É sempre o amigo sublime.
Educa sem ferir-nos.
Diverte, edificando-nos o
caráter.
Revela-nos o passado e
prepara-nos, diante do porvir.
Repete-nos o que Sócrates
ensinou nas praças de Atenas.
Descobre-nos ao olhar
maravilhado as civilizações que passaram. O Egito resplandecente dos faraós, a
Grécia dos filósofos e artistas, a Jerusalém dos hebreus, desfilam ante a nossa
imaginação, ao seu toque espiritual.
Conta-nos o que realizou
Moisés, o grande legislador.
Lembra-nos a palavra de
Platão e Aristóteles.
Junto dele, aprendemos
quanto sofreram nossos antepassados, na conquista do bem-estar de que gozamos
presentemente.
Descreve-nos a inutilidade
das guerras nascidas do ódio que devastaram o mundo. Aconselha-nos quanto à
sementeira de tranqüilidade e alegria. Ajuda-nos no entendimento de nós mesmos
e na compreensão de nossos vizinhos.
Dá-nos coragem para o
trabalho, e humildade no caminho da experiência.
Sem ele, perderíamos as mais
belas notícias de nossos avós e a obra da vida não alcançaria a necessária
significação; passaríamos na Terra, em pleno desconhecimento uns dos outros, e
a lição preciosa dos homens mais velhos não chegaria aos ouvidos dos mais
novos; a religião e a ciência provavelmente não surgiriam à luz da realidade;
os mais elevados ideais do espírito humano morreriam sem eco; a indústria, o
comércio e a navegação não possuiriam pontos de apoio.
É o traço de união, entre os
que ensinam e aprendem, entre os milênios que já se foram e o dia que vivemos
agora.
É, ainda, a esse amigo
abençoado que devemos a coleção de notícias e ensinamentos de Jesus, que
renovam a Terra para o Reino Divino.
Esse inesquecível benfeitor
do mundo é o livro edificante. Por isto, não nos esqueçamos
de que todo livro consagrado
ao bem é um companheiro iluminado de nossa vida, merecendo a estima e o
respeito universal.
O amigo sublime - Alvorada Cristã
- Francisco Cândido Xavier - Espírito Neio Lúcio
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