Durante o sono, só o corpo repousa; o Espírito não dorme e até se vale do repouso do corpo, e dos momentos em que a sua presença é desnecessária, para agir separadamente e ir onde quiser, no gozo da sua liberdade e na plenitude de suas faculdades.
Entretanto, e durante toda a vida, nunca se separa completamente do corpo, e embora ele se distancie, fica sempre preso por um laço fluídico, que o adverte quando a sua presença é necessária, laço este que só se rompe com a morte.
O sono faculta aos Espíritos encarnados o meio de estarem sempre em comunicação com o mundo espiritual.
O sonho é a recordação do que o vosso Espírito viu durante o sono, mas notai que nem sempre vos lembrais do que vistes, ou de quanto vistes.
A incoerência de certos sonhos explica-se pela recordação imperfeita e incompleta dos fatos e cenas, que foram presentes em sonho.
O desprendimento e a emancipação da alma manifestam-se sobretudo de maneira evidente, no fenômeno do sonambulismo natural e magnético, na catalepsia e na letargia.
A lucidez sonambúlica não é senão a faculdade que a alma possui de ver e sentir sem o auxílio dos orgãos materiais.
Essa faculdade é um dos seus atributos, existe em todo o seu ser e os orgãos do corpo são estreitos canais, por onde lhe advêm certas impressões.
O desprendimento pode produzir-se no estado de vigília e em diversos graus, não dispondo o corpo, de maneira completa, da sua atividade normal; há sempre uma absorvência, um desapego mais ou menos completo das coisas terrestres.
Ele não dorme; anda, age, mas os olhos fitam sem ver os objetos.
Percebe-se bem que a alma não está aí.
A faculdade emancipadora da alma, em sua mais simples manifestação, produz o que se chama o sono acordado.
Dá também a certas pessoas a presciência, que constitui os pressentimentos.
Em grau mais elevado, produz o fenômeno da chamada Segunda vista, dupla vista, ou sonambulismo em estado de vigília.
Em grau mais elevado, produz o fenômeno da chamada Segunda vista, dupla vista, ou sonambulismo em estado de vigília.
OBRAS PÓSTUMAS/ALLAN KARDEC/EMANCIPAÇÃO DA ALMA – PAG 50
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