PRECES INTELIGÍVEIS
16. Se eu não entender o
que significam as palavras, serei um bárbaro para aquele a quem falo e aquele
que me fala será para mim um bárbaro. Se oro numa língua que não entendo, meu
coração ora, mas a minha inteligência não colhe fruto.
Se louvais a Deus apenas
de coração, como é que um homem do número daqueles que só entendem a sua
própria língua responderá amém no fim da vossa ação de graças, uma vez que ele
não entende o que dizeis? Não é que a vossa ação não seja boa, mas os outros
não se edificam com ela.
Ora, é impossível conjugar
um pensamento qualquer ao que se não compreende,
porquanto o que não se
compreende não pode tocar o coração.
Para a imensa maioria das
criaturas, as preces feitas numa língua que elas
não entendem não passam de
amálgamas de palavras que nada dizem ao
espírito.
Para que a prece toque,
preciso se torna que cada palavra desperte uma ideia e, desde que não seja
entendida, nenhuma ideia poderá despertar.
Será dita como simples
fórmula, cuja virtude dependerá do maior ou menor número de vezes que a
repitam.
Muitos oram por dever;
alguns, mesmo, por obediência aos usos, pelo que se julgam quites, desde que tenham
dito uma oração determinado número de vezes e em tal ou tal ordem.
Deus vê o que se passa no fundo
dos corações; lê o pensamento e
percebe a sinceridade.
Julgá-lo, pois, mais sensível à forma do que ao fundo
é rebaixá-lo.
Pedi E Obtereis –Item 16,
17 –O Evangelho Segundo O Espiritismo –Allan Kardec
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