O exército poderoso, à nossa
disposição, está constituído, na atualidade, por vinte e três soldadinhos do
progresso.
Separam-se, movimentam-Se,
entrelaçam-se e dominam o grande país das ideias.
Sem eles, cresceríamos para
a sombra, quando não para a brutalidade.
Em companhia desses
auxiliares pequeninos, penetramos os santuários da ciência e da arte,
aperfeiçoando a vida.
Quem os não conhece?
Estão nos documentos mais importantes.
Fazem as mensagens
telegráficas e as receitas dos médicos.
Dão notícias de outras
regiões e de outros climas.
Contam as surpresas do Céu,
explicam alguma coisa das estrelas longínquas.
Fornecem avisos preciosos.
São emissários do carinho
entre os filhos e as mães distantes.
Raros recordam os benefícios
imensos que todos devemos a esses ajudantes minúsculos. No entanto, eles nos
servem sem recompensa. Nada reclamam pelo trabalho que nos prestam. Alimentam
as raízes dos valiosos conhecimentos dos administradores, dos juízes, dos
médicos, dos artistas, sem qualquer remuneração.
Instrumentos das luzes
espirituais que se transmitem, de cérebro a cérebro, enriquecem a vida; porém,
assim como quase nunca nos lembramos de louvar a água, o vento e a planta, que
representam gloriosas dádivas do Altíssimo, muito raramente lhes observamos os
serviços. Jamais se cansam. Vivem no pensamento, de onde se expandem,
amparando-nos os interesses e as realizações.
Os maus se utilizam deles
para fazer a guerra; os bons empregam-nos na edificação da paz e do conforto,
para a redenção e felicidade do mundo.
Esses soldadinhos humildes e
prestimosos são as letras do alfabeto. Sem a cooperação deles, o mundo não
seria tão belo e a vida não seria tão boa, porque o acesso ao reino espiritual
se tornaria extremamente difícil.
Aprender a trabalhar com
esses pequenos auxiliares da inteligência é buscar tesouros imperecíveis.
O castelo da cultura humana
começa sobre a colaboração deles e vai até à pátria divina, onde mora a sabedoria
dos anjos.
O exército poderoso - Alvorada
Cristã - Francisco Cândido Xavier - Espírito Neio Lúcio
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