SEMEANDO CONHECIMENTO

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"MAS, TENDO SIDO SEMEADO, CRESCE." Jesus. (Marcos, 4:32.)


MINHAS PESQUISAS : TRABALHADORES PARA DESOBSESSÃO

FORMAÇÃO DO MÉDIUM TRABALHADOR OU TAREFEIRO

O CENTRO ESPIRITA

MEDIUNIDADE

PRÁTICA MEDIUNICA

O MÉDIUM ESPÍRITA

A FORMAÇÃO DO MEDIUM ESPIRITA

OS MENTORES ESPIRITUAIS

O TRABALHO DO MÉDIUM NO CENTRO ESPIRITA

PERTURBAÇÃO OU OBSESSÃO ?

Na experiência terrestre, surge sempre um instante em que indagamos de nós mesmos em que ponto nos achamos, quanto ao desajuste espiritual; e, se não estamos afundados em plena desarmonia, muitas vezes identificamo-nos em perturbação evidente. Isso porque, observado o princípio de que ninguém existe absolutamente impassível, temos a vida sentimental permanentemente ameaçada por desafios exteriores, em forma de episódios ou informes desagradáveis que se nos erigem por medida de equilíbrio e resistência, na luta moral que somos chamados a travar, na área de nossas atividades, em favor do próprio burilamento.
Se à frente desse ou daquele sucesso menos feliz, costumamos esquecer, sistematicamante, paciência e conformação, entendimento e serenidade, então é preciso estabelecer o intervalo para reflexão, nos mecanismos da mente, a fim de que venhamos a fazes em nós mesmos as retificações necessárias. Em tais lances do cotidiano, quase sempre somos impelidos a pensar em obsessão, supondo-nos vítimas de entidades vampirizantes. O problema, porém, não se limita à influenciação espiritual dos adversários que se nos encrava na onda psíquica, mas, principalmente, diz respeito à nós mesmos. Em muitas situações e circunstâncias das existências passadas, caímos em fundos precipícios de ódio e vingança, desespero e criminalidade, operando em largas faixas de tempo contra nós próprios, comprometendo-nos o destino; daí nasce o imperativo das experiências regenerativas e amargas que se nos fazem indispensáveis, qual ocorre ao aluno que se atrasou na escola, necessitado de novo exame, nas provas da repetência.
À vista de semelhantes considerações, toda vez que o sentimento se nos desgoverne, procuremos assumir com segurança o leme do barco de nossos pensamentos, na maré de provações da existência, na paz da meditação e no silêncio da prece.
Através do auto-controle, vigiaremos a porta de nossas manifestações, barrando gestos e palavras desaconselháveis, e, com o auxílio da oração, faremos luz para entender o que há conosco, de maneira a impedir a própria queda em alienação e tumulto.
Atendamos constantemente a esse trabalho de auto-imunização mental, porque, junto ao imenso número de companheiros perturbados e obsidiados que enxameiam a Terra de hoje, em toda a parte, encontramos milhares de criaturas irmãs que estão quase às portas da obsessão. REF.: Mensagem extraída do livro "Alma e Coração" Francisco Cândido Xavier – Emmanuel


COMO RECONHECER A OBSESSÃO
a)    DOS MÉDIUNS
28ª Muitos médiuns reconhecem os bons e os maus Espíritos pela impressão agradável ou penosa que experimentam à aproximação deles. Perguntamos se a impressão desagradável, a agitação convulsiva, o mal-estar são sempre indícios da má natureza dos Espíritos que se manifestam?
"O médium experimenta as sensações do estado em que se encontra o Espírito que dele se aproxima. Quando ditoso, o Espírito é tranqüilo, leve, refletido; quando infeliz, é agitado, febril, e essa agitação se transmite naturalmente ao sistema nervoso do médium. Em suma, dá-se o que se dá com o homem na Terra: o bom é calmo, tranqüilo; o mau está constantemente agitado."
NOTA. Há médiuns de maior ou menor impressionabilidade nervosa, pelo que a agitação não se pode considerar como regra absoluta. Aqui, como em tudo, devem ter-se em conta as circunstâncias. O caráter penoso e desagradável da impressão é um efeito de contraste, porquanto, se o Espírito do médium simpatiza com o mau Espírito que se manifesta, nada ou muito pouco a proximidade deste o afetará.  REF.: O Livro dos Médiuns  CAPÍTULO XXIV  Da Identidade dos Espíritos  Item 268.


CAUSAS DA OBSESSÃO

a)    VINGANÇA
6. A morte, como sabemos, não nos livra dos nossos inimigos; os Espíritos vingativos perseguem, muitas vezes, com seu ódio, no além-túmulo, aqueles contra os quais guardam rancor; donde decorre a falsidade do provérbio que diz: "Morto o animal, morto o veneno", quando aplicado ao homem. O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas suas mais caras afeições. Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão. O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vingança, cujo motivo se encontra em existência anterior, e à qual o que a sofre deu lugar pelo seu proceder.  REF.: CAPÍTULO X - Bem-aventurados os que são misericordiosos – item 5

b)    INFERIORIDADE MORAL
245. As causas da obsessão variam, de acordo com o caráter do Espírito. E, às vezes, uma vingança que este toma de um indivíduo de quem guarda queixas da sua vida presente ou do tempo de outra existência. Muitas vezes, também, não há mais do que o desejo de fazer mal: o Espírito, como sofre, entende de fazer que os outros sofram; encontra uma espécie de gozo em os atormentar, em os vexar, e a impaciência que por isso a vítima demonstra mais o exacerba, porque esse é o objetivo que colima, ao passo que a paciência o leva a cansar-se. Com o irritar-se e mostrar-se despeitado, o perseguido faz exatamente o que quer o seu perseguidor. Esses Espíritos agem, não raro por ódio e inveja do bem; daí o lançarem suas vistas malfazejas sobre as pessoas mais honestas.
... Outros são guiados por um sentimento de covardia, que os induz a se aproveitarem da fraqueza moral de certos indivíduos, que eles sabem incapazes de lhes resistirem.
246. Há, Espíritos obsessores sem maldade, que alguma coisa mesmo denotam de bom, mas dominados pelo orgulho do falso saber. Têm suas idéias, seus sistemas sobre as ciências, a economia social, a moral, a religião, a filosofia, e querem fazer que suas opiniões prevaleçam. REF.: O Livro dos Médiuns  - CAPÍTULO XXIII - Da Obsessão

c)    IGNORÂNCIA
Examinei alguns casos torturantes de obsessão e possessão que me impressionaram, sobremaneira, pela quase completa ligação mental, entre verdugos e as vítimas.
É a terrível história viva dos crimes cometidos, em movimentação permanente. Os cúmplices e personagens desses dramas silenciosos e muita vez ignorados por outros homens, antecedendo os comparsas no caminho da morte, tornam amedrontados, ao convívio dos seus, em face das sinistras conseqüências com que se defrontam além do túmulo... Agarram-se instintivamente à organização magnética dos companheiros encarnados ainda na Crosta, viciando-lhes os centros de força, relaxando-lhes os nervos e abreviando o processo de extinção do tônus vital, porque tem sede das mesmas companhias junto às quais se lançaram em pleno abismo. Exibem sempre quadros tristes e escuros, onde se destaca a piedade de muitas almas redimidas que tornam do Alto em compassivos gestos de intercessão e socorro urgente. REF.: OVE CAP II PAG 31



·     OBSESSÃO

A OBSESSÃO
a)    DOMÍNIO
237. Entre os escolhos que apresenta a prática do Espiritismo, cumpre se coloque na primeira linha a obsessão, isto é, o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procuram dominar. Os bons Espíritos nenhum constrangimento infligem. Aconselham, combatem a influência dos maus e, se não os ouvem, retiram-se. Os maus, ao contrário, se agarram àqueles de quem podem fazer suas presas. Se chegam a dominar algum, identificam-se com o Espírito deste e o conduzem como se fora verdadeira criança.
A obsessão apresenta caracteres diversos, que é preciso distinguir e que resultam do grau do constrangimento e da natureza dos efeitos que produz. A palavra obsessão é, de certo modo, um termo genérico, pelo qual se designa esta espécie de fenômeno, cujas principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação. REF.: O Livro dos Médiuns  - CAPÍTULO XXIII - Da Obsessão



A OBSESSÃO
249. Os meios de se combater a obsessão variam, de acordo com o caráter que ela reveste. Não existe realmente perigo para o médium que se ache bem convencido de que está a haver-se com um Espírito mentiroso, como sucede na obsessão simples; esta não passa então, para ele, de fato desagradável. Mas, precisamente porque lhe é desagradável constitui uma razão de mais para que o Espírito se encarnice em vexá-lo. Duas coisas essenciais se têm que fazer nesse caso: provar ao Espírito que não está iludido por ele e que lhe é impossível enganar; depois, cansar-lhe a paciência, mostrando-se mais paciente que ele. Desde que se convença de que está a perder o tempo, retirar-se-á, como fazem os importunos a quem não se dá ouvidos.
Isto, porém, nem sempre basta e pode levar muito tempo, porquanto Espíritos há tenazes, para os quais meses e anos nada são. Além disso, portanto, deve o médium dirigir um apelo fervoroso ao seu anjo bom, assim como aos bons Espíritos que lhe são simpáticos, pedindo-lhes que o assistam. Quanto ao Espírito obsessor, por mau que seja, deve tratá-lo com severidade, mas com benevolência e vencê-lo pelos bons processos, orando por ele. Se for realmente perverso, a princípio zombará desses meios; porém, moralizado com perseverança, acabará por emendar-se. E uma conversão a empreender, tarefa muitas vezes penosa, ingrata, mesmo desagradável, mas cujo mérito está na dificuldade que ofereça e que, se bem desempenhada, dá sempre a satisfação de se ter cumprido um dever de caridade e, quase sempre, a de ter-se reconduzido ao bom caminho uma alma perdida. REF.: O Livro dos Médiuns - CAP XXIII - Da Obsessão


A FASCINAÇÃO
250. Apenas aborrecimento há, pois, e não perigo, para todo médium que não se deixe ludibriar, porque não poderá ser enganado. Muito diverso é o que se dá com a fascinação, porque então não tem limites o domínio que o Espírito assume sobre o encarnado de quem se apoderou. A única coisa a fazer-se com a vítima é convencê-la de que está sendo ludibriada e reconduzir-lhe a obsessão ao caso da obsessão simples. Isto, porém, nem sempre é fácil, dado que algumas vezes não seja mesmo impossível. Pode ser tal o ascendente do Espírito, que torne o fascinado surdo a toda sorte de raciocínio, podendo chegar até, quando o Espírito comete alguma grossa heresia científica, a pô-lo em dúvida sobre se não é a ciência que se acha em erro. Como já dissemos, o fascinado, geralmente, acolhe mal os conselhos; a crítica o aborrece, irrita e o faz tomar quizila dos que não partilham da sua admiração. Suspeitar do Espírito que o acompanha é quase, aos seus olhos, uma profanação e outra coisa não quer o dito Espírito, pois tudo o a que aspira é que todos se curvem diante da sua palavra. REF.: O Livro dos Médiuns - CAP XXIII - Da Obsessão

b)    FASCINAÇÃO
239. A fascinação tem conseqüências muito mais graves. E uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações. O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente.
A ilusão pode mesmo ir até ao ponto de o fazer achar sublime a linguagem mais ridícula. Fora erro acreditar que a este gênero de obsessão só estão sujeitas as pessoas simples, ignorantes e baldas de senso. Dela não se acham isentos nem os homens de mais espírito, os mais instruídos e os mais inteligentes sob outros aspectos, o que prova que tal aberração é efeito de uma causa estranha, cuja influência eles sofrem. Já dissemos que muito mais graves são as conseqüências da fascinação. Efetivamente, graças à ilusão que dela decorre, o Espírito conduz o indivíduo de quem ele chegou a apoderar-se, como faria com um cego, e pode levá-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a única expressão da verdade. Ainda mais, pode levá-lo a situações ridículas, comprometedoras e até perigosas.
Compreende-se facilmente toda a diferença que existe entre a obsessão simples e a fascinação; compreende-se também que os Espíritos que produzem esses dois efeitos devem diferir de caráter.
Na primeira, o Espírito que se agarra à pessoa não passa de um importuno pela sua tenacidade e de quem aquela se impacienta por desembaraçar-se. Na segunda, a coisa é muito diversa. Para chegar a tais fins, preciso é que o Espírito seja destro, ardiloso e profundamente hipócrita, porquanto não pode operar a mudança e fazer-se acolhido, senão por meio da máscara que toma e de um falso aspecto de virtude.  Os grandes termos - caridade, humildade, amor de Deus - lhe servem como que de carta de crédito, porém, através de tudo isso, deixa passar sinais de inferioridade, que só o fascinado é incapaz de perceber.  Por isso mesmo, o que o fascinador mais teme são as pessoas que vêem claro. Daí o consistir a sua tática, quase sempre, em inspirar ao seu intérprete o afastamento de quem quer que lhe possa abrir os olhos. Por esse meio, evitando toda contradição, fica certo de ter razão sempre. REF.: O Livro dos Médiuns CAPÍTULO XXIII



