SEMEANDO CONHECIMENTO

SEMEANDO CONHECIMENTO... PARA COLHER AMOR, PAZ, ALEGRIA!


APRENDER PARA FAZER MELHOR ! E NÓS PRECISAMOS FAZER UM MUNDO MELHOR. SABEM PORQUE? PORQUE VOLTAREMOS PRA CÁ...

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"MAS, TENDO SIDO SEMEADO, CRESCE." Jesus. (Marcos, 4:32.)


O BARRO DESOBEDIENTE

Houve um oleiro que chegou ao pátio de serviço e reparou com alegria em pequeno bloco de barro. Contemplou-o, enlevado, em face da cor viva com que se apresentava e falou:
—Vamos! Farei de ti delicado pote de laboratório. O analista alegrar-se-á com teu concurso valioso.
Imensamente surpreendido, porém, notou que o barro retrucava:
—Oh! não, não quero! Eu, num laboratório, tolerando precipitações químicas? por favor, não me toques para semelhante fim!
O oleiro, espantado, considerou:
—Desejo dar-te forma por amor, não por ódio. Sofrerás o calor de forno para que te faças belo e útil... Entretanto, porque te recusas ao que proponho, transformar-te-ei numa caprichosa ânfora destinada a depósito de perfumes.
—Oh! nunca! nunca!... — exclamou o barro — isto não! Estaria exposto ao prazer dos inconscientes. Não estou inclinado a suportar essências, através de peregrinações pelos móveis de luxo.
O dono do serviço meditou muito na desobediência da lama orgulhosa, mas, entendendo que tudo devia fazer por não trair a confiança do Céu, ponderou:
—Bem, converter-te-ei, então, num pratO honrado e robusto.
Comparecerás à mesa de meu lar. Ficarás conosco e serás companheiro de meus filhinhos.
—Jamais! — bradou o barro, na indisciplina — isto seria pesada humilhação... Transportar arroz cozido e agüentar caldos gordurosos na face? assistir, inerme, às cenas de glutonaria em tua casa? não, não me submetas!...
O trabalhador dedicado perdoou-lhe a ofensa e acrescentou:
—Modificaremos o programa ainda uma vez. Serás um vaso amigo, em que a límpida água repouse. Ajudarás aos sedentos que se aproximarem de ti.
Muita gente abençoar-te-á a cooperação. Despertarás o contentamento e a gratidão nas criaturas!...
—Não, não! — protestou a argila — não quero! Seria condenar-me a tempo indefinido nas
cantoneiras poeirentas ou nas salas escuras de pessoas desclassificadas. Por favor, poupa-me! poupa-me!...
O oleiro cuidadoso considerou, preocupado:
—Que será de ti quando te conduzirem ao forno? Não passarás de matéria endurecida e informe, sem qualquer utilidade ou beleza. Sem sacrifício e sem disciplina, ninguém se eleva aos planos da vida superior.
O barro, todavia, recusou a advertência, bradando:
—Não aceito sacrifício, nem disciplina...
Antes que pudesse prosseguir, passou o enfornador arrebanhando a argila pronta, e o barro desobediente foi também conduzido ao forno em brasa.
Decorrido algum tempo, a lama vaidosa foi retirada e — ó surpresa! — não era pote de laboratório, nem ânfora de perfume, nem prato de refeição, nem vaso para água e, sim, feio pedaço de terra requeimada e morta, sem qualquer significação, sendo imediatamente atirada ao pântano.
Assim acontece a muitas criaturas no mundo. Revoltam-se contra a vontade soberana do Senhor que as convida ao trabalho de aperfeiçoamento, mas, depois de levadas pela experiência ao forno da morte, se transformam em verdadeiros fantasmas de desilusão e sofrimento, necessitando de longo tempo para retornarem às bênçãos da vida mais nobre.
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O barro desobediente - Alvorada Cristã - Francisco Cândido Xavier - Espírito Neio Lúcio

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