Toda
enfermidade do corpo é processo educativo para a alma.
Receber,
porém, a visitação benéfica entre manifestações de revolta é o mesmo que
recusar as vantagens da lição, rasgando o livro que no-la transmite.
A
dor física, pacientemente suportada, é golpe de buril divino realizando o
aperfeiçoamento espiritual.
Tenho
encontrado companheiros a irradiarem sublime luz do peito, como se guardassem
lâmpadas acesas dentro do tórax.
Em
maior parte, são irmãos que aceitaram, com serenidade, as dores longas que a
Providencia lhes destinou, a beneficio deles mesmos.
Em
compensação, tenho sido defrontado por grande numero de ex-tuberculosos e
ex-leprosos, em lamentável posição de desequilíbrio, afundados muitos deles em
charcos de treva, porque a moléstia lhes constitui tão somente motivo à
insubmissão.
O
doente desesperado é sempre digno de piedade, porque não existe sofrimento sem
finalidade de purificação e elevação.
A
enfermidade ligeira é aviso.
A
queda violenta das forças é advertência.
A
doença prolongada é sempre renovação de caminho para o bem.
A
moléstia incurável no corpo é reajustamento da alma eterna.
Todos
os padecimentos da carne se convertem, com o tempo, em claridades interiores,
quando o enfermo sabe manter a paciência, aceitando o trabalho regenerativo por
bênção da Infinita Bondade.
Quem
sustenta a calma e a fé nos dias de aflição, encontrará a paz com brevidade e
segurança, porque a dor, em todas as ocasiões, é a serva bendita de Deus que
nos procura, em nome d´Ele, a fim de levar, dentro de nós, o serviço da
perfeição que ainda não sabemos realizar.
Palavras
Aos Enfermos - Neio Lucio - Do Livro Através Do Tempo De Francisco Cândido
Xavier
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