo próprio fluido do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo humano, cuja ação se acha adstrita à força e, sobretudo, à qualidade do fluido;
2º) pelo fluido dos Espíritos, atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está na razão direta das qualidades do Espírito;
3º) pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veículo para esse derramamento. É o magnetismo misto, semi-espiritual, ou, se o preferirem, humano-espiritual. Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece. Em tais circunstâncias, o concurso dos Espíritos é amiúde espontâneo, porém, as mais das vezes, provocado por um apelo do magnetizador.
É muito comum a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolver-se por meio do exercício; mas, a de curar instantaneamente, pela imposição das mãos, essa é mais rara e o seu grau máximo se deve considerar excepcional. No entanto, em épocas diversas e no seio de quase todos os povos, surgiram indivíduos que a possuíam em grau eminente.
REF.: A Gênese - CAPÍTULO XIV -  Os fluidos itens 31, 32, 33, 34

A DOR
Toda queda moral nos seres responsáveis opera certa lesão no hemisfério psicossomático ou perispírito, a refletir-se em desarmonia no hemisfério somático ou veículo carnal, provocando determinada causa de sofrimento.  A dor, portanto, dessa ou daquela forma, é sempre uma situação de alarma ou emergência, mais ou menos durável no império orgânico, requisitando o socorro externo da medicina do corpo ou da alma, na execução do alívio ou da cura.
REF.: Evolução em Dois mundos CAP  XV  -  PASSE  MAGNÉTICO -  André Luiz.

O PASSE  MAGNÉTICO
O poder do fluido magnético, constitui por si emanação controlada de força mental sob a alavanca da vontade.
Reconhecendo-se a capacidade do fluido magnético para que as criaturas se influenciem reciprocamente, com muito mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares do Estado Orgânico - particularmente as sanguíneas e as histiocitárias - determinando-lhes o nível satisfatório, a migração ou a extrema mobilidade, a fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros recursos combativos e imunológicos, na defesa contra as invasões bacterianas e na redução ou extinção dos processos patogênicos, por intermédio de ordens automáticas da consciência profunda.
REF.: Evolução em Dois mundos CAP  XV  -  PASSE  MAGNÉTICO -  André Luiz.

MECANISMO DO PASSE
Tendo mencionado o fenômeno hipnótico em diversas passagens de nossas anotações, a ele recorremos, ainda uma vez, para definir o medianeiro do passe magnético por autêntico representante do magnetizador espiritual, à frente do enfermo.
Estabelecido o clima de confiança, qual acontece entre o doente e o médico preferido, cria-se a ligação sutil entre o necessitado e o socorrista e, por semelhante elo de forças, ainda imponderáveis no mundo, verte o auxílio da Esfera Superior, na medida dos créditos de um e outro.
Ao toque da energia emanante do passe, com a supervisão dos benfeitores desencarnados, o próprio enfermo, na pauta da confiança e do merecimento de que dá testemunho, emite ondas mentais características, assimilando os recursos vitais que recebe, retendo-os na própria constituição fisiopsicossomática, através das várias funções do sangue.
O socorro, quase sempre hesitante a princípio, corporifica-se à medida que o doente lhe confere atenção, porque, centralizando as próprias radiações sobre as províncias celulares de que se serve, lhes regula os movimentos e lhes corrige a atividade, mantendo-lhes as manifestações dentro de normas desejáveis, e, estabelecida a recomposição, volve a harmonia orgânica possível, assegurando à mente o necessário governo do veículo em que se amolda.
REF.: Mecanismos da mediunidade. CAP XXII - MEDIUNIDADE  CURATIVA -

PASSE E CURA
Pelo passe magnético, no entanto, notadamente naquele que se baseie no divino manancial da prece, a vontade fortalecida no bem pode soerguer a vontade enfraquecida de outrem para que essa vontade novamente ajustada à confiança magnetize naturalmente os milhões de agentes microscópicos a seu serviço, a fim de que o Estado Orgânico, nessa ou naquela contingência, se recomponha para o equilíbrio indispensável.
Assim é que orar em nosso favor é atrair a Força Divina para a restauração de nossas forças humanas, e orar a benefício dos outros ou ajudá-los, através da energia magnética, à disposição de todos os espíritos que desejem realmente servir, será sempre assegurar-lhes as melhores possibilidades de auto-reajustamento, compreendendo-se, porém, que se o amor consola, instrui, ameniza, levanta, recupera e redime, todos estamos condicionados à justiça a que voluntariamente nos rendemos, perante a Vida Eterna, justiça que preceitua, conforme o ensinamento de Nosso Senhor Jesus-Cristo, seja dado isso ou aquilo “a cada um segundo as suas próprias obras”, cabendo-nos recordar que as obras felizes ou menos felizes podem ser fruto de nossa orientação todos os dias e, por isso mesmo, todos os dias será possível alterar o rumo de nosso próprio roteiro.
REF.: Evolução em Dois mundos CAP  XV  -  PASSE  MAGNÉTICO -  André Luiz.

PASSE O ORAÇÃO
A prece, que é uma verdadeira evocação, atrai os Espíritos benévolos, que se apressam em vir auxiliar os esforços da criatura bem intencionada, unindo, com maior facilidade, o próprio fluido benéfico ao dela, enquanto o do homem vicioso facilmente se combina com o dos maus Espíritos que o cercam. O homem de bem, que não tem força fluídica, pouco pode fazer por si, mesmo que peça a assistência dos bons Espíritos. Uma grande força fluídica aliada à maior soma possível de qualidades morais, pode operar curas verdadeiramente prodigiosas. A confiança do doente auxilia poderosamente a ação fluídica, e Deus, muitas vezes, recompensa essa fé pelo êxito.
Só a superstição pode dar virtude a determinadas palavras e só os Espíritos ignorantes ou mentirosos podem entreter semelhantes idéias, prescrevendo-lhes fórmulas determinadas; entretanto, para certas pessoas, pouco esclarecidas, e incapazes de compreender as coisas espirituais, o emprego de uma fórmula de prece, ou de qualquer prática, pode inspirar confiança. Então não é a fórmula que cura; mas a fé que ela provoca.
REF.: OBRAS PÓSTUMAS – ALLAN KARDEC – CAP OS MÉDIUNS

O passe, como gênero de auxílio, invariavelmente aplicável sem qualquer contra-indicação, é sempre valioso no tratamento devido aos enfermos de toda classe, desde as criancinhas tenras aos pacientes em posição provecta na experiência física, reconhecendo-se, no entanto, ser menos rico de resultados imediatos nos doentes adultos que se mostrem jungidos à inconsciência temporária, por desajustes complicados no cérebro.
Esclareçamos, porém, que, em toda situação e em qualquer tempo, cabe ao médium passista buscar na prece o fio de ligação com os planos mais elevados da vida, porquanto, através da oração, contará com a presença sutil dos instrutores que atendem aos misteres da Providência Divina, a lhe utilizarem os recursos para a extensão incessante do Eterno Bem.
REF.: Mecanismos da mediunidade. CAP XXII - MEDIUNIDADE  CURATIVA - André Luiz.

