SEMEANDO CONHECIMENTO

SEMEANDO CONHECIMENTO... PARA COLHER AMOR, PAZ, ALEGRIA!


APRENDER PARA FAZER MELHOR ! E NÓS PRECISAMOS FAZER UM MUNDO MELHOR. SABEM PORQUE? PORQUE VOLTAREMOS PRA CÁ...

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"MAS, TENDO SIDO SEMEADO, CRESCE." Jesus. (Marcos, 4:32.)


OS EMBAIXADORES DIVINOS SOCORREM SEMPRE

Eles, os Embaixadores Divinos, quando chegam a nós, espíritos internados na escola da evolução, trazem consigo as harmonias supremas.

Expressam-se raramente por estruturas humanas, conquanto permitam que artistas de sentimento elevado lhes imaginem a forma, nas alegorias da abstração ou na linguagem dos símbolos.

Manifestam-se quase sempre por influxos de sabedoria e beleza, amor e refazimento.

São frêmitos de esperança, alavancas intangíveis de força, clarões relampagueantes no firmamento da lama, a se lhe espelharem nas telas do pensamento por idéias sublimes e sonhos majestosos, visões interiores de magnificência intraduzível, cujo fulgor recorda a auréola solar dissipando as trevas!...

Abeiram-se das mãos fatigadas de pranto e renovam-lhes a ternura para que afaguem de novo os filhos ingratos; aproximam-se dos corações exaustos de sacrifícios, impelindo-os a converter soluços de sofrimento em cânticos de alegria; envolvem o cérebro daqueles que se consagram espontaneamente à felicidade dos semelhantes e comunicam-lhes o lume da inspiração, que se lhes transfigura, no campo mental, em cores e melodias, invenções e modelos, composições literárias e revelações científicas, poemas e vozes , hinos à bondade e planos de serviço que atendam anseios e aspirações das criaturas famintas de acesso aos reinos superiores do espírito; abraçam os lidadores do bem e reaquecem-lhes os corações para que não se imobilizem, sob o granizo da calúnia, e nem se entorpeçam, ao verbo gelado e fulgurante das filosofias estéreis; beijam a fronte pastosa dos agonizantes que aguardam tranqüilamente a morte, rociando-lhes o olhar com lágrimas de júbilo ao desvendar-lhes os gloriosos caminhos da liberdade; enlaçam os servidores humildes que suam e choram na gleba, a fim de que o mundo se abasteça suficientemente de pão, e levantam-lhes a cabeça para a contemplação do Céu...

Quando a ventania da adversidade te assopre desalento ou quando a sombra da provação te mergulhe em nuvens de tristeza, recorre a eles, os Embaixadores Divinos do Amor Eterno, e sentirás, de imediato, o calor da fé, nutrindo-te a paciência e acalentando-te a vida.

Para isso, basta te recolhas à paz do silêncio acendendo em ti mesmo leve chama de oração por atalaia de luz.
(De “Opinião Espírita”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz)

OS ANJOS DESCONHECIDOS

Há guardiões espirituais que te apoiam a existência no plano físico e há tutores da alma que te protegem a vida na Terra mesmo.

Freqüentemente, centralizas a atenção nos poderosos do dia, sem ver os companheiros anônimos que te ajudam na garantia própria.

Admiras os artistas renomados que dominam nos cartazes da imprensa e esqueces facilmente os braços humildes que te auxiliam a plasmar, no santuário da própria alma, as obras primas da esperança e da paciência.

Aplaudes os heróis e tribunos que se agigantam nas praças, todavia, não te recordas daqueles que te sustentaram a infância, de modo a desfrutares as oportunidades que hoje te facilitam.

Ouves, em êxtase, a biografia de vultos famosos e quase nunca te dispões a conhecer a grandeza silenciosa de muitos daqueles que te rodeiam, na intimidade doméstica, invariavelmente dispostos a te estenderem generosidade e carinho.

Homenageia, sim, os que te acenam dos pedestais que conquistaram, merecidamente, à custa de inteligência e trabalho; contudo, reverencie também aqueles que talvez nada te falem e que muito fizeram e ainda fazem por ti, muitas vezes ao preço de sacrifícios pungentes.

São eles pais e mães que te guardaram o berço, professores que te clarearam o entendimento, amigos que te guiaram a fé e irmãos que te ensinaram a confiar e servir...

Vários deles ficam agora, na retaguarda, acabrunhados e encanecidos, experimentando agoniada carência de afeto ou sentindo o frio entardecer; alguns prosseguem obscuros e devotados, no amparo às gerações que retomam a lide terrestre, enquanto outros muitos, embora enrugados e padecentes, quais cireneus do caminho, carregam as cruzes dos semelhantes.

Pense nesses anjos desconhecidos que se ocultam na armadura da carne, e, de quando em quando, unge-lhes o coração de reconhecimento e alegria.

Para isso, não desejam transfigurar-se em fardos nos teus ombros.

Quase sempre, esperam de ti, simplesmente, leve migalha das sobras que atiras pela janela ou uma frase de estímulo, um apreço ou uma flor.

Emmanuel – Livro: Caminho Espírita : Francisco Cândido Xavier.

PORQUE A DOUTRINAÇÃO EM AMBIENTE DOS ENCARNADOS?

Porque a doutrinação em ambiente dos encarnados? – indaguei. – Semelhante medida é uma imposição no trabalho desse teor?

- Não – explicou o instrutor – não é um recurso imprescindível. 
Temos variados agrupamentos de servidores do nosso plano, dedicados exclusivamente a esse gênero de auxílio. 
As atividades de regeneração em nossa colônia estão repletas de institutos consagrados à caridade fraternal, no setor de iluminação dos transviados. 
Os postos de socorro e as organizações de emergência, nos diversos departamentos de nossas esferas de ação, contam com avançados núcleos de serviço da mesma ordem. 
Em determinados casos, porém, a cooperação do magnetismo humano pode influir mais intensamente, em benefício dos necessitados que se encontrem cativos nas zonas de sensação na Crosta do Mundo. 
Mesmo ai, contudo, a colaboração dos amigos terrenos, embora seja apreciável, não constitui fator absoluto e imprescindível; mas quando é possível e útil, valemo-nos do concurso dos médiuns e doutrinadores humanos, não só para facilitar a solução desejada, senão também para proporcionar ensinamentos vivos aos companheiros envolvidos na carne, despertando-lhes o coração para a espiritualidade.

O mentor fixou um sorriso e prosseguiu :

- Ajudando as entidades em desequilíbrio ajudarão a si mesmos; doutrinando, acabarão igualmente doutrinados.

DOUTRINAÇÃO – MISSIONÁRIOS DA LUZ – ANDRE LUIZ / cap. 17

NECESSIDADE DAS REUNIÕES DE DESOBSESSÃO

Porque motivo se reuniam ali tantos desencarnados? 

Já que recebiam assistência espiritual, não poderiam congregar-se em lugares igualmente espirituais? 

Respeitosamente, interroguei Aniceto nesse sentido.
- De fato, André – respondeu o generoso mentor – a maioria dos desencarnados recebe esclarecimentos justos em nossa esfera de ação. 

Você mesmo, nos primórdios da nova experiência espiritual, não foi conduzido ao ambiente de nossos amigos corporificados para o necessário encaminhamento. 

Grande número de criaturas, porém, na passagem para cá, sentem-se possuídas de “doentia saudade do agrupamento” como acontece, noutro plano de evolução, aos animais, quando sentem a mortal “saudade do rebanho”. 