A SUBJUGAÇÃO
251. A subjugação corporal tira muitas vezes ao obsidiado a energia necessária para dominar o mau Espírito. Daí o tornar-se precisa a intervenção de um terceiro, que atue, ou pelo magnetismo, ou pelo império da sua vontade. Em falta do concurso do obsidiado, essa terceira pessoa deve tomar ascendente sobre o Espírito; porém, como este ascendente só pode ser moral, só a um ser moralmente superior ao Espírito é dado assumi-lo e seu poder será tanto maior, quanto maior for a sua superioridade moral, porque, então, se impõe àquele, que se vê forçado a inclinar-se diante dele. Por isso é que Jesus tinha tão grande poder para expulsar o a que naquela época se chamava demônio, isto é, os maus Espíritos obsessores.
Aqui, não podemos oferecer mais do que conselhos gerais, porquanto nenhum processo material existe, como, sobretudo, nenhuma fórmula, nenhuma palavra sacramental, com o poder de expelir os Espíritos obsessores. As vezes, o que falta ao obsidiado é força fluídica suficiente; nesse caso, a ação magnética de um bom magnetizador lhe pode ser de grande proveito. Contudo, é sempre conveniente procurar, por um médium de confiança, os conselhos de um Espírito superior, ou do anjo guardião. REF.: O Livro dos Médiuns - CAP XXIII - Da Obsessão

Ressalta do que fica dito um ensinamento de grande alcance: que as imperfeições morais dão azo à ação do Espíritos obsessores e que o mais seguro meio de a pessoa se livrar deles é atrair os bons pela prática do bem. Sem dúvida, os bons Espíritos têm mais poder do que os maus, e a vontade deles basta para afastar estes últimos; eles, porém, só assistem os que os secundam pelos esforços que fazem por melhorar-se, sem o que se afastam e deixam o campo livre aos maus, que se tomam assim, em certos casos, instrumentos de punição, visto que os bons permitem que ajam para esse fim. REF.: O Livro dos Médiuns  - CAPÍTULO XXIII - Da Obsessão

SUBJUGAÇÃO
240. A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob um verdadeiro jugo.  A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado é constrangido a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão, ele julga sensatas: é uma como fascinação.  No segundo caso, o Espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários. Traduz-se, no médium escrevente, por uma necessidade incessante de escrever, ainda nos momentos menos oportunos. Vimos alguns que, à falta de pena ou lápis, simulavam escrever com o dedo, onde quer que se encontrassem, mesmo nas ruas, nas portas, nas paredes.
241. Dava-se outrora o nome de possessão ao império exercido por maus Espíritos, quando a influência deles ia até à aberração das faculdades da vítima.
 A possessão seria, para nós, sinônimo da subjugação. Por dois motivos deixamos de adotar esse termo: primeiro, porque implica a crença de seres criados para o mal e perpetuamente votados ao mal, enquanto que não há senão seres mais ou menos imperfeitos, os quais todos podem melhorar-se; segundo, porque implica igualmente a idéia do apoderamento de um corpo por um Espírito estranho, de uma espécie de coabitação, ao passo que o que há é apenas constrangimento. A palavra subjugação exprime perfeitamente a idéia. Assim, para nós, não há possessos, no sentido vulgar do termo, há somente obsidiados, subjugados e fascinados. REF.: O Livro dos Médiuns CAPÍTULO XXIII


AUTO-OBSESSÃO
É necessário dizer, também, que se acusam, freqüentemente, os Espíritos estranhos de danos dos quais são muito inocentes; certos estados doentios, e certas aberrações que se atribuem a uma causa oculta, por vezes, devem-se simplesmente ao Espírito do próprio indivíduo. As contrariedades, que mais comumente cada um se concentra em si mesmo, sobretudo os desgostos amorosos, fazem cometer muitos atos excêntricos que se estaria errado em levar à conta da obsessão. Freqüentemente, pode ser-se obsessor de si próprio. REF.:Obras Póstumas  Manifestações dos Espíritos  Caráter e conseqüências religiosas das manifestações espíritas


COMPREENDENDO A ATUAÇÃO DOS MAUS ESPÍRITOS

Sabe-se que os Espíritos inferiores ainda se acham sob a influência da matéria e que entre eles se encontram todos os vícios e paixões da humanidade, paixões que eles carregam ao deixar a Terra e que trazem ao se reencarnarem, desde que se não emendaram, o que produz os homens perversos. Prova a experiência que uns são sensuais de diversas categorias, obscenos, lascivos, satisfeitos com os lugares baixos, impelindo e excitando à orgia e ao deboche, a cuja vista se repastam. Perguntaremos a que categoria de Espíritos poderiam pertencer, após a morte, seres como Tibério, Nero, Cláudio, Messalina, Calígula, Heliogábalo? Que gênero de obsessão poderiam ter provocado e se é necessário, para explicar essas obsessões, recorrer a seres especiais, que Deus teria criado muito especialmente para impelir o homem ao mal? Há certos gêneros de obsessões que não deixam dúvidas quanto à qualidade dos Espíritos que as produzem. São as obsessões desse gênero que deram lugar à fábula dos íncubos e súcubos, em que acreditava firmemente Santo Agostinho. Poderíamos citar mais de um exemplo em apoio à asserção. Quando se estudam as várias impressões corporais e os contatos sensíveis por vezes produzidos por certos Espíritos; quando se conhecem os gostos e as tendências de alguns deles. E se, por outro, se examina o caráter de certos fenômenos histéricos, a gente pergunta se não representariam um papel nessa afecção, como representam na loucura obsessional? Nós a vimos várias vezes, acompanhada de sintomas menos equívocos da subjugação. REF.: Causas da obsessão e meios de combate III - Revista Espírita, fevereiro de 1863



MECANISMOS DA OBSESSÃO

a)    AÇÃO RECÍPROCA ENTRE ESPÍRITOS ENCARNADOS E DESENCARNADOS
Examinemos agora o modo recíproco de ação dos Espíritos encarnados e desencarnados.
Sabemos que os Espíritos estão revestidos de um envoltório vaporoso, formando neles um verdadeiro corpo fluídico, ao qual damos o nome de perispírito, cujos elementos são hauridos no fluido universal ou cósmico, princípio de todas as coisas. Quando o Espírito se une ao corpo, nele existe com seu perispírito, que serve de laço entre o Espírito propriamente dito e a matéria corpórea; é o intermediário das sensações percebidas pelo Espírito. Mas esse perispírito não está confinado no corpo como dentro de uma caixa; pela sua natureza fluídica, irradia ao redor e forma, em torno do corpo, uma espécie de atmosfera, como o vapor que dele se libera. Mas o vapor que se libera de um corpo malsão é igualmente malsão, acre e nauseabundo, o que infecta o ar dos lugares onde se reúnem muitas pessoas malsãs. Do mesmo modo que esse vapor está impregnado das qualidades do corpo, o perispírito está impregnado das qualidades, quer dizer, do pensamento do Espírito, e faz irradiar essas qualidades em torno do corpo.
... O perispírito, pela sua natureza fluídica, é essencialmente móvel, elástico, podendo-se assim se exprimir; como agente direto do Espírito, põe em ação e projeta raios pela vontade do Espírito; por esses raios serve à transmissão do pensamento, porque é de alguma sorte animado pelo pensamento do Espírito.
... Suponhamos agora duas pessoas perto uma da outra, envolvida cada uma de sua atmosfera perispiritual.  Esses dois fluidos vão se pôr em contato, penetrar um no outro; se são de natureza antipática, se repelirão, e os dois indivíduos sentirão uma espécie de mal-estar com a aproximação um do outro, sem disso se darem conta; sendo ao contrário movidos por um sentimento bom e benevolente, levarão consigo um pensamento benevolente que atrai. Tal é a causa pela qual duas pessoas se compreendem e se adivinham sem se falarem. Um certo não sei o quê diz freqüentemente que a pessoa que se tem diante de si deve estar animada de tal ou tal sentimento; ora, esse não sei quê é a expansão do fluido perispiritual da pessoa em contato com o nosso, espécie de fio elétrico condutor do pensamento.
O fluido perispiritual do encarnado, portanto, é posto em ação pelo Espírito; se, pela sua vontade, o Espírito irradia, por assim dizer, seus raios sobre um outro indivíduo, esses raios o penetram; daí a ação magnética mais ou menos possante segundo a vontade, mais ou menos benfazeja segundo esses raios sejam de uma natureza mais ou menos boa, mais ou menos vivificante; porque, pela sua ação, podem penetrar os órgãos, e, em certos casos, restabelecer o estado normal. Sabe-se qual é a influência das qualidades morais no magnetizador.
O que pode fazer o Espírito encarnado irradiando seu próprio fluido sobre um indivíduo, um Espírito desencarnado pode fazê-lo igualmente, uma vez que tem o mesmo fluido, quer dizer, que pode magnetizar, e, segundo seja bom ou mau, sua ação será benfazeja ou malfazeja.
Dá-se conta facilmente assim da natureza das impressões que se recebe segundo os meios onde se encontra.
... Estando isto bem compreendido, chegamos sem dificuldade à ação material dos Espíritos errantes sobre os Espíritos encarnados, e daí à explicação da mediunidade.
Um Espírito quer agir sobre um indivíduo, aproxima-se dele e o envolve, por assim dizer, de seu perispírito, como de um casaco; os fluidos se penetrando, os dois pensamentos e as duas vontades se confundem, e o Espírito pode, então, se servir desse corpo como do seu próprio, fazê-lo agir segundo a sua vontade, falar, escrever, desenhar, etc.; tais são os médiuns. Se o Espírito é bom, sua ação é branda, benfazeja, não leva a fazer senão boas coisas; se ele é mau, leva a fazer coisas más; se é perverso e mau, o aperta como numa rede, paralisa até sua vontade, mesmo seu julgamento, que ele abafa sob seu fluido, como se abafa o fogo sob uma camada de ar; fá-lo pensar, falar, agir por si, leva-o, apesar dele, a atos extravagantes ou ridículos, em uma palavra, magnetiza-o, cataleptiza-o moralmente, e o indivíduo se torna um instrumento cego de suas vontades. Tal é a causa da obsessão, da fascinação e da subjugação, que se mostram em graus de diversas intensidades. É o paradoxismo da subjugação, que se chama vulgarmente possessão. Há a se anotar que, nesse estado, o indivíduo, freqüentemente, tem a consciência de que o que faz é ridículo, mas é constrangido a fazê-lo, como se um homem, mais vigoroso do que ele, lhe fizesse mover, contra a sua vontade, seus braços, suas pernas e sua língua.  REF.: Estudo sobre os Possessos de Morzine, As causas da obsessão e os meios de combatê-la Revista Espírita, dezembro de 1862

b)    ENVOLVIMENTO PERISPIRITUAL
56. Quando um Espírito, bom ou mau, quer agir sobre um indivíduo, ele o envolve, por assim dizer, com o seu perispírito, como um manto; os fluidos se penetram, os dois pensamentos e as duas vontades se confundem, e o Espírito pode, então, se servir desse corpo como do seu próprio, fazê-lo agir segundo a sua vontade, falar, escrever, desenhar, tais são os médiuns. Se o Espírito é bom, a sua ação é doce, benfazeja; ele não leva a fazer senão boas coisas; se é mau, leva a fazê-las más; se é perverso e mau, constrange-o, como numa rede, paralisa até a sua vontade, o seu julgamento mesmo, que abafa sob o seu fluido, como se abafa o fogo sob uma camada de água; fá-lo pensar, falar, agir por ele, impele-o, apesar dele, a atos extravagantes ou ridículos, em uma palavra, o magnetiza, o cataleptiza moralmente, e o indivíduo se torna um instrumento cego de suas vontades. Tal é a causa da obsessão, da fascinação e da subjugação, que se mostram em graus de intensidade muito diferentes. É ao paroxismo da subjugação que se chama vulgarmente de possessão. Há a se anotar que, neste caso, freqüentemente, o indivíduo tem a consciência de que o que faz é ridículo, mas é constrangido a fazê-lo, como se um homem mais vigoroso do que ele fizesse mover, contra a sua vontade, os seus braços, as suas pernas e a sua língua. REF.: OBRAS PÓSTUMAS § 7. DA OBSESSÃO E DA POSSESSÃO

c)    TENDÊNCIAS ATRATIVAS
... todos possuímos, além dos desejos imediatistas comuns em qualquer fase da vida, um “desejo central “ , ou “tema básico” dos interesses mais íntimos. Por isso, além dos pensamentos vulgares que nos aprisionam à experiência rotineira, emitimos com mais freqüência os pensamentos que nascem do “desejo central “  que nos caracteriza, pensamentos esses que passam a constituir o reflexo dominante da nossa personalidade. Desse modo, é fácil reconhecer a natureza de qualquer pessoa, em qualquer plano, através das ocupações e posições em que prefira viver.
Assim é que  a crueldade é o reflexo do criminoso, a cobiça é o reflexo do usuário, a maledicência é o reflexo do caluniador, o escarnis é o reflexo do ironista e a irritação é o reflexo do desequilibrado, tanto quanto a elevação moral é o reflexo do santo ...
Conhecido o reflexo da criatura é muito fácil superalimentá-la com excitações constantes, robustecendo-lhe os impulsos e os quadros já existentes na imaginação e criando outros que lhes superponham, nutrindo-lhe, dessa forma, afixação mental.
Com esse objetivo, basta algumas diligências para situar no convívio da criatura malfazeja entidades outras que se lhe adaptem ao modo de sentir e de ser, quando não possamos por nós mesmos criar as telas que desejamos, com vistas aos fins visados, por intermédio de determinação hipnótica. Através de semelhantes processos, criamos e mantemos facilmente o “delírio psíquico” ou  a “obsessão”  que não passa de um estado anormal da mente, subjugada pelo excesso de suas próprias criações a pressionarem o campo sensorial, infinitamente acrescidas de influência direta ou indireta de outras mentes desencarnadas ou não, atraídas por seu próprio reflexo. REF.: AR CAP 8 PÁG.110