RADIAÇÃO MENTAL
A prece não é movimento mecânico de lábios, nem disco de fácil repetição no aparelho da mente. É vibração, energia, poder. A criatura que ora, mobilizando as próprias forças, realiza trabalhos de inexprimível significação. Semelhante estado psíquico descortina forças ignoradas, revela a nossa origem divina e coloca-nos em contato com as forças superiores. Dentro dessa realização, o Espírito, em qualquer forma, pode emitir raios de espantoso poder.
E você não pode ignorar que as próprias formas inferiores da Terra se alimentam quase que integralmente de raios. Descem sobre a fronte humana, em cada minuto, bilhões de raios cósmicos, oriundos de estrelas e planetas amplamente distanciados da Terra, sem nos referirmos aos raios solares, caloríficos e luminosos, que a ciência terrestre mal começa a conhecer. Os raios gama, provenientes do radium que se desintegra incessantemente no solo, e os de várias expressões emitidos pela água e pelos metais, alcançam os habitantes da Terra pelos pés, determinando consideráveis influenciações. E, em sentido horizontal experimenta o homem a atuação dos raios magnéticos exteriorizados pelos vegetais, pelos irracionais e pelos próprios semelhantes.
E as emanações de natureza psíquica que envolvem a Humanidade provenientes das colônias de seres desencarnados que rodeiam a Terra ?  Em cada segundo, cada um de nós recebe trilhões de raios de vária ordem e emitimos forças que nos são peculiares e que vão atuar no plano da vida, por vezes em regiões muitíssimo afastadas de nós. Nesse círculo de permuta incessante, os raios divinos expedidos pela oração santificadora, convertem-se em fatores adiantados de cooperação eficiente e definitiva na cura do corpo, na renovação da alma, e iluminação da consciência. Toda prece elevada é manancial de magnetismo criador, e vivificante e toda criatura que cultiva a oração, com o devido equilíbrio de sentimento, transforma-se, gradativamente, em foco radiante de energias da Divindade. ML CAP 6 PAG 67

DESENVOLVIMENTO DAS FACULDADES RADIANTES PARA CURA
-Quando na Crosta, envolvidos pelos fluidos mais densos, como poderemos desenvolver a capacidade radiante, depois da edificação de nossa boa vontade real, a serviço do próximo?
-Conseguida a qualidade básica, o candidato ao serviço precisa considerar a necessidade de sua elevação urgente, para que as suas obras se elevem no mesmo ritmo. Falaremos tão-só das conquistas mais simples e imediatas que deve fazer, dentro de si mesmo. Antes de tudo, é necessário equilibrar o campo das emoções. Não é possível fornecer forças construtivas a alguém, ainda mesmo na condição de instrumento útil, se fazemos sistemático desperdício das irradiações vitais Um sistema nervoso esgotado, oprimido, é um canal que não responde pelas interrupções havidas. A mágoa excessiva, a paixão desvairada, a inquietude obsidente, constituem barreiras que impedem a passagem das energias auxiliadoras. Por outro lado, é preciso examinar também as necessidades fisiológicas, a par dos requisitos de ordem psíquica. A fiscalização dos elementos destinados aos armazéns celulares é indispensável, por parte do próprio interessado em atender as tarefas do bem. O excesso de alimentação produz odores fétidos, através dos poros, bem como das saídas dos pulmões e do estômago, prejudicando as faculdades radiantes, porquanto provoca dejeções anormais e desarmonias de vulto no aparelho gastrintestinal, interessando a intimidade das células. O álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na transmissão de elementos regeneradores e salutares.
- Levada a efeito a construção da boa vontade sincera, o trabalhador leal compreende a necessidade do desenvolvimento das qualidades a que nos referimos, porquanto, em contacto incessante com os benfeitores desencarnados, que se valem dele na missão de amparo aos semelhantes, recebe indiretas sugestões de aperfeiçoamento que o erguem a posições mais elevadas. As observações de Alexandre não podiam ser mais claras; contudo, aventurei-me ainda a ponderar:REF.: PASSES - ML / cap. 19

MÉDIUNS CURADORES
Tem o poder de curar ou de aliviar os males pela imposição de mãos ou pela prece. Este gênero de mediunidade consiste na faculdade de algumas pessoas para curarem pelo simples contato, aposição de mãos, olhar, ou mesmo gesticulação, sem o emprego de qualquer medicamento.
Esta faculdade é incontestavelmente efeito da força magnética, de que, entretanto, se distingue pela energia e instantaneidde da ação, ao passo que as curas magnéticas exigem um tratamento metódico, mais ou menos longo. Todo e qualquer magnetizador é mais ou menos apto a curar, se souber avir-se convenientemente; já tem a ciência adquirida. Os médiuns curadores possuem a faculdade espontânea e alguns deles até nunca ouviram falar em magnetismo.
A faculdade de curar pela imposição das mãos tem, sem dúvida nenhuma, princípio numa força excepcional de expansão, suscetível de ser aumentada por vários motivos, entre os quais predomina a pureza de sentimento, o desinteresse, a benevolência, o ardente desejo de aliviar, a prece e a confiança em Deus – todas as qualidades morais, numa palavra.
O poder magnético é puramente orgânico, pode, tal como força muscular, ser dado a quem quer que seja, mesmo ao homem perverso; o bom, porém, só se vale dele para a prática do bem, sem idéia de interesse ou de orgulho e vaidade; com o fluido mais purificado, possui propriedades benéficas e reparadoras, que o homem vicioso ou interesseiro não pode ter.
Todo efeito mediúnico é o resultado de uma combinação de fluidos emitidos pelo Espírito e pelo médium; por essa combinação os fluidos adquirem propriedades novas, as quais, se separadas, não possuiriam grau ou o teriam em menor escala.
REF.: OBRAS PÓSTUMAS – ALLAN KARDEC – CAP OS MÉDIUNS

Entendemos que a mediunidade curativa se reveste da mais alta importância, desde que alicerçada nos sentimentos mais puros da mais pura fraternidade. É claro que não nos reportamos aos magnetizadores que desenvolvem as forças que lhes são peculiares, no trato da saúde humana. Referimo-nos, sim, aos intérpretes da Espiritualidade Superior, consagrados à assistência providencial aos enfermos, para encorajar-lhes a ação.
Decerto, o estudo da constituição humana lhes é naturalmente aconselhável, tanto quanto ao aluno de enfermagem, embora não seja médico, se recomenda a aquisição de conhecimentos do corpo em si. E do mesmo modo que esse aprendiz de rudimentos da Medicina precisa atentar para a assepsia do seu quadro de trabalho, o médium passista necessitará vigilância no seu campo de ação, porquanto de sua higiene espiritual resultará o reflexo benfazejo naqueles que se proponha socorrer. Eis porque se lhe pede a sustentação de hábitos nobres e atividades limpas, com a simplicidade e a humildade por alicerces no serviço de socorro aos doentes, de vez que semelhantes fatores funcionarão à maneira do tungstênio na lâmpada elétrica, suscetível de irradiar a força da usina, produzindo a luz necessária à expulsão da sombra.
O investimento cultural ampliar-lhe-á os recursos psicológicos, facilitando-lhe a recepção das ordens e avisos dos instrutores que lhe propiciem amparo, e o asseio mental lhe consolidará a influência, purificando-a, além de dotar-lhe a presença com a indispensável autoridade moral capaz de induzir o enfermo ao despertamento das próprias forças de reação.
REF.: Mecanismos da mediunidade. CAP XXII - MEDIUNIDADE  CURATIVA