Para fortalecer as possibilidades de adaptação dos desencarnados dessa ordem ao novo “habitat”, o serviço de socorro é mais eficiente, ao contato das forças magnéticas dos irmãos que ainda se encontram envolvidos nos círculos carnais.

Esta sala, em momentos como este, funciona como grande incubadora de energias psíquicas, para os serviços de aclimação de certas organizações espirituais à nova vida.
E, designando a grande assembléia de necessitados, continuou:
- Os irmãos, nas condições a que me refiro, ouvem-nos a voz, consolam-se com o nosso auxílio, mas o calor humano está cheio dum magnetismo de teor mais significativo, para eles. 

Com semelhante contato, experimentam o despertar de forças novas. 

Por isso, o trabalho de cooperação, em templos desta espécie, oferece proporções que você, por agora, não conseguiria imaginar. 

Não observou os preguiçosos, os dorminhocos e invigilantes que vieram colher benefícios nesta casa? 

Pois eles também deram alguma coisa de si ... 

Deram calor magnético, irradiações vitais proveitosas aos benefícios deste santuário doméstico, que manipulam os elementos, dessa natureza, distribuindo-os em valiosas combinações fluídicas às entidades combalidas e inadaptadas.

ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL A DESENCARNADOS NO PLANO FÍSICO – OS MENSAGEIROS- ANDRE LUIZ /cap.48

A AUTO-OBSESSÃO

Releva dizer ainda que a gente muitas vezes responsabiliza os Espíritas estranhos por maldades de que não são responsáveis.

Certos estados mórbidos e certas aberrações, que são atribuídas a uma causa oculta, são, por vezes, devidas exclusivamente ao Espírito do indivíduo.

As contrariedades freqüentemente concentradas em si próprio, os sofrimentos amorosos, principalmente, tem levado ao cometimento de muitos atos excêntricos, que erradamente são levados à conta de obsessão.

Muitas vezes a criatura é seu próprio obsessor.

Acrescentamos, finalmente, que certas obsessões tenazes, sobretudo de pessoas de mérito, por vezes fazem parte das provas a que se acham submetidas.

"Por vezes, mesmo, acontece que a obsessão, quando simples, seja uma tarefa imposta ao obsedado, que deve trabalhar para melhorar o obsessor, como um pai a um filho vicioso."

Causas da obsessão e meios de combate -Revista Espírita, dezembro de 1862

O OBSIDIADO É O MÉDIUM DOS ENFERMOS DA ALMA

Médiuns, meu amigo, inclusive nós outros, os desencarnados, todos somos, em vista  de sermos intermediários do bem que procede de mais alto, quando nos elevamos, ou portadores do mal, colhido nas zonas inferiores, quando caímos em desequilíbrio. 

O obsidiado, porém, acima de médium de energias perturbadas é quase sempre um enfermo, representando uma legião de doentes invisíveis ao olhar humano.

Por isto mesmo, constitui em todas as circunstâncias, um caso especial, exigindo muita atenção, prudência e  carinho.

Obsidiado e obsessor são duas almas a chegarem de muito longe, extremamente ligadas nas perturbações que lhes são peculiares.

O obsidiado, além de enfermo representante de outros enfermos, quase sempre é também uma criatura repleta de torturantes problemas espirituais. 

Se lhe falta vontade firme para a auto-educação, para a disciplina de si mesma, é quase certo que prolongará sua condição dolorosa além da morte.

Existem igualmente os processos laboriosos de resgate, em que, depois de afastados os elementos da perturbação e da sombra, perseveram as situações expiatórias. 

Em todos os acontecimentos dessa espécie, porém, não se pode prescindir da adesão dos interessados diretos na cura. 

Se o obsidiado está satisfeito na posição de desequilíbrio, há que esperar o término de sua cegueira, a redução da rebeldia que lhe é própria ou o afastamento da ignorância que lhe oculta a compreensão da verdade.

A jovem a que me referi está procurando a restauração das forças psíquicas, por si mesma; tem lutado incessantemente contra as investidas de entidades malignas, mobilizando todos os recursos de que dispõe no campo da prece, do autodomínio, da meditação.

Não está esperando o milagre da cura sem esforço, e, não obstante terrivelmente perseguida por seres inferiores, vem aproveitando toda espécie de ajuda que os amigos de nosso plano projetam em seu círculo pessoal. 

A diferença, pois, entre ela e os outros, é a de que, empregando as próprias energias, entrará, embora vagarosamente, em contato com a nossa corrente auxiliadora, ao passo que os demais continuarão, ao que tudo faz crer, na impassibilidade dos que abandonam voluntariamente a luta edificante.  

 MISSIONARIOS DA LUZ – ANDRE LUIZ-  CAP18 PAG 298/299/300

O SONO - A EMANCIPAÇÃO DA ALMA

Durante o sono, só o corpo repousa; o Espírito não dorme e até se vale do repouso do corpo, e dos momentos em que a sua presença é desnecessária, para agir separadamente e ir onde quiser, no gozo da sua liberdade e na plenitude de suas faculdades. 
Entretanto, e durante toda a vida, nunca se separa completamente do corpo, e embora ele se distancie, fica sempre  preso por um laço fluídico, que o adverte quando a sua presença é necessária, laço este que só se rompe com a morte.
O sono faculta aos Espíritos encarnados o meio de estarem sempre em comunicação com o mundo espiritual.
O sonho é a recordação do que o vosso Espírito viu durante o sono, mas notai que nem sempre vos lembrais do que vistes, ou de quanto vistes.
A incoerência de certos sonhos explica-se pela recordação imperfeita e incompleta dos fatos e cenas, que foram presentes em sonho.
O desprendimento e a emancipação da alma manifestam-se sobretudo de maneira evidente, no fenômeno do sonambulismo natural e magnético, na catalepsia e na letargia.
A lucidez sonambúlica não é senão a faculdade que a alma possui de ver e sentir sem o auxílio dos orgãos materiais. 
Essa faculdade é um dos seus atributos, existe em todo o seu ser e os orgãos do corpo são estreitos canais, por onde lhe advêm certas impressões. 
O desprendimento pode produzir-se no estado de vigília e em diversos graus, não dispondo o corpo, de maneira completa, da sua atividade normal; há sempre uma absorvência, um desapego mais ou menos completo das coisas terrestres. 
Ele não dorme; anda, age, mas os olhos fitam sem ver os objetos. 
Percebe-se bem que a alma não está aí.
A faculdade emancipadora da alma, em sua mais simples manifestação, produz o que se chama o sono acordado. 
Dá também a certas pessoas a presciência, que constitui os pressentimentos. 

Em grau mais elevado, produz o fenômeno da chamada Segunda vista, dupla vista, ou sonambulismo em estado de vigília. 
OBRAS PÓSTUMAS/ALLAN KARDEC/EMANCIPAÇÃO DA ALMA – PAG 50

A COMUNICAÇÃO DOS ESPÍRITOS

São variadíssimos os meios de comunicação. 

Atuando sobre os nossos órgãos e sobre todos os nossos sentidos, podem os Espíritos manifestar-se à nossa visão, por meio das aparições; ao nosso tato, por impressões tangíveis, visíveis ou ocultas; à audição pelos ruídos; ao olfato por meio de odores sem causa conhecida.

O que devemos examinar com cuidado são os diversos meios de se obterem comunicações, isto é, uma permuta regular e continuada de pensamentos.

