SEMEANDO CONHECIMENTO

SEMEANDO CONHECIMENTO... PARA COLHER AMOR, PAZ, ALEGRIA!


APRENDER PARA FAZER MELHOR ! E NÓS PRECISAMOS FAZER UM MUNDO MELHOR. SABEM PORQUE? PORQUE VOLTAREMOS PRA CÁ...

COMPARTILHAR: ESTE É O OBJETIVO. CONHEÇA, ENTENDA, E VIVA MELHOR!

"MAS, TENDO SIDO SEMEADO, CRESCE." Jesus. (Marcos, 4:32.)


AÇÕES REAÇÕES E REALIZAÇÕES

Ante a coleção das boas ações de alguém é forçoso se lhe analisem igualmente as reações diante da vida, um e outro lado do bem.

Doarás o prato substancioso a quem te bate à porta em penúria;

mas não se te azedará o coração, se o beneficiário te fere com palavras de incompreensão e desequilíbrio.

Ofertarás tua própria alma, a favor dos amigos, aos quais te devotas;

entretanto, se algum deles te malversa os tesouros afetivos que lhe puseste ao dispor, abençoá-lo-ás, como sempre o fizeste, conquanto nem sempre lhe possas compartilhar, de imediato, a intimidade ou a convivência.

Atenderás ao impositivo de auxiliar os companheiros que se te aderem aos pontos de vista;

no entanto, aprenderás a respeitar os adversários e a reverenciar as qualidades edificantes de que se façam portadores.

Exteriorizarás entusiasmo e alegria, nas horas belas da estrada;

todavia, demonstrarás coragem e paciência, nos dias amargos, quando tudo pareça despedaçar-te os sonhos e aniquilar-te as esperanças.

Tuas ações constituem recursos que sorveste na organização crediária da vida.

Tuas reações, porém, são as garantias que lhes preservam a estabilidade ou os golpes que lhes desmerecem o valor, conforme o bem ou o mal a que te afeiçoes.

Se as tuas reações forem constantemente elevadas, decerto que as tuas realizações serão sempre respeitáveis e dignas.

Pelas ações somos retratados, segundo as tintas da opinião de cada um.

Pelas reações somos vistos em nossa estrutura autêntica.

Provas, aflições, problemas e dificuldades se erigem na existência, como sendo patrimônio de todos.

O que nos diferencia, uns diante dos outros, é a nossa maneira peculiar de apreciá-los e recebê-los.

Anotemos semelhante realidade, porquanto, em nos consagrando ao exercício real da caridade, a benefício do próximo e a favor de nós mesmos,

é indispensável nos mantenhamos vinculados aos ensinamentos do Cristo, na hora de agir e de reagir.

Do livro Rumo Certo de Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel

PRONTO SOCORRO NA PRÓPRIA ALMA

Quem se refere a influência perniciosas é compelido a reconhecer os mais estranhos acidentes morais em toda parte, através da ingestão de corrosivos do pensamento.

Provindas de encarnados ou desencarnados vagueiam culturas corruptoras, aqui e acolá, desenvolvendo nos ambientes mais luzidos, a atmosfera pestilencial que fecunda os germes do crime ou prepara a intromissão da enfermidade e da morte.

Agora, é o vírus sutil da maledicência recolhendo as almas desprevenidas, na rede das trevas, de que escorre a lama da calúnia destruidora...

Depois, é o veneno do juízo precipitado, em torno das atitudes alheias, inflamando a cólera que se arma de violência para estender a injustiça...

Aqui, é o morbo do desalento, achacando corações simples e bem formados, por intermédio de queixas infindáveis e deprimentes, instalando a vitória da preguiça em prejuízo das boas obras...

Ali, é o fel da discórdia, a verter da boca insensata, projetando lodo na senda de companheiros esperançosos e amigos, para que todos os planos do bem desçam da claridade em que se esboçam para a sombra do mal que os asfixia no nascedouro...

Lembra-te, pois, de semelhantes perigos que surgem a cada passo e constrói na própria alma o pronto-socorro, capaz de atender a necessidade dos outros preservando a ti mesmo, contra o desequilíbrio calamitoso.

Neste refúgio assistencial de emergência, disporás do silêncio e do perdão, da frase benevolente e do entendimento conciliador, do consolo e da prece, como digna medicação a aplicar em regime de urgência justa.

Conserva, assim, essa farmácia de compreensão e fraternidade no imo do próprio ser e arrancarás muita gente do trauma letal da crueldade e do ódio, da miséria e da ignorância, como servidor genuíno do Mestre Inolvidável que elegeu no amor puro o grande roteiro de nossa libertação do passado para a conquista do celeste porvir, em perenidade de luz.

EMMANUEL - Livro Ideal Espírita - Francisco C. Xavier

SOCORRE A TI MESMO

“Pregando o Evangelho do reino e curando todas as enfermidades.” – Mateus, 9:35.



Cura a catarata e a conjuntivite, mas corrige a visão espiritual de teus olhos.

Defende-te contra a surdez, entretanto, retifica o teu modo de registrar as vozes e solicitações variadas que te procuram.

Medica a arritmia e a dispnéia,

contudo, não entregues o coração à impulsividade arrasadora.

Combate a neurastenia e o esgotamento,

no entanto, cuida de reajustar as emoções e tendências.

Persegue a gastralgia, mas educa teus apetites à mesa.

Melhora as condições do sangue,

todavia, não o sobrecarregues com os resíduos de prazeres inferiores.

Guerreia a hepatite,

entretanto, livra o fígado dos excessos em que te comprazes.

Remove os perigos da uremia,

contudo, não sufoques os rins com os venenos de taças brilhantes.

Desloca o reumatismo dos membros,

reparando, porém, o que fazes com teus pés, braços e mãos.

Sana os desacertos cerebrais que te ameaçam,

todavia, aprende a guardar a mente no idealismo superior e nos atos nobres.

Consagra-te à própria cura, mas não esqueças a pregação do Reino Divino aos teus órgãos.

Eles são vivos e educáveis.

Sem que teu pensamento se purifique e sem que a tua vontade comande o barco do organismo para o bem, a intervenção dos remédios não passará de medida em trânsito para a inutilidade.

Emmanuel PÃO NOSSO -Francisco Cândido Xavier

NA ESFERA DO REAJUSTE

“Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo” – Jesus (JOÃO, 3:7)

Empeços e provações serão talvez os marcos que te assinalem a estrada hoje.

Diligenciemos, porém, com a reencarnação a retificar os erros e a ressarcir os débitos de ontem,

para que a luz da verdade e o apoio da harmonia nos felicitem o caminho, amanhã...