FLUIDOS CURATIVOS
Sabe-se que o fluido magnético ordinário pode dar a certas substâncias propriedades particulares ativas. Neste caso, age de certo modo como agente químico, modificando o estado molecular dos corpos; não há, pois, nada de admirar que possa modificar o estado de certos órgãos; mas compreende, igualmente, que sua ação, mais ou menos salutar, deve depender de sua qualidade; daí as expressões "bom ou mau fluido; fluido agradável ou penoso."
Na ação magnética propriamente dita, é o fluido pessoal do magnetizador que é transmitido, e esse fluido, que não é senão o perispírito, sabe-se que participa sempre, mais ou menos, das qualidades materiais do corpo, ao mesmo tempo que sofre a influência moral do Espírito. É, pois, impossível que o fluido próprio de um encarnado seja de uma pureza absoluta, razão por que sua ação curativa é lenta, por vezes nula, outras vezes nociva, porque transmite ao doente princípios mórbidos.
Desde que um fluido seja bastante abundante e enérgico para produzir efeitos instantâneos de sono, de catalepsia, de atração ou de repulsão, absolutamente não se segue que tenha as necessárias qualidades para curar; é a força que derruba, mas não o bálsamo que suaviza e restaura. Assim, há Espíritos desencarnados de ordem inferior, cujo fluido pode ser mesmo muito maléfico, o que os espíritas a cada passo tem ocasião de constatar.
Só nos Espíritos superiores o fluido perispiritual está despojado de todas as impurezas da matéria. Está, de certo modo, quintessenciada. Sua ação, por conseguinte, deve ser mais salutar e mais pronta; é o fluido benfazejo por excelência. E desde que não pode ser encontrado entre os encarnados, nem entre os desencarnados vulgares, então é preciso pedi-lo aos Espíritos elevados, como se vai procurar em terra distantes os remédios que se não encontram na própria. O médium curador emite pouco de seu fluido; sente a corrente do fluido estranho que o penetra e ao qual serve de condutor; é com esse fluido que magnetiza, e aí está o que caracteriza o magnetismo espiritual e o distingue do magnetismo animal: um vem do homem, o outro, dos, Espíritos. Como se vê, aí nada de maravilhoso, mas um fenômeno resultante de uma lei da natureza que se não conhecia.
Para curar pela terapêutica ordinária não bastam os primeiros medicamentos que surgem; são precisos puros, não avariados ou adulterados, e convenientemente preparados. Pela mesma razão, para curar pela ação fluídica, os fluidos mais depurados são os mais saudáveis; desde que esses fluidos benéficos são dos Espíritos superiores, então é o concurso deles que é preciso obter. Por isto a prece e a invocação são necessárias.
Mas para orar e, sobretudo, orar com fervor, é preciso fé. Para que a prece seja escutada, é preciso que seja feita com humildade e dilatada por um real sentimento de benevolência e de caridade. Ora, não há verdadeira caridade sem devotamento, nem devotamento sem desinteresse. Sem estas condições o magnetizador, privado da assistência dos bons Espíritos, fica reduzido às suas próprias forças, por vezes insuficientes, ao passo que com o concurso deles, elas podem ser centuplicadas em poder e em eficácia. Mas não há licor, por mais puro que seja, que não se altere ao passar por um vaso impuro; assim com o fluido dos Espíritos superiores, ao passar pelos encarnados. Daí, para os médiuns nos quais se revela essa preciosa faculdade, e que querem vê-la crescer e não se perder, a necessidade de trabalhar o seu melhoramento moral.
Entre o magnetizador e o médium curador há, pois, esta diferença capital, que o primeiro magnetiza com o seu próprio fluido, e o segundo com o fluido depurado dos Espíritos. De onde se segue que estes últimos dão o seu concurso a quem querem e quando querem; que podem recusá-lo e, consequentemente, tirar a faculdade aquele que dela abusasse ou a desviasse de seu fim humanitário e caridoso, para dela fazer comércio. Quando Jesus disse aos apóstolos: "Ide! expulsai os demônios, curai os doentes", acrescentou: "Daí de graça o que de graça recebestes."
REF.: Médiuns Curadores - Revista Espírita, janeiro de 1864


VONTADE DO PACIENTE
O processo de socorro pelo passe é tanto mais eficiente quanto mais intensa se faça a adesão daquele que lhe recolhe os benefícios, de vez que a vontade do paciente, erguida ao limite máximo de aceitação, determina sobre si mesmo mais elevados potenciais de cura.
Nesse estado de ambientação, ao influxo dos passes recebidos, asa oscilações mentais do enfermo se condensam, mecanicamente, na direção do trabalho restaurativo, passando a sugeri-lo às entidades celulares do veículo em que se expressam, e os milhões de corpúsculos do organismo fisiopsicossomático tendem a obedecer, instintivamente, às ordens recebidas, sintonizando-se com os propósitos do comando espiritual que os agrega.
REF.: Mecanismos da mediunidade. CAP XXII - MEDIUNIDADE  CURATIVA - André Luiz.