Esses meios são: as pancadas, a palavra e a escrita

O LIVRO DOS MÉDIUNS CAPÍTULO X - Da Natureza das Comunicações ITEM 138

A COMUNICAÇÃO DOS ESPÍRITOS PODE SER OCULTA OU OSTENSIVA

As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas.
As comunicações ocultas ocorrem pela influência, boa ou má que eles exercem sobre nós com o nosso desconhecimento; cabe ao nosso julgamento discernir as boas e más inspirações. 
As comunicações ostensivas ocorrem por meio da escrita, a palavra, ou outras manifestações materiais, e mais freqüentemente, por intermédio dos médiuns, que lhes servem de instrumentos.
Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou por evocação. 
Os Espíritos são atraídos em razão de sua simpatia pela natureza moral do meio que os evoca.
A distinção dos bons e dos maus Espíritos é extremamente fácil. 
A linguagem dos Espíritos Superiores é constantemente digna, nobre, marcada pela mais alta moralidade, livre de toda paixão inferior, seus conselhos exaltam a mais pura sabedoria, e tem sempre por objetivo o nosso progresso e o bem da Humanidade.
A linguagem dos Espíritos inferiores, ao contrário, é inconseqüente, freqüentemente trivial e mesmo grosseira; se dizem por vezes coisas boas e verdadeiras, mais freqüentemente, dizem coisas falsas e absurdas, por malícia ou ignorância. 
O LIVRO DOS ESPÍRITOS – ALLAN KARDEC – INTRODUÇÃO PAG 21

AFINIDADE E TENDÊNCIA - FORÇA DE ATRAÇÃO

Os Espíritos vão de preferência onde estão seus semelhantes; aí estão mais à vontade e mais seguros de serem ouvidos.
O homem atrai para si os Espíritos em razão de suas tendências, que esteja só ou formando uma coletividade, como uma sociedade, uma cidade ou um povo. 

Há então, sociedades, cidades e povos que são assistidos por Espíritos mais ou menos elevados segundo o carater e as paixões que neles dominam.
Os Espíritos imperfeitos se afastam daqueles que os repelem. 
Resulta disso que o aperfeiçoamento moral das coletividades, como dos indivíduos tende a afastar os maus Espíritos e atrair os bons que excitam e entretêm o sentimento do bem nas massas, como outros podem lhes insuflar as más paixões. 
O LIVRO DOS ESPÍRITOS QUESTÃO 518 ALLAN KARDEC

OS ESPÍRITOS PROTETORES - OS ANJOS GUARDIÃES

“Pensar que se tem sempre perto de si seres que vos são superiores , que estão sempre aí para vos aconselhar, vos sustentar, vos ajudar a escalar a áspera montanha do bem, que  são os amigos mais seguros e mais devotados do que as mais íntimas ligações que se possa contrair sobre esta terra, não é uma idéia bem consoladora ?  

Esses seres aí estão por ordem de Deus; Ele os colocou junto de vós e aí estão. 

Por seu amor, cumprindo uma bela, mas penosa missão. 

Sim, onde estejais, ele estará convosco : as prisões, os hospitais, os lugares de devassidão, a solidão, nada vos separa desse amigo que não podeis ver, mas do qual vossa alma sente os mais doces estímulos e ouve os mais sábios conselhos.

Deveríeis conhecer melhor esta verdade ! 

Quantas vezes ela vos ajudaria nos momentos de crise; quantas vezes ela vos salvaria dos maus Espíritos !  todavia, no grande dia, este anjo de bem terá frequentemente de vos dizer : 

Não te disse isto ?  e tu não o fizeste; Não te mostrei o abismo ? e tu aí te precipitaste; não te fiz ouvir na consciência a voz da verdade ? e não seguiste os conselhos da mentira ? 

Ah ! interrogai vossos anjos guardiães; estabelecei entre eles e vós essa ternura íntima que reina entre os melhores amigos. 

Não penseis em esconder-lhes nada, porque eles tem os olhos de Deus, e não podeis enganá-los. 

Sonhai com o futuro; procurai avançar nesta vida e vossas provas serão mais curtas, vossas existências mais felizes. 

Caminhai !  homens de coragem; atirai para longe de vós, de uma vez por todas, preconceitos e idéias preconcebidas; entrai na nova estrada que se abre diante de vós; marchai ! marchai ! tendes orientadores, segui-os; o objetivo não vos pode faltar, porque esse objetivo é Deus.
Aqueles que pensem ser impossível, aos Espíritos verdadeiramente elevados, se sujeitarem a uma tarefa tão laboriosa e de todos os instantes, diremos que nós influenciamos vossas almas estando a vários milhões de léguas de vós. 

Para nós o espaço não é nada, e vivendo em outro mundo, nossos Espíritos conservam sua ligação com o vosso. 

Nós gozamos de qualidades que não podeis compreender, mas estejais certo de que Deus não nos impôs uma tarefa acima de nossas forças e que ele não nos abandonou sós sobre a Terra, sem amigos e sem apoio. 

Cada anjo guardião tem seu protegido sobre o qual vela, como um pai vela sobre seu filho, e é feliz quando o vê no bom caminho, e sofre quando seus conselhos são menosprezados.
Não temais em nos fatigar com vossas perguntas; estejais, ao contrário, sempre em relação conosco; vós sereis mais fortes e mais felizes. 

São essas comunicações de cada homem com seu Espírito familiar que fazem todos os homens médiuns, médiuns hoje ignorados, mas que se manifestarão  mais tarde e se espalharão como um oceano sem limites para repelir a incredulidade e a ignorância. 

Homens instruídos, instruí; homens de talento elevai vossos irmãos. 

Vós não sabeis que obra cumprireis assim : a do Cristo, a que Deus vos impôs. 

Para que Deus vos deu a inteligência e a ciência, senão para repartir com vossos irmãos, para os adiantar no caminho da alegria e da felicidade eterna.

 São Luiz, Santo Agostinho REF.:O LIVRO DOS ESPÍRITOS QUESTÃO 495 ALLAN KARDEC

OS ESPÍRITOS PROTETORES - OS BONS GÊNIOS

Cada homem tem um Espírito que vela sobre ele, mas as missões dão relativas ao seu objeto.
Não dais a uma criança que aprende a ler um professor de filosofia. 
O progresso do Espírito familiar segue o do Espírito protegido. 
Tendo vós mesmos um Espírito superior que vela sobre vós, podeis, a vosso turno, virdes a ser o protetor de um Espírito que vos é inferior, e os progressos que o ajudardes a fazer contribuirão para o vosso adiantamento. 
Deus não pede ao Espírito, além do que comportem sua natureza e o grau que alcançou.  
O LIVRO DOS ESPÍRITOS QUESTÀO 509 ALLAN KARDEC


O Espírito protetor, anjo guardião ou bom gênio, é aquele que tem por missão seguir o homem na vida e ajudá-lo a progredir.
Ele é sempre de uma natureza superior relativamente à do protegido.
Os Espíritos familiares se ligam a certas pessoas por laços mais ou menos duráveis tendo em vista ser-lhes úteis, no limite do seu poder, frequentemente bastante limitado. 

Eles são bons mas, algumas vezes, pouco avançados e mesmo um pouco levianos.
Eles se ocupam, de bom grado, dos detalhes da vida íntima e não agem senão por ordem ou com a permissão dos Espíritos protetores.
Os Espíritos simpáticos são os que se sentem atraidos por nós por afeições particulares e uma certa semelhança de gostos e de sentimentos, no bem como no mal. 
A duração de suas relações é quase sempre subordinada às circunstâncias.
O mau gênio é um Espírito imperfeito ou perverso que se liga ao homem para desviá-lo do bem, e age por sua própria iniciativa e não em virtude de sua missão.
Sua tenacidade está em razão do acesso mais ou menos fácil que encontra.
O homem está sempre livre para escutar sua voz ou repelí-la. 
O LIVRO DOS ESPÍRITOS QUESTÃO 514 ALLAN KARDEC

A COMUNHÃO DE PENSAMENTO

“Comunhão de pensamentos! 

