Diante
das vozes e dos braços que te amparam na enfermidade, coopera com os
instrumentos da cura, abençoando a ti mesmo.
Em
qualquer desajuste orgânico, não condenes o corpo.
O
operário há de amar enternecidamente a máquina que o ajuda a viver,
lubrificando-lhe as peças e harmonizando-lhe os implementos, se não deseja
relegá-la à inutilidade e à secura.
Abençoa
teu coração. É o pêndulo infatigável, marcando-te as dores e alegrias.
Abençoa
teu cérebro. É o gabinete sensível do pensamento.
Abençoa
teus olhos. São companheiros devotados na execução dos compromissos que a
existência te confiou.
Abençoa
teu estômago. É o servo que te alimenta.
Abençoa
tuas mãos. São antenas no serviço que consegues realizar.
Abençoa
teus pés. São apoios preciosos em que te sustentas.
Abençoa
tuas faculdades genésicas. São forças da vida pelas quais recebeste no mundo o
aconchego do lar e o carinho de mãe.
Eis
que deus te abençoa, a cada instante, no ar que respiras, no pão que te nutre,
no remédio que refaz, na palavra que anima, no socorro que alivia, na oração
que consola...
Junto
das células doentes ou fatigadas, não empregues o fogo da tensão, nem o
corrosivo do desespero.
Abençoa
também.
Abençoa
Também – Emmanuel - Livro Coragem - Francisco Cândido Xavier.
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