INFORMAÇÃO - Como uma pessoa pode notar que é dotada de mediunidade, quais as vantagens espirituais oferecidas pela mesma, e como essa pessoa deve proceder?
Chico - A mediunidade é peculiar a toda criatura humana; todas as pessoas são portadoras de valores mediúnicos que podem ser cultivados ao máximo, desde que a criatura se dedique a esse gênero de trabalho espiritual.
De modo que, muitas vezes, encontramos uma certa dificuldade no problema mediúnico dentro da Doutrina Espírita.
De modo geral, a pessoa só se diz médium quando se sente vinculada a um processo obsessivo; quando sente arrepios, muita perturbação, muito assédio, muita angústia, então se diz que essa pessoa é médium.
Bem, aí já é médium assediado, médium doente.
A mediunidade está enferma.
Mas a pessoa sem plenitude dos seus valores físicos, pode perfeitamente estudar a própria mediunidade e ver qual o caminho que suas faculdades mediúnicas podem tomar.
Uma criatura que desenvolva a sua própria mediunidade, desenvolve-a educandose, procurando aprimorar a sua capacidade cultural, os seus valores, vamos dizer, os seus valores de experiência humana, os seus contatos no campo da humanidade, o seu dom de servir; essa criatura encontra na mediunidade, um campo vastíssimo de trabalho e de felicidade, porque a felicidade verdadeira vem do trabalho bem aplicado, daquele trabalho que se constitui um serviço pelo bem de todos.
E o médium, dentro da Doutrina Espírita é uma criatura não considerada fora de série de criaturas humanas.
O médium é um ser humano, com as fraquezas e as perfeições potenciais de toda a criatura terrestre.
Então, a Doutrina Espírita é Mãe Generosa porque acolhe a criatura humana e faz dela um médium, mesmo que tenha muitos erros e muitos acertos, mas, depois, do curso do tempo, os acertos vão abafando os erros e a criatura pode terminar a existência com grande merecimento.
Porque pelo trabalho na mediunidade, trabalho pelo bem comum, ela vence esse peso, que é o mais importante no mundo.
Vencer a nós mesmos do ponto de vista das tendências inferiores que estejamos carregando.
Falo isso a meu respeito, porque não creio que ninguém carregue tanta imperfeição como eu...
(Adaptação das obras "No Mundo de Chico Xavier", de Elias Barbosa, e "Entrevistas", organizada por Salvador Gentile e Hercio Marcos Cintra Arantes, edição IDE) Revista Informação – Abril de 1977
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