Compreendemos bem todo o alcance desta expressão? 

É permitido duvidá-lo, pelo menos do maior número. 

O Espiritismo, que nos explica tantas coisas pelas leis que revela, ainda vem explicar a causa, os efeitos e a força dessa situação de espírito.
 
Comunhão de pensamento quer dizer pensamento comum, unidade de intenção, de vontade, de desejo, de aspiração. 

Ninguém pode desconhecer que o pensamento é uma força. 

É, porém, uma força puramente moral e abstrata? 

Não: do contrário não se explicariam certos efeitos do pensamento e, ainda menos, da comunhão de pensamento. 

Para compreendê-lo é preciso conhecer as propriedades e a ação dos elementos que constituem nossa essência espiritual, e é o Espiritismo que no-las ensina.  

O pensamento é o atributo característico do ser espiritual; é ele que distingue o espírito da matéria; sem o pensamento o espírito não seria espírito. 

A vontade não é um atributo especial do espírito; é o pensamento chegado a um certo grau de energia; é o pensamento transformado em força motriz. 

É pela vontade que o espírito imprime aos membros e ao corpo movimentos num determinado sentido. 

Mas se tem a força de agir sobre os órgãos materiais, quanto maior não deve ser sobre os elementos fluídicos que nos rodeiam! 

O pensamento age sobre os fluídos ambientes, como o som sobre o ar; esses fluidos nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som. 

Uma assembléia é um foco onde irradiam pensamentos diversos; é como uma orquestra, um coro de pensamentos onde cada um produz a sua nota. 

Disto resulta uma porção de correntes e de eflúvios fluídicos dos quais cada um recebe a impressão dos sons pelo sentido da audição. 

Mas, assim como há raios sonoros harmônicos ou discordantes. 

Se o conjunto for harmônico a impressão é agradável; se for discordante, a impressão será penosa. 

Ora, por isto, é necessário que o pensamento seja formulado em palavras; a radiação fluídica não deixa de existir, quer seja, ou não expressa. 

Se todas forem benevolentes, todos os assistentes experimentarão um verdadeiro bem-estar, sentir-se-ão à vontade; mas se se misturarem pensamentos maus, produzirão o efeito de uma corrente de ar gelado num meio tépido. 

Tal é a causa do sentimento de satisfação que se experimenta numa reunião simpática; aí como que reina uma atmosfera salubre, onde se respira à vontade; dai se sai reconfortado, porque aí nos impregnamos de eflúvios salutares. 

Assim também se explicam a ansiedade, o mal-estar indefinível dos meios antipáticos, onde pensamentos malévolos provocam, por assim dizer, correntes fluídicas malsãs. 

A comunhão de pensamentos produz, pois, uma espécie de efeito físico que age sobre o moral. 

Só o Espiritismo poderia fazê-lo compreender. 

O homem o sente instintivamente, desde que procura as reuniões onde sabe encontrar essa comunhão; nessas reuniões homogêneas e simpáticas, colhe novas forças morais; poderia dizer-se que aí recupera pelos alimentos as perdas do corpo material

 REVUE ESPIRIT – ALAN KARDEC, dez de 1864 - Da Comunhão do pensamento

A MORAL E O DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE

O desenvolvimento da mediunidade não se processa na razão do desenvolvimento moral do médium. 

A faculdade, propriamente dita, é orgânica, e portanto, independe da moral. Mas já não acontece o mesmo com seu uso.

Se o médium, quanto à execução, é apenas um instrumento, no tocante à moral exerce grande influência. 

Porque o Espírito comunicante identifica-se com o Espírito do médium, e para esse identificação é necessário haver simpatia entre eles, e se assim podemos dizer, afinidade.

A alma (Espírito encarnado) exerce sobre o Espírito comunicante uma espécie de atração ou de repulsão, segundo o grau de semelhança ou “dissemelhança”  entre eles.

Ora, os bons tem semelhança com os bons e os maus com os maus, de onde se segue que as qualidades morais do médium tem influência capital sobre a natureza dos Espíritos que se comunicam por seu intermédio.

Mas, onde a moral dos médiuns se faz realmente sentir é quando este substitui pelas suas idéias pessoais aquelas que os Espíritos se esforçam por lhe sugerir. 

É ainda quando ele tira, da sua própria imaginação, as teorias fantásticas.

Na dúvida, abstém-te, pois, o que não for para vós de evidência inegável. 

Ao aparecer uma nova opinião, por menos que vos pareça duvidosa, passai-a pelo crivo da razão e da lógica. 

O que a razão e o bom senso reprovam, rejeitai corajosamente. 
“Mais vale rejeitar dez verdades do que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa.”

Com efeito, sobre essa teoria poderíeis edificar todo um sistema que desmoronaria ao primeiro sopro da verdade, como um monumento construído sobre areia movediça. 

Entretanto, se rejeitais hoje certas verdades, porque não estão para vós clara e logicamente demonstradas, logo um fato chocante ou uma demonstração irrefutável, virá vos afirmar a sua autenticidade

O LIVRO DOS MÉDIUNS – ALLAN KARDEC – CAP XX PAG 253

O TRABALHO DO PLANO ESPIRITUAL NÃO ESTÁ RESTRITO AO CENTRO ESPÍRITA

- Perdoe-me a pergunta, mas, na hipótese de não se socorrer esta irmã, da colaboração de uma casa espiritista, como se haveria com a doença oculta? 

Estaria ao abandono?
- De modo algum - respondeu Anacleto, sorrindo. – 
Há verdadeiras legiões de trabalhadores de nossa especialidade amparando as criaturas que, através de elevadas aspirações, procuram o caminho certo nas instituições religiosas de todos os matizes. 
A manifestação de fé não se limita a simples afirmação mecânica de confiança.

O homem que vive mentalmente, visceralmente, a religião que lhe ensina a senda do bem, está em atividade intensa e renovadora, recebendo, por isto mesmo, as mais fortes contribuições de amparo espiritual, por quanto abre a porta viva da alma para o socorro de Mais Alto, através da oração e da posição ativa de confiança no Poder Divino.
PASSES – MISSIONARIOS DA LUZ /ANDRÉ LUIZ cap. 19

NÓS SOMOS OS MÉDIUNS DA PRÓPRIA VIDA ...

...Ante o Sol renascente, o campo terrestre brilhava em plena manhã clara. Mudos e expectantes, renteamos com um homem do campo manobrando a enxada na defesa do solo.

Áulus apontou-o com a destra e rompeu o silêncio, murmurando:

- Vejam! A mediunidade como instrumentação da vida surge em toda a parte. 

O lavrador é o médium da colheita, planta é o médium da frutificação e a flor é o médium do perfume. 

Em todos os lugares, damos e recebemos, filtrando os recursos que nos cercam e moldando-lhes a manifestação, segundo as nossas possibilidades.

Avançávamos e, em breves momentos, víamo-nos defrontados por singela oficina de carpinteiro. 

Nosso orientador indicou o operário que aplainava enorme peça e observou:
- Possuímos no artífice o médium de preciosas utilidades. 

Da devoção com que se consagra ao trabalho, nasce elevada percentagem de reconforto à Civilização.

Não longe, surpreendemos pequena marmoraria, à porta da qual um jovem envergava o escopro, ferindo a pedra.