TEXTOS COMPLEMENTARES

SERVIÇOS DE PASSE
- Mãos à obra ! Distribuamos alguns passes de reconforto !
- Mas – objetei – estarei preparado para trabalho dessa natureza ?
- Porque não ? – indagou o instrutor em voz firme – toda competência e especialização no mundo, nos setores de serviço, constituem o desenvolvimento da boa vontade. Bastam o sincero propósito de cooperação e a noção de responsabilidade para que sejamos iniciados, com êxito em qualquer trabalho novo.
Semelhantes afirmativas estimularam-me o coração. Recordei Narcisa, a dedicada irmão dos infortunados, que permanecia em “Nosso Lar” , quase sempre sem repouso, como prisioneira do sacrifício. Pareceu-me ainda ouvir-lhe a voz fraterna e carinhosa – “André, meu amigo, nunca te negues, quanto possível, a auxiliar os que sofrem. Ao pé dos enfermos, não olvides que o melhor remédio é a renovação da esperança; se encontrares os falidos e os derrotados da sorte, fala-lhes do divino  ensejo do futuro; se fores procurado, algum dia, pelos espíritos desviados e criminosos, não profiras palavras de maldição. Anima, eleva, educa, desperta, sem ferir os que ainda dormem. Deus opera maravilhas por intermédio do trabalho de boa vontade! “  Sem mais hesitação, dispus-me ao serviço. Aniceto designou-me um grupo de seis enfermos espirituais acentuando:
- Aplique seus recursos, André. Com a nossa colaboração, os amigos em tarefa nesta casa poderão atender a responsabilidades diferentes e também imperiosas.
Os mais apagados trabalhadores do bem rejubilem-se pela exemplificação nas lutas comuns e edifiquem-se no Senhor Jesus, porque nenhuma de suas manifestações fica perdida no espaço e no tempo. Naquele instante em que fora chamado a prestar auxílios reais, eu não recorria aos meus cabedais científicos, não me reportava tão somente à técnica da medicina oficial, a que me filiara no mundo, mas recordava aquela Narcisa humilde e simples, das Câmaras de Retificação, enfermeira devotada e carinhosa, que conseguia muito mais com amor do que com medicações.
Aproximei-me duma senhora profundamente abatida, lembrando o exemplo da generosa amiga de “Nosso Lar”, entendendo que não deveria socorrer utilizando apenas a firmeza e a energia, mas também a ternura e a compreensão.
...- André, a excessiva contemplação dos resultados pode prejudicar o trabalhador. Em ocasiões como esta, a vaidade costuma acordar dentro de nós, fazendo-nos esquecer o Senhor. Não olvides que todo o bem procede d’Ele, que é a luz de nossos corações. Somos seus instrumentos nas tarefas de amor. O servo fiel não é aquele que se inquieta pelos resultados nem o que permanece enlevado na contemplação deles, mas justamente o que cumpre a vontade divina do Senhor e passa adiante.
...- As atividades de assistência – exclamou Aniceto, cuidadoso – se processam conforme observam aqui. Alguns se sentem curados, outros acusam melhoras, e a maioria parece continuar impermeável ao serviço de auxílio. O que nos deve interessar, todavia, é a semeadura do bem. A germinação, o desenvolvimento,a flor e o fruto pertencem ao Senhor.
- Devemos esmagadora porcentagem desses padecimentos à falta de educação religiosa. Não me refiro, porém, aquela que vem do sacerdócio ou que parte da boca de uma criatura para os ouvidos de outra. Refiro-me à educação religiosa íntima e profunda, que o homem nega sistematicamente a si mesmo.
REF.: ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL - OM/cap.44

Em todas as reuniões do grupo, junto ao qual funciona Alexandre, com atribuições de orientador, vários são os serviços que se desdobram sob a responsabilidade dos companheiros desencarnados. Nem sempre me foi possível estudá-los separadamente; todavia, respeito a alguns deles, não me furtei ao desejo forte de receber elucidações do respeitável instrutor. Um desses serviços era o de passes magnéticos, ministrados aos freqüentadores da casa.
O trabalho era atendido por seis entidades, envoltas em túnicas muito alvas, como enfermeiros vigilantes. Falavam raramente e operavam com intensidade. Todas as pessoas, vindas ao recinto, recebiam-lhes o toque salutar e, depois de atenderem aos encarnados, ministravam socorro eficiente às entidades infelizes do nosso plano, principalmente as que se constituíam em séqüito familiar dos nossos amigos da Crosta.
Indagando de Alexandre, relativamente àquela secção de atividade espiritual, indicando-lhe os companheiros, em esforço silencioso, esclareceu o mentor, com a bondade de sempre:
- Aqueles nossos amigos são técnicos em auxílio magnético que comparecem aqui para a dispensação de passes de socorro. Trata-se dum departamento delicado de nossas tarefas, que exige muito critério e responsabilidade.
- Esses trabalhadores - interroguei - apresentam requisitos especiais?
- Sim - explicou o mentor amigo -, na execução da tarefa que Lhes está subordinada, não basta a boa vontade, como acontece em outros setores de nossa atuação. Precisam revelar determina, das qualidades de ordem superior e certos conhecimentos especializados. O servidor do bem, mesmo desencarnado, não pode satisfazer em semelhante serviço, se ainda não conseguiu manter um padrão superior de elevação mental continua, condição indispensável à exteriorização das faculdades radiantes. O missionário do auxilio magnético, na Crosta ou aqui em nossa esfera, necessita ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos, acendrado amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda confiança no Poder Divino. Cumpre-me acentuar, todavia, que semelhantes requisitos, em nosso plano, constituem exigências a que não se pode fugir, quando, na esfera carnal, a boa vontade sincera, em muitos casos, pode suprir essa ou aquela deficiência, o que se justifica, em virtude da assistência prestada pelos benfeitores de nossos círculos de ação ao servidor humano, ainda incompleto no terreno das qualidades desejáveis.
Ouvindo as considerações do orientador, lembrei-me de que, de fato, vez por outra, viam-se nas reuniões costumeiras do grupo os médiuns passistas, em serviço, acompanhados de perto pelas entidades referidas. Vali-me, então, do ensejo para intensificar meu aprendizado.
- Os amigos encarnados - perguntei -, de modo geral, poderiam colaborar em semelhantes atividades de auxílio magnético?
- Todos, com maior ou menor intensidade, poderão prestar concurso fraterno, nesse sentido respondeu o orientador -, porquanto, revelada a disposição fiel de cooperar a serviço do próximo, por esse ou aquele trabalhador, as autoridades de nosso meio designam entidades sábias e benevolentes que orientam, indiretamente, o Neófito, utilizando-lhe a boa vontade e enriquecendo-lhe o próprio valor. São muito raros, porém, os companheiros que demonstram a vocação de servir espontaneamente. Muitos, não obstante bondosos e sinceros nas suas convicções, aguardam a mediunidade curadora, como se ela fosse um acontecimento miraculoso em suas vidas e não um serviço do bem, que pede do candidato o esforço laborioso do começo. Claro que, referindo-nos aos irmãos encarnados, não podemos exigir a cooperação de ninguém, no setor de nossos trabalhos normais; entretanto, se algum deles vem ao nosso encontro, solicitando admissão às tarefas de auxílio, logicamente receberá nossa melhor orientação, no campo da espiritualidade.
- Ainda mesmo que o operário humano revele valores muito reduzidos, pode ser mobilizado? ¬interroguei, curioso.
- Perfeitamente - aduziu Alexandre, atencioso. - Desde que o interesse dele nas aquisições sagradas do bem seja mantido acima de qualquer preocupação transitória, deve esperar incessante progresso das faculdades radiantes, não só pelo próprio esforço, senão também pelo concurso de Mais Alto, de que se faz merecedor.
Não longe de nós, permaneciam os técnicos espirituais do auxílio magnético, em atividade metódica. Reconhecia-lhes nos trabalhos silenciosos um mundo novo de ensinamentos, convidando-me a experiências proveitosas; todavia, anotando as explicações do instrutor, ponderei quanto à possibilidade de contribuição pelo esclarecimento de algum amigo encarnado, em face do assunto, e perguntei:
...- Consideremos, todavia, que surja a necessidade imediata de socorrer alguém, no círculo dos encarnados, e examinemos a hipótese da imprescindibilidade dum instrumento humano. Imaginemos que não exista, de pronto, em derredor de nossa tarefa, o órgão completo e adequado a influenciação das potências superiores. Existirá, certamente, porém, ao nosso lado, um companheiro em condições comuns, que, mergulhado na ignorância, ainda não percebe os perigos a que expõe o próprio corpo, mas que se deixará aproveitar pelo nosso esforço espiritual em benefício de outrem. Será crível que não possa ser aproveitado?
- Seria demasiado rigor. Em todo lugar onde haja merecimento nos que sofrem e boa vontade nos que auxiliam, podemos ministrar o benefício espiritual com relativa eficiência. Todos os enfermos podem procurar a saúde; todos os desviados, quando desejam, retornam ao equilíbrio. Se a prática do bem estivesse circunscrita aos Espíritos completamente bons, seria impossível a redenção humana. Qualquer cota de boa vontade e espírito de serviço recebe de nossa parte a melhor atenção.
- Quando nos referimos às qualidades necessárias aos servidores desse campo de auxílio, a ninguém desejamos desencorajar, mas orientar as aspirações do trabalhador para que a sua tarefa cresça em valores positivos e eternos.
...- Nosso esforço é também educativo e não podemos desconsiderar a dor que instrui e ajuda a transformar o homem para o bem. Nas normas do serviço que devemos atender, nesta casa, é imprescindível ajuizar das causas na extirpação dos males alheios. Há pessoas que procuram o sofrimento, a perturbação, o desequilíbrio, e é razoável que sejam punidas pelas conseqüências de seus próprios atos. Quando encontramos enfermos dessa condição, salvamo-los dos fluidos deletérios em que se envolvem por deliberação própria, por dez vezes consecutivas, a titulo de benemerência espiritual. Todavia, se as dez oportunidades voam sem proveito para os interessados, temos instruções superiores para entregá-los à sua própria obra, a fim de que aprendam consigo mesmos. Poderemos aliviá-los, mas nunca libertá-los.
REF.: PASSES - ML / cap. 19

