“E contentai-vos com o vosso soldo.” – João
Batista. (Lucas, 3:14).
A resposta de João Batista
aos soldados que lhe rogavam esclarecimentos, é modelo de concisão e bom senso.
Muita gente se perde
através de inextricáveis labirintos, em virtude da compreensão deficiente
acerca dos problemas de remuneração na vida comum.
Operários existem que
reclamam salários devidos a ministros, sem cogitarem das graves
responsabilidades que, não raro, convertem os administradores do mundo em
vítimas de inquietação e da insônia, quando não seja em mártires de
representações e banquetes.
Há homens cultos que
vendem a paz do lar em troca da dilatação de vencimentos.
Inúmeras pessoas seguem,
da mocidade à velhice do corpo, ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por
não se conformarem com os ordenados mensais que as circunstâncias do caminho
humano lhes assinalam, dentro dos Imperscrutáveis Desígnios.
Não é por demasia de
remuneração que a criatura se integrará nos quadros divinos.
Se um homem permanece
consciente quanto aos deveres que lhe competem, quanto mais altamente pago,
estará mais intranqüilo.
Desde muito, esclarece a
filosofia popular que para a grande nau surgirá a grande tormenta. Contentar-se
cada servidor com o próprio salário é prova de elevada compreensão, ante a
justiça do Todo-Poderoso.
Antes, pois, de analisar o
pagamento da Terra, habitua-te a valorizar as concessões do Céu.
Emmanuel - Pão Nosso –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
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