- Eis o escultor – disse Áulus-, o médium da obra-prima. 

A Arte é a mediunidade do Belo, em cujas realizações encontramos as sublimes visões do futuro que nos é reservado.

O assistente prosseguiu enunciando importantes considerações sobre o assunto, quando passamos por alguns empregados da higiene pública, removendo o lixo de extensa praça.

- Aqui temos os varredores – disse com respeitoso acento -, valiosos médiuns da limpeza.

Logo após, contornamos um edifício em que funcionava um tribunal de justiça e nosso instrutor adiantou:

- Vemos aqui o fórum onde o juiz é o médium das leis. 

Todos os homens em suas atividades, profissões e associações são instrumentos das forças a que se devotam. 

Produzem, de conformidade com os ideais superiores ou inferiores em que se inspiram, atraindo os elementos invisíveis que os rodeiam, conforme a natureza dos sentimentos e idéias de que se nutrem. 

Atingíramos, no entanto, o lar em que Hilário e eu nos dedicaríamos ao socorro de uma criança doente.

Nesse ponto da excursão, o orientador, esperado a distância, separar-se-ia de nós, por fim. 

Na intimidade doméstica, um cavalheiro maduro e a esposa tomavam café em companhia de três petizes. 

Ladeando a mesa limpa e sóbria, descansava em larga poltrona o menino abatido e pálido que nos recolheria o esforço assistencial. 

O instrutor fixou os olhos no quadro expressivo que nos tomava a atenção e exclamou:

- A família consangüínea é uma reunião de almas em processo de evolução, reajuste, aperfeiçoamento ou santificação. 

O homem e a mulher, abraçando o matrimônio por escola de amor e trabalho, honrando o vínculo dos compromissos que assumem perante a Harmonia Universal, nele se transformam em médiuns da própria vida, responsabilizando-se pela materialização, alongo prazo, dos amigos e dos adversários de ontem, convertidos no santuário doméstico em filhos e irmãos. 

A paternidade e a maternidade, dignamente vividas no mundo, constituem sacerdócio dos mais altos  para o Espírito reencarnado na Terra, pois, através delas, a regeneração e o progresso se efetuam com segurança e clareza. 

Além do lar, será difícil identificar uma região onde a mediunidade seja mais espontânea e mais pura, de vez que, na posição de pai e de mãe, o homem e a mulher, realmente credores desses títulos, aprendem a buscar a sublimação de si mesmos na renúncia em favor das almas que, por intermédio deles, se manifestam na condição de filhos. 

E, num sopro de bela inspiração, concluiu:

- a família física pode ser comparada a uma reunião de serviço espiritual no espaço e no tempo, cinzelando corações para a imortalidade.

ANDRÉ LUIZ - ÚLTIMAS  PÁGINAS – NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE / cap. 30

O COMPROMISSO SEXUAL - O PROBLEMA DA SEDUÇÃO

Chico Xavier - Eu creio que um compromisso sexual deve ser profundamente respeitado. 

Uma terceira pessoa em qualquer compromisso sexual é uma dificuldade a superar, porque não podemos esquecer que a lesão sentimental é talvez mais importante que uma lesão física, e alguém que promete amor à alguém deve se desincumbir desse compromisso com grandeza de pensamento e sem qualquer insegurança. 

Não compreendo a promiscuidade, mas a luta para que haja perfeitamente o relacionamento de alma para alma, com o respeito que devemos uns aos outros.

- O sexo é um dos principais problemas da vida? Como devo encarar o ato de sedução? 

Chico Xavier - Sendo o sexo uma força criativa, diria que talvez quem não tiver problemas de sexo estará doente. 
Somos seres sexuados, esta é uma das realidades humanas. 
Aquele que nada sente neste sentido, no mínimo está com os centros genésicos oclusos. 
Não somos anjos e, se fôssemos, nosso lugar não seria aqui...
Saibamos porém que os anjos  não podem ser ingênuos. 
Eles passaram com certeza por nossas experiências. 
Freqüentemente, os Epíritos Orientadores nos esclarecem que devemos evitar a prosmicuidade. 
Isso é importante. 
Não de deve usar um corpo usado por outrem, assim como não se mora em duas casas concomitantemente. 
Conscientizemo-nos também de que o problema de sedução irresponsável, egoística, é muito grave, de vez que contraímos séria dívida com a pessoa seduzida. 
Têm ocorrido caso de sedutores assassinados por suas vítimas que chegam no Além na condição de assassinos de si próprios pois que, por reações indébitas, provocaram o próprio fim. 
Nunca nos cabe o direito de saquear ou dilapidar a vida do próximo. 
Cada um pode e deve administrar o próprio corpo como melhor lhe pareça. 

Devemos contudo discernir o que nos convém daquilo que significa sementeira amarga.

- E a permissividade sexual hoje existente, irá perdurar por quanto tempo?
Chico Xavier - Talvez uns 200 anos, ou mais. 
Sabemos o que aconteceu: durante séculos as manifestações sexuais estiveram reprimidas dentro de um círculo muito restrito por alguns que tinham interesse na repressão de suas expressões e anseios. Isso foi possível até determinado tempo.  

- Que aconteceu depois? 
Séculos de repressão psicológica muito regida redundaram num rompimento dessas barreiras, numa liberação que ultrapassou os limites mesmo deste círculo mais amplo. 
– Atingiu-se assim o terreno dos extremismos sempre perigosos e potencialmente causadores de grandes males.

- Que acha você da abordagem dos problemas de sexo, no tratamento dos temas doutrinários?
Chico Xavier - Acreditamos que a Obra de Allan Kardec, principalmente nos textos de "O Livro dos Espíritos", favorece essa abordagem com grande proveito, seja para o indivíduo, seja para a comunidade.

- O Espiritismo não deverá contribuir para que o problema do sexo deixe de ser um tabu? 
Chico Xavier - Os Benfeitores da Vida Superior esclarecem que o Espiritismo contribuirá, decisivamente, para que os temas do sexo sejam tratados no Mundo, com o devido respeito, sem tabus que patrocinem a hipocrisia e sem a irresponsabilidade que impele à devassidão.

Fonte: Revista "Informação" do livro "ENTENDER CONVERSANDO" Edição IDE. de A PONTE, Edição Globo. de ENTREVISTAS, Edição IDE.Correio Didier Janeiro/Fevereiro 1999

MÉDIUM: COMO SABER QUEM É ?

INFORMAÇÃO - Como uma pessoa pode notar que é dotada de mediunidade, quais as vantagens espirituais oferecidas pela mesma, e como essa pessoa deve proceder?

Chico - A mediunidade é peculiar a toda criatura humana; todas as pessoas são portadoras de valores mediúnicos que podem ser cultivados ao máximo, desde que a criatura se dedique a esse gênero de trabalho espiritual. 

De modo que, muitas vezes, encontramos uma certa dificuldade no problema mediúnico dentro da Doutrina Espírita. 

De modo geral, a pessoa só se diz médium quando se sente vinculada a um processo obsessivo; quando sente arrepios, muita perturbação, muito assédio, muita angústia, então se diz que essa pessoa é médium. 