Atravessamos a porta e fomos defrontados por ambiente balsâmico e luminoso. Um cavalheiro maduro e uma senhora respeitável recolhiam apontamentos em pequeno livro de notas, ladeados por entidades evidentemente vinculadas ao serviço de cura. Indicando os dois médiuns, o Assistente informou:
- São os nossos irmãos Clara e Henrique, em tarefa de assistência, orientados pelos amigos que os dirigem.
- Como compreender a atmosfera radiante em que nos banhamos? – aventurou, Hilário curioso.   
- Nesta sala - explicou Áulus, amigavelmente – se reúnem sublimadas emanações mentais da maioria de quantos se valem do socorro magnético, tomados de amor e confiança. Aqui possuímos uma espécie de altar interior, formado pelos pensamentos, preces e aspirações de quantos nos procuram trazendo o melhor de si mesmos.
Clara e Henrique, agora em prece, nimbavam-se de luz. Dir-se-ia estavam quase desligados do corpo denso, porque se mostravam espiritualmente mais livres, em pleno contato com os benfeitores presentes, embora por si mesmos não no pudessem avaliar. Calmos e seguros, pareciam haurir forças revigorantes na intimidade de suas almas. Guardavam a idéia de que a oração lhes mantinha o espírito em comunicação com invisível e profundo manancial de energia silenciosa.
Ante a porta ainda cerrada, acotovelavam-se pessoas aflitas e barulhentas, esperando o término da preparação a que se confiavam. Os dois médiuns, porém, afiguravam-se-nos espiritualmente distantes. Absortos, em companhia das entidades irmãs, registravam-lhes as instruções, através dos recursos intuitivos. Pelas irradiações da personalidade magnética de Henrique, reconhecia-se-lhe, de imediato, a superioridade sobre a companheira. Era ele, dentre os dois, o ponto dominante. Por isso, decerto, ao seu lado se achava o orientador espiritual mais categorizado para a tarefa.
...- O amigo permanece frequentemente aqui?
- Sim, tomamos sob nossa responsabilidade os serviços assistenciais da instituição, em favor dos doentes, duas noites por semana.
- Dos enfermos tão-somente encarnados? 
- Não é bem assim. Atendemos aos necessitados de qualquer procedência.
- Conta com muitos cooperadores?
- Integramos um quadro de auxiliares, de acordo com a organização estabelecida pelos mentores da Esfera Superior.
- Quer dizer que, numa casa como esta, há colaboradores espirituais devidamente fichados, assim como ocorre a médicos e enfermeiros num hospital terrestre comum?
- Perfeitamente. Tanto entre os homens como entre nós, que ainda nos achamos longe da perfeição espiritual, o êxito do trabalho reclama experiência, horário, segurança e responsabilidade do servidor fiel aos compromissos assumidos. A Lei não pode menosprezar as linhas da lógica.
- E os médiuns? São invariavelmente os mesmos?
- Sim, contudo, em casos de impedimento justo, podem ser substituídos, embora nessas circunstâncias se verifiquem, inevitavelmente, pequenos prejuízos resultantes de natural desajuste.
- Preparam-se nossos amigos, à frente do trabalho, com o auxílio da prece?
- Sem dúvida. A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai. Por ela, Clara e Henrique expulsam do próprio mundo interior os sombrios remanescentes da atividade comum que trazem do círculo diário de luta e sorvem do nosso plano as substâncias renovadoras de que se repletam, a fim de conseguirem operar com eficiência, a favor do próximo. Desse modo, ajudam e acabam por ser firmemente ajudados.
- Isso significa que não precisam recear a sua exaustão...
- De modo algum. Tanto quanto nós, não comparecem aqui com a pretensão de serem os senhores do benefício, mas sim na condição de beneficiários que recebem para dar. A oração, com o reconhecimento de nossa desvalia, coloca-nos na posição de simples elos de uma cadeia de socorro, cuja orientação reside no Alto. Somos nós aqui, neste recinto consagrado à missão evangélica, sob a inspiração de Jesus, algo semelhante à singela tomada elétrica, dando passagem à força que não nos pertence e que servirá na produção de energia e luz.
E enquanto Hilário sorria satisfeito, Conrado afagou os ombros de Henrique, como a recordar-lhe o horário estabelecido, e o médium, apesar de não lhe assinalar o gesto no campo das sensações físicas, obedeceu, de pronto, encaminhando-se para a porta e descerrando-a aos sofredores.
Pequena multidão de encarnados e desencarnados aglomerou-se à entrada, todavia, companheiros da casa controlavam-lhes os movimentos.
Enfermos de variada expressão entravam esperançosos e retiravam-se, depois de atendidos, com evidentes sinais de reconforto. Das mãos de Clara e Henrique irradiavam-se luminosas chispas, comunicando-lhes vigor e refazimento.
Na maioria dos casos, não precisavam tocar o corpo dos pacientes, de modo direto. Os recursos magnéticos, aplicados a reduzida distância, penetravam assim mesmo o << halo vital >> ou a aura dos doentes, provocando modificações subitâneas.
Os passistas afiguravam-se-nos como duas pilhas humanas deitando raios de espécie múltipla, a lhes fluírem das mãos, depois de lhes percorrerem a cabeça, ao contato do irmão Conrado e de seus colaboradores.
O quadro era efetivamente fascinador pelos jogos de luz que apresentava.
- Por que motivo a energia transmitida pelos amigos espirituais circula primeiramente na cabeça dos médiuns?
- Ainda aqui – disse Áulus -, não podemos subestimar a importância da mente. O pensamento influi de maneira decisiva, na doação de princípios curadores. Sem a idéia iluminada pela fé e pela boa vontade, o médium não conseguiria ligação com os espíritos amigos que atuam sobre essas bases.
- Entretanto – ponderei -, Há pessoas tão bem dotadas de força magnética perfeitamente despreocupadas do elemento moral!...
- Sim – redargüiu o Assistente -, refere-se você aos hipnotizadores comuns, muita vez portadores de energia excepcional. Fazem belas demonstrações, impressionam, convencem, contudo, movimentam-se na esfera de puro fenômeno, sem aplicações edificantes no campo da espiritualidade. É imperioso não esquecer, André, que o potencial magnético é peculiar a todos, com expressões que se graduam ao infinito.
- Mas semelhantes profissionais podem igualmente curar! – frisou meu companheiro, completando-me as observações.
- Sim, podem curar, mas acidentalmente, quando o enfermo é credor de assistência espiritual imediata, com a intervenção de amigos que o favorecem. Fora disso, os que abusam dessa fonte de energia, explorando-a ao seu bel-prazer, quase sempre resvalam para a desmoralização de si  mesmos, porque interferindo num campo de forças que lhes é desconhecido, guiados tão somente pela vaidade ou pela ambição inferior, fatalmente encontram entidades que com eles se afinam, precipitando-se em difíceis situações que não vêm à baila comentar. Se não possuem um caráter elevado, suscetível de opor um dique à influenciação viciosa, acabam vampirizados por energias mais acentuadas que as deles, porquanto, se considerarmos o assunto apenas sob o ponto de vista da força, somos constrangidos a reconhecer que há imenso número de vigorosos hipnotizadores espirituais, nas linhas atormentadas da ignorância e da crueldade, de onde se originam os mais aflitivos processos de obsessão.
- Recordemos a Natureza. A serpente é um dos maiores detentores de poder hipnótico.   
- Então – disse Hilário -, para curar, serão indispensáveis certas atitudes do espírito...
- Indiscutivelmente não prescindimos do coração nobre e da mente pura, no exercício do amor, da humildade e da fé viva, para que os raios do poder divino encontrem acesso e passagem por nós, a benefício dos outros. Para a sustentação de um serviço metódico de cura, isso é indispensável.
- Entretanto, para o esforço desse tipo precisaremos de pessoas escolhidas, com a obrigação de efetuarem estudos especiais?
- Importa ponderar – disse Áulus, convicto – que em qualquer setor de trabalho a ausência de estudo significa estagnação. Esse ou aquele cooperador que desistam de aprender, incorporando novos conhecimentos, condenam-se fatalmente às atividades de subnível, todavia, em se tratando do socorro magnético, tal qual é administrado aqui, convém lembrar que a tarefa é de solidariedade pura, com ardente desejo de ajudar, sob a invocação da prece. E toda oração, filha da sinceridade e do dever bem cumprido, com respeitabilidade moral e limpeza de sentimentos, permanece tocada de incomensurável poder. Analisada a questão nestes termos, todas as pessoas dignas e fervorosas, com o auxílio da prece, podem conquistar a simpatia de veneráveis magnetizadores do Plano Espiritual, que passam, assim, a mobilizá-las na extensão do bem. Não nos achamos à frente do hipnotismo espetacular, mas sim num gabinete de cura, em que os médiuns transmitem os benefícios que recolhem, sem a presunção de doá-los de si mesmos. É importante não esquecer essa verdade para deixarmos bem claro que, onde surjam a humildade e o amor, o amparo divino é seguro e imediato.
O ministério da cura, porém, a desdobrar-se eficiente e pacífico, reclamava-nos atenção.
Os doentes entravam dois a dois, sendo carinhosamente atendidos por Clara e Henrique, sob a providencial assistência de Conrado e seus colaboradores.
Obsidiados ganhavam ingresso no recinto, acompanhados de frios verdugos, no entanto, com o toque dos médiuns sobre a região cortical, depressa se desligavam, postando-se, porém, nas vizinhanças, como que à espera das vítimas, com a maioria das quais se reacomodavam, de pronto.
Alinhando apontamentos, começamos a reparar que alguns enfermos não alcançavam a mais leve melhoria. As irradiações magnéticas não lhes penetravam o veículo orgânico. Registrando o fenômeno, a pergunta de Hilário não se fez esperar.
- Por quê?
- Falta-lhes o estado de confiança – esclareceu o orientador.
- Será, então, indispensável a fé para que registrem o socorro de que necessitam?
- Ah! sim. Em fotografia precisamos de chapa impressionável para deter a imagem, tanto quanto em eletricidade carecemos do fio sensível para a transmissão da luz. No terreno das vantagens espirituais, é imprescindível que o candidato apresente uma certa << tensão favorável >>. Essa tensão decorre da fé. Certo, não nos reportamos ao fanatismo religioso ou à cegueira da ignorância, mas sim à atitude de segurança íntima, com reverência e submissão, diante das Leis Divinas, em cuja sabedoria e amor procuramos arrimo. Sem recolhimento e respeito na receptividade, não conseguimos fixar os recursos imponderáveis que funcionam em nosso favor, porque o escárnio e a dureza de coração podem ser comparados a espessas camadas de gele sobre o templo da alma.
...A senhora,aguardando o concurso de Clara, sustentava-se dificilmente de pé, com o ventre volumoso e o semblante dolorido.
- Observem o fígado!
Utilizamo-nos dos recursos ao nosso alcance e passamos a analisar. Realmente, o órgão mencionado demonstrava a dilatação características das pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca. As células hepáticas pareceram-me vasta colméia, trabalhando sob enorme perturbação. A vesícula congestionada impeliu-me a imediata inspeção do intestino. A bile comprimida atingira os vasos e assaltava o sangue. O colédoco interdito facilitava o diagnóstico. Ligeiro exame da conjuntiva ocular confirmava-me a impressão. A icterícia mostrava-se insofismável.
- Sim, é uma icterícia complicada. Nasceu de terrível acesso de cólera, em que nossa amiga envolveu-se no reduto doméstico. Rendeu-se, desarvorada, à irritação, adquiriu renitente hepatite, da qual a icterícia é a conseqüência.
- E como será socorrida?
Conrado, impondo a destra sobre a fronte da médium, comunicou-lhe radiosa corrente de forças e inspirou-a a movimentar as mãos sobre a doente, desde a cabeça até o fígado enfermo. Notamos que o córtex encefálico se revestiu de substância luminosa que, descendo em fios tenuíssimos, alcançou o campo visceral. A senhora exibiu inequívoca expressão de alívio, na expressão fisionômica, retirando-se visivelmente satisfeita, depois de prometer que voltaria ao tratamento.
Hilário fixou os olhos interrogadores no Assistente que nos acompanhava, solícito, e indagou:
- Nossa irmã estará curada?
- Isso é impossível – acentuou Áulus, paternal -; temos aí órgãos e vasos comprometidos. O tempo não pode ser desprezado na solução.
- E em que bases se articula semelhante processo de curar?
- O passe é uma transfusão de energias, alterando o campo celular. Vocês sabem que na própria ciência humana de hoje o átomo não é mais o tijolo indivisível da matéria... que, antes dele, encontram-se as linhas de força, aglutinando os princípios subatômicos, e que, antes desses princípios, surge a vida mental determinante... Tudo é espírito no santuário da Natureza. Renovemos o pensamento e tudo se modificará conosco. Na assistência magnética, os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada para que ela ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo, edificando valiosas reconstruções. O passe, como reconhecemos, é importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com o respeito e a confiança que o valorizam.
- E pode, acaso, ser dispensado a distância?              
- Sim, desde que haja sintonia entre aquele que o administra e aquele que o recebe. Nesse caso, diversos companheiros espirituais se ajustam no trabalho de auxílio, favorecendo a realização, e a prece silenciosa será o melhor veículo da força curadora.
O serviço, em torno, prosseguia intenso.
REF.: SERVIÇOS  DE  PASSES - NDM / cap.17

