SEMEANDO CONHECIMENTO

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"MAS, TENDO SIDO SEMEADO, CRESCE." Jesus. (Marcos, 4:32.)


A ESTÓRIA DA GALINHA AFETUOSA

A GALINHA AFETUOSA

Gentil galinha, cheia de instintos maternais, encontrou um ovo de regular tamanho e espalmou as asas sobre ele, aquecendo-o carinhosamente.
De quando em quando, beijava-o, enternecida.
Se saía a buscar alimento, voltava apressada, para que lhe não faltasse calor vitalizante.
E pensava garbosa: - "Será meu pintainho! será meu filho!”.
Em formosa manhã de céu claro, notou que o filhotinho nascia robusto.
Criou-o, com todos os cuidados.
No entanto, em dourado crepúsculo de verão, viu-o fugir pelas águas de um lago, sobre as quais deslizava contente.
Chamou-o, como louca, mas não obteve resposta.
O bichinho era um pato arisco e fujão.
A galinha, desalentada por haver chocado um ovo que lhe não pertencia à família, voltou muito triste, ao velho poleiro; todavia, decorrido algum tempo e encontrando outro ovo, repetiu a experiência.
Nova criaturinha frágil veio à luz.
Protegeu-a, com ternura, dedicou-se ao filho com todas as forças, mas, em breve, reparou que não era um pintainho qual fora, ela mesma, na infância.
Tratava-se dum corvo esperto que a deixou em doloroso abatimento, voando a pleno céu, para juntar-se aos escuros bandos de aves iguais a ele.
A desventurada mãe sofreu muitíssimo.
Entretanto, embora resolvida a viver só, foi surpreendida certo dia, por outro ovo, de delicada feição.
Recapitulou as esperanças maternas e chocou-o.
Dentro em pouco, o filhote surgia.
A galinha afagou-o, feliz, com o transcurso de algumas semanas, observou que o filho já crescido perseguia ratos à sombra.
Durante o dia, dava mostras de perturbação e cego; no entanto, em se fazendo a treva, exibia olhos coruscantes que a amedrontavam.
Em noite mais escura, fugiu para uma torre muito alta e não mais voltou.
Era uma coruja nova, sedenta de aventuras.
A abnegada mãe chorou amargamente.
Porém, encontrando outro ovo, buscou ampará-lo.
Aninhou-se, aqueceu-o e, findos trinta dias, veio à luz corpulento filhote.
A galinha ajudou-o como pôde, mas, em breve, o filho revelou crescimento descomunal.
Passou a mirá-la de alto a baixo.
Fêz-se superior e desconheceu-a.
Era um pavãozinho orgulhoso que chegou mesmo a maltratá-la.
A carinhosa ave, dessa vez, desesperou em definitivo.
Saiu do galinheiro gritando e dispunha-se a cair nas águas de rio próximo, em sinal de protesto contra o destino, quando grande galinha mais velha a abordou, curiosa, a indagar dos motivos que a segregavam em tamanha dor.
A mísera respondeu, historiando o próprio caso.
A irmã experiente estampou no olhar linda expressão de complacência e considerou, cacarejando:
- Que é isto amiga? não desespere.
A obra do mundo é de Deus, nosso Pai.
Há ovos de gansos, perus, marrecos, andorinhas e até de sapos e serpentes, tanto quanto existem nossos próprios ovos, continue ajudando em nome do Poder Criador; entretanto, não se prenda aos resultados do serviço que pertencem a Ele e não a nós, mesmo porque a escada para o Céu é infinita e os degraus são diferentes.
Não podemos obrigar os outros a serem iguais a nós, mas é possível auxiliar a todos, de acordo com as nossas possibilidades. Entendeu?
A galinha sofredora aceitou o argumento, resignou-se e voltou mais calma, ao grande parque avícola a que se filiava.
O caminho humano estende-se, repleto de dramas iguais a este.
Temos filhos, irmãos e parentes diversos que de modo algum se afinam com as nossas tendências e sentimentos.
Trazem consigo inibições e particularidades de outras vidas que não podemos eliminar de pronto.
Estimaríamos que nos dessem compreensão e carinho, mas permanecem imantados a outras pessoas e situações, com as quais assumiram inadiáveis compromissos.
De outras vezes, respiram noutros climas evolutivos.
Não nos aflijamos, porém.
A cada criatura pertence à claridade ou a sombra, a alegria ou a tristeza do degrau em que se colocou.
Amemos sem o egoísmo da posse e sem qualquer propósito de recompensa, convencidos de que Deus fará o resto.
Neio Lúcio Do livro Alvorada cristã. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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