Cada criatura vive no centro das realizações dos seus
próprios pensamentos, como a raiz da árvore se mantém sob o tronco e sob a ramaria
que nutriu e desenvolveu.
Todos estamos limitados, por isso, à extensão da onda
mental que somos suscetíveis de criar e desenvolver.
Ninguém penetrará o domínio das forças que não
compreende.
A percepção instintiva do irracional está longe de
entender o palácio de princípios superiores que regem a vida dos homens, tanto
quanto os homens se acham distantes do ingresso espiritual no santuário divino
das leis que dirigem a vida dos anjos.
Quem se encarcera na escuridão, não segue além das
trevas; quem se rende ao mal, com as dívidas do mal se confunde.
É por essa razão que Jesus nos descortinou os horizontes
do amor, como as únicas sendas capazes de alargar os limites de nossa comunhão
com as fontes mais altas da vida.
Somente quem auxilia sempre adquire o tesouro da simpatia
com que pagará, feliz, o tributo da ascensão.
Somente quem perdoa consegue libertar-se para as
experiências de ordem superior.
Somente quem exerce o ministério da fraternidade real
encontra na Terra o seu próprio lar e na Humanidade a sua própria família.
Somente quem ama quebra os grilhões da sombra.
Ainda que com extrema dificuldade, ambientemos a
plantação do amor, no solo de nossas almas.
Só o amor consegue romper as algemas de nossos
compromissos com a animalidade e só ele nos fará suficientemente fortes e
valorosos, para vencer os percalços e limitações do cubículo da carne,
orientando-nos no caminho da sublimação imortal.
Livro: “Urgência” – Psicografia Francisco Cândido Xavier
– Espírito Emmanuel
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