AS CURAS DE JESUS
Curas - CAPÍTULO XV - Os milagres do Evangelho
Perda de sangue
10. - Então, uma mulher, que havia doze anos sofria de uma hemorragia; - que sofrera muito nas mãos dos médicos e que, tendo gasto todos os seus haveres, nenhum alívio conseguira, - como ouvisse falar de Jesus, veio com a multidão atras dele e lhe tocou as vestes, porquanto, dizia: Se eu conseguir ao menos lhe tocar nas vestes, ficarei curada. - No mesmo instante o fluxo sangüíneo lhe cessou e ela sentiu em seu corpo que estava curada daquela enfermidade.
Logo, Jesus, conhecendo em si mesmo a virtude que dele saíra, se voltou no meio da multidão e disse: Quem me tocou as vestes? - Seus discípulos lhe disseram: Vês que a multidão te aperta de todos os lados e perguntas quem te tocou? - Ele olhava em torno de si à procura daquela que o tocara.
A mulher, que sabia o que se passara em si, tomada de medo e pavor, veio lançar-se-lhe aos pés e lhe declarou toda a verdade. - Disse-lhe Jesus: Minha filha, tua fé te salvou; vai em paz e fica curada da tua enfermidade. (S. Marcos, cap. V, vv. 25 a 34.)
11. - Estas palavras: conhecendo em si mesmo a virtude que dele saíra, são significativas. Exprimem o movimento fluídico que se operara de Jesus para a doente; ambos experimentaram a ação que acabara de produzir-se. É de notar-se que o efeito não foi provocado por nenhum ato da vontade de Jesus; não houve magnetização, nem imposição das mãos. Bastou a irradiação fluídica normal para realizar a cura.
Mas, por que essa irradiação se dirigiu para aquela mulher e não para outras pessoas, uma vez que Jesus não pensava nela e tinha a cercá-lo a multidão?
É bem simples a razão. Considerado como matéria terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria orgânica, a fim de repará-la; pode então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou atraído pelo desejo ardente, pela confiança, numa palavra: pela fé do doente. Com relação à corrente fluídica, o primeiro age como uma bomba calcante e o segundo como uma bomba aspirante. Algumas vezes, é necessária a simultaneidade das duas ações; doutras, basta uma só. O segundo caso foi o que ocorreu na circunstância de que tratamos.
Razão, pois, tinha Jesus para dizer: «Tua fé te salvou.» Compreende-se que a fé a que ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem, muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. Assim sendo, também, se compreende que, apresentando-se ao curador dois doentes da mesma enfermidade, possa um ser curado e outro não. É este um dos mais importantes princípios da mediunidade curadora e que explica certas anomalias aparentes, apontando-lhes uma causa muito natural. (Cap. XlV, nos 31, 32 e 33.)
REF.: Curas - CAPÍTULO XV - Os milagres do Evangelho