Bem, aí já é médium assediado, médium doente. 
A mediunidade está enferma. 
Mas a pessoa sem plenitude dos seus valores físicos, pode perfeitamente estudar a própria mediunidade e ver qual o caminho que suas faculdades mediúnicas podem tomar. 
Uma criatura que desenvolva a sua própria mediunidade, desenvolve-a educando­se, procurando aprimorar a sua capacidade cultural, os seus valores, vamos dizer, os seus valores de experiência humana, os seus contatos no campo da humanidade, o seu dom de servir; essa criatura encontra na mediunidade, um campo vastíssimo de trabalho e de felicidade, porque a felicidade verdadeira vem do trabalho bem aplicado, daquele trabalho que se constitui um serviço pelo bem de todos. 
E o médium, dentro da Doutrina Espírita é uma criatura não considerada fora de série de criaturas humanas. 
O médium é um ser humano, com as fraquezas e as perfeições potenciais de toda a criatura terrestre. 
Então, a Doutrina Espírita é Mãe Generosa porque acolhe a criatura humana e faz dela um médium, mesmo que tenha muitos erros e muitos acertos, mas, depois, do curso do tempo, os acertos vão abafando os erros e a criatura pode terminar a existência com grande merecimento. 
Porque pelo trabalho na mediunidade, trabalho pelo bem comum, ela vence esse peso, que é o mais importante no mundo.
 Vencer a nós mesmos do ponto de vista das tendências inferiores que estejamos carregando. 
Falo isso a meu respeito, porque não creio que ninguém carregue tanta imperfeição como eu...

(Adaptação das obras "No Mundo de Chico Xavier", de Elias Barbosa, e "Entrevistas", organizada por Salvador Gentile e Hercio Marcos Cintra Arantes, edição IDE) Revista Informação – Abril de 1977

O AMPARO DOS PAIS AOS JOVENS

Todos os jovens precisam do amparo dos pais, embora na adolescência, em geral, a rebeldia dos filhos seja inevitável. 

Uma tradição de severidade paterna, pautada pelo autoritarismo político e religioso, deu aos pais o conceito errôneo de que devem sujeitar os filhos - e particularmente os jovens - aos seus princípios e maneira de ser. 

Mas os jovens trazem a sua própria personalidade e o seu próprio roteiro de vida, e justamente nessa face da adolescência estão firmando o seu eu diante do mundo.

É conhecido o problema da "crise da adolescência", sobre o qual Maurice Debesse escreveu um dos seus livros mais belos e profundos. 

Mas é em René Hubert, no capítulo sobre a Psicologia da Juventude, de sua "Pedagogia Geral", que encontramos maior sintonia com os princípios espíritas.

Psicólogos e Pedagogos conhecem bem esse problema que responde pelo chamado "conflito de gerações".

Emmanuel nos dá a sua chave ao lembrar que cada espírito já traz para a Terra a sua prova e o seu roteiro de serviço, escolhidos livremente na vida espiritual segundo as suas necessidades de evolução e aprimoramento.

 O amparo dos pais não pode ser dado por meio de imposição e autoritarismo, sob pena de deixar de ser amparo para se transformar em tirania.

Se o "conflito de gerações" sempre existiu no mundo, agora se mostra mais violento porque o tempo da tirania está no fim e porque a era de transição em que vivemos acentua nos jovens os anseios do futuro. 

Os pais só poderão ampará-los se tiverem amor suficiente para compreendê-los e ajudá-los sem exigências. 

Está é também uma hora de aprendizado para os pais. 

E só o amor verdadeiro pelos filhos pode socorrê-los.

O jovem de hoje é o homem de amanhã. 

Os tempos mudam e não podemos querer sujeitá-los ao nosso modelo. 

Qualquer coação paterna só poderá afastá-los de casa e da família, lançando-os a meios e companhias perigosos. 

A verdadeira educação é o equilíbrio entre o amor e a compreensão. 

A energia paterna e a disciplina filial brotam naturalmente entre essas duas margens, fluindo como as águas de uma fonte na paisagem da vida.

Irmão Saulo- Do livro “Na Era do Espírito”. Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. -

OS FILHOS: JOVENS DIFÍCEIS

Terás talvez contigo jovens difíceis para instalar convenientemente na vida.

Inquestionavelmente, é preciso apoiá-los quanto se nos faça possível.

Capacitemo-nos, porém, de que ampará-los não será traçar-lhes a obrigação
de copiar-nos os tipos de felicidade ou vivência.

Claro que não nos compete o direito de abandoná-los a si próprios quando ainda inexperientes.

Entretanto, isso não significa devamos destruir-lhes a vocação, furtando-lhes a autenticidade em que se lhes caracteriza a existência.

Sonharemos para nossos filhos, no Mundo, invejável destaque nas profissões liberais com primorosas titulações acadêmicas, mas é possível hajam renascido conosco para os serviços da gleba, aspirando a adquirir duros calos nas mãos a fim de se realizarem na elevação que demandam.

De outras vezes ideamos para eles a formação do lar em que nos premiem o anseio de possuir respeitáveis descendentes.

No entanto, é possível estejam conosco para longas experiências em condições de celibato, carregando problemas e provas que lhes dizem respeito ao burilamento espiritual.

Às vezes, gritamos revoltados contra eles, exigindo nos adotem o modo de ser.

Freqüentemente, porém, se isso acontece, acabamos por perdê-los em mãos que lhes deslustram os sentimentos ou lhes estragam a vida, quando não os empurramos, inconscientemente, para a furna dos tóxicos ou para os despenhadeiros do desequilíbrio mental com que se matriculam nos manicômios.

Compadece-te dos filhos que pareçam diferentes de ti.

Aceita-os como são e auxilia a cada um deles na integração com o trabalho em que se façam dignos da vida que vieram viver.

Ampara-os sem imposição e sem violência.

Antes de te surgirem à frente por filhos de teu amor, são filhos de Deus, cujo Amor Infinito vela em nós e por nós.

Ainda mesmo quando evidenciem características inquietantes, abençoa-os e orienta-os, quanto possível, a fim de que se mantenham por esteios vivos de rendimento do bem no Bem Comum.

E mesmo quando não te possam compartilhar do teto e se te afastem da companhia, a pretexto de independência, abençoa-os mesmo assim, compreendendo que todos nós, desde que nos vinculemos à ordem e ao trabalho no dever que nos compete, sem prejudicar a ninguém, desfrutamos por Lei Divina o privilégio de descobrir qual é para nós o melhor caminho de agir e servir, viver e sobreviver.

Do livro “Na Era do Espírito”. Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. 

A JUVENTUDE E SUAS TENDÊNCIAS

No estudo das idéias inatas, pensemos nos jovens, que somam às tendências do passado as experiências recém-adquiridas.

Com exceção daqueles que renasceram submetidos à observação da patologia mental, todos vieram da estação infantil para o desempenho de nobre destino.

Entretanto, quantas ansiedades e quantas flagelações todos padecem, antes de se firmarem no porto seguro do dever a cumprir!...

Ao mapa de orientação que trazem das Esferas Superiores, a transparecer-lhes do sentimento, na forma de entusiasmos e sonhos juvenis, misturam-se as deformações da realidade terrestre que neles espera a redenção do futuro.

Muitos saem da meninice moralmente mutilados pelas mãos mercenárias a que foram confiados no berço, e outros tantos acordam no labirinto dos exemplos lamentáveis, partidos daqueles mesmos de quem contavam colher as diretrizes do aprimoramento interior.

Muitos são arremessados aos problemas da orfandade, quando mais necessitavam de apoio amigo, junto de outros que transitam na Terra, à feição das aves de ninho desfeito, largados, sem rumo, à tempestade das paixões subalternas.

Alguns deles, revoltados contra o lodo que se lhes atora à esperança, descem aos mais sombrios volutabros do crime, enquanto outros muitos, fatigados de miséria, se refugiam em prostíbulos dourados para morrerem na condição de náufragos da noite.

