– Não devemos esquecer que o amor sexual deve ser entendido como o
impulso da vida que conduz o homem às grandes realizações do amor divino,
através da progressividade de sua espiritualização no devotamento e no
sacrifício.
Toda vez que experimentardes disposições anti-fraternais em seu
círculo, isso significa que preponderam em vossa organização psíquica as
recordações prejudiciais, tendentes ao estacionamento na marcha evolutiva.
É aí que urge o esforço da autoeducação, porquanto toda criatura
necessita
resolver o problema da renovação de seus próprios valores.
Haveis de observar que Deus não extermina as paixões dos homens, mas
fá
las evoluir, convertendoas pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às
criaturas dominar o coração, guiar os impulsos, orientar as tendências, na evolução
sublime dos seus sentimentos.
Examinandose, ainda, o elevado coeficiente de viciação do amor
sexual, que os homens criaram para os seus destinos, somos obrigados a
ponderar que, se
muitos contraem débitos penosos, entre os excessos da fortuna, da
inteligência e do poder, outros o fazem pelo sexo, abusando de um dos mais
sagrados pontos de
referência de sua vida.
É por esse motivo que observamos, muitas vezes, almas numerosas aprendendo,
entre as angústias sexuais do mundo, a renúncia e o sacrifício, em marcha
para as mais puras aquisições do amor divino.
Depreendese, pois, que ao invés da educação sexual pela
satisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem sua alma
para a compreensão sagrada do sexo.
O CONSOLADOR – item 184 - Emmanuel – Francisco C Xavier
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