SEMEANDO CONHECIMENTO

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"MAS, TENDO SIDO SEMEADO, CRESCE." Jesus. (Marcos, 4:32.)


OS ESPÍRITOS INFERIORES, REBELDES...

HÁ DEMÔNIOS, NO SENTIDO QUE SE DÁ A ESSA PALAVRA? 
– Se houvesse demônios, seriam obra de Deus. 

Deus seria justo e bom por ter feito seres eternamente devotados ao mal e eternamente infelizes? 

Se há demônios, é no vosso mundo inferior e em outros semelhantes ao vosso.

Demônios são esses homens hipócritas que fazem de um Deus justo um Deus mau e vingativo e acreditam que Lhe agradam pelas abominações que cometem em Seu nome.
☼ A palavra demônio nos dias atuais significa e nos dá idéia de mau Espírito, porém a palavra grega daimôn, de onde se origina, significa gênio, inteligência, e se emprega para designar seres incorpóreos, bons ou maus, sem distinção. 
Os demônios, conforme o significado comum da palavra, supõem seres malvados por natureza, na sua essência. 
Seriam, como todas as coisas, criação de Deus. 
Assim sendo, Deus, soberanamente justo e bom, não pode ter criado seres predispostos, por sua natureza, ao mal e condenados por toda a eternidade. 
Se não fossem obra de Deus, seriam, forçosamente, como ele, de toda a eternidade, ou então haveria muitos poderes soberanos. 
A primeira condição de toda doutrina é a de ser lógica. 
A doutrina dos demônios, cuidadosa e severamente analisada, peca por essa base essencial. 
Pode-se compreendê-la na crença dos povos atrasados que, por não conhecerem os atributos de Deus, crêem em divindades maldosas e em demônios. 
Mas, para todo aquele que faz da bondade de Deus um atributo por excelência, é ilógico e contraditório supor que Deus pudesse criar seres voltados ao mal e destinados a praticá-lo perpetuamente, porque isso é negar Sua bondade. 
Os partidários do demônio se apóiam nas palavras do Cristo. 
E com toda certeza não contestaremos aqui a autoridade de Seu ensinamento, que gostaríamos de ver mais no coração do que na boca dos homens. 
Mas os partidários dessa idéia estarão certos do significado que o Cristo dava à palavra demônio? 
Já não sabemos que a forma alegórica é a maneira usual de Sua linguagem? 
Tudo que é dito no Evangelho deve ser tomado ao pé da letra? 
Não precisamos de outra prova mais evidente além desta passagem: 
“Logo após esses dias de aflição, o Sol se escurecerá e a Lua não mais iluminará, as estrelas cairão do céu e as forças do céu serão abaladas. 
Eu vos digo em verdade que esta geração não passará sem que todas essas coisas sejam cumpridas.” 
Não vimos a forma do texto bíblico ser contestada pela ciência no que se refere à Criação e ao movimento da Terra? 
Não se dará o mesmo com certas figuras empregadas pelo Cristo, tendo que falar em conformidade com os tempos e os lugares? 
O Cristo não poderia dizer, conscientemente, uma falsidade; se, então, em suas palavras há coisas que parecem chocar a razão, é porque não as compreendemos ou as interpretamos mal. 
Os homens fizeram com os demônios o que fizeram com os anjos. 
Da mesma forma que acreditaram na existência de seres perfeitos desde toda a eternidade, tomaram também por comparação os Espíritos inferiores como seres perpetuamente maus. 
Pela palavra demônio devem-se entender Espíritos impuros que, muitas vezes, não são nada melhores do que o nome já diz, mas com a diferença de que seu estado é apenas transitório. 
Esses são os Espíritos imperfeitos que se revoltam contra as provas que sofrem e, por isso, as sofrem por um tempo mais longo; porém, chegarão a se libertar e sair dessa situação quando tiverem vontade. 
Podemos, portanto, compreender a palavra demônio com essa restrição.
Mas, como se entende agora, com um sentido peculiar e muito próprio, ela induziria ao erro, fazendo acreditar na existência de seres especialmente criados para o mal. 
Com relação a Satanás, é evidentemente a personificação do mal sob uma forma alegórica, porque não se poderia admitir um ser mau lutando em igualdade de poder com a Divindade e cuja única preocupação seria a de contrariar seus desígnios. 
Como o homem precisa de figuras e imagens para impressionar sua imaginação, o próprio homem pintou seres incorpóreos sob uma forma material, com os atributos que lembram as qualidades e os defeitos humanos.
É assim que os antigos, querendo personificar o Tempo, pintaram-no na figura de um velho com uma foice e uma ampulheta. 
A figura de um jovem para essa alegoria seria um contra-senso.
Ocorre o mesmo com as alegorias da fortuna, da verdade, etc. 
Modernamente os anjos ou Espíritos puros são representados numa figura radiosa, com asas brancas, símbolo da pureza; Satanás com chifres, garras e os atributos da animalidade, emblema das paixões inferiores. 
O povo, que toma as coisas ao pé da letra, viu nesses emblemas individualidades reais, como antigamente viu Saturno na alegoria do Tempo. 


O Livro dos Espíritos - Parte Segunda – Mundo espírita ou dos espíritos

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