GENTILE:
Chico Xavier, por que se diz que o Espírito, para evoluir, precisa
se
encarnar? No Mundo Espiritual, ele não evolui? Qual a diferença principal
entre
as duas faixas de evolução quanto ao aprendizado?
CHICO:
Não acreditamos estar de posse dos conhecimentos para
respondermos
a questões assim profundas, envolvendo decisões do Plano
Superior.
O que podemos concluir dos ensinamentos múltiplos dos Amigos
Espirituais,
é que durante a existência na Terra, enquanto somos favorecidos
com
a permanência no corpo, dispomos de maiores oportunidades para
aprendizagem,
educação ou reeducação; na aquisição das experiências de que
necessitamos
para a ascensão definitiva à Vida Maior.
O
corpo, neste caso, funciona como sendo uniforme, num educandário.
Sabemos
que o corpo, em si, obedece a leis estabelecidas em regime de
igualdade
para a criação dos demais corpos; cabe-nos, portanto, admitir que,
uniformizados
pelo padrão de vestuário físico, na escola a Terra, somos
favorecidos
com disciplinas que de momento não estimamos receber.
Aqui
recordamos aqueles alunos dos colégios humanos que, na maioria,
muitas
vezes não se agradam das disciplinas com que são acolhidos nos 28
estabelecimentos
que as recebem, embora, mais tarde, venham a saber que o
benefício
destas disciplinas é, e será sempre, incalculável para eles todos.
Internados
no corpo terrestre é que somos instruídos a respeito da necessidade
de
mais ampla harmonização de nossa parte, uns com os outros, certamente
porque,
vivendo nas esferas espirituais próximas da Terra, com aqueles que
são
as criaturas absolutamente afinadas conosco, não percebemos de pronto as
necessidades
de aperfeiçoamento e progresso. Numa comunidade ideal, com
vinte,
quarenta ou dez pessoas raciocinando por uma faixa só, estamos tão
felizes
que corremos o risco de permanecer estanques em matéria de evolução
por
muito tempo.
Beneficiados
com a reencarnação, o estacionamento é quebrado de modo
natural,
para que sintamos a sede de novos conhecimentos, fome de amor e
anseio
de compreensão, de vez que não ignoramos que sede e fome são fatores
que
nos obrigam a trabalhar muito. Então, espiritualmente, semelhantes
fatores
na vida do Espírito estão vigorando para nós todos, com a função de
nos
estimularem ao burilamento e ao progresso.
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