ATUAÇÃO DOS MAUS ESPÍRITOS

a)    O GÊNERO DE OBSESSÃO REVELA QUEM É O OBSESSOR
Sabe-se que os Espíritos inferiores ainda se acham sob a influência da matéria e que entre eles se encontram todos os vícios e paixões da humanidade, paixões que eles carregam ao deixar a Terra e que trazem ao se reencarnarem, desde que se não emendaram, o que produz os homens perversos. Prova a experiência que uns são sensuais de diversas categorias, obscenos, lascivos, satisfeitos com os lugares baixos, impelindo e excitando à orgia e ao deboche, a cuja vista se repastam. Perguntaremos a que categoria de Espíritos poderiam pertencer, após a morte, seres como Tibério, Nero, Cláudio, Messalina, Calígula, Heliogábalo? Que gênero de obsessão poderiam ter provocado e se é necessário, para explicar essas obsessões, recorrer a seres especiais, que Deus teria criado muito especialmente para impelir o homem ao mal? Há certos gêneros de obsessões que não deixam dúvidas quanto à qualidade dos Espíritos que as produzem. São as obsessões desse gênero que deram lugar à fábula dos íncubos e súcubos, em que acreditava firmemente Santo Agostinho. Poderíamos citar mais de um exemplo em apoio à asserção. Quando se estudam as várias impressões corporais e os contatos sensíveis por vezes produzidos por certos Espíritos; quando se conhecem os gostos e as tendências de alguns deles. E se, por outro, se examina o caráter de certos fenômenos histéricos, a gente pergunta se não representariam um papel nessa afecção, como representam na loucura obsessional? Nós a vimos várias vezes, acompanhada de sintomas menos equívocos da subjugação. REF.: Causas da obsessão e meios de combate III - Revista Espírita, fevereiro de 1863





- Todo obsidiado é um médium, na acepção legítima do termo?
O instrutor sorriu e considerou:
- Médiuns, meu amigo, inclusive nós outros, os desencarnados, todos o somos, em vista de ser mos intermediários do bem que procede de mais alto, quando nos elevamos, ou portadores do mal, colhido nas zonas inferiores, quando caímos em desequilíbrio. O obsidiado, porém, acima de médium de energias perturbadas, é quase sempre um enfermo, representando uma legião de doentes invisíveis ao olhar humano. Por isto mesmo, constitui, em todas as circunstâncias, um caso especial, exigindo muita atenção, prudência e carinho.
- Pelo que me diz, compreendo as dificuldades que envolvem os problemas alusivos à cura; entretanto, recordo-me do otimismo com que nossos amigos comentam a posição dos obsidiados que serão trazidos a tratamento...
O generoso mentor fixou um sorriso paternal e observou:
- Eles, por enquanto, não podem ver senão o ato presente do drama multissecular de cada um. Não ponderam que obsidiado e obsessor são duas almas a chegarem de muito longe, extremamente ligadas nas perturbações que lhes são peculiares. Nossos irmãos na carne procedem acertadamente entregando-se ao trabalho com alegria, porque de todo esforço nobre resulta um bem que fica indestrutível na esfera espiritual; no entanto, deveriam ser comedidos nas promessas de melhoras imediatas, no campo físico, e, de modo algum, deveriam formular julgamento prematuro em cada caso, porquanto é muito difícil identificar a verdadeira vítima com a visão circunscrita do corpo terrestre.
Depois de pequena pausa, continuou:
- Também observei o exagerado otimismo dos companheiros, vendo que alguns deles, mais levianos, chegavam a fazer promessas formais de cura às famílias dos enfermos. Claro que serão enormes os benefícios a serem colhidos pelos doentes; todavia, se devemos estimar o bom ânimo, cumpre-nos desaprovar o entusiasmo desequilibrado e sem rumo.
... O obsidiado, além de enfermo, representante de outros enfermos, quase sempre é também uma criatura repleta de torturantes problemas espirituais. Se lhe falta vontade firme para a auto-educação, para a disciplina de si mesma, é quase certo que prolongará sua condição dolorosa além da morte. Que acontece a um homem indiferente ao governo do próprio lar? Indubitavelmente será assediado por mil e uma questões, no curso de cada dia, e acabará vencido, convertendo-se em joguete das circunstâncias. Imagine agora que esse homem indiferente esteja cercado de inimigos que ele mesmo criou, adversários que lhe espreitam os menores gestos, tomados de sinistros propósitos, na maioria das vezes... Se não desperta para as realidades da situação, empunhando as armas da resistência e valendo-se do auxilio exterior que lhe é prestado pelos amigos, é razoável que permaneça esmagado. Esta, a definição da maior percentagem dos casos espirituais de que estamos tratando. Não representa, porém, a característica exclusiva das obsessões de ordem geral. Existem igualmente os processos laboriosos de resgate, em que, depois de afastados os elementos da perturbação e da sombra, perseveram as situações expiatórias. Em todos os acontecimentos dessa espécie, porém, não se pode prescindir da adesão dos interessados diretos na cura. Se o obsidiado está satisfeito na posição de desequilíbrio, há que esperar o término de sua cegueira, a redução da rebeldia que lhe é própria ou o afastamento da ignorância que lhe oculta a compreensão da verdade. Ante obstáculos dessa natureza, embora sejamos chamados com fervor por aqueles que amam particularmente os enfermos, nada podemos fazer, senão semear o bem para a colheita do futuro, sem qualquer expectativa de proveito imediato.
... - A jovem a que me referi está procurando a restauração das forças psíquicas, por si mesma; tem lutado incessantemente contra as investidas de entidades malignas, mobilizando todos os recursos de que dispõe no campo da prece, do autodomínio, da meditação. Não está esperando o milagre da cura sem esforço e, não obstante terrivelmente perseguida por seres inferiores, vem aproveitando toda espécie de ajuda que os amigos de nosso plano projetam em seu circulo pessoal. A diferença, pois, entre ela e os outros, é a de que, empregando as próprias energias, entrará, embora vagarosamente, em contacto com a nossa corrente auxiliadora, ao passo que os demais continuarão, ao que tudo faz crer, na impassibilidade dos que abandonam voluntariamente a luta edificante.
OBSESSÃO - ML / cap.18

- Em geral, noventa por cento dos casos de obsessão que se verificam na Crosta, constituem problemas dolorosos e intricados. Quase sempre, o obsidiado padece de lastimável cegueira, com relação à própria enfermidade. E, porque não atende ao chamamento da verdade pela cristalização personalista, torna-se presa fácil e inconsciente, embora responsável, de perigosos inimigos das zonas de atividades grosseiras. Comumente, verificam-se casos dessa natureza, em vista de ligações vigorosas e profundas pela afetividade mal dirigida ou pelos detestáveis laços do Ódio que, em todas as circunstâncias, é a confiança desequilibrada convertida em monstro.
O orientador amigo fez longa pausa, verificando os trabalhos em curso, mas como quem desejasse socorrer-me, com lições inesquecíveis na luta prática, prosseguiu, apesar das absorventes obrigações da hora:
- Por este motivo, André, ainda mesmo para o psiquiatra esclarecido à luz do Espiritismo cristão, a maioria dos casos desta ordem é francamente desconcertante. Em virtude dos ascendentes sentimentais, cada problema destes exige solução diferente. Além disso, importa notar que os nossos companheiros encarnados observam somente uma face da questão, quando cada processo desse teor se caracteriza por aspectos infinitos, com vistas ao passado dos protagonistas encarnados e desencarnados. Diante do obsidiado, fixam apenas um imperativo imediato - o afastamento do obsessor. Mas, como rebentar, de um instante para outro, algemas seculares, forjadas nos compromissos recíprocos da vida em comum? Como separar seres que se agarram uns aos outros, ansiosamente, por compreenderem que na dor de semelhante união permanece o preço do resgate indispensável? Efetivamente, não faltam os casos, raros embora, de libertação quase instantânea. Ai, porém, vemos o fim de laborioso processo redentor, ou então encontramos o doente que, de fato, faz violência a si mesmo, a fim de abreviar a cura necessária.
Examinando a extensão dos obstáculos ao restabelecimento completo dos enfermos psíquicos, considerei:
- Depreende-se então que...
Alexandre, porém, não me deixou terminar. Cortando-me a frase inoportuna, respondeu:
- Já sei o que vai dizer. Verificando as dificuldades que relaciono para o seu aprendizado natural, você pergunta se não será infrutífero o nosso trabalho e se não será melhor entregar o obsidiado à própria sorte. Esta observação, contudo, é um contra-senso. Se você estivesse na Terra, ainda na carne, e visse um filho amado, em condições pré-agônicas, totalmente desenganado pela medicina humana, teria coragem de abandoná-lo ao sabor das circunstâncias? Não confiaria nalgum recurso inesperado da Providência Divina? Não aguardaria, ansioso, a manifestação favorável da Natureza? Quem está firmemente no âmago do coração de um homem, nosso irmão, para dizer, com certeza matemática, se ele vai reagir contra o mal ou deixar de fazê-lo, se pretende o repouso ou o trabalho ativo? Não podemos, desse modo, mobilizar qual¬quer argumento intelectual para fugir ao nosso dever de assistência fraterna ao ignorante e sofre¬dor. Urge atender à nossa parte de obrigação imediata, compreendendo que a construção do amor é também uma obra de tempo. Nenhuma palavra, nenhum gesto ou pensamento, nos serviços do bem, permanece perdido. OBSESSÃO - ML / cap.18

5)       CONSEQUÊNCIAS DA OBSESSÃO

a)    CEGUEIRA MENTAL
254. 6ª A subjugação corporal, levada a certo grau, poderá ter como conseqüência a loucura?  "Pode, a uma espécie de loucura cuja causa o mundo desconhece, mas que não tem relação alguma com a loucura ordinária. Entre os que são tidos por loucos, muitos há que apenas são subjugados; precisariam de um tratamento moral, enquanto que com os tratamentos corporais os tornamos verdadeiros loucos. Quando os médicos conhecerem bem o Espiritismo, saberão fazer essa distinção e curarão mais doentes do que com as duchas."
7ª Que se deve pensar dos que, vendo um perigo qualquer no Espiritismo, julgam que o meio de preveni-lo seria proibir as comunicações espíritas? "Se podem proibir a certas pessoas que se comuniquem com os Espíritos, não podem impedir que manifestações espontâneas sejam feitas a essas mesmas pessoas, porquanto não podem suprimir os Espíritos, nem lhes impedir que exerçam sua influência oculta. Esses tais se assemelham às crianças que tapam os olhos e ficam crentes de que ninguém as vê. Fora loucura querer suprimir uma coisa que oferece grandes vantagens, só porque imprudentes podem abusar dela. O meio de se lhe prevenirem os inconvenientes consiste, ao contrário, em torná-la conhecida a fundo."REF.: O Livro dos Médiuns - CAP XXIII- Da Obsessão




CONSEQUENCIAS FISICAS DAS OBSESSÕES
- Ante os distúrbios fisiológicos que me foi dado verificar nos enfermos psíquicos, devo considerá-los como doentes do corpo também?
- Perfeitamente - asseverou o instrutor -, o desequilíbrio da mente pode determinar a perturbação geral das células orgânicas. É por este motivo que as obsessões, quase sempre, se acompanham de característicos muito dolorosos. As intoxicações da alma determinam as moléstias do corpo.
Antes que eu pudesse voltar a perguntas, percebi que a reunião estava sendo definitivamente encerrada, por parte dos amigos da Crosta. Interrompera-se a cadeia magnética defensiva. Notei, surpreendido, que a jovem resoluta e firme na fé alcançara melhoras consideráveis, enquanto a possessa ia retirar-se com a situação inalterada. Reparei os três outros enfermos. Tão logo se quebrou a corrente de vibrações benéficas, ali estabelecida, voltaram a atrair intensamente os verdugos invisíveis, a cuja influenciação se haviam habituado, demonstrando escasso aproveitamento. OBSESSÃO - ML / cap.18

254. 6ª A subjugação corporal, levada a certo grau, poderá ter como conseqüência a loucura?  "Pode, a uma espécie de loucura cuja causa o mundo desconhece, mas que não tem relação alguma com a loucura ordinária. Entre os que são tidos por loucos, muitos há que apenas são subjugados; precisariam de um tratamento moral, enquanto que com os tratamentos corporais os tornamos verdadeiros loucos. Quando os médicos conhecerem bem o Espiritismo, saberão fazer essa distinção e curarão mais doentes do que com as duchas."
7ª Que se deve pensar dos que, vendo um perigo qualquer no Espiritismo, julgam que o meio de preveni-lo seria proibir as comunicações espíritas? "Se podem proibir a certas pessoas que se comuniquem com os Espíritos, não podem impedir que manifestações espontâneas sejam feitas a essas mesmas pessoas, porquanto não podem suprimir os Espíritos, nem lhes impedir que exerçam sua influência oculta. Esses tais se assemelham às crianças que tapam os olhos e ficam crentes de que ninguém as vê. Fora loucura querer suprimir uma coisa que oferece grandes vantagens, só porque imprudentes podem abusar dela. O meio de se lhe prevenirem os inconvenientes consiste, ao contrário, em torná-la conhecida a fundo." REF.: O Livro dos Médiuns  - CAP XXIII - Da Obsessão