A  ÁGUA  FLUÍDA
 “E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria por ser meu discípulo, em verdade vos digo que, de modo algum, perderá o seu galardão”.  Jesus (Mateus, 10:42)
Meu amigo, quando Jesus se referiu à benção do copo de água fria, em seu nome, não apenas se reportava à compaixão rotineira que sacia a sede comum.       
Detinha-se o Mestre no exame de valores espirituais mais profundos.
A água é dos corpos o mais simples e receptivo da terra. É como que a base pura, em que a medicação do Céu pode ser impressa, através de recursos substanciais de assistência ao corpo e à alma, embora em processo invisível aos olhos mortais.
A prece intercessória e o pensamento de bondade representam irradiações de nossas melhores energias.
A criatura que ora ou medita exterioriza poderes, emanações e fluidos que, por enquanto, escapam à análise da inteligência vulgar e a linfa potável recebe a influência, de modo claro, condensando linhas de força magnética e princípios elétricos, que aliviam e sustentam, ajudam e curam.
A fonte que procede do coração da Terra e a rogativa que flui no imo d’alma, quando se unem na difusão do bem, operam milagres.
O Espírito que se eleva na direção do céu é antena viva, captando potências da natureza superior, podendo distribuí-las em benefício de todos os que lhe seguem a marcha.
Ninguém existe órfão de semelhante amparo. Para auxiliar a outrem e a si mesmo, bastam a boa vontade e a confiança positiva.
Reconheçamos, pois, que o Mestre, quando se referiu à água simples, doada em nome da sua memória, reportava-se ao valor real da providência, em benefício da carne e do espírito, sempre que estacionem através de zonas enfermiças. Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de tuas necessidades fisiológicas ou dos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia. O orvalho do Plano Divino magnetizará o liquido, com raios de amor, em forma de bênção, e estarás, então, consagrando o sublime ensinamento do copo de água pura, abençoado nos Céus.
REF.: Emmanuel, do livro Segue-me!... , Francisco Cândido Xavier

