P
– E você acha que o mundo conseguiria viver sem a família organizada?
R
– Não acreditamos, porque sem a família organizada caminharíamos para a
selva
e isso não tem razão de ser. 20
Admitimos
que a família terá de fazer grandes aberturas, porque estamos aí
com
os anticoncepcionais, com os problemas psicológicos, com os conflitos
da
mente, com as exigências afetivas de várias nuances.
Os
assuntos familiares assemelham-se hoje aos viajantes que transitam em
determinada
estrada. Com exagerado acúmulo de veículos construímos mais
pistas,
para que haja menos desastres. A família precisa abrir novas pistas de
compreensão
para que os componentes dela possam viver em regime de
respeito
recíproco, com os problemas de que são portadores, sem a agressão
que
tantas vezes se verifica, contra criaturas que sofrem aflitivos problemas
dentro
da constituição psicológica diferente da maioria.
Cremos
que esses assuntos estarão presentes em simpósios da ciência, e
aqueles
que nos orientam, nos ajudarão a encontrar os caminhos necessários à
paz,
com o apoio da religião, em tempos muito próximos.
Nesse
sentido, peço licença a você – apesar da resposta estar um pouco longa
–
para recordar aquela afirmação de São Paulo, no versículo nº 1, do Capítulo
nº
2, da 1ª Epístola a Timóteo. Ele pede para que nós todos, cristãos, façamos
preces
pelos dirigentes e pelos nossos pastores, e por todos aqueles que
administram
os interesses do mundo, para que estejamos em paz. Roguemos a
Deus
para que as cúpulas das nossas comunidades estejam seguras, para que
os
nossos dirigentes, e os nossos pastores, seja em política, religião, ciência ou
cultura,
estejam afinados com as necessidades de atendimento da comunidade
e
que eles contem também, com o nosso respeito e colaboração para que
possamos,
pouco a pouco, resolver os nossos problemas.
Entrevista realizada por Hebe Camargo, a 17 de
setembro de 1973, no Horto Florestal Paulistano, para o seu programa da TV
Record, Canal 7, São Paulo.
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