248. Acontece muito freqüentemente que um médium só se pode comunicar com um único Espírito, que a ele se liga e responde pelos que são chamados por seu intermédio. Nem sempre há nisso uma obsessão, porquanto o fato pode derivar da falta de maleabilidade do médium, de uma afinidade especial sua com tal ou tal Espírito.
Somente há obsessão propriamente dita, quando o Espírito se impõe e afasta intencionalmente os outros, o que jamais é obra de um Espírito bom.
Geralmente, o Espírito que se apodera do médium, tendo em vista dominá-lo, não suporta o exame crítico das suas comunicações; quando vê que não são aceitas, que as discutem, não se retira, mas inspira ao médium o pensamento de se insular, chegando mesmo, não raro, a ordenar-lho.
Todo médium, que se melindra com a crítica das comunicações que obtém, faz-se eco do Espírito que o domina, Espírito esse que não pode ser bom, desde que lhe inspira um pensamento ilógico, qual o de se recusar ao exame.
O insulamento do médium é sempre coisa deplorável para ele, porque fica sem uma verificação das comunicações que recebe.
Não somente deve buscar a opinião de terceiros para esclarecer-se, como também necessário lhe é estudar todos os gêneros de comunicações, a fim de as comparar. Restringindo-se às que lhe são transmitidas, expõe-se a se iludir sobre o valor destas, sem considerar que não lhe é dado tudo saber e que elas giram quase sempre dentro do mesmo círculo. O Livro dos Médiuns CAPÍTULO XXIII

NO ORGANISMO FÍSICO
O desequilíbrio da mente pode determinar a perturbação geral das células orgânicas. É por este motivo que as obsessões, quase sempre, se acompanham de características muito dolorosas. As intoxicações da alma determinam as moléstias do corpo. REF.: ML CAP 18 PAG 3l5



OBSESSÃO ENTRE ENCARNADOS
É a influenciação de almas encarnadas entre si que, às vezes, alcança o clima de perigosa obsessão. Milhões de lares podem ser comparados a trincheiras de luta, em que pensamentos guerreiam pensamentos, assumindo as mais diversas formas de angústia e repulsão.
Poderíamos enquadrar o assunto nos domínios da mediunidade, cabendo-nos acrescentar ainda que o fenômeno pertence à sintonia. Muitos processos de alienação mental guardam nele sua origem.
Muitas vezes, dentro do mesmo lar, da mesma família ou da mesma instituição, adversários ferrenhos do passado se reencontram. Chamados pela Esfera Superior ao reajuste, raramente conseguem superar a aversão de que se vêem possuídos, uns à frente dos outros, e alimentam com paixão, no imo de si mesmos, os raios tóxicos da antipatia que, concentrados, se transformam em venenos magnéticos, suscetíveis de provocar a enfermidade e a morte.
Para isso não será necessário que a perseguição recíproca se expresse em contendas visíveis. Bastam as vibrações silenciosas de crueldade e despeito, ódio e ciúme, violência e desespero, as quais, alimentadas, de parte a parte, constituem corrosivos destruidores.
O pensamento exterioriza-se e projeta-se, formando imagens e sugestões que arremessa sobre os objetivos que se propõe atingir. Quando benigno e edificante, ajusta-se às Leis que nos regem, criando harmonia e felicidade, todavia, quando desequilibrado e deprimente, estabelece aflição e ruína.
A química mental vive na base de todas as transformações, porque realmente evoluímos em profunda comunhão telepática com todos aqueles encarnados ou desencarnados que se afinam conosco. NDM CAP 19 PÁG.186

279. Ninguém exerce ascendentes sobre os Espíritos inferiores, senão pela superioridade moral. Os Espíritos perversos sentem que os homens de bem os dominam. Contra quem só lhes oponha a energia da vontade, espécie de força bruta, eles lutam e muitas vezes são os mais fortes. A alguém que procurava domar um Espírito rebelde, unicamente pela ação da sua vontade, respondeu àquele: Deixa-me em paz, com teus ares de mata-mouros, que não vales mais do que eu; dir-se-ia um ladrão a pregar moral a outro ladrão.
Há quem se espante de que o nome de Deus, invocado contra eles, nenhum efeito produza. A razão desse fato deu-no-la São Luís, na resposta seguinte:
"O nome de Deus só tem influência sobre os Espíritos imperfeitos, quando proferido por quem possa, pelas suas virtudes, servir-se dele com autoridade. Pronunciado por quem nenhuma superioridade moral tenha, com relação ao Espírito, é uma palavra como qualquer outra. O mesmo se dá com as coisas santas com que se procure dominá-los. A mais terrível das armas se torna inofensiva em mãos inábeis a se servirem dela, ou incapazes de manejá-la."
O Livro dos Médiuns - CAPÍTULO XXV - Das Evocações


NA VIDA DE RELAÇÃO
É a influenciação de almas encarnadas entre si que, às vezes, alcança o clima de perigosa obsessão. Milhões de lares podem ser comparados a trincheiras de luta, em que pensamentos guerreiam pensamentos, assumindo as mais diversas formas de angústia e repulsão.
Poderíamos enquadrar o assunto nos domínios da mediunidade, cabendo-nos acrescentar ainda que o fenômeno pertence à sintonia. Muitos processos de alienação mental guardam nele sua origem. Muitas vezes, dentro do mesmo lar, da mesma família ou da mesma instituição, adversários ferrenhos do passado se reencontram. Chamados pela Esfera Superior ao reajuste, raramente conseguem superar a aversão de que se vêem possuídos, uns à frente dos outros, e alimentam com paixão, no imo de si mesmos, os raios tóxicos da antipatia que, concentrados, se transformam em venenos magnéticos, suscetíveis de provocar a enfermidade e a morte.
Para isso não será necessário que a perseguição recíproca se expresse em contendas visíveis. Bastam as vibrações silenciosas de crueldade e despeito, ódio e ciúme, violência e desespero, as quais, alimentadas, de parte a parte, constituem corrosivos destruidores.
O pensamento exterioriza-se e projeta-se, formando imagens e sugestões que arremessa sobre os objetivos que se propõe atingir. Quando benigno e edificante, ajusta-se às Leis que nos regem, criando harmonia e felicidade, todavia, quando desequilibrado e deprimente, estabelece aflição e ruína.  A química mental vive na base de todas as transformações, porque realmente evoluímos em profunda comunhão telepática com todos aqueles encarnados ou desencarnados que se afinam conosco. REF.: NDM CAP 19 PÁG.186



·     DESOBSESSÃO

COMPREENDENDO O SOFRIMENTO DOS MAUS ESPÍRITOS

"Depois da morte, os Espíritos endurecidos, egoístas e maus são logo presas de uma dúvida cruel a respeito do seu destino, no presente e no futuro. Olham em torno de si e nada vêem que possa aproveitar ao exercício da sua maldade - o que os desespera, visto como o insulamento e a inércia são intoleráveis aos maus Espíritos. Não elevam o olhar às moradas dos Espíritos elevados, consideram o que os cerca e, então, compreendendo o abatimento dos Espíritos fracos e punidos, se agarrarão a eles como a uma presa, utilizando-se da lembrança de suas faltas passadas, que eles põem continuamente em ação pelos seus gestos ridículos. Não lhes bastando esse motejo, atiram-se para a Terra quais abutres famintos, procurando entre os homens uma alma que lhes dê fácil acesso às tentações. Encontrando- a, dela se apoderam exaltando-lhe a cobiça e procurando extinguir-lhe a fé em Deus, até que por fim, senhores de uma consciência e vendo segura a presa, estendem a tudo quanto se lhe aproxime a fatalidade do seu contágio.
O mau Espírito, no exercício da sua cólera, é quase feliz, sofrendo apenas nos momentos em que deixa do atuar, ou nos casos em que o bem triunfa do mal. Passam no entanto os séculos, e, de repente, o mau Espírito pressente que as trevas acabarão por envolvê-lo; o circulo de ação se lhe restringe e a consciência, muda até então, faz-lhe sentir os acerados espinhos do remorso.
Inerte, arrastado no turbilhão, ele vagueia, como dizem as Escrituras, sentindo a pele arrepiar-se-lhe de terror. Não tarda, então, que um grande vácuo se faça nele e em torno dele: chega o momento em que deve expiar; a reencarnação aí está ameaçadora... e ele vê como num espelho as provações terríveis que o aguardam; quereria recuar, mas avança e, precipitado no abismo da vida, rola em sobressalto, até que o véu da ignorância lhe recaia sobre os olhos. Vive, age, é ainda culpado, sentindo em si não sei que lembrança inquieta, pressentimentos que o fazem tremer, sem recuar, porém, da senda do mal. Por fim, extenuado de forças e de crimes, vai morrer. Estendido numa enxerga ou num leito, que importa? o homem culpado sente. sob aparente imobilidade, revolver-se e viver dentro de si mesmo um mundo de esquecidas sensações. Fechadas as pupilas, ele vê um clarão que desponta, ouve estranhos sons; a alma, prestes a deixar o corpo, agita-se impaciente, enquanto as mãos crispadas tentam agarrar as cobertas... Quereria falar, gritar aos que o cercam: - Retenham-me! eu vejo o castigo! - Impossível! a morte sela-lhe os lábios esmaecidos, enquanto os assistentes dizem: Descansa em paz!  E contudo ele ouve, flutuando em torno do corpo que não deseja abandonar. Uma força misteriosa o atrai; vê, e reconhece finalmente o que já vira. Espavorido, ei-lo que se lança no Espaço onde desejaria ocultar-se, e nada de abrigo, nada de repouso.  Retribuem-lhe outros Espíritos o mal que fez; castigado, confuso e escarnecido, por sua vez vagueia e vagueará até que a divina luz o penetre e esclareça, mostrando-lhe o Deus vingador, o Deus triunfante de todo o mal, e ao qual não poderá apaziguar senão à força de expiação e gemidos. Georges. "REF.: O Céu e o Inferno  CAPÍTULO IV Espíritos sofredores




Os doentes entravam dois a dois, sendo carinhosamente atendidos por Clara e Henrique, sob a providencial assistência de Conrado e seus colaboradores.
Obsidiados ganhavam ingresso no recinto, acompanhados de frios verdugos, no entanto, com o toque dos médiuns sobre a região cortical, depressa se desligavam, postando-se, porém, nas vizinhanças, como que à espera das vítimas, com a maioria das quais se reacomodavam, de pronto.
Alinhando apontamentos, começamos a reparar que alguns enfermos não alcançavam a mais leve melhoria. As irradiações magnéticas não lhes penetravam o veículo orgânico. - Por quê?
- Falta-lhes o estado de confiança – esclareceu o orientador.
- Será, então, indispensável a fé para que registrem o socorro de que necessitam?
- Ah! sim. Em fotografia precisamos de chapa impressionável para deter a imagem, tanto quanto em eletricidade carecemos do fio sensível para a transmissão da luz. No terreno das vantagens espirituais, é imprescindível que o candidato apresente uma certa << tensão favorável >>. Essa tensão decorre da fé. Certo, não nos reportamos ao fanatismo religioso ou à cegueira da ignorância, mas sim à atitude de segurança íntima, com reverência e submissão, diante das Leis Divinas, em cuja sabedoria e amor procuramos arrimo. Sem recolhimento e respeito na receptividade, não conseguimos fixar os recursos imponderáveis que funcionam em nosso favor, porque o escárnio e a dureza de coração podem ser comparados a espessas camadas de gele sobre o templo da alma.
SERVIÇOS  DE  PASSES - NDM / cap.17