A questão intrincada que te apoquenta agora, quase sempre, é o problema que abandonaste sem solução entre os amigos, que em outro tempo se rendiam, confiantes ao teu arbítrio.

O parente complicado que julgas carregar, por espírito de heroísmo, via de regra, é a mesma criatura que, em outra época, arrojaste ao desespero e à perturbação.

Ideais nobilitantes pelos quais toleras agressões e zombarias, considerando-te incompreendido seareiro do progresso, em muitas ocasiões, são aqueles mesmos princípios que outrora espezinhaste, insultando a sinceridade dos companheiros que a eles se associavam.

Calúnias que arrostas, crendo-te guindado aos píncaros da virtude pela paciência que evidencias, habitualmente nada mais são que o retorno das injúrias que assacaste, noutras eras, contra irmãos indefesos.

Falhas do passado procuram-te responsável, no corpo, na família, na sociedade ou na profissão, pedindo-te reajuste.

“Necessário vos é nascer de novo” – disse-nos Jesus.

Bendizendo, pois, a reencarnação, empenhemo-nos a trabalhar e aprender, de novo, com atenção e sinceridade, para que venhamos a construir e acertar em definitivo.

Livro “Palavras de Vida Eterna” –Francisco Cândido Xavier –Emmanuel.

O RESPEITO MÚTUO

Compadece-te dos que não pensam com as tuas idéias e não lhes encareces a vida em tua própria vida, afastando-os da senda a que foram convocados.

Chamem-se pais ou filhos, cônjuges ou irmãos, amigos ou parentes, companheiros e adversários, diante de ti, cada um daqueles que te compartilham a existência é uma criatura de Deus, evoluindo em degrau diferente daquele em que te vês.

Ensina-lhes o amor ao trabalho, a fidelidade ao dever, o devotamento à compreensão e o cultivo da misericórdia, que isso é dever nosso, de uns para com os outros, entretanto, não lhes cerres a porta de saída para os empreendimentos de que se afirmam necessitados.

Habituamo-nos na Terra a interpretar por ingratos aqueles entes queridos que aspiram a adquirir uma felicidade diferente da nossa, entretanto, na maioria das vezes, aquilo que nos parece ingratidão é mudança do rumo em que lhes cabe marchar para a frente.

Quererias talvez titulá-los com os melhores certificados de competência, nesse ou naquele setor de cultura, no entanto, nem todos vieram ao berço com a estrutura psicológica indispensável aos estudos superiores e devem escolher atividades quase obscuras, não obstante respeitáveis, a fim de levarem adiante a própria elevação ao progresso.

Para outros, estimarias indicar o casamento que se te figura ideal, no campo das afinidades que te falam de perto, no entanto, lembra-te de que as responsabilidades da vida a dois pertencem a eles e não a nós, e saibamos respeitar-lhes as decisões.

Para alguns terás sonhado facilidades econômicas e domínio social, contudo, terão eles rogado à Divina Sabedoria estágios de sofrimento e penúria, nos quais desejem exercitar paciência e humildade.

Para muitos terás idealizado a casa farta de luxuosa apresentação e não consegues vê-los felizes senão em telheiros e habitações modestas, em cujos recintos anseiam obter as aquisições de simplicidade de que se reconhecem carecedores.

Decerto, transmitirás aos corações que amas tudo aquilo que possuis de melhor, no entanto, acata-lhes as escolhas se te propões a vê-los felizes.

Respeita os pensamentos e afinidades de cada um e aprende a esperar.

Todos estamos catalogados nas faixas de evolução em que já estejamos integrados.

Se entes queridos te deixam presença e companhia, não lhes conturbes a vida nem te entregues a reclamações.

Cada um de nós é atraído para as forças com as quais entramos em sintonia.

E se te parece haver sofrido esse ou aquele desgaste afetivo não te perturbes e, continua trabalhando na seara do bem.

Pelo idioma do serviço que produzas, chamarás a ti, sem palavras, novos companheiros que te possam auxiliar e compreender.

Não prendas criatura alguma aos teus pontos de vista e nem sonegues a ninguém o direito da liberdade de eleger os seus próprios caminhos.

Se as tuas afinidades pessoais ainda não chegaram para complementar-te a tranqüilidade e a segurança é que estão positivamente a caminho.

E assim acontecerá sempre, porque fomos chamados a amar-nos reciprocamente e não para sermos escravos uns dos outros, porque, em  princípio, compomos uma família só e todos nós somos de Deus.

EMMANUEL - Livro: IRMÃO - Psicografia de Francisco Cândido Xavier

FONTE OCULTA DA PACIÊNCIA


Na atualidade do mundo, existem medicamentos que alienam as forças da mente, impelindo-as à prostração,

mas não à tanquilidade real.

Os homens de hoje dispõem de máquinas que os auxiliam a ganhar tempo,

mas não a calma, diante das provações que se lhes fazem necessárias.

Por outro lado, a fortuna amoedada, quando não dirigida para o trabalho edificante e para as realizações do bem ao próximo, é suscetível de estabelecer inquietações permanentes.

Na mesma ordem de pensamento, a força do poder, apesar das vantagens que é capaz de criar na vida comunitária, quase sempre, é um celeiro de ansiedades e incompreensões.

A paz, por isso, tão ardentemente anelada, é comparável a uma cobertura, entretecida com fragmentos de alegria, como sejam:

O retorno de uma pessoa querida, ausente desde muito;

O reajuste do equilíbrio orgânico;

A satisfação das dívidas pagas;

O abraço de um amigo;

Uma carta, mensageira de reconforto;

Alguns momentos de convívio com a Natureza;

A visão do azul no firmamento;

A presença de uma criança;

O sorriso de alguém;

O carinho de um animal que nos partilhe o ambiente;

Os momentos de oração.

A paz que jamais se compra é uma luz interior que nos clareia o caminho para o encontro do melhor que Deus nos reserva;

entretanto, estejamos convencidos de que nas bases da consciência tranquila, em que a paz encontra nascedouro,

jaz a fonte oculta da paciência.


Da Obra “Confia E Segue” – Emmanuel –  Francisco Cândido Xavier

O TESOURO ...SE QUISEREM


Cada homem e cada mulher, se quiserem, podem reter consigo um tesouro de inavaliável expressão, em qualquer parte da Terra, inacessível a qualquer alteração.

Reformas monetárias não lhe causam transtornos.

Conflitos domésticos não lhe dilapidam a segurança.

Doenças do corpo não lhe deformam a estrutura.

Opositores não lhe alcançam a grandeza.

Esse tesouro é a consciência tranqüila, com o sorriso da fraternidade e com a alegria de viver e trabalhar.

