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Como nossos Amigos Espirituais conceituam o problema homossexual?
CHICO
XAVIER – O problema da homossexualidade sempre existiu em
todas
as nações, no entanto, com a extensão demográfica no Planeta, o assunto
adquiriu
características de grande intensidade, ou de mais intensidade, porque,
nos
últimos 50 anos, a ciência psicológica tem-se preocupado detidamente e 69
com
razão, no que se refere aos ingredientes mais íntimos de nossa natureza
pessoal.
Estamos
efetuando a descoberta de nós mesmos, para além dos padrões
psicológicos
conhecidos ou milimetrados pelos conhecimentos que possuímos,
dentro
dos preceitos e preconceitos respeitáveis, que nos regem o
comportamento
social e humano.
No
caso, é justo observar que os impositivos da disciplina e da educação
devem
oferecer-nos barreiras construtivas para que o abuso não destrua
quaisquer
benefícios estabelecidos em leis.
Cremos
que tendências à homossexualidade surgem na criatura, após muitas
existências
dessa mesma criatura, nas condições de feminilidade ou viceversa.
Pensamos
assim, na base da reencarnação, porquanto, além dos sinais
morfológicos,
a individualidade é a própria individualidade em si, com todas
as
suas existências anteriores.
Em
vista disso, a homossexualidade pode ser examinada hoje proporcionando
ao
homem vasto campo de estudos, quanto à natureza bissexual do Espírito.
O
tema é, porém, objeto para simpósios de cientistas, e instrutores da
Humanidade,
até que possamos encontrar a fórmula exata para decidir do
ponto
de vista legal, quanto ao destino dos nossos companheiros num sexo ou
noutro,
que trazem a inversão por clima de trabalho a ser laboriosamente
valorizado
pela pessoa que se faz portadora de semelhante prova ou de
semelhante
condição para determinadas tarefas.
Sabemos
que grandes civilizações, como por exemplo, a civilização grecoromana,
depois
de alcançarem avanço espetacular no campo da inteligência,
ao
perquirirem a natureza complexa do homem, encontraram problemas de
sexo
muito profundos, que os legisladores de então não quiseram ou não
puderam
reconhecer. Esses problemas, no entanto, explodindo sem a cobertura
de
preceitos legais, em plenitude de intemperança nas manifestações afetivas
cooperaram
na decadência de ambas as civilizações grega e romana, que se
perderam
no tempo, sob o ponto de vista de respeitabilidade e domínio.
Esperemos
que os Mensageiros da Vida Maior inspirem os nossos dignos
representantes
da Ciência e da Justiça na Terra para que a solução do
problema
apareça oportunamente favorecendo a paz e a concórdia nos vários
campos
de evolução da Humanidade.
Transcrita
do jornal “A Nova Era”, Franca, SP, 15 de dezembro de 1972, sob o título “Uma
entrevista com Chico Xavier”.
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