CURA DA OBSESSÃO

A)     OBSIDIADO

a)    NEUTRALIZAR A INFLUÊNCIA DOS MAUS ESPÍRITOS
469 Como se pode neutralizar a influência dos maus Espíritos? – Fazendo o bem e colocando toda a confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e anulais o domínio que querem ter sobre vós. Evitai escutar as sugestões dos Espíritos que vos inspiram maus pensamentos, sopram a discórdia e excitam todas as más paixões. Desconfiai, especialmente, daqueles que exaltam o vosso orgulho, porque vos conquistam pela fraqueza. Eis por que Jesus nos ensinou a dizer na oração dominical: “Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal!” LE QUESTÃO 469

b)    DESTRUIR A CAUSA QUE ATRAI MAUS ESPÍRITOS
479 A prece é um meio eficaz para curar a obsessão? – A prece é em tudo um poderoso auxílio. Mas, acreditai, não basta murmurar algumas palavras para obter o que se deseja. Deus assiste aqueles que agem e não aqueles que se limitam a pedir. É preciso que o obsediado faça, por seu lado, o necessário para destruir em si mesmo a causa que atrai os maus Espíritos. LE QUESTÃO 479

c)    LIMPAR AS IMPUREZAS DA ALMA
16. PREFÁCIO. Os maus Espíritos somente procuram os lugares onde encontrem possibilidades de dar expansão à sua perversidade. Para os afastar, não basta pedir-lhes, nem mesmo ordenar-lhes que se vão; é preciso que o homem elimine de si o que os atrai. Os Espíritos maus farejam as chagas da alma, como as moscas farejam as chagas do corpo. Assim como se limpa o corpo, para evitar a bicheira, também se deve limpar de suas impurezas a alma, para evitar os maus Espíritos. Vivendo num mundo onde estes pululam, nem sempre as boas qualidades do coração nos põem a salvo de suas tentativas; dão, entretanto, forças para que lhes resistamos.
REF.: O Evangelho Segundo o Espiritismo  CAPÍTULO XXVIII Coletânea de preces espíritas

d)    MEIO EFICAZ DE COMBATER A OBSESSÃO
279. Ninguém exerce ascendentes sobre os Espíritos inferiores, senão pela superioridade moral. Os Espíritos perversos sentem que os homens de bem os dominam. Contra quem só lhes oponha a energia da vontade, espécie de força bruta, eles lutam e muitas vezes são os mais fortes. A alguém que procurava domar um Espírito rebelde, unicamente pela ação da sua vontade, respondeu àquele: Deixa-me em paz, com teus ares de mata-mouros, que não vales mais do que eu; dir-se-ia um ladrão a pregar moral a outro ladrão.
Há quem se espante de que o nome de Deus, invocado contra eles, nenhum efeito produza. A razão desse fato deu-no-la São Luís, na resposta seguinte:
"O nome de Deus só tem influência sobre os Espíritos imperfeitos, quando proferido por quem possa, pelas suas virtudes, servir-se dele com autoridade. Pronunciado por quem nenhuma superioridade moral tenha, com relação ao Espírito, é uma palavra como qualquer outra. O mesmo se dá com as coisas santas com que se procure dominá-los. A mais terrível das armas se torna inofensiva em mãos inábeis a se servirem dela, ou incapazes de manejá-la."
O Livro dos Médiuns - CAPÍTULO XXV - Das Evocações

e)    VONTADE E SUPERIORIDADE MORAL
Antes de falar do remédio, expliquemos um fato que embaraça muitos Espíritas, sobretudo no caso de obsessão simples, quer dizer, naqueles, muito freqüentes, em que o médium não pode se desembaraçar de um mau Espírito que se comunica, obstinadamente, a ele pela escrita ou pela audição; aquele, não menos freqüente, onde, no meio de uma boa comunicação, um Espírito vem se imiscuir para dizer coisas más. Pergunta-se, então, se os maus Espíritos são mais poderosos do que os bons.
Reportemo-nos ao que dissemos, em começando, da maneira pela qual o Espírito age, e imaginemos um médium envolvido, penetrado pelo fluido perispiritual de um mau Espírito; para que o de um bom possa agir sobre o médium é preciso que penetre esse envoltório, e sabe-se que a luz penetra dificilmente um espesso nevoeiro. Segundo o grau de obsessão, esse nevoeiro será permanente, tenaz ou intermitente e, consequentemente, mais ou menos fácil de dissipar.
Resta sempre a questão de saber se o bom Espírito é menos poderoso do que o mau. Não é o bom Espírito que é mais fraco, é o médium que não é bastante forte para sacudir o casaco que lhe lançaram, para se libertar do aperto dos braços que o enlaçam e no qual, é preciso bem dize-lo, algumas vezes se compraz. Neste caso, compreende-se que o bom Espírito não possa ter vantagem, uma vez que se prefere um outro a. ele. Admitamos agora o desejo de se desembaraçar desse envoltório fluídico, do qual o seu está penetrado, como uma veste que está penetrada pela umidade, o desejo não bastará, a própria vontade nem sempre bastará.
Trata-se de lutar contra um adversário; ora, quando dois homens lutam corpo a corpo, é o que tem músculos mais fortes que derruba o outro. Com um Espírito é preciso lutar, não corpo a corpo, mas Espírito a Espírito, e é ainda o mais forte que o domina; aqui, a força está na autoridade que se pode tomar sobre o Espírito, e esta autoridade está subordinada à superioridade moral. A superioridade moral é como o Sol, que dissipa o nevoeiro pelo poder de seus raios. Esforçar-se por ser bom, tornar-se melhor se já se é bom, purificar-se de suas imperfeições, em uma palavra, se elevar moralmente o mais possível, tal é o meio de adquirir o poder de dominar os Espíritos inferiores para afastá-los, de outro modo eles zombam de vossas injunções.
No entanto, dir-se-á, por que os Espíritos protetores não lhes ordenam para se retirarem? Sem dúvida, o podem e o fazem algumas vezes; mas, permitindo a luta, deixam também o mérito da vitória; se deixam se debater pessoas merecedoras sob certos aspectos, é para experimentar sua perseverança e fazê-las adquirir mais força no bem; é para elas uma espécie de ,. ginástica moral.
Certas pessoas preferem, sem dúvida, uma receita mais fácil para afastar os maus Espíritos: algumas palavras a dizer ou alguns sinais afazer, por exemplo, o que seria mais cômodo do que se corrigir de seus defeitos. Com isso não estamos descontentes, mas não conhecemos nenhum outro procedimento mais eficaz para vencer um inimigo do que ser mais forte do que ele. Quando se está doente, é preciso se resignar a tomar um remédio, por amargo que ele seja; mas também, quando se teve a coragem de beber, como se sente bem, e quanto se é forte! É preciso, pois, se persuadir de que não há, para alcançar esse objetivo, nem palavras sacramentais, nem fórmulas, nem talismãs, nem quaisquer sinais materiais. Os maus Espíritos disso se riem e se alegram freqüentemente em indicarem que sempre têm o cuidado de se dizer infalíveis, para melhor captar a confiança daqueles que querem enganar, porque então estes confiantes na virtude do procedimento, se entregam sem medo.
Antes de esperar domar os maus Espíritos, é preciso domar a si mesmo. De todos os meios de adquirir a força para a isso chegar, o mais eficaz é a vontade secundada pela prece, a prece de coração se entende, e não de/ palavras às quais a boca tem mais parte que o pensamento. É preciso chamar seu anjo guardião e os bons Espíritos para nos assistirem na luta; mas não basta lhes pedir para expulsarem os maus Espíritos, é preciso se lembrar desta máxima: Ajuda-te, o céu te ajudará, e pedir-lhes sobretudo a força que nos falta para vencer os maus pendores que são para nós pior que os maus Espíritos, porque são esses pendores que os atraem, como a corrupção atrai as aves de rapina. Pedindo também pelo Espírito obsessor, é retribuir-lhe o bem para o mal, e se mostrar melhor que ele, e já é uma superioridade. Com a perseverança, acaba-se, o mais freqüentemente, por levá-lo a melhores sentimentos, e de perseguidor dele fazer um devedor.
Em resumo, a prece fervorosa e os esforços sérios para se melhorar, são os únicos meios de afastar os maus Espíritos que reconhecem seus senhores naqueles que praticam o bem, ao passo que as fórmulas os fazem rir; a cólera e a impaciência os excitam. É preciso deixá-los mostrando-se mais pacientes do que eles.
Mas ocorre, algumas vezes, que a subjugação chega ao ponto de paralisar a vontade do obsidiado, e que não se pode esperar dele nenhum concurso sério. É então, sobretudo, que a intervenção de terceiros torna-se necessária, seja pela prece, seja pela ação magnética; mas o poder dessa intervenção depende também do ascendente moral que os intervenientes podem tomar sobre os Espíritos; porque, se não valem mais, sua ação é estéril. A ação magnética, nesse caso, tem por efeito penetrar o fluido do obsidiado de um fluido melhor, e de livrar o do Espírito mau; operando, o magnetizador deve ter o duplo objetivo de opor uma força moral a uma força moral, e de produzir sobre o sujeito uma espécie de reação química, para nos servir de uma comparação material, expulsando um fluido por um outro fluido. Daí, não só opera um desligamento salutar, mas dá força aos órgãos enfraquecidos por uma longa e, freqüentemente, vigorosa opressão. Compreende-se, de resto, que o poder da ação fluídica está em razão, não só da energia da vontade, mas sobretudo da qualidade do fluido introduzido e, segundo o que dissemos, essa qualidade depende da instrução e das qualidades morais do magnetizador; de onde se segue que o magnetizador comum, que agisse maquinalmente para magnetizar pura e simplesmente, produziria pouco ou nenhum efeito; é de toda necessidade um magnetizador Espírita, agindo com conhecimento de causa, com a intenção de produzir, não o sonambulismo ou uma cura orgânica, mas os efeitos que acabamos de descrever. Além disso, é evidente que uma ação magnética dirigida nesse sentido não pode ser senão muito útil no caso de obsessão comum, porque então, se o magnetizador é secundado pela vontade do obsidiado, o Espírito é combatido por dois adversários em lugar de um. REF.; Estudo sobre os Possessos de Morzine, As causas da obsessão e os meios de combatê-la Revista Espírita, dezembro de 1862

f)      VONTADE E PRECE
Antes de esperar domar o mau Espírito, é necessário domar a si mesmo. De todos os meios para adquirir a força para lá chegar, o mais eficaz é a vontade secundada pela prece, entenda-se a prece de coração, e não de palavras, para as quais a boca toma mais parte do que o pensamento. É necessário rogar seu anjo guardião, e os bons Espíritos, para nos assistir na luta; mas não basta lhes pedir para expulsarem o mau Espírito, é necessário se lembrar desta máxima: Ajuda-te, e o céu te ajudará, e lhes pedir, sobretudo, a força que nos falta para vencermos os nossos maus pendores, que são para nós piores do que os maus Espíritos, porque são essas tendências que os atraem, como a corrupção atrai as aves de rapina. Pedindo também para o Espírito obsessor, é restituir-lhe mal com o bem, e se mostrar melhor do que ele, o que já é uma superioridade. Com a perseverança, freqüentemente, acaba-se por conduzi-lo a melhores sentimentos e de perseguidor se faz um agradecido.
Em resumo, a prece fervorosa, e os esforços sérios para se melhorar, são os únicos meios para afastar os maus Espíritos que reconhecem seus superiores naqueles que praticam o bem, ao passo que as fórmulas os fazem rir, a cólera e a impaciência os excitam. É necessário deixá-los se mostrando mais pacientes do que eles.
Mas ocorre, algumas vezes, que a subjugação aumenta ao ponto de paralisar a vontade do obsidiado, e que não se pode dele esperar nenhum concurso sério. É então, sobretudo, que a intervenção de terceiros torna-se necessária, seja pela prece, seja pela ação magnética; mas a força dessa intervenção depende também do ascendente moral que os intervenientes podem tomar sobre os Espíritos; porque se não valem mais, a sua ação é estéril. A ação magnética, nesse caso, tem o efeito de penetrar o fluido do obsidiado de um fluido melhor, e de livrá-lo do Espírito mau; ao operar, o magnetizador deve ter o duplo objetivo de opor uma força moral a uma força moral, e de produzir sobre o sujeito uma espécie de reação química, para nos servirmos de uma comparação material, expulsando um fluido por um outro fluido. Por aí, não somente ele opera um desligamento salutar, mas dá força aos órgãos enfraquecidos por uma longa e, freqüentemente, vigorosa opressão. Compreende-se, de resto, que a força da ação fluídica está em razão, não só da energia da vontade, mas sobretudo da qualidade do fluido introduzido, e, segundo o que dissemos, que essa qualidade depende da instrução e das qualidades morais do magnetizador; de onde se segue que um magnetizador comum, que agiria maquinalmente para magnetizar pura e simplesmente, produziria pouco ou de nenhum efeito; é preciso, de toda a necessidade, um magnetizador espírita agindo com conhecimento de causa, com a intenção de produzir, não o sonambulismo ou uma cura orgânica, mas os efeitos que acabamos de descrever. Além disso, é evidente que uma ação magnética, dirigida nesse sentido, não pode ser senão muito útil no caso de obsessão comum, porque então, se o magnetizador é secundado pela vontade do obsidiado, o Espírito é combatido por dois adversários ao invés de um. REF.:Obras Póstumas  Manifestações dos Espíritos  Caráter e conseqüências religiosas das manifestações espíritas