Notei que a reunião atingia a fase terminal.
Duas horas bem vividas haviam corrido céleres para nós.
Raul Silva consultou o relógio e cientificou os companheiros de haver chegado o momento das preces de despedida.
Os amigos sofredores, aglomerados no recinto, poderiam receber vibrações de auxílio, enquanto os elementos do grupo recolheriam, através da oração, o refazimento das próprias forças.
Pequeno cântaro de vidro, com água pura, foi trazido à mesa.
E porque Hilário perguntasse se iríamos assistir a alguma cerimônia especial, o Assistente explicou, afável:
- Não, nada disso. A água potável destina-se a ser fluidificada. O líquido simples receberá recursos magnéticos de subido valor para o equilíbrio psicofísico dos circunstantes.
Com efeito, mal acabávamos de ouvir o apontamento, Clementino se abeirou do vaso e, de pensamento em prece, aos poucos se nos revelou coroado de luz.
Daí a instantes, de sua destra espalmada sobre o jarro, partículas radiosas eram projetadas sobre o líquido cristalino que as absorvia de maneira total.
- Por intermédio da água fluidificada – continuou Áulus -, precioso esforço de medicação pode ser levado a efeito. Há lesões e deficiências no veículo espiritual a se estamparem no corpo físico, que somente a intervenção magnética consegue aliviar, até que os interessados se disponham à própria cura.
REF.:CLARIVIDÊNCIA  E  CLARIAUDIÊNCIA - NDM / cap.12

- Na Terra quase ninguém cogita seriamente de conhecer a importância da água. Em "Nosso Lar", contudo, outros são os conhecimentos. Nos círculos religiosos do planeta, ensinam que o Senhor criou as águas. Ora, é lógico que todo serviço criado precisa de energias e braços para ser convenientemente mantido. Nesta cidade espiritual, aprendemos a agradecer ao Pai e aos seus divinos colaboradores semelhante dádiva. Conhecendo-a mais intimamente, sabemos que a água é veículo dos mais poderosos para os fluidos de qualquer natureza. Aqui, ela é empregada, sobretudo como alimento e remédio. Há repartições no Ministério do Auxílio absolutamente consagradas à manipulação de água pura, com certos princípios suscetíveis de serem captados na luz do Sol e no magnetismo espiritual. Na maioria das regiões da extensa colônia, o sistema de alimentação tem aí suas bases. Acontece, porém, que só os Ministros da União Divina são detentores do maior padrão de Espiritualidade Superior, entre nós, cabendo-lhes a magnetização geral das águas do Rio Azul, a fim de que sirvam a todos os habitantes de "Nosso Lar", com a pureza imprescindível. Fazem eles o serviço inicial de limpeza e os institutos realizam trabalhos específicos, no suprimento de substâncias alimentares e curativas. Quando os diversos fios da corrente se reúnem de novo, no ponto longínquo, oposto a este bosque, ausenta-se o rio de nossa zona, conduzindo em seu seio nossas qualidades espirituais.
- O homem é desatento, há muitos séculos - tornou Lísias -; o mar equilibra-lhe a moradia planetária, o elemento aquoso fornece-lhe o corpo físico, a chuva dá-lhe o pão, o rio organiza-lhe a cidade, a presença da água oferece-lhe a bênção do lar e do serviço; entretanto, ele sempre se julga o absoluto dominador do mundo, esquecendo que é filho do Altíssimo, antes de qualquer consideração. Virá tempo, contudo, em que copiará nossos serviços, encarecendo a importância dessa dádiva do Senhor. Compreenderá, então, que a água, como fluido criador, absorve, em cada lar, as características mentais de seus moradores. A água, no mundo, meu amigo, não somente carreia os resíduos dos corpos, mas também as expressões de nossa vida mental. Será nociva nas mãos perversas, útil nas mãos generosas e, quando em movimento, sua corrente não só espalhará bênção de vida, mas constituirá igualmente um veículo da Providência Divina, absorvendo amarguras, ódios e ansiedades dos homens, lavando-lhes a casa material e purificando-lhes a atmosfera íntima.
REF.: NOSSOL LAR= NO BOSQUE DAS ÁGUAS


CURA MORAL DOS ENCARNADOS
Muitas vezes vêem-se Espíritos de natureza má ceder muito prontamente sob a influência da moralização e se melhorar. Pode-se agir do mesmo modo sobre os encarnados, mas com muito mais trabalho. Porque a educação moral dos Espíritos desencarnados é mais fácil que a dos encarnados?
... "É, pois, uma cura moral que se deve obter, antes de buscar a cura física. Um retorno sério sobre si-mesmo é a única coisa que pode tornar eficazes os cuidados de seu magnetizador, que os bons Espíritos procuram ajudar
... Esta instrução nos revela um fato importante, o obstáculo oposto pelo estado moral, em certos casos, à cura dos males físicos.
... "Como o Espírito desencarnado vê manifestamente o que se passa e os exemplos terríveis da vida, compreende tanto mais rapidamente o que o exortam a crer e a fazer. Por isso não é raro ver Espíritos desencarnados dissertar sabiamente sobre questões que, em vida, estavam longe de as comover. A adversidade amadurece o pensamento. Esta expressão é verdadeira sobretudo para as Espíritos desencarnados, que vêem de perto as conseqüências de sua vida passada.
A despreocupação e a idéia preconcebida, ao contrário, triunfam nos Espíritos encarnados; as seduções da vida e, até, os seus erros, dão-lhes uma misantropia ou uma indiferença completa pelos homens e pelas coisas divinas. A carne lhes faz esquecer o Espírito; uns fundamentalmente honestos, fazem o bem evitando o mal, por amor do bem, mas a vida de sua alma é quase nula; outros, ao contrário consideram a vida como uma comédia e esquecem seu papel de homens; outros, enfim, completamente embrutecidos e último degrau da espécie humana, nada vendo além, não pressentindo mesmo nada, entregam-se, como o animal, aos crimes bárbaros e esquecem sua origem. Assim, uns e outros, pela vida mesma, são arrastados, ao passo que os Espíritos desencarnados vêem, escutam e se arrependem com melhor vontade"
... "Quantos problemas e questões a resolver antes que seja realizada a transformação humana conforme as idéias espíritas! A educação dos Espíritos e dos encarnados, do ponto de vista moral, está neste número. Os desencarnados estão desembaraçados da carne não mais lhe sofrem as condições inferiores, ao passo que os homens, encadeiados numa matéria imperiosa do ponto de vista pessoal, se deixam arrastar pelo estado das provas no qual estão metidos. É à diferença dessas diversas situações que se deve atribuir a dificuldade que os Espíritos iniciadores e os homens que têm essa missão experimentam para melhorar rapidamente e, por assim dizer, nalgumas semanas, aqueles homens que lhes são confiados. Ao contrário, os Espíritos aos quais a matéria não mais impõe as suas leis e não mais fornece os meios de satisfazer seus maus apetites, e que, por conseqüência, não tem mais desejos inconfessáveis, são mais aptos a aceitar os conselhos que lhes são dados. Talvez respondam com esta pergunta que tem a sua importância: Porque não escutam os conselhos de seus guias do espaço e esperam os ensinamentos dos homens? Porque é necessário que os dois mundos visível e invisível, reagem um sobre o outro e que a ação dos humanos seja útil aos que viveram, como a ação da maior parte destes é benéfica aos que vivem entre vós. E uma dupla corrente, uma dupla ação, igualmente satisfatória para esses dois mundos, que estão unidos por tantos laços.
REF.: Cura moral dos encarnados - Revista Espírita, julho de 1865

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