EMMANUEL - FRANCISCO C. XAVIER - do livro Hora Certa

O ESSENCIAL É O AMOR


"Quando você não possua o que deseja, você pode valorizar aquilo que tem.

Se não consegue obter a afeição daqueles a quem mais ama, não se esqueça de se dedicar aos que amam a você, especialmente quando necessitem de seu concurso.

Quando não se lhe faça possível criar a grande alegria que alguém lhe solicite,
você pode doar a esse alguém o sorriso que menos lhe custa.

Se não dispõe de recursos para colaborar com o muito com que estimaria brindar a essa ou aquela realização de beneficência, oferte a migalha ao seu alcance.

O essencial não é o tamanho do bem que se queira e, sim, o tamanho do amor que você coloque no bem que se decida a fazer."

FRANCISCO C. XAVIER - André Luiz - livro Recados da Vida

PONTOS PERIGOSOS PARA OS PAIS

Desconsiderar a importância do exemplo na escola do lar.

Ignorar que os filhos chegam à reencarnação através deles, sem serem deles.

Transformar as crianças em bibelôs da família, fugindo de ajudá-las na formação do caráter desde cedo.

Ajudar os filhos inconsideradamente tanto quanto sobrecarregá-los de obrigações incompatíveis com a saúde ou a disposição que apresentem.

Distanciar-se da assistência necessária aos pequeninos sob o pretexto de poderem remunerar empregados dignos, mas incapazes de substituí-los nas responsabilidades que receberam.

Desconhecer que os filhos são Espíritos diferentes, portadores da herança moral que guardam em si mesmos, por remanescentes felizes ou infelizes de existências anteriores.

Desejar que os filhos lhes sejam satélites, olvidando que eles caminham na trajetória que lhes é peculiar, com pensamentos e atitudes pessoais.

Desinteressar-se dos estudos que lhes dizem respeito.

Relegar-lhes as mentes às superstições e fantasias, sem prestar-lhes explicações honestas em torno do mundo e da vida.

Não lhes pedir trabalho e cooperação na medida das possibilidades.

De Estude e Viva, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, André Luiz  

O PODER DA MIGALHA

Não desprezes o poder da migalha na obra do auxílio.

O prato simples que partilhas com o irmão em penúria não resolve o problema da fome;

entretanto, ele em si não é apenas favor providencial para quem o recebe, mas também mensagem de fraternidade expedida na direção de outras almas, que se inclinarão a repartir as alegrias da mesa.

A peça de roupa com que atendes ao viajor, estremunhado de frio, não extingue o flagelo da nudez;

todavia, ela em si não constitui valioso abrigo para quem a recolhe, mas também apelo silencioso para que amigos que esperam, unicamente, um sinal de amor para se entregarem aos júbilos do serviço.

Acontece o mesmo com a moeda humilde que ajustada à beneficência, faz pensar no valor da cooperação, e com o livro edificante que, funcionando no apoio a companheiros necessitados de esclarecimento e consolo, nos obriga a meditar no impositivo da cultura espiritual.

Em muitas circunstâncias, é um gesto só de tua compreensão que salvará alguém de calamidade eminente e, em muitos casos, uma só frase de tua parte representa a segurança de comunidades inteiras.

Bem aventurado todo aquele que estende milhões à supressão dos problemas de natureza material e bem aventurado todo aquele que cede algo de si próprio, a benefício dos outros, ainda que seja tão-somente uma palavra de bênção para o conforto de uma criança esquecida.

Não desprezes o poder da migalha na obra do auxílio.

Por dádiva de sustentação e misericórdia para felizes e infelizes, sábios e ignorantes, justos e injustos, Deus entrega o Sol por atacado, mas por dom inefável, capaz de conduzir as criaturas com harmonia e discernimento, no rumo das perfeições divinas, Deus dá o tempo, trocado em miúdo, através das migalhas dos minutos, iguais para todos.

O coração humano é comparável a cofre repleto de riquezas incalculáveis, e ninguém o possui impenetrável ou inacessível...

Habitualmente, resistirá a golpes de martelos, à ação de gazuas e até mesmo ao impacto de explosivos e provas de fogo;

mas, quase sempre,é a tua migalha de humildade e paciência, bondade e cooperação que simboliza a chave capaz de abri-lo.

Livro Estude e Viva André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier   

AS CRISES SEM DOR

Fáceis de reconhecer as crises abertas.

Provação exteriorizada, dificuldade à vista.

Surgem, comumente, na forma de moléstias, desencantos, acidentes ou suplícios do coração, atraindo o concurso espontâneo das circunstantes a que se escoram as vítimas, vencendo, com serenidade e valor, tormentosos dias de angústia, como quem atravessa, sem maiores riscos, longos túneis de aflição.

Temos, porém, calamitosas crises sem dor, as que se escondem sob a segurança de superfície:

         - quando nos acomodamos com a inércia, a pretexto de haver trabalhado em demasia...

         - nas ocasiões em que exigimos se nos faça o próximo arrimo indébito no jogo da usura ou no ataque da ambição...

         - qualquer que seja o tempo em que venhamos a admitir nossa pretensa superioridade sobre os demais...

         - sempre que nos julguemos infalíveis, ainda mesmo em desfrutando as mais elevadas posições nas trilhas da Humanidade...

         - toda vez que nos acreditemos tão supostamente sábios e virtuosos que não mais necessitemos de avisos e corrigendas, nos encargos que nos são próprios...

Sejam quais sejam os lances da existência em que nos furtemos deliberadamente aos imperativos da auto – educação ou de auxílio aos semelhantes, estamos em conjuntura perigosa na vida espiritual, com a obrigação de esforçar-nos, intensamente, para não cair em mais baixo nível de sentimento e conduta.

Libertemo-nos dos complexos de avareza e vaidade, intransigência e preguiça que nos acalentam a insensibilidade, a ponto de não registrarmos a menor manifestação de sofrimento, porquanto, de modo habitual, é através deles que se operam, em nós e em torno de nós, os piores desastres do espírito, seja pela fuga ao dever ou pela queda na obsessão.


Livro Estude e Viva, André Luiz. Psicografia de Francisco C. Xavier   

ANTES DOS FATOS A INTENÇÃO

O ato de rebeldia e dureza, antes de manifestar-se em maligna agitação, transforma o templo da alma em foco de lixo vibratório.

A palavra precipitada e ferina, antes de ferir o ouvido alheio, entenebrece os processos mentais do seu autor, com a sombra da invigilância.

A queixa, embora aparentemente justa, antes de parasitar o equilíbrio do próximo, vicia as intenções mais íntimas do seu portador.