B)     AUXÍLIO AO OBSIDIADO

a)    AUXÍLIO MAGNÉTICO
251. A subjugação corporal tira muitas vezes ao obsidiado a energia necessária para dominar o mau Espírito. Daí o tornar-se precisa a intervenção de um terceiro, que atue, ou pelo magnetismo, ou pelo império da sua vontade. Em falta do concurso do obsidiado, essa terceira pessoa deve tomar ascendente sobre o Espírito; porém, como este ascendente só pode ser moral, só a um ser moralmente superior ao Espírito é dado assumi-lo e seu poder será tanto maior, quanto maior for a sua superioridade moral, porque, então, se impõe àquele, que se vê forçado a inclinar-se diante dele. Por isso é que Jesus tinha tão grande poder para expulsar o a que naquela época se chamava demônio, isto é, os maus Espíritos obsessores.
Aqui, não podemos oferecer mais do que conselhos gerais, porquanto nenhum processo material existe, como, sobretudo, nenhuma fórmula, nenhuma palavra sacramental, com o poder de expelir os Espíritos obsessores. As vezes, o que falta ao obsidiado é força fluídica suficiente; nesse caso, a ação magnética de um bom magnetizador lhe pode ser de grande proveito. Contudo, é sempre conveniente procurar, por um médium de confiança, os conselhos de um Espírito superior, ou do anjo guardião. REF.: O Livro dos Médiuns - CAP XXIII - Da Obsessão

b)    TRABALHO DE MORALIZAÇÃO DO DESENCARNADO
254. 5ª Não se pode também combater a influência dos maus Espíritos, moralizando-os?
"Sim, mas é o que não se faz e é o que não se deve descurar de fazer, porquanto, muitas vezes, isso constitui uma tarefa que vos é dada e que deveis desempenhar caridosa e religiosamente. Por meio de sábios conselhos, é possível induzi-los ao arrependimento e apressar-lhes o progresso."
a - Como pode um homem ter, a esse respeito, mais influência do que a têm os próprios Espíritos?
"Os Espíritos perversos se aproximam antes dos homens que eles procuram atormentar, do que dos Espíritos, dos quais se afastam o mais possível. Nessa aproximação dos humanos, quando encontram algum que os moralize, a princípio não o escutam e até se riem dele; depois, se aquele os sabe prender, acabam por se deixarem tocar. Os Espíritos elevados só em nome de Deus lhes podem falar e isto os apavora. O homem, indubitavelmente, não dispõe de mais poder do que os Espíritos superiores, porém, sua linguagem se identifica melhor com a natureza daqueles outros e, ao verem o ascendente que o homem pode exercer sobre os Espíritos inferiores, melhor compreendem a solidariedade que existe entre o céu e a terra.
"Demais, o ascendente que o homem pode exercer sobre os Espíritos está na razão da sua superioridade moral. Ele não domina os Espíritos superiores, nem mesmo os que, sem serem superiores, são bons e benevolentes, mas pode dominar os que lhe são inferiores em moralidade."
REF.: O Livro dos Médiuns  - CAPÍTULO XXIII - Da Obsessão

c)    DOUTRINAÇÃO DE ESPÍRITOS DESENCARNADOS
33. - Com as curas, as libertações de possessos figuram entre os mais numerosos atos de Jesus. Alguns há, entre os fatos dessa natureza, como os acima narrados, no nº 30, em que a possessão não é evidente. Provavelmente, naquela época, como ainda hoje acontece, atribuía-se à influência dos demônios todas as enfermidades cuja causa se não conhecia, principalmente a mudez, a epilepsia e a catalepsia. Outros há, todavia, em que nada tem de duvidosa a ação dos maus Espíritos, casos esses que guardam com os de que somos testemunhas tão frisante analogia, que neles se reconhecem todos os sintomas de tal gênero de afecção. A prova da participação de uma inteligência oculta, em tal caso, ressalta de um fato material: são as múltiplas curas radicais obtidas, nalguns centros espíritas, pela só evocação e doutrinação dos Espíritos obsessores, sem magnetização, nem medicamentos e, muitas vezes, na ausência do paciente e a grande distância deste. A imensa superioridade do Cristo lhe dava tal autoridade sobre os Espíritos imperfeitos, chamados então demônios, que lhe bastava ordenar se retirassem para que não pudessem resistir a essa injunção. REF.:  A Gênese  CAP XV  Os milagres do Evangelho

d)    CONVENCER O ESPÍRITO OBSESSOR
249. Os meios de se combater a obsessão variam, de acordo com o caráter que ela reveste. Não existe realmente perigo para o médium que se ache bem convencido de que está a haver-se com um Espírito mentiroso, como sucede na obsessão simples; esta não passa então, para ele, de fato desagradável. Mas, precisamente porque lhe é desagradável constitui uma razão de mais para que o Espírito se encarnice em vexá-lo. Duas coisas essenciais se têm que fazer nesse caso: provar ao Espírito que não está iludido por ele e que lhe é impossível enganar; depois, cansar-lhe a paciência, mostrando-se mais paciente que ele. Desde que se convença de que está a perder o tempo, retirar-se-á, como fazem os importunos a quem não se dá ouvidos.
Isto, porém, nem sempre basta e pode levar muito tempo, porquanto Espíritos há tenazes, para os quais meses e anos nada são. Além disso, portanto, deve o médium dirigir um apelo fervoroso ao seu anjo bom, assim como aos bons Espíritos que lhe são simpáticos, pedindo-lhes que o assistam. Quanto ao Espírito obsessor, por mau que seja, deve tratá-lo com severidade, mas com benevolência e vencê-lo pelos bons processos, orando por ele. Se for realmente perverso, a princípio zombará desses meios; porém, moralizado com perseverança, acabará por emendar-se. E uma conversão a empreender, tarefa muitas vezes penosa, ingrata, mesmo desagradável, mas cujo mérito está na dificuldade que ofereça e que, se bem desempenhada, dá sempre a satisfação de se ter cumprido um dever de caridade e, quase sempre, a de ter-se reconduzido ao bom caminho uma alma perdida.
250. Apenas aborrecimento há, pois, e não perigo, para todo médium que não se deixe ludibriar, porque não poderá ser enganado. Muito diverso é o que se dá com a fascinação, porque então não tem limites o domínio que o Espírito assume sobre o encarnado de quem se apoderou. A única coisa a fazer-se com a vítima é convencê-la de que está sendo ludibriada e reconduzir-lhe a obsessão ao caso da obsessão simples. Isto, porém, nem sempre é fácil, dado que algumas vezes não seja mesmo impossível. Pode ser tal o ascendente do Espírito, que torne o fascinado surdo a toda sorte de raciocínio, podendo chegar até, quando o Espírito comete alguma grossa heresia científica, a pô-lo em dúvida sobre se não é a ciência que se acha em erro. Como já dissemos, o fascinado, geralmente, acolhe mal os conselhos; a crítica o aborrece, irrita e o faz tomar quizila dos que não partilham da sua admiração. Suspeitar do Espírito que o acompanha é quase, aos seus olhos, uma profanação e outra coisa não quer o dito Espírito, pois tudo o a que aspira é que todos se curvem diante da sua palavra. REF.: O Livro dos Médiuns - CAP XXIII - Da Obsessão

e)    ARREPENDIMENTO DO ESPÍRITO DESENCARNADO
...Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. É daquele fluido que importa desembaraçá-lo, Ora, um fluído mau não pode ser eliminado por outro igualmente mau. Por meio de ação idêntica à do médium curador, nos casos de enfermidade, preciso se faz expelir um fluido mau com o auxílio de um fluido melhor.  Nem sempre, porém, basta esta ação mecânica; cumpre, sobretudo, atuar sobre o ser inteligente, ao qual é preciso se possua o direito de falar com autoridade, que, entretanto, falece a quem não tenha superioridade moral, Quanto maior esta for, tanto maior também será aquela.

Mas, ainda não é tudo: para assegurar a libertação da vítima, indispensável se torna que o Espírito perverso seja levado a renunciar aos seus maus desígnios; que se faça que o arrependimento desponte nele, assim como o desejo do bem, por meio de instruções habilmente ministradas, em evocações particularmente feitas com o objetivo de dar-lhe educação moral. Pode-se então ter a grata satisfação de libertar um encarnado e de converter um Espírito imperfeito. REF.: 82. Obsessões e possessões - A Gênese - CAP XIV


f)      LIBERTAÇÃO
467 Pode o homem se libertar da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal? – Sim, porque apenas se ligam àqueles que os solicitam por seus desejos ou os atraem pelos seus pensamentos. LE QUESTÃO 467




COMBATE A OBSESSÃO À DISTÂNCIA
Eis a contra partida do caso e uma prova da eficácia da prece, quando feita com o coração e não com os lábios. Certa moça, contrariada em suas inclinações, havia-se casado com um homem a quem não amava. A mágoa que sofreu levou-a a um distúrbio mental. Sob o domínio de uma idéia fixa, perdeu a razão e teve de ser internada. Ela jamais ouvira falar de Espiritismo. Se dele se tivesse ocupado teriam dito que os Espíritos lhe haviam transtornado a cabeça. O mal provinha, assim, de uma causa moral acidental e exclusivamente pessoal. Compreende-se que em tais casos os remédios normais nenhum efeito produzem, e como não havia obsessão, podia-se, também, duvidar do efeito da prece. Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu: "A idéia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de Espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas idéias, impedindo que lhe cheguem as boas influências. Os Espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem, sempre, obstáculo à cura dos doentes. Contudo podereis curá-la, mas para tanto é necessário uma força moral capaz de vencer a resistência. E tal força não é dada a um só. Cinco ou seis espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons Espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental. Para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário. Pelo pensamento podeis levar-lhe uma salutar corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número. Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve. Fazei isto: tende fé em Deus e esperai."
Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita. Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como o seu marido, de onde lhe veio a cura.
A maneira de agir é aqui indicada claramente e nada teríamos a acrescentar de mais preciso à explicação dada pelo Espírito. A prece não tem apenas o efeito de levar ao doente um socorro estranho, mas o de exercer uma ação magnética. Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece! Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstração do elemento espiritual; vêem apenas a ação mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar. Esperamos que os verdadeiros espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes. REF.: Causas da obsessão e meios de combate – II - Revista Espírita, janeiro de 1863




DIFICULDADES PARA COMBATER A OBSESSÃO
252. As imperfeições morais do obsidiado constituem, freqüentemente, um obstáculo à sua libertação.  REF.: O Livro dos Médiuns  - CAPÍTULO XXIII - Da Obsessão
254. 1ª Por que não podem certos médiuns desembaraçar-se de Espíritos maus que se lhes ligam e como é que os bons Espíritos que eles chamam não se mostram bastante poderosos para afastar os outros e se comunicar diretamente? "Não é que falte poder ao Espírito bom; é, as mais das vezes, que o médium não é bastante forte para o secundar; é que sua natureza se presta melhor a outras relações; é que seu fluido se identifica mais com o de um Espírito do que com o de outro. Isso o que dá tão grande império aos que entendem de ludibriá-los."
2ª Parece-nos, entretanto, que há pessoas de muito mérito, de irrepreensível moralidade e que, apesar de tudo, se vêem impedidas de comunicar com os bons Espíritos.  "É uma provação. E quem te diz, ao demais, que elas não trazem o coração manchado de um pouco de mal? que o orgulho não domina um pouco a aparência de bondade? Essas provas, com o mostrarem ao obsidiado a sua fraqueza, devem fazê-lo inclinar-se para a humildade. Haverá na Terra alguém que possa dizer-se perfeito? Ora, um, que tem todas as aparências da virtude, pode ter ainda muitos defeitos ocultos, um velho fermento de imperfeição. Assim, por exemplo, dizeis, daquele que nenhum mal pratica, que é leal em suas relações sociais: é um bravo e digno homem. Mas, sabeis, porventura, se as suas boas qualidades não são tisnadas pelo orgulho; se não há nele um fundo de egoísmo; se não é avaro, ciumento, rancoroso, maldizente e mil outras coisas que não percebeis, por que as vossas relações com ele não vos deram lugar a descobri-las? O mais poderoso meio de combater a influência dos maus Espíritos é aproximar-se o mais possível da natureza dos bons." REF.: O Livro dos Médiuns  - CAPÍTULO XXIII - Da Obsessão

A presunção de julgar-se invulnerável pelos maus Espíritos muitas vezes tem sido punida de modo crudelíssimo, porque jamais são impunemente desafiados pelo orgulho. O orgulho é a parte que lhes dá mais fácil acesso, pois ninguém oferece menos resistência do que o orgulhoso, quando tomado pelo seu lado fraco. Antes de nos dirigirmos aos Espíritos, convém, pois, encouraçarmos-nos contra o assalto dos maus, assim como se marchássemos em terreno onde tememos picadas de cobras. Isto se consegue, inicialmente, pelo estudo prévio, que indica a rota e as precauções a tomar. A seguir, a prece. Mas é necessário bem nos compenetrarmos da verdade que o único preservativo está em nós, na própria força, e nunca nas coisas exteriores. Que nem há talismãs, nem amuletos, nem palavras sacramentais, nem fórmulas sagradas ou profanas que tenham a menor eficácia se não tivermos em nós mesmos as qualidades necessárias. Assim, essas qualidades é que devem ser adquiridas. Se estivéssemos bem compenetrados do objetivo essencial e sério do Espiritismo; se nos preparássemos sempre para o exercício da mediunidade por um fervoroso apelo ao anjo da guarda e aos Espíritos protetores, se nos estudássemos, esforçando-nos por nos purificarmos de nossas imperfeições, os casos de obsessão mediúnica seriam ainda mais raros. Infelizmente muitos vêem apenas o fato das mistificações. Não contentes com as provas morais, que abundam em seu redor, querem a fina força se dar ao luxo de comunicar-se com os Espíritos, forçando o desenvolvimento de uma faculdade, por vezes inexistente, guiados mais pela curiosidade do que pelo sincero desejo de melhora. Disso resulta que, em vez de se envolverem numa atmosfera fluídica salutar e se cobrirem com as asas protetoras dos anjos da guarda, de buscar o domínio das fraquezas morais, escancaram a porta aos Espíritos obsessores, que os teriam atormentado de outra maneira e em outra ocasião, mas que aproveitam esta que lhes se oferece. Que dizer, então, daqueles que fazem um jogo das manifestações e nelas vêem apenas um motivo para distração e curiosidade ou nelas procuram meios de satisfazer a ambição, a cupidez ou os interesses materiais? Neste sentido pode se dizer que o exercício da mediunidade pode provocar a invasão dos maus Espíritos. Sim: é perigoso brincar com estas coisas. Quantas pessoas lêem O Livro dos Médiuns unicamente para saber como agir, desde que o que mais lhes interessa é a receita ou a maneira de proceder! O lado moral do problema é acessório. Assim, não se deve imputar ao Espiritismo o que é feito de seu abuso. REF.: Causas da obsessão e meios de combate – II - Revista Espírita, janeiro de 1863

