Observa
a cooperação em todos os planos da natureza.
A
rocha garante o solo, o solo alimenta o campo e o campo equilibra a cidade.
A
terra sustenta a fonte, a fonte protege a árvore, a árvore ampara o homem.
Da
vastidão cósmica, resplendente e infinita, vela o sol pelo derradeiro verme a
ocultar-se na furna, e, não obstante a grandeza que lhe é própria, preocupa-se
o mar em fazer a nuvem que se derramará em bênçãos de chuva na floresta
distante.
Não
nos criaria o Senhor para a inutilidade e para a solidão, quando a vida nos
pede trabalho e devotamento.
Anota,
em torno de ti mesmo, a grande família humana reclamando-te pão e luz,
esperança e consolo.
A
aflição maior que a tua e os obstáculos maiores do que os teus esperam por tuas
mãos.
Se
possuíres a riqueza dos braços livres, lembra-te dos que jazem imobilizados no
leito do infortúnio; se dispuseres de visão clara e vigilante, não te esqueças
daqueles que tateiam na noite dos olhos apagados e, se te sentes dono de um
cérebro que pode pensar e dirigir-se, recorda os companheiros que sofrem o
insulto das sombras na mente atormentada.
Não
esperes que a dor te retalhe o próprio ser, acordando-te o entendimento.
Retira-te
da torre do “eu”, em que te colas ao exclusivismo e abre o coração às dores dos
semelhantes.
Reflete
nas vidas que morrem diariamente para que a tua existência se nutra; pensa no
tributo que a tua presença na Terra constitui para a natureza que te acolhe; e
não fujas do irmão mais fraco e menos feliz que te partilha o caminho.
Sustenta
na própria alma a luz do concurso amigo e a cooperação em auxílio aos outros te
fará descobrir os tesouros do amor e a alegria que te mostrarão, ainda entre as
sombras do mundo, as elevadas revelações da Imortalidade.
Concurso
Amigo – Livro: Canais Da Vida - Francisco Cândido Xavier - Emmanuel
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