A opinião estagnada e orgulhosa, antes de acabrunhar o interlocutor, cristaliza as possibilidades de atualização e aperfeiçoamento de quem a manifesta.

O hábito lamentável, superficialmente comum, antes de sugerir a trilha da frustração ao vizinho, aprisiona quem o cultiva em malhas invisíveis de lodo e sombra.

A repetição deliberada de um erro, antes de dilapidar a reputação do delinqüente, intoxica-lhe a vontade e solapa-lhe a segurança.

A grande ação delituosa, antes de exteriorizar-se para o conhecimento de todos, é precedida por pequenas ações infelizes, ocultas nos propósitos escusos daquele que a perpetra.

O desculpismo improcedente, antes de ser vã tentativa de iludir os outros, constitui a realização efetiva da ilusão naquele que o promove.

Antes de agirmos, mentalizamos a ação.

Antes de atuarmos na vida exterior, atuamos em nossa vida profunda.

Antes de sermos bons ou maus para todos, somos bons ou maus para nós mesmos.

Guarde certeza dessas realidades.

Antes de colher o sorriso da felicidade que esperamos através dos outros, é preciso vivermos o bem desinteressado e puro que fará felizes aqueles que nos farão felizes por nossa vez.

André Luiz De Estude e Viva, de Francisco Cândido Xavier André Luiz

DANOS INDIRETOS QUE CAUSAMOS PARA OS OUTROS

Ostensivamente, não teremos, prejudicado a qualquer pessoa.

Do ponto de vista do acatamento à segurança geral, carregamos a alma tranqüila.

Quantos de nós, porém, estaremos livres de remorso pelos danos indiretos que tenhamos causado?

Não subtraímos dinheiro à bolsa do próximo; entretanto, se caímos inadvertidamente em pessimismo, comunicando desânimo aos companheiros, afastamo-los de oportunidades preciosas, no terreno de vantagens corretas, com as quais talvez minorassem muitas das grandes necessidades que nos rodeiam.

Não preterimos o direito de nossos irmãos nas atividades profissionais a que se afeiçoam, mas se nos prendemos com apego indébito e enfermiço a algum ou a alguns deles, desencorajando-lhes qualquer impulso à renovação, acabamos por impedir-lhes o acesso a encargos superiores, nos quais teriam efetuado maior prestação de serviço em apoio da Humanidade.

Não roubamos a alegria dos semelhantes; todavia, se entramos em desespero, sempre injustificável, instilamos desalento e amargura naqueles que mais amamos, aniquilando-lhes a coragem.

Não traímos a ordem, mas toda vez que desertamos, sem claro motivo, do dever que nos cabe, estragamos a confiança naqueles que nos procuram ação ou cooperação, frustrando, de algum modo, a harmonia de que carecem na sustentação da própria tranqüilidade.

Ninguém é trazido a viver, sentir, imaginar e raciocinar para ocultar-se.

Cada um de nós permanece no lugar exatos, a fim de realizar o melhor que pode.

Efetivamente, somos responsáveis pelo mal que praticamos e pelo bem que deixamos de fazer, sempre que dispomos de recursos para fazê-lo.

E ao lado das culpas que trazemos por ofensas declaradas ou por omissões em serviço, temos ainda as que nascem dos golpes duplos que desferimos, sobre os quais raramente meditamos: — aqueles do mal que causamos aos outros, depois de causá-lo a nós.

Livro Estude e Viva, André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier   

OS BENFEITORES E AS BÊNÇÃOS

Confiemos nos benfeitores e nas bênçãos que nos enriquecem os dias, sem no entanto, esquecer as  próprias obrigações, no aproveitamento do amparo que nos ofertam.

Pais abnegados da Terra, que nos propiciam o ensejo da reencarnação, por muito se façam servidores de nossa felicidade, não nos retiram da experiência de que somos carecedores.

Mestres que nos arrancam às sombras da ignorância, por muito carinho nos dediquem, não nos isentam do aprendizado.

Amigos que nos reconfortam na travessia dos momentos amargos, por mais nos estimem, não nos carregam a luta íntima.

Cientistas que nos refazem as forças, nos dias de enfermidade, por mais que nos amem, não usam por nós a medicação que as circunstâncias nos aconselham.

Instrutores da alma que nos orientam a viagem de elevação, por muito nos protejam, não nos suprimem o suor da subida moral.

Ninguém vive sem a cooperação dos outros.

Encontramo-nos, porém, à frente do amor de que todos somos necessitados, assim como o vegetal, diante do apoio da Natureza.

A planta não se cria sem ar, não medra sem sol, não dispensa o auxílio da terra e não prospera sem água, mas deve produzir por si mesma.

Assim também, no reino do espírito.

Todos temos problemas reclamando o concurso alheio, mas ninguém pode forjar a solução do esforço para o bem que depende exclusivamente de nós.

De "Estude e Viva", de Francisco Cândido Xavier - André Luiz  

UM LUGAR PARA ELA A CARIDADE

Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas;

fora dela a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão.

Entretanto, é necessário que a caridade lhe comande as manifestações para que o esclarecimento não se torne fogo devorador nas plantações da esperança.

Todos nós precisamos da justiça, porque a justiça é a lei, em torno de situações, pessoas e coisas:

fora dela, a iniqüidade é capaz de premiar o banditismo, em nome do poder.

Entretanto, é necessário que a caridade lhe presida as manifestações para que o direito não se faça intolerância, impedindo a recuperação das vítimas do mal.

Todos nós precisamos da lógica, porque a lógica é a razão em si mesma, em torno de situações, pessoas e coisas;

fora dela, a paixão é capaz de gerar crime, à conta de sentimento.

Entretanto, é necessário que a caridade lhe inspire as manifestações,para que o discernimento não se converta em vaidade, obstruindo os serviços da educação.

Todos nós precisamos da ordem, porque a ordem é a disciplina, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela.

O capricho é capaz de estabelecer a revolta destruidora, sob a capa dos bons intentos.

Entretanto, é necessário que a caridade lhe oriente as manifestações para que o método não se transforme em orgulho, aniquilando as obras do bem.


Cultivemos a verdade, a justiça, a lógica e a ordem, buscando a caridade e reservando, em todos os nossos atos, um lugar para ela, porquanto a caridade é a força do amor e o amor é a única força com bastante autoridade para sustentar-nos a união fraternal, sob a raiz sublime da vida, que é Deus.

É por isso que Allan Kardec, cônscio de que restaurava o Evangelho do Cristo para todos os climas e culturas da Humanidade, inscreveu nos pórticos do Espiritismo a divisa inolvidável, destinada a quantos lhe abraçam as realizações e os princípios:

- Fora da caridade não há salvação.

livro Estude e Viva, André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier

NAS CRISES DE DIREÇÃO NÓS PODEMOS ORAR

É muito fácil desinteressar-nos dos aspectos menos agradáveis do serviço necessário à preservação da verdade e do bem.

Isso acontece, principalmente, quando as conseqüências não nos dizem respeito.

Se não temos a obrigação de inspecionar as deficiências da estrada, muito de raro em raro nos incomodamos com a brecha deixada pelo aguaceiro na base do viaduto.

Não sucede, porém, o mesmo com os responsáveis que desdobrarão esforços para remover o perigo.

Assim também no cotidiano.

Queremos tranqüilidade; no entanto, surgem riscos à frente.

Somos pais... e acordamos junto de filhos carentes de amparo em forma de advertência;

orientamos empresas... e verificamos omissões, ante as quais o silêncio seria apoio ao desastre;

exercemos funções educativas... e somos defrontados por ocorrências que comprometem a segurança da escola;

administramos instituições de interesse geral... e encontramos falhas que não será lícito desdenhar com displicência, sob pena de aprovarmos a influência das trevas...

São esses momentos mais dolorosos para os que receberam encargo de velar por alguém ou alguma comunidade.

Nesses trechos periclitantes do trabalho a fazer, somos frequentemente impelidos à deserção;

entretanto, comandante algum é trazido a conduzir um navio a fim de abandoná-lo ao sabor das ondas, em momentos difíceis.

Que fazer, todavia, nas crises inevitáveis, quando é preciso apontar e retificar, esclarecer e definir?

Nesses duros problemas, uma solução aparece, luminosa e reconfortante: nós podemos orar.

Quando te encontre em obstáculos desse matiz, não censures os companheiros que passam despreocupados, ante as lutas com que arrostas e nem te acomodes com o mal, sob pretexto de lealdade à harmonia.

Ora sempre, fiel ao bem da verdade e à verdade do bem, ainda mesmo que todas as circunstâncias te contrariem.

Através da prece, dar-te-á o Senhor a força justa com a medida adequada e apalavra precisa no rumo certo.

Assim será sempre, porque, se a criatura dirige, Deus guia.

Manejamos a vida, mas a vida é de Deus.



Livro Estude e Viva, André Luiz. Psicografia de Francisco C. Xavier

O SOCORRO E A SOLUÇÃO QUE DEUS OFERECE

Aflições, crises, provas, tentações!...

Quantas vezes terás procurado sofregamente o primeiro e seguro passo para sair delas!

Entretanto, uma alavanca mental existe, capaz de soerguer-te de qualquer prostração, desde que te disponhas a manejá-la.

Antes de tudo, porém, é forçoso te desvencilhes de qualquer pensamento de derrotismo e inconformidade.

Não importa hajas atravessado penosos desenganos, onde se te concentravam todas as esperanças...

Não importa te vejas à margem dos melhores amigos, de espírito relegado à incompreensão...

Não importa que ciclones de sofrimentos te hajam varrido os escaninhos da alma, arrebatando-te temporariamente o incentivo de trabalho e a alegria de viver...

Não importa estejas sob as conseqüências amargas dos erros cometidos...

Não importa que a maioria te menospreze as opiniões, lançando-te ao descrédito...

Não importa que a injúria te haja situado na faixa do desencanto...

Não importa que altos prejuízos te imponham espinhosos recomeços...

Não importa que dificuldades inúmeras se acumulem ao redor de teus passos, impelindo-te o coração a complicados labirintos...

Importa que te levantes em espírito,

que aceites o impositivo do próprio reajuste para o equilíbrio perfeito,

que te esqueças do mal, consagrando-te ao serviço do bem,

e que abençoes todas as circunstâncias da vida...

Feito isso, por mais escabroso que seja o problema ou mais dolorosa a provação, se acionas a alavanca da fé viva no Sábio e Amoroso Poder que dirige o Universo, perceberás, de inesperado, que Deus te oferece socorro e solução.

EMMANUEL - De “Mãos Unidas”, de Francisco Cândido Xavier

O SERVIÇO DO BOM É O LUGAR DO SOCORRO

Estará você sofrendo desencantos...

Varando enormes dificuldades...

Suportando empeços com os quais você não contava...

O trabalho em suas mãos, muitas vezes se lhe afigura um fardo difícil de carregar...

Falham recursos previstos...

Contratempos se seguem uns aos outros...

Tribulações de entes amados lhe martelam a resistência...

A enfermidade veio ao seu encontro...

Entretanto, prossiga agindo e cooperando, em favor dos outros.


Não interrompa os seus passos, no serviço do bem, porque justamente na execução dos seus próprios encargos é que os mensageiros de Deus encontrarão os meios de trazerem a você o socorro preciso.

ANDRÉ LUIZ -  livro Aulas da Vida. Psicografia de Francisco Cândido Xavier

OS DIAS DIFÍCEIS QUE SE FORAM

Nos dias difíceis, reflete nos outros dias difíceis que já se foram.

Depois de atravessados transes e lutas que supunhas insuperáveis, não soubeste explicar a ti mesmo de que modo os venceste e de que fontes hauriste as forças necessárias para te sustentares e refazeres, durante e depois das refregas sofridas. 

Viste a doença no ente amado assumir gravidade estranha e sem que lograsses penetrar o fenômeno em todos os detalhes, surgiu a medicação ou a providência ideais que a arrebataram da morte.

Experimentaste a visitação do desânimo, à frente dos obstáculos que te gravaram a vida, mas sem que te desses conta do amparo recebido, largaste o desalento das trevas e regressaste à luz da esperança.

Crises do sentimento que se te afiguravam invencíveis, pelo teor de angústia com que te alcançaram o imo da alma, desapareceram como por encanto sem que conseguisses definir a intervenção libertadora que te restituiu à tranqüilidade.

Sofreste a ausência de seres imensamente queridos, chamados pela desencarnação, por tarefas inadiáveis, a outras faixas de experiência.

No entanto, sem que despendesses qualquer esforço, outras almas abençoadas apareceram, passando a nutrir-te o coração com edificante apoio afetivo.

Tudo isso, entretanto, sucedeu porque persististe na fé, aguardando e confiando, trabalhando e servindo, sem te entregares à deserção ou à derrota, ofertando ensejo à Bondade de Deus para agir em teu benefício.

Nas dificuldades em andamento, considera as dificuldades que já venceste e compreenderás que Deus, cujo infinito amor te sustentou ontem, sustentará também hoje.

Para isso, porém, é imperioso permanecermos fiéis ao cumprimento de nossas obrigações, de vez que a paciência, no centro delas, é o dom de esperar por Deus, cooperando com Deus sem atrapalhar.

EMMANUEL - Livro: Rumo certo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

A FORÇA DO COMPANHEIRO INVISÍVEL

Quando atravesses um instante considerado terrível, na jornada redentora da Terra, recorda que o desespero é capaz de suprimir-te a visão ou barrar-te o caminho.

Para muitos, esse minuto estranho aparece na figura da enfermidade;

para outros, na forma da cinza com que a morte lhes subtrai temporariamente o sorriso de um ente amado.

Em muitos lugares, guarda a feição de crise espiritual, aniquilando a esperança;

e, em outros ainda, ei-lo que surge por avalanche de provas encadeadas, baldando a energia.

Ninguém escapa aos topes de luta, que diferem para cada um de nós, segundo os objetivos que procuramos nas conquistas do Espírito.

Esse jaz atormentado de tentações, aquele padece abandono, aquele outro chora oportunidades perdidas e mais outro lamenta os desenganos da própria queda.

Se chegaste a instante assim, obscurecido por nuvens de lágrimas, arrima-te à paciência, ouve a fé, aconselha-te com a reflexão e medita com a serenidade, mas não procures a opinião de esmorecimento.

Desanimo é fruto envenenado da ilusão que alimentamos a nosso respeito.

Ele nos faz sentir pretensamente superiores a milhares de irmãos que, retendo qualidades não menos dignas que as nossas, carregam por amor fardos de sacrifício, dos quais diminutas parcelas nos esmagariam os ombros.

Venha o desanimo como vier, certifica-te de que a forma ideal para arredar-lhe a sombra será compreender, auxiliar e servir sempre.

Guardes o coração conturbado ou ferido, magoado ou desfalecente, serve em favor dos que te amparem ou desajudem, entendam ou caluniem.

Ainda que todos os apoios humanos te falhem de improviso, nada precisas temer.

Tens contigo, à frente e à retaguarda, à esquerda e à direita, a força do companheiro invisível que te resolve os problemas sem perguntar,

e que te provê com todos os recursos indispensáveis à paz e à sustentação de teus dias.

Ele que ama, trabalha e serve sem descanso, espera que ames, trabalhes e sirvas quanto possas.

Sem que o saibas, ele te acompanha os pequeninos progressos e se regozija com os teus mais íntimos triunfos, assegurando-te tranqüilidade e vitória.

Ele que te salvou ontem, salvará também hoje.

Em qualquer tempo, lugar, dia ou circunstancia, em que te sintas à beira da queda na tentação ou na angustia, chama por Ele.

Ele te atenderá pelo nome de Deus.

Livro : “Rumo Certo” – Chico Xavier – Emmanuel

NOS MOMENTOS GRAVES DEUS TE SUSTENTARÁ

Diante de alguma desilusão que te impulsione a perder o incentivo para o trabalho...

Diante da incerteza que te visite, apontando-te as tentações e riscos que te ameacem...

Diante de mudanças imprevistas que te obriguem a pensar e a deliberar sem a escora de afetos com os quais já não contas...

Diante da crítica destrutiva que te induza a desistir de cooperar na oficina do bem...

Diante de seres queridos que te deixem a sós, sem comiseração por tua sede e necessidade de companhia...

Diante de palavras impensadas, partidas de pessoas estimáveis que te façam mergulhar no poço da amargura...

Diante do corpo doente e abatido que te lance o pensamento no deserto da tristeza e da insegurança...

Quando a morte reduzir ao silencio a voz daqueles que se te fazem queridos...

Quando qualquer sofrimento te abale os recessos da própria alma, entrega-te à fé,
refugia-te em Deus,
pensa em Deus,
confia em Deus
e espera por Deus,

porque, acima de todas as tempestades e quedas, tribulações e desenganos Deus te sustentará.

Da Obra “Confia E Segue” – Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier

AOS ENFRAQUECIDOS NA LUTA

Almas enfraquecidas, que tendes, muitas vezes, sentido sobre a fronte o sopro frio da adversidade, que tendes vertido muito pranto nas jornadas difíceis, em estradas de sofrimento, buscai na fé os vossos imperecíveis tesouros.

Bem sei a intensidade de vossa angústia e sei da vossa resistência ao desespero.

Ânimo e coragem!

No fim de todas as dores, abre-se uma aurora de ventura imortal;

dos amargores experimentados, das lições recebidas, dos ensinamentos conquistados à custa de insano esforço e de penoso labor, tece a alma a sua auréola de imortalidade luminosa;

eis que os túmulos se quebram e da paz, além das cinzas e das sombras dos jazigos, emergem as vozes comovedoras dos supostos mortos.

Escutai-as!...

Elas vos dizem da felicidade do dever cumprido, dos tormentos da consciência culpada, das obrigações que nos fazem necessárias.

Orai, trabalhai e esperai.

Palmilhai todos os caminhos da prova com destemor e serenidade.

As lágrimas que dilaceram, as mágoas que pungem, as desilusões que fustigam o coração, constituem elementos atenuantes das nossas imperfeições no Tribunal Augusto, onde pontifica o mais justo, magnânimo e íntegro dos juízes.

Sofrei e confiai que o silêncio da morte é o ingresso em outra vida, onde todas as ações estão contadas e gravadas com as menores expressões nos nossos pensamentos.

Amai muito, embora com amargos sacrifícios, porque o amor é a única moeda que assegura a paz e a felicidade no Universo.

EMMANUEL - Livro: Visão Nova - Francisco Cândido Xavier

O CONFORTO ESPIRITUAL

Freqüentemente, as organizações religiosas e, mormente as espiritistas, na atualidade estão repletas de pessoas ansiosas por um conforto.

De fato, a elevada Doutrina dos Espíritos é a divina expressão do Consolador Prometido.

Em suas atividades resplendem caminhos novos para o pensamento humano, cheios de profundas consolações para os dias mais duros.

No entanto, é imprescindível ponderar que não será justo querer alguém confortar-se, sem se dar ao trabalho necessário...

Muitos pedem amparo aos mensageiros do plano invisível; mas como recebê-lo, se chegaram ao cúmulo de abandonar-se ao sabor da ventania impetuosa que sopra, de rijo, nos resvaladouros dos caminhos?

Conforto espiritual não é como o pão do mundo, que passa, mecanicamente, de mão em mão, para saciar a fome do corpo,

mas, sim, como o Sol, que é o mesmo para todos, penetrando, porém, somente nos lugares onde não se haja feito um reduto fechado para as sombras.

Os discípulos de Jesus podem referir-se às suas necessidades de conforto.

Isso é natural.

Todavia, antes disso, necessitam saber se estão servindo ao Mestre e seguindo-o.

O Cristo nunca faltou às suas promessas.

Seu reino divino se ergue sobre consolações imortais; mas, para atingi-lo, faz-se necessário seguir-lhe os passos e ninguém ignora qual foi o caminho de Jesus nas pedras deste mundo.

Francisco Cândido Xavier - Caminho, Verdade e Vida - Espírito Emmanuel

A MENSAGEM DE CONFORTO

Quando você se observar , à beira do desânimo , acelere o passo para frente , proibindo-se parar.

Ore , pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.

Faça algo de bom , além do cansaço em que se veja.

Leia uma página edificante , que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de idéias.

Tente contato de pessoas , cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.

Procure um ambiente , no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.

Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando.

Visite um enfermo , buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas.

Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.

Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante , através de problemas e lutas , na aquisição de experiência , e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças , mas não se acomoda com a inércia em momento algum.

 obra Busca e Acharás – ANDRÉ LUIZ – FRANCISCO C.XAVIER

AS VOZES DO CONSOLADOR

O vós que andais à espera da ventura,
O coração cruciado de amargores,
Aluviões de peitos sofredores
Sobre a Terra, na estrada negra e dura

Tolerai vosso dia de tortura,
Pois nos cadinhos purificadores
Dos caminhos da penas e das dores,
A fé de todo o espírito se apura!...

Chorai na vossa senda de esperança,
Na ânsia de amor, de paz e de bonança,
Entre os sonhos das noites dolorosas.

Chorai que as vossas lágrimas divinas
São clarões de alvoradas peregrinas,
Estrelando as estradas tenebrosas.

CRUZ E SOUZA - Livro: LIRA IMORTAL - Francisco Cândido Xavier

CONSOLAI OS FLAGELADOS E DESILUDIDOS

Se eu pudesse, diria eternamente,
Aos flagelados e desiludidos,
Que sobre a Terra os grandes bens perdidos
São a posse da luz resplandecente.

A dor mais rude, a mágoa mais pungente,
Os soluços, os prantos, os gemidos,
Entre as almas são louros repartidos
Muito longe da Terra impenitente.

Oh! Se eu pudesse, iria em altos brados
Libertar corações escravizados
Sob o guante de enigmas profundos!

Mas, dizei-lhes, ó vós que estais na Terra,
Que a luz espiritual da dor encerra
A ventura imortal dos outros mundos!

Antero de Quental - Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

IMPERIO DA FRATERNIDADE E DA SOLIDARIEDADE

Não exijas, inconseqüentemente, que os outros te dêem isso ou aquilo, como se o amor fosse artigo de obrigação.

Muitos falam de justiça social nas organizações terrestres, centralizando interesse e visão exclusivamente em si próprios, qual se os outros não fossem gente viva, com aspirações e lutas, alegrias e dores iguais às nossas.

Como entender aqueles que nos compartilham a estrada, sem largarmos a carapaça das vantagens pessoais, a fim de penetrar-lhes o coração?

Efetivamente, não possuímos fortuna capaz de suprimir-lhes todos os problemas de ordem material e nem as leis do Universo conferem a alguém o poder de atravessar por nós o dédalo das provas de que somos carecedores;

entretanto, podemos empregar verbo e atitude, olhos e ouvidos, pés e mãos, de maneira constante, na obra do entendimento.

Inicia-te no apostolado da confraternização, meditando nas dificuldades aparentemente insignificantes de cada um, se nutres o desejo de auxiliar.

Não reclames contra o verdureiro, que não te reservou o melhor quinhão, atarantado, qual se encontra, no serviço, desde os primeiros minutos do amanhecer;

endereça um pensamento de simpatia para a lavadeira, cujos olhos cansados não te viram a nódoa na roupa;

considera o funcionário que te serve, apressado ou inseguro, por alguém de idéia pressa a tribulações no recinto doméstico;

aceita o amigo que te não pode atender numa solicitação como sendo criatura algemada a compromissos que desconheces;

escuta os companheiros de ânimo triste, como quem se sabe também suscetível de adoecer e desanimar-se;

interpreta o colega irritado por enfermo a rogar-te os medicamentos da tolerância;

cala o apontamento desairoso, em torno daqueles que ainda não se especializaram em conversar com o primor da gramática;

não te ofendas com o gesto infeliz do obsidiado, que transita na rua, sob a feição de pessoa equilibrada e sadia...

Todos sonhamos com o império da fraternidade, todos ansiamos por ver funcionando, vitoriosa, a solidariedade entre todos os seres, na exaltação dos mais nobres princípios da Humanidade...

Quase todos, porém, aguardamos palácios e milhões, títulos e honrarias ,para contribuir, de algum modo, na grande realização, plenamente esquecidos de que um rio se compõe de fontes pequenas e que nenhum de nós, no que se refere a fazer o melhor, em louvor do bem, deve esperar o amanhã para começar.

livro Estude e Viva de Emmanuel psicografia de Francisco Cândido Xavier.

CONSCIÊNCIA E CONVENIÊNCIA

As boas soluções nem sempre são as mais fáceis e as manifestações  corretas nem sempre as mais agradáveis.

A trilha do acerto exige muito mais as normas do esforço maior que  as saídas circunstanciais ou os atalhos do oportunismo.

Nos mínimos atos, negócios, resoluções ou empreendimentos que você  faça, busque primeiro a substância "post-mortem" de que se reveste,  porquanto, sem ela, seu tentame será superficial e sem conseqüências  produtivas para o seu espírito.

Hoje como ontem, a criatura supõe-se em caminho tedioso tão-só  quando lhe falta alimento espiritual aos hábitos.

Alegria que dependa das ocorrências do terra-a-terra não tem  duração.

Alegria real dimana da intimidade do ser.

Não há espetáculo externo de floração sem base na seiva oculta.

Meditação elevada, culto à prece, leitura superior e conversação  edificante constituem adubo precioso nas raízes da vida.

Ninguém respira sem os recursos da alma.

Todos carecemos de  espiritualidade para transitar no cotidiano, ainda que a espiritualidade  surja para muitos, sob outros nomes, nas ciências psicológicas de hoje que  se colocam fora dos conceitos religiosos para a construção de edifícios  morais.

À vista disso, criar costumes de melhoria interior significa  segurança, equilíbrio, saúde e estabilidade à própria existência.

Debaixo de semelhante orientação, realmente não mais nos será  possível manter ambigüidade nas atitudes.

Em cada ambiente, a cada hora, para cada um de nós, existe a  conduta reta, a visão mais alta, o esforço mais expressivo, a porta mais  adequada.

Atingido esse nível de entendimento, não mais é lícita para nós a  menor iniciativa que imponha distinção indevida ou segregação lamentável,  porque a noção de justiça nos regerá o comportamento, apontando-nos o dever  para com todos na edificação da harmonia comum.

Estabelecidos por nós, em nós mesmos, os limites de consciência e  conveniência, aprendemos que felicidade, para ser verdadeira, há de guardar  essência eterna.

Constrangidos a encontrar a repercussão de nossas obras, além do  plano físico, de que nos servirá qualquer euforia alicerçada na ilusão?         

De que nos vale o compromisso com as exterioridades humanas, quando  essas exterioridades não se fundamentam em nossas obrigações para com o bem  dos outros, se a desencarnação não poupa a ninguém?         

Cogitemos de felicidade, paz e vitória, mas escolhamos a estrada  que nos conduza a elas sob a luz das realidades que norteiam a vida do  Espírito, de vez que receberemos de retorno, na aduana da morte, todo o  material que despachamos com destino aos outros, durante a jornada  terrestre.

Não basta para nenhum de nós o contentamento de apenas hoje.

É preciso saber se estamos pensando, sentindo, falando e agindo para que o  nosso regozijo de agora seja também regozijo depois.

Estude e Viva, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, André Luiz 

TRÊS CONCLUSÕES PARA A CONSCIÊNCIA

O tempo concedido ao Espírito para uma reencarnação, por mais longo, é sempre curto, comparado com o serviço que somos chamados a realizar. Importante, assim o aproveitamento das horas.

Meditemos no gasto excessivo de forças em que nos empenhamos levianamente no trato com assuntos da repartição de outrem.

Quantos milhares de minutos e de frases esbanjamos por década, sem a mínima utilidade, ventilando temas e questões que não nos dizem respeito?

Para conjurar essa perda inútil, reflitamos em três conclusões de interesse fundamental.

O que os outros pensam – Aquilo que os outros pensam é idéia deles.

Não podemos usufruir-lhes a cabeça para imprimir-lhes as interpretações que são capazes diante da vida.

Um indígena e um físico contemplam a luz, mantendo conceitos absolutamente antagônicos entre si.

Acontece o mesmo na vida moral.

Precisamos nutrir o cérebro de pensamentos limpos, mas não está em nosso poder exigir que os semelhantes pensem como nós.

O que os outros falam – A palavra dos amigos e adversários, dos conhecidos e desconhecidos, é criação verbal que lhes pertence.

Expressam-se como podem e cometem as ocorrências do dia-a-dia com sentimentos dignos ou menos dignos de que são portadores.

Efetivamente, é dever nosso cultivar a conversação criteriosa; contudo, não dispomos de meios para interferir na manifestação pessoal dos entes que nos cercam, por mais caros nos sejam.

O que os outros fazem – A atividade dos nossos irmãos é fruto de escolha e resoluções que lhes cabe.

Sabemos que a Sabedoria Divina não nos criou para cópias uns dos outros. Cada consciência é domínio à parte.

As criaturas que nos rodeiam decerto que agem com excelentes intenções, nessa ou naquela esfera de trabalho, e, se ainda não conseguem compreender o mérito da sinceridade e do serviço ao próximo, isso é problema que lhes pertence e não a nós.

Fácil deduzir que não podemos fugir da ação nobilitante, a benefício de nós mesmos, mas não nos compete impor nas decisões alheias, que o próprio Criador deixa livres.

À vista disso, cooperemos com os outros e recebamos dos outros o auxílio de que carecemos, acatando a todos, mas sem perder tempo com o que possam pensar, falar e fazer.

Em suma, respeito para os outros e obrigação para nós.

livro Estude e Viva, André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier

INFLUENCIAÇÕES ESPIRITUAIS SUTIS

Sempre que você experimente um estado de espírito tendente ao derrotismo, perdurado há várias horas, sem causa orgânica ou moral de destaque, avente a hipótese de uma influenciação espiritual sutil.

Seja claro consigo para auxiliar os Mentores Espirituais a socorrer você.

Essa é a verdadeira ocasião de humildade, da prece, do passe.

Dentre os fatores que mais revelam essa condição da alma, incluem-se:

dificuldade de concentrar idéias em motivos otimistas;

ausência de ambiente íntimo para elevar sentimentos em oração ou concentrar-se em leitura edificante;

indisposição inexplicável, tristeza sem razão aparente e pressentimentos de desastres imediatos;

aborrecimentos  imanifestos  por  não  encontrar  semelhantes  ou  assuntos sobre quem ou o que descarregá-los;

pessimismos sub-reptícios, irritações surdas, queixas, exageros de sensibilidade e aptidão  a condenar quem  não tem culpa;

interpretação forçada de fatos e atitudes suas ou dos outros, que você sabe não corresponder à realidade;

hiperemotividade ou depressão raiando na iminência de pranto;

ânsia de investir-se no papel de vítima ou de tomar uma posição absurda de automartírio;

teimosia em não aceitar, para você mesmo, que haja influenciação espiritual para consigo, mas passados minutos ou horas do acontecimento, vêm-lhe a mudança de impulsos, o arrependimento, a  recomposição do tom mental e, não raro, a constatação de que é tarde para desfazer o erro consumado.

São sempre acompanhamentos discretos e  eventuais  por parte do desencarnado  e  imperceptíveis  ao  encarnado pela finura do processo.

O  Espírito  pode  estar  tão  inconsciente de seus atos que os efeitos negativos se fazem sentir como se fossem desenvolvidos pela própria pessoa.

Quando o influenciador é consciente, a ocorrência  é  preparada com antecedência e meticulosidade,  às vezes, dias e semanas antes do sorrateiro assalto, marcado para a oportunidade de encontro em perspectiva, conversação, recebimento de carta clímax de negócio ou crise imprevista de serviço.

Não se sabe o que tem causado maior dano à Humanidade: se as obsessões espetaculares, individuais e coletivas, que todos percebem e ajudam a desfazer ou isolar, ou se essas meio-obsessões de quase obsidiados, despercebidas, contudo bem mais frequentes, que minam as energias de uma só criatura incauta, mas influenciando o roteiro de legiões de outras.

Quantas desavenças, separações e fracassos não surgem assim?

Estude em sua existência se nessa última quinzena você não esteve em alguma circunstância com características de influenciação espiritual sutil. 

Estude e ajude a você mesmo.

Estude e Viva, de Francisco Cândido Xavier - André Luiz)

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