PUNIÇÃO
Ressalta do que fica dito um ensinamento de grande alcance: que as imperfeições morais dão azo à ação do Espíritos obsessores e que o mais seguro meio de a pessoa se livrar deles é atrair os bons pela prática do bem. Sem dúvida, os bons Espíritos têm mais poder do que os maus, e a vontade deles basta para afastar estes últimos; eles, porém, só assistem os que os secundam pelos esforços que fazem por melhorar-se, sem o que se afastam e deixam o campo livre aos maus, que se tomam assim, em certos casos, instrumentos de punição, visto que os bons permitem que ajam para esse fim. REF.: O Livro dos Médiuns  - CAPÍTULO XXIII - Da Obsessão




DESOBSESSÃO E A INFÂNCIA

Pergunta 01) – Chico, temos visto muitas crianças sendo encaminhadas às reuniões de tratamento desobsessivo. Que fazer diante deste problema, cada vez mais freqüente?
Chico Xavier – Os Amigos Espirituais nos tem falado amiúde acerca da questão da criança em desequilíbrio; demanda larga dose de compreensão e carinho da família a que pertença. Lembram-nos os nossos mentores que em matéria de desajustes infantis o remédio eficaz será sempre o do acendrado amor dos pais, no recesso do próprio lar. O amor em família é a construção da harmonia com vistas ao futuro promissor de cada qual. Desajustes, muitas vezes, nada mais são que o reflexo da falta de amor nos lares, gerando perturbações. Ao tratarmos questões como a desobsessão, os Instrutores Espirituais nos recomendam a utilização cotidiana de bom senso. E o bom senso nos indica que a mente infantil não está preparada para compreender os complexos fundamentais de uma reunião de desobsessão, que provavelmente as crianças se impressionariam de maneira contraproducente se freqüentassem estes serviços espirituais.
Então, se os pais não estão com o tempo necessário de dedicação e amor para com as crianças dentro do próprio lar; se, por outro lado, não convém à mente infantil em desajuste freqüentar as reuniões de desobsessão, logo, devemos suplicar à Bondade Infinita de Deus que inspire aos trabalhadores das Casas Espíritas dedicados à Evangelização Infantil que organizem em seus quadros de serviços reuniões apropriadas ao amparo e ao acolhimento de crianças desajustadas. Reuniões específicas para a mente infantil, que funcionariam vinculadas aos núcleos ativos de desobsessão do Centro. Reuniões intermediárias de socorro e esclarecimento evangélico. Esta colaboração poderia trazer muitos benefícios em favor da tranqüilidade familiar.  Fonte: "O Espírita Mineiro" – Página 8


NAS REUNIÕES DE DESOBSESSÃO

CONSULTAS AO MENTOR
Começada a reunião, o dirigente, por vezes, tem necessidade de ouvir o mentor espiritual para o exame de assuntos determinados. Freqüentemente, é um amigo que deseja acesso à reunião e que não pode ser acolhido sem a consulta necessária; de outras, é a localização mais aconselhável para as visitas que venham a ocorrer, é a ministração de socorro medicamentoso ou magnético a esse ou àquele companheiro que se mostre subitamente necessitado de assistência, é a pergunta inevitável e justa em derredor de problemas que sobrevenham no mecanismo da equipe, ou o pedido de cooperação em casos imprevisíveis. Nessas circunstâncias, o dirigente esperará que o mentor finalize a pequena instrução de início, através do médium responsável, e formulará as indagações que considere inevitáveis e oportunas. “DESOBSESSÃO”- ANDRÉ LUIZ

INTERFERÊNCIA DO BENFEITOR
Em algumas ocasiões, tarefa em meio, aparece um ou outro desencarnado em condições de quase absoluto empedernimento.Tal desequilíbrio da entidade pode coincidir com algum momento infeliz da mente mediúnica, estabelecendo desarmonia maior. O fenômeno é suscetivell de raiar na inconveniência. Assim sendo, o mentor espiritual, se considerar oportuno, ocupará espontaneamente o médium responsável e partilhará o serviço do esclarecimento, dirigindo-se ao comunicante ou ao médium que o expõe, ficando, por outro lado, o dirigente com a possibilidade de recorrer à intervenção do orientador referido, se julgar necessário, rogando-lhe a manifestação pelo psicofônico indicado, a fim de sanar o contratempo. “DESOBSESSÃO”- ANDRÉ LUIZ

MANIFESTAÇÃO FINAL DO MENTOR - Aproximando-se o horário de encerramento, o dirigente da reunião, depois de verificar que todos os assuntos estão em ordem, tomará a palavra, explicando que as atividades se acham na fase terminal, solicitando aos presentes pensamentos de paz e reconforto, notadamente a benefício dos sofredores. Em seguida, recomendará aos médiuns passistas atenderem ao encargo que lhes compete e solicitará da assembléia a continuidade da atenção e do silêncio, para que o médium indicado observe se o orientador espiritual da reunião ou algum outro instrutor desencarnado deseja transmitir aviso ou anotação edificante para estudo e meditação do agrupamento. Se a casa dispõe de aparelho gravador, é importante que a máquina esteja convenientemente preparada e em condições de fixar a palavra provável do comunicante amigo. Na hipótese de verificar que o orientador desencarnado não deseja trazer nenhum aviso ou instrução, o médium indicado dará ciência disso ao dirigente, a fim de que ele profira a prece final e, em seguida, declare encerrada a reunião. DO LIVRO “DESOBSESSÃO”- ANDRÉ LUIZ






·     DOUTRINAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO





DOUTRINAÇÃO POR ENCARNADOS
Porque a doutrinação em ambiente dos encarnados? – indaguei. – Semelhante medida é uma imposição no trabalho desse teor?
- Não – explicou o instrutor – não é um recurso imprescindível. Temos variados agrupamentos de servidores do nosso plano, dedicados exclusivamente a esse gênero de auxílio. As atividades de regeneração em nossa colônia estão repletas de institutos consagrados à caridade fraternal, no setor de iluminação dos transviados. Os postos de socorro e as organizações de emergência, nos diversos departamentos de nossas esferas de ação, contam com avançados núcleos de serviço da mesma ordem. Em determinados casos, porém, a cooperação do magnetismo humano pode influir mais intensamente, em benefício dos necessitados que se encontrem cativos nas zonas de sensação na Crosta do Mundo. Mesmo ai, contudo, a colaboração dos amigos terrenos, embora seja apreciável, não constitui fator absoluto e imprescindível; mas quando é possível e útil, valemo-nos do concurso dos médiuns e doutrinadores humanos, não só para facilitar a solução desejada, senão também para proporcionar ensinamentos vivos aos companheiros envolvidos na carne, despertando-lhes o coração para a espiritualidade.
- Ajudando as entidades em desequilíbrio ajudarão a si mesmos; doutrinando, acabarão igualmente doutrinados.
Em breves minutos penetrávamos o conhecido recinto de orações e trabalhos espirituais.
Observei que muitos servidores de nossa esfera mantinham-se de mãos dadas, formando extensa corrente protetora da mesa consagrada aos serviços da noite. O quadro era para mim uma novidade.
- Trata-se da cadeia magnética necessária à eficiência de nossa tarefa de doutrinação. Sem essa rede de forças positivas, que opera a vigilância indispensável, não teríamos elementos para conter as entidades perversas e recalcitrantes.
DOUTRINAÇÃO - ML / cap. 17

- Repare no serviço de fraternidade legitima. Não temos o milagre das transformações repentinas, nem a promoção imediata, aos planos mais elevados, dos que se demoram no campo inferior. A tarefa é de sementeira, de cuidado, persistência e vigilância. Não se quebram grilhões de muitos séculos num instante, nem se edifica uma cidade num dia. É indispensável desgastar as algemas do mal, com perseverança, e praticar o bem, com ânimo evangélico. OBSESSÃO - ML / cap.18



RECURSOS FÍSICOS  UTILIZADOS
Em todos os serviços, o material plástico recolhido das emanações dos colaboradores encarnados satisfez eficientemente. Não era mobilizado apenas pelos amigos de mais nobre condição, que necessitavam fazer-se visíveis aos comunicantes; era empregado também na fabricação momentânea de quadros transitórios e de idéias - formas, que agiam beneficamente sobre o ânimo dos infelizes, em luta consigo mesmos. Um dos necessitados, que tomara o médium sob forte excitação, quis agredir os componentes da mesa em tarefa de auxilio fraternal. Antes, porém, que pusesse em prática o sinistro desígnio, vi que os técnicos de nosso plano trabalhavam ativos na composição de uma forma sem vida própria, que trouxeram imediatamente, encostando-a no provável agressor. Era um esqueleto de terrível aspecto, que ele contemplou de alto a baixo, pondo-se a tremer, humilhado, esquecendo O triste propósito de ferir benfeitores. DOUTRINAÇÃO - ML / cap. 17








- São almas em turvação mental, que acompanham parentes, amigos ou desafetos às reuniões públicas da Instituição, e que se desligam deles quando os encarnados se deixam renovar pelas idéias salvadoras, expressas na palavra dos que veiculam o ensinamento doutrinário. Modificado o centro mental daqueles que habitualmente vampirizam, essas entidades vêem-se como que despejadas de casa, porquanto, alterada a elaboração do pensamento naqueles a quem se afeiçoam, experimentam súbitas reviravoltas nas posições em que falsamente se equilibram. Algumas delas, rebeladas, fogem dos templos de oração como este, detestando-lhes temporariamente os serviços e armando novas perseguições às suas vítimas, que procuram até o reencontro; contudo, outras, de algum modo tocadas pelas lições ouvidas, demoram-se no local das predicações, em ansiosa expectativa, famintas de maior esclarecimento.
- Que ocorre, porém, quando os encarnados não prestam atenção aos ensinamentos ouvidos?
- Sem dúvida, passam pelos santuários da fé na condição de urnas cerradas. Impermeáveis ao bom aviso, continuam inacessíveis à mudança necessária.
- Mas este mesmo fenômeno se repete nas igrejas de outras confissões religiosas?
- Sim. A palavra desempenha significativo papel nas construções do espírito. Sermões e conferências de sacerdotes e doutrinadores, em variados setores da fé, sempre que inspirados no Infinito Bem, guardam o objetivo da elevação moral.
- Entre os homens, porém, se não é fácil cultivar a vida digna, é difícil habilitar-se a criatura à morte libertadora. Comumente, desencarna-se a alma, sem que se lhe desagarrem os pensamentos, enovelados em situações, pessoas e coisas da Terra. A mente, por isso, continua encarcerada nos interesses quase sempre inferiores do mundo, cristalizada e enfermiça em paisagens inquietantes, criadas por ela mesma. Daí o valor do culto religioso respeitável, formando ambiente propício à ascensão espiritual, com indiscutível vantagens, não só para os Espíritos encarnados que a ele assistem, com sinceridade e fervor, mas também para os desencarnados, que aspiram à própria transformação.Todos os santuários, em seus atos públicos, estão repletos de almas necessitadas que a eles comparecem, sem o veículo denso, sequiosas de reconforto. Os expositores da boa palavra podem ser comparados a técnicos eletricistas, desligando “tomadas mentais”, através dos princípios libertadores que distribuem na esfera do pensamento.
- Em razão disso, as entidades vampirizantes operam contra eles, muitas vezes envolvendo-lhes os ouvintes em fluidos entorpecentes, conduzindo esses últimos ao sono provocado, para que se lhes adie a renovação.
... - Nossos irmãos sofredores trazem consigo, individualmente, o estigma dos erros deliberados a que se entregaram. A doença, como resultante de desequilíbrio moral, sobrevive no perispírito, alimentada pelos pensamentos que a geraram, quando esses pensamentos persistem depois da morte do corpo físico.
-Mas, adquirem melhoras positivas em reunião de intercâmbio? – indagou Hilário, espantadiço.
- Sim – esclareceu o interlocutor -, assimilam idéias novas com que passam a trabalhar, ainda que vagarosamente, melhorando a visão interior e estruturando, assim, novos destinos. A renovação mental é a renovação da vida.
Meditei na ilusão dos que julgam na morte livre passagem da alma, em demanda do céu ou do inferno, como lugares determinados de alegria e padecimento... Quão raros na Terra se capacitam de que trazemos conosco os sinais de nossos pensamentos,de nossas atividades e de nossas obras, e o túmulo nada mais faz que o banho revelador das imagens que escondemos no mundo, sob as vestes da carne!... A consciência é um núcleo de forças, em torno do qual gravitam os bens e os males gerados por ela mesma e, ali, estávamos defrontados por vasta fileira de almas, sofrendo nos purgatórios diferenciados que lhes eram característicos. ANTE  O  SERVIÇO - NDM / cap. 04

Nesse ínterim, percebendo a dificuldade para atingir o obsessor com a palavra falada, Dona Celina, com o auxílio de nosso orientador, formulou vibrante prece, implorando a Compaixão Divina para os infortunados companheiros que ali se digladiavam inutilmente.
As frases da venerável amiga libertavam jatos de força luminescente a lhe saltarem das mãos e a envolveram em sensações de alívio os participantes do conflito.
Vimos que o perseguidor, qual se houvesse aspirado alguma substância anestesiante, se desprendeu automaticamente da vítima, que repousou enfim, num sono profundo e reparador.
Guardas e socorristas conduziram o obsessor semi-adormecido a um local de emergência. POSSESSÃO - NDM / cap.09


- Acalmem-se. O amigo dementado penetrou o templo com a supervisão e o consentimento dos mentores da casa. Quanto aos fluidos de natureza deletéria, não precisamos temê-los. Recuam instintivamente ante a luz espiritual que os fustiga ou desintegra. É por isso que cada médium possui ambiente próprio e cada assembléia se caracteriza por uma corrente magnética particular de preservação e defesa. Nuvens infecciosas da Terra são diariamente extintas ou combatidas pelas irradiações solares, e formações fluídica, inquietantes, a todo momento são aniquiladas ou varridas do Planeta pelas energias superiores do Espírito. Os raios luminosos da mente orientada para o bem incidem sobre as construções do mal, à feição de descargas elétricas. E, compreendendo-se que mais ajuda aquele que mais pode, nossa irmã Celina é a companheira ideal para o auxílio desta hora.
PSICOFONIA  SONÂMBULA - NDM / cap.08







EVANGELIZAÇÃO E AUTO-CURA
- A jovem a que me referi está procurando a restauração das forças psíquicas, por si mesma; tem lutado incessantemente contra as investidas de entidades malignas, mobilizando todos os recursos de que dispõe no campo da prece, do autodomínio, da meditação. Não está esperando o milagre da cura sem esforço e, não obstante terrivelmente perseguida por seres inferiores, vem aproveitando toda espécie de ajuda que os amigos de nosso plano projetam em seu circulo pessoal. A diferença, pois, entre ela e os outros, é a de que, empregando as próprias energias, entrará, embora vagarosamente, em contacto com a nossa corrente auxiliadora, ao passo que os demais continuarão, ao que tudo faz crer, na impassibilidade dos que abandonam voluntariamente a luta edificante.
- Esta irmã - disse o orientador - permanece, de fato, no caminho da cura. Percebeu a tempo que a medicação, qualquer que seja, não é tudo no problema da necessária restauração do equilíbrio físico. Já sabe que o socorro de nossa parte representa material que deve ser aproveitado pelo enfermo desejoso de restabelecer-se. Por isso mesmo, desenvolve toda a sua capacidade de resistência, colaborando conosco no interesse próprio. Observe.
Efetivamente, sentindo-se amparada pela nossa extensa rede de vibrações protetoras, a jovem emitia vigoroso fluxo de energias mentais, expelindo todas as idéias malsãs que os desventurados obsessores lhe haviam depositado na mente, absorvendo, em seguida, os pensamentos regeneradores e construtivos que a nossa influenciação lhe oferecia. Aprovando-me o minucioso exame com um gesto significativo, Alexandre tornou a dizer:
- Apenas o doente convertido voluntariamente em médico de si mesmo atinge a cura positiva. No doloroso quadro das obsessões, o principio é análogo. Se a vítima capitula sem condições, ante o adversário, entrega-se- lhe totalmente e torna-se possessa, após transformar-se em autômato à mercê do perseguidor. Se possuir vontade frágil e indecisa, habitua-se à persistente atuação dos verdugos e vicia-se no circulo de irregularidades de muito difícil corrigenda, porquanto se converte, aos poucos, em pólos de vigorosa atração mental aos próprios algozes. Em tais casos, nossas atividades de assistência estão quase circunscritas a meros trabalhos de socorro, objetivando resultados longínquos. Quando encontramos, porém, o enfermo interessado na própria cura, valendo-se de nossos recursos para aplicá-los à edificação interna, então podemos prever triunfos imediatos.
OBSESSÃO - ML / cap.18


APRENDENDO COM OS MAUS ESPÍRITOS

Nunca esqueçais os ensinos que bebeis nos sofrimentos dos vossos protegidos e notadamente nas suas causas, visto serem lição que a todos aproveita no sentido de se preservarem dos mesmos perigos e de idênticos castigos. Purificai os corações, sede humildes, amai-vos e ajudai-vos sem esquecerdes jamais a fonte de todas as graças, fonte inesgotável na qual podem todos saciar-se à vontade, fonte de água viva que desaltera e alimenta igualmente, fonte de vida e ventura eterna. Ide a ela, meus amigos, e bebei com fé. Mergulhai nela as vossas vasilhas, que sairão de suas ondas pejadas de bênçãos. Adverti vossos irmãos dos perigos em que podem incorrer. Difundi as bênçãos do Senhor, que se reproduzem incessantes; e quanto mais as propagardes, tanto mais se multiplicarão Está em vossas mãos a tarefa, porquanto, dizendo aos vossos irmãos - aí estão os perigos, lá os escolhos; vinde conosco a fim de os evitar; imitai-nos a nós que damos o exemplo - assim difundíreis as bênçãos do Senhor sobre os que vos ouvirem. REF.: O Céu e o Inferno  CAPÍTULO IV Espíritos sofredores




CURA DA OBSESSÃO

33. - Com as curas, as libertações de possessos figuram entre os mais numerosos atos de Jesus. Alguns há, entre os fatos dessa natureza, como os acima narrados, no nº 30, em que a possessão não é evidente. Provavelmente, naquela época, como ainda hoje acontece, atribuía-se à influência dos demônios todas as enfermidades cuja causa se não conhecia, principalmente a mudez, a epilepsia e a catalepsia. Outros há, todavia, em que nada tem de duvidosa a ação dos maus Espíritos, casos esses que guardam com os de que somos testemunhas tão frisante analogia, que neles se reconhecem todos os sintomas de tal gênero de afecção. A prova da participação de uma inteligência oculta, em tal caso, ressalta de um fato material: são as múltiplas curas radicais obtidas, nalguns centros espíritas, pela só evocação e doutrinação dos Espíritos obsessores, sem magnetização, nem medicamentos e, muitas vezes, na ausência do paciente e a grande distância deste. A imensa superioridade do Cristo lhe dava tal autoridade sobre os Espíritos imperfeitos, chamados então demônios, que lhe bastava ordenar se retirassem para que não pudessem resistir a essa injunção. REF.:  A Gênese  CAP XV  Os milagres do Evangelho

467 Pode o homem se libertar da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal? – Sim, porque apenas se ligam àqueles que os solicitam por seus desejos ou os atraem pelos seus pensamentos. LE QUESTÃO 467

469 Como se pode neutralizar a influência dos maus Espíritos? – Fazendo o bem e colocando toda a confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e anulais o domínio que querem ter sobre vós. Evitai escutar as sugestões dos Espíritos que vos inspiram maus pensamentos, sopram a discórdia e excitam todas as más paixões. Desconfiai, especialmente, daqueles que exaltam o vosso orgulho, porque vos conquistam pela fraqueza. Eis por que Jesus nos ensinou a dizer na oração dominical: “Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal!” LE QUESTÃO 469

479 A prece é um meio eficaz para curar a obsessão? – A prece é em tudo um poderoso auxílio. Mas, acreditai, não basta murmurar algumas palavras para obter o que se deseja. Deus assiste aqueles que agem e não aqueles que se limitam a pedir. É preciso que o obsediado faça, por seu lado, o necessário para destruir em si mesmo a causa que atrai os maus Espíritos. LE QUESTÃO 479



- Como atingir as conclusões finais, no tratamento aos obsidiados?
- Em todas as nossas atividades de socorro há sempre imenso proveito, ainda mesmo quando a sua extensão não seja perceptível ao olhar comum. E qualquer doente dessa natureza que se disponha a cooperar conosco, em benefício próprio, colaborando decididamente na restauração de suas atividades mentais, regenerando-se à luz da vida renovada no Cristo, pode esperar o restabelecimento da saúde relativa do corpo terrestre. Quando a criatura, todavia, roga a assistência de Jesus com os lábios, sem abrir o coração à influência divina, não deve aguardar milagres de nossa colaboração, podemos ajudar, socorrer, contribuir, esclarecer; não é, porém, possível improvisar recursos, cuja organização é trabalho exclusivo dos interessados.
- Penaliza-me, porém, o quadro clínico dos obsidiados infelizes - considerei, sob forte impressão. - Quão dolorosa a condição física de cada um!
– Sim, sim! - revidou o instrutor - o problema da responsabilidade não se circunscreve a palavras. É questão vital no caminho da vida. Preservando os seus filhos contra os perigos do rebaixamento, criou Deus o aparelhamento das luzes religiosas, acordando as almas para a glorificação imortal. Raros homens, entretanto, se dispõem a respeitar os desígnios da Religião, olvidando, voluntariamente, que as menores quedas e mínimas viciações ficam impressas na alma, exigindo retificação. Você está observando aqui alguns pobres obsidiados em processo positivo de tratamento, mas esquece que inúmeras criaturas, ainda na carne, não obstante informadas pela Religião quanto às necessidades do espírito, se deixam empolgar pelo apego vicioso ao campo de sensações de vária ordem, contraindo débitos, assumindo compromissos pesados e arrastando companheiros outros em suas aventuras menos dignas, forjando laços fortes para os dolorosos dramas de obsessão do futuro.
- Que deseja você? É certo que devemos trabalhar tanto quanto esteja ao nosso alcance, pelo bem do próximo; todavia, não podemos exonerar os nossos semelhantes das obrigações contraídas. O servo fiel não é aquele que chora ao contemplar as desventuras alheias, nem o que as observa, de modo impassível, a pretexto de não interferir no labor da justiça. O sentimentalismo doentio e a frieza correta não edificam o bem. O bom trabalhador é o que ajuda, sem fugir ao equilíbrio necessário, construindo todo o trabalho benéfico que esteja ao seu alcance, consciente de que o seu esforço traduz a Vontade Divina.
- Meu amigo, e se conseguíssemos o afastamento definitivo dos perseguidores implacáveis? Na qualidade de antigo médico do mundo, reconheço que estes doentes psíquicos não trazem as enfermidades, de que são portadores, circunscritas à mente. Com exceção da jovem que reage valorosamente, os demais revelam estranhos desequilíbrios do sistema nervoso, com distúrbios no coração, fígado, rins e pulmões. Admitamos que fosse obtida a conversão dos verdugos que os atormentam. Voltariam depois disto à normalidade orgânica, alcançariam o retorno à saúde completa?
- André, o corpo de carne é como se fora um violino entregue ao artista, que, nesse caso, é o Espírito reencarnado. Torna-se indispensável preservar o instrumento dos animálculos destruidores e defendê-los contra ladrões. Observou a jovem que tudo faz por guardar-se do mal? Tem estado a cair sob os golpes dos perseguidores que lhe assediam impiedosamente o coração. Entretanto, como alguém que atravessa longa e perigosa senda sobre o abismo, confiante em Deus, ela tem recorrido à prece, incessantemente, estudando a si mesma e mobilizando as possibilidades de que dispõe para não perturbar a ordem dentro dela própria. Na tentação de que é vitima, tem essa irmã a provação que a redime. Ela, porém, com o heroísmo silencioso de seu trabalho, tem esclarecido os próprios perseguidores, compelindo-os à meditação e à disciplina. Segundo vê, essa lutadora sabe preservar o instrumento que lhe foi confiado e, convertida em doutrinadora dos verdugos, pelo exemplo de resistência ao mal, transforma os inimigos, iluminando a si mesma. Ante a colaboração dessa natureza, temos o problema da cura altamente facilitado. Não se verifícará, porém, o mesmo com aqueles que não se acautelam com a defesa do instrumento corporal. Entregue aos malfeitores, o violino simbólico a que nos referimos pode permanecer semidestruído. E, ainda que seja restituído ao legitimo possuidor, não pode atender ao trabalho da harmonia, com a mesma exatidão de outro tempo. Um Stradivarius pode ser autêntico, mas não se fará sentir com as cordas rebentadas. Como vemos, os casos de obsessão apresentam complexidades naturais e, na solução deles, não podemos prescindir do concurso direto dos interessados.
- Compreendo! - exclamei. - Convenhamos, porém, que os perseguidores se convertam, que se afastem definitivamente do mau caminho, depois de seviciarem o organismo das vítimas, durante longo tempo... Nesse caso, não terão elas o restabelecimento imediato? Não recuperarão o equilíbrio fisiológico integral?
- Já observei acontecimentos dessa ordem e, quando se verificam, os antigos verdugos se transformam em amigos, ansiosos de reparar o mal praticado. Por vezes, conseguem, recebendo a ajuda dos planos superiores, a restauração da harmonia orgânica naqueles que lhes suportaram a desumana influência; no entanto, na maioria dos casos, as vítimas não mais restabelecem o equilíbrio do corpo.
- E permanecem de saúde incompleta até ao sepulcro? - perguntei, fortemente impressionado. - Sim - elucidou Alexandre, tranqüilamente. Observando-me, porém, o espanto enorme, o orientador acrescentou: - Seu assombro prende-se ainda à deficiente análise humana. O perseguidor, reconhecido como tal, entre os companheiros encarnados, pode revelar modificações, mas talvez a suposta vítima não esteja convertida. Na obsessão, as dificuldades não são unilaterais. O eventual afastamento do perseguidor nem sempre significa a extinção da divida. E, em qualquer parte do Universo, André, receberemos sempre de acordo com as nossas próprias obras.
O assunto sugeria grandes e belas interrogações, mas exigências outras requisitavam-nos mais além. OBSESSÃO - ML / cap.18

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