Se te decidires a praticar
compreensão, adiantar-te ás, consideravelmente, no caminho do amor, em direção
à paz que se te fará suporte à felicidade.
Para isso, é imperioso te situes no
lugar dos outros; de modo a que não percas tempo, com qualquer julgamento
leviano, capaz de arrojar-te em complicações e enganos, por vezes, de
lastimável e longa duração.
Se te observares na condição do
agressor, imagina quão valioso se te faria o perdão daqueles a quem houvesse
ferido, após reconheceres que te desmandaste num momento de desequilíbrio e
loucura.
Fosses a pessoa encarcerada em penúria
e doença e saberias agradecer os gestos espontâneos de quem te doasse alguns
minutos de reconforto ou leves migalhas de auxílio.
Caso te visses no lugar da pessoa
caída em tentação, reflete se poderias haver resistido, com mais eficiência, ao
assédio das sugestões infelizes.
Estivesses na posição daqueles que
controlam a fortuna ou o poder, a influência ou a autoridades e examina, por ti
mesmo, qual seria o teu comportamento.
Colocando-te na situação dos
companheiros em lágrimas que viram partir entes amados, sob a neblina da morte,
mentaliza a extensão do sofrimento que te dilapidaria o coração ao perder a
companhia daqueles que mais amas.
De quando a quando, sujeita-te, no
silêncio, aos testes dessa natureza, dialogando intimamente de ti para contigo
e descobrirás em ti as fontes de renovação espiritual a te nutrirem os
sentimentos com novos princípios de tolerância e humanidade.
Realmente, advertiu-nos Jesus:
- “Não julgues para não serdes
julgados.”
O Divino Mestre, entretanto, não nos proclamou
impedidos de julgar a nós próprios, de modo a revisarmos nossos ideais e
atitudes, colocando-nos finalmente a caminho da própria sublimação.
AUTO-JULGAMENTO – Emmanuel
- Francisco Cândido Xavier - Livro: Algo Mais
Nenhum comentário:
Postar um comentário