Pede-se-lhes o porvir, e arruína-se-lhes o presente.

Engrinalda-se-lhes a forma, e perverte-se-lhes a consciência.

Ensina-se-lhes o verbo aprimorado em labor acadêmico, e dá-se-lhes na intimidade a palavra degradada em baixo calão.

Ergue-se-lhes o ideal à beleza da virtude e zomba-se deles toda vez que não se revelem por tipos acabados de animalidade inferior.

Faia-se-lhes de glorificação do caráter, e afoga-se-lhes a alma no delírio do álcool ou na frustração dos entorpecentes.

Administra-se-lhes abandono, e critica-se-lhes a conduta.

Não condenes a mocidade, sempre que a vejas dementada ou inconseqüente.

Cada menino e moço no mundo é um plano da Sabedoria Divina para serviço à Humanidade, e todo menino e moço transviado é um plano da Sabedoria Divina que a Humanidade corrompeu ou deslustrou.

Recebamos os jovens de qualquer procedência por nossos próprios filhos, estimulando neles o amor ao trabalho e a iniciativa da educação.

Livro “Religião dos Espíritos” – Psicografia Francisco C. Xavier, Espírito: Emmanuel.

O DIVÓRCIO DECISÃO A SER RESPEITADA

 “O divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, está separado.  Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas  reforma o que os homens hão feito e só é aplicável  nos casos em que não levou em conta a lei divina.”Do item 5, do Cap. XXII, de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

Partindo do princípio de que não existem uniões conjugais ao acaso, o divórcio, a rigor, não deve ser facilitado entre as criaturas.

É aí, nos laços matrimoniais definidos nas leis do mundo, que se operam burilamentos e reconciliações endereçados à precisa sublimação da alma.

O casamento será sempre um instituto benemérito, acolhendo, no limiar, em flores de alegria e esperança, aqueles que a vida aguarda para o trabalho do seu próprio aperfeiçoamento e perpetuação.

Com ele, o progresso ganha novos horizontes e a lei do renascimento atinge os fins para os quais se encaminha.

Ocorre, entretanto, que a Sabedoria Divina jamais institui princípios de violência, e o Espírito, conquanto em muitas situações agrave os próprios débitos, dispõe da faculdade de interromper, recusar, modificar, discutir ou adiar, transitoriamente, o desempenho dos compromissos que abraça.

Em muitos lances da experiência, é a própria individualidade, na vida do Espírito, antes da reencarnação, que assinala a si mesma o casamento difícil que faceará na estância física, chamando a si o parceiro ou a parceira de existências pretéritas para os ajustes que lhe pacificarão a consciência, à vista de erros perpetrados  em outras épocas.

Reconduzida, porém, à ribalta terrestre e assumida a união esponsalícia que atraiu a si mesma, ei-la desencorajada à face dos empeços que lhe desdobram à frente. 
Por vezes, o companheiro ou a companheira voltam ao exercício da crueldade de outro tempo, seja através de menosprezo, desrespeito, violência ou deslealdade, e o cônjuge prejudicado nem sempre encontra recursos em si para se sobrepor aos processos de dilapidação moral de que é vítima.

Compelidos, muita vez, às últimas fronteiras da resistência, é natural que o esposo ou a esposa, relegado a sofrimento indébito, se valha do divórcio por medida extrema contra o suicídio, o homicídio ou calamidades outras que lhes complicariam ainda mais o destino. 

Nesses lances da experiência, surge a separação à maneira de bênção necessária e o cônjuge prejudicado encontra no tribunal da própria consciência o apoio moral da auto-aprovação para renovar o caminho que lhe diga respeito, acolhendo ou não nova companhia para a jornada humana.

Óbvio que não nos é lícito estimular o divórcio em tempo algum, competindo-nos tão-somente, nesse sentido, reconfortar e reanimar os irmãos em lide, nos casamentos de provação, a fim de que se sobreponham às próprias suscetibilidades e aflições, vencendo as duras etapas de regeneração ou expiação que rogaram antes do renascimento no Plano Físico, em auxílio a si mesmos; ainda assim, é justo reconhecer que a escravidão não vem de Deus e ninguém possui o direito de torturar ninguém, à face das leis eternas.

O divórcio, pois, baseado em razões justas, é providência humana e claramente compreensível nos processos de evolução pacífica.

Efetivamente, ensinou Jesus: “não separeis o que Deus ajuntou”, e não nos cabe interferir na vida de cônjuge algum, no intuito de arredá-lo da obrigação a que se confiou. 

Ocorre, porém, que se não nos cabe separar aqueles que as Leis de Deus reuniu para determinados fins, são eles mesmos, os amigos que se enlaçaram pelos vínculos do casamento, que desejam a separação entre si, tocando-nos unicamente a obrigação de respeitar-lhes a livre escolha sem ferir-lhes a decisão.

Emmanuel - Psicografia : Francisco Cândido Xavier - Livro : Vida e Sexo

EDUCAÇÃO MODERNA - LIBERDADE E RESPONSABILIDADE

Uns condenam a educação moderna, saudosos dos tempos em que as crianças obedeciam aos pais pelo olhar e tremiam diante do mestre. 
Outros aprovam a nova educação sem a conhecer e fazem do seu princípio de liberdade uma forma de abandono. 
Não há liberdade irrestrita, pois a liberdade só pode existir dentro das condições necessárias. 
Um homem solto no espaço, livre até mesmo da gravitação, não pode fazer coisa alguma e perecerá na desolação. 
Para que ele tenha liberdade é preciso que esteja condicionado pelo meio físico, pisando a terra e aspirando o ar, condicionado pelo corpo e pelo meio familiar e social, e assim por diante.
A educação antiga era uma forma de domesticação. 
As crianças eram tratadas como animais. 
A educação moderna, a partir de Rousseau, é uma forma de compreensão. 
O seu princípio básico não é a liberdade, mas a compreensão da criança como um ser em desenvolvimento. 
O seu objetivo não é o abandono da criança a si mesma e sim o cultivo paciente da criança, para que possa crescer sadia no corpo e no espírito. 
Os maus juízos sobre a nova educação provêm do seu desconhecimento pelos pais e pelos mestres, muitos dos quais não possuem aptidão para educar.
Para os órfãos, o trecho citado de 0 Evangelho Segundo o Espiritismo prescreve-nos ajudá-los, livrá-los da fome e do frio, orientar suas almas para que não se percam no vicio. 
Esse o programa da nova educação. 
Seria um contra-senso convertermos os nossos filhos em órfãos, entregues a si mesmos, ao invés de vigiá-los, descobrir-lhes os maus pendores, corrigir-lhes as arestas morais e orientá-los para o futuro.
Os depositários de bens materiais cuidam deles para que não se deteriorem.
O lavrador cuida das suas plantações para que produzam. 
Os pais, depositários de almas, têm responsabilidade muito maior e mais grave que a daqueles. 
Precisam cuidar de seus filhos e ajudá-los para que sejam úteis no futuro.
Irmão Saulo - Do livro “Na Era do Espírito”. Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires.

LIGAÇÕES SEXUAIS - COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE

Comenta-se a possibilidade de legalização das relações sexuais livres, como se fora justo escolher companhias para a satisfação do impulso genésico, qual se apontam iguarias ou vitaminas mais desejáveis numa hospedaria.

Relações sexuais, no entanto, envolvem responsabilidade.

Homem ou mulher, adquirindo parceira ou parceiro para a conjunção afetiva, não conseguirá, sem dano a si mesmo, tão-somente pensar em si.

Referentemente ao assunto, não se trata exclusivamente da ligação em base do matrimônio legalmente constituído.

Se os parceiros da união sexual possuem deveres a observar entre si, à face de preceitos humanos, voluntariamente aceitos, no plano das chamadas ligações extralegais acham-se igualmente submetidos aos princípios das Leis Divinas que regem a Natureza.

Cada Espírito detém consigo o seu íntimo santuário, erguido ao amor, e Espírito algum menoscabará o "lugar sagrado" de outro Espírito, sem lesar a si mesmo.

Conferir pretensa legitimidade às relações sexuais irresponsáveis seria tratar "consciências" qual se fossem "coisas", e se as próprias coisas, na condição de objetos, reclamam respeito, que se dirá do acatamento devido à consciência de cada um?

É óbvio que ninguém se lembrará, em são juízo, de recomendar escravidão às criaturas claramente abandonadas ou espezinhadas pelos próprios companheiros ou companheiras a que se entregaram, confiantes; isso, no entanto, não autoriza ninguém a estabelecer liberdade indiscriminada para as relações sexuais que resultariam unicamente em licença ou devassidão.

Instituído o ajuste afetivo entre duas pessoas, levanta-se, concomitantemente, entre elas, o impositivo do respeito à fidelidade natural, ante os compromissos abraçados, seja para a formação do lar e da família ou seja para a constituição de obras ou valores do espírito.

Desfeitos os votos articulados em dupla, claro que a ruptura corre à conta daquele ou daquela que a empreendeu, com o aceite compulsório das conseqüências que advenham de semelhante resolução.

Toda sementeira se acompanha de colheita, conforme a espécie.

É razoável nos lembremos disso, porquanto o autor ou autora da defecção havida, ante os princípios de causa e efeito, é considerado violador de almas, assumindo com as vítimas a obrigação de restaurá-las, até o ponto em que as injuriou ou prejudicou, ainda mesmo quando na conceituação incompleta do mundo essas criaturas tenham sido encontradas supostamente já prejudicadas ou injuriadas por alguém.

O diamante no lodo não deixa de ser diamante, sem perder o valor que lhe é próprio, diante da vida.

A criatura em sofrimento não deixa de ser criação de Deus, sem perder a imortalidade que lhe é própria, à frente do Universo.

Que a tentação de retorno dos sistemas poligâmicos pode ocorrer habitualmente com qualquer pessoa, na Terra, é mais que natural - é justo.

Em circunstâncias numerosas, o pretérito pode estar vivo nos mecanismos mais profundos de nossas inclinações e tendências.

Entretanto, os deveres assumidos, no campo do amor, ante a luz do presente, devem prevalecer, acima de quaisquer anseios inoportunos, de vez que o compromisso cria leis no coração e não se danificarão os sentimentos alheios sem resultados correspondentes na própria vida.

Observem-se, nos capítulos do sexo, os desígnios superiores da Infinita Sabedoria que nos orienta os destinos e, nesse sentido, urge considerar que a Vontade de Deus, na essência, é o dever em sua mais alta expressão traçado para cada um de nós, no tempo chamado "hoje".

E se o "hoje" jaz viçado de complicações e problemas, a repontarem do "ontem", depende de nós a harmonia ou o desequilíbrio do "amanhã".

Emmanuel - Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Vida e Sexo

CENTROS DE FORÇA E GLÂNDULAS ENDÓCRINAS

...A epífise, a hipófise, a tireóide, as paratireóides, o timo, as supra-renais, o pâncreas e as bolsas genésicas caracterizavam-se perfeitas, sobre o fundo vivo dos centros perispirituais, 

que se combinavam uns com os outros, em sutilíssimas ramificações nervosas, singularmente ajustadas, através dos plexos, emitindo cada centro irradiações próprias, constituindo-se o conjunto num todo harmônico, que nos impelia à contemplação extática...

...Da mente clareada pela razão, sede dos princípios superiores que governam a individualidade, partem as forças que asseguram o equilíbrio orgânico, 

por intermédio de raios ainda inabordáveis à perquirição humana, raios esses que vitalizam os centros perispiríticos, em cujos meandros se localizam as chamadas glândulas endócrinas, que a seu turno, despendem recursos que nos garantem a estabilidade do campo celular.

Como é óbvio, nas criaturas encarnadas esses elementos se consubstanciam nos hormônios diversos que atuam sobre todos os orgãos do corpo físico, através do sangue...

AÇÃO E REAÇÃO CAP 19 –ANDRE LUIZ - FCXAVIER

CHACRAS - OS CENTROS VITAIS OU CENTROS DE FORÇA

CENTROS VITAIS OU CENTROS DE FORÇA 
O nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete  centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado. 
Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, consequentemente, o “habitat”  que  lhe compete.
Mero problema de padrão vibratório. 
Cada qual  de nós respira em determinado tipo de onda...
...Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de força, que rege em nosso corpo a essa ou aquela classe de influxos mentais...
...Analisando a fisiologia do perispírito, classifiquemos os seus centros de força, aproveitando a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre. 
Temos, assim, por expressão máxima do veículo que nos serve presentemente, o “centro coronário” que na Terra, é considerado pela filosofia hindu como sendo o lótus de mil pétalas, por ser o mais significativo em  razão do seu alto potencial de radiações, de vez que nele assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência. 
Esse centro recebe em primeiro lugar os estímulos do espírito, comandando os demais, vibrando, todavia, com eles em justo regime de interdependência...
...dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo o responsável pela alimentação das células do pensamento e o provedor de todos os  recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabilidade orgânica.  
É, por isso, o grande assimilador das energias solares e dos raios da Espiritualidade Superior capazes de favorecer a sublimação da alma.
...Logo após, anotamos o “centro cerebral” , contíguo ao “centro coronário” , que ordena as percepções de variada espécie, percepções essas que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à Palavra à Cultura, à Arte, ao Saber. 
É no “centro cerebral” que possuímos o comando do núcleo endócrino, referente aos poderes psíquicos...
...Em seguida temos o “centro laríngeo” que preside aos fenômenos vocais, inclusive as atividades do timo, da tireóide e das paratireóides...
...Logo após identificamos o “centro cardíaco” que sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral...
...o “centro esplênico” que, no corpo denso, está sediado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos...
...identificamos o “centro gástrico” que se responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização...
...o “centro genésico” em que se localiza o santuário do sexo, como templo modelador de formas e estímulos...
...Quando a nossa mente, por atos contrários à Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força de nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante, obrigando-se ao trabalho de reajuste.
...de atenção encadeada à dor, constrangido a pensar nela e padecendo-a, recuperar-se-á mentalmente para retificar o tônus vibratório do centro atingido, restabelecendo-lhe a normalidade, em seu próprio favor.
...um equipamento fisiológico deficitário, de algum modo,  lhe retratará a região lesada. 
Sofrendo intensamente do orgão respectivo, que, sem dúvida, se caracterizará por fraca resistência aos assaltos microbianos, ... será defrontado por lutas terríveis, nas quais aprende a valorizá-lo”.
...”Cada centro de força exigirá absoluta harmonia, perante as Leis Divinas que nos regem, a fim de que possamos ascender ao rumo do Perfeito Equilíbrio... 

...nossos deslizes de ordem moral estabelecem a condensação de  fluidos inferiores de natureza gravitante, no campo  eletromagnético de nossa organização, compelindo-nos a natural cativeiro em derredor de vidas começantes às quais nos imantamos”.

ENTRE A TERRA E O CÉU  CAP XX – ANDRE LUIZ